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Thursday, December 9, 2010

Anárquicas carícias, fogo e lava,
Permaneço em ti,
Pensamento ao longe,
Perdidos distantes,
Exausto, meu corpo chama
tua presença,
Iluminado ser sintilante,
Acalma minha alma,
Tranquiliza meu corpo,
Sopro leve do destino,
Briza leve da manhã,
Semente nova fecunda,
Amor existente presente,
Suave magia,
Docê melodia,
Tua voz, minha calmaria,
Teu corpo, meu santuário, refúgio,
Sereno, és tu, anjo dourado,
Meu amor encantado,

CIDA FA

Anárquicas carícias, fogo e lava,
Presença delicada e tão fugaz
Molejo sedutor quando se faz
Minha alma se tornando tua escrava.

Há tempos que teu corpo me excitava
Formando um maremoto enquanto traz
A chama inebriante que; voraz,
Aos poucos toda a cena assim tomava.

E o verbo se fez luz em nossa cama,
E quando este desejo se proclama
O tanto que me dás; sagra infinitos.

Apaixonadamente; sou tão teu
Que a vida sem te ter já se perdeu
Em meio a tempestades, ecos, gritos...
Publicado em: 04/02/2009 19:44:08
Última alteração:06/03/2009 06:51:41




ANGÚSTIA..

Sabendo que andei só na vasta estrada
Que leva ao pensamento uma alegria,
Tristeza vai chegando disfarçada
Irrompe furiosa em agonia,
Deixando não restar mais quase nada,
Tornando a minha vida bem mais fria.
Tristeza de saber que fui feliz
E agora vou vivendo por um triz.

Palavras que escutei de amor imenso,
Não foram, nem sequer realidade.
Meu dia se perdendo, frágil, tenso
Matando em nascedouro a liberdade.
O fogo da paixão, queimando intenso,
Morreu mal começou num fim de tarde.
Deixando duras sombras no caminho,
Agora vou medonho, estou sozinho.

Vieste e qual cometa já partiste,
Deixando um rastro feito em tanta dor.
Meu coração restando só e triste,
Não tendo mais um sonho a recompor,
Padece, mas teimoso inda persiste,
E tenta cultivar ainda a flor
De uma esperança tola e malfazeja,
E a lança da tristeza me dardeja.

Quem dera se eu tivesse algum motivo
Pra rir e prosseguir a caminhada,
Apenas, tão somente sobrevivo,
Seguindo sem destino a minha estrada
Quem teve no passado um dia altivo
Não sabe o que fazer se encontra o nada.
Tocado pelo vento da tristeza
A dor se alvoroçando põe a mesa.

Mortalha que me cobre, solidão,
Ferocidade plena em suas garras.
Rasgando sem piedade o coração,
Mantendo com firmeza tais agarras
Na crueldade encontra uma razão,
Para firmar com força estas amarras.
Deixando o gosto amargo do vazio,
Rondando com olhar sempre sombrio.

Talvez quem sabe; um dia eu poderei
Falar de uma esperança, quem me dera!
Agora que em seus braços me entreguei,
Não vejo mais as flores, primavera,
De tudo o que pensara, cobicei
Um dia mais feliz, mas esta fera
Felina em ironia não me deixa,
E sinto no meu rosto uma madeixa

De seus cabelos frios, braços fortes,
Carpindo com sorrisos, sem ter pena,
Mudando meu caminho, pr’outros nortes,
Gargalha enquanto louca já me acena,
Promete novamente fundos cortes,
E soberana invade cada cena,
Tristeza, companheira derradeira,
Com certeza, minha última parceira...
Publicado em: 22/10/2007 18:14:22
Última alteração:23/10/2008 19:57:37


ANIMAL NA PISTA E NO VOLANTE.

Mote – Perigo não é animal na pista: É animal no volante...

Animal solto, na pista,
Não é tão horripilante:
O perigo é o motorista
Ser “animal” no volante!


Tem animal no volante,
É comum no mundo inteiro,
É um perigo bem constante,
O danado do “barbeiro”...

MARCOS COUTINHO LOURES
MVML
Publicado em: 16/10/2007 20:50:51
Última alteração:23/10/2008 18:51:52


Andar acorrentado Sem ter medo Sem ter nada
Andar acorrentado

Sem ter medo

Sem ter nada

Sem ter senso

Sem limite

Sem sentido

Sem te ter.

Sem ter sido

E sem ser...



Nada além

Deste bem

Que não tem

Nem terá

Sou o som

Sôo solto

Solto o som

De minha voz

E a resposta

Mês a mês

Mesa posta...

Não aposta

Deu ninguém...
Publicado em: 15/10/2008 22:17:18
]


Angústia
Angústia dominando a minha noite!
O medo de perder-te me devora,
O tempo não se passa, a vida chora,
E queima em minhas costas como açoite!

Meu pensamento voa e me tortura
Se deita em minha cama, triste fera,
Em dor, toda a minha alma se tempera,
Deixando um certo gosto de amargura.

Quem sabe não terei o meu descanso?
O vento me responde um não feroz,
Em lanhos, minhas costas, dor atroz,
E em meio a tantas pedras, noite avanço.

Saudades são mortalhas que carrego,
No peso desta vida, vão granito,
Um grito, meu lamento, no infinito,
Os mares da tormenta eu já navego...

Escute, minha amada, sou um rio
Que em margens desmatadas, assoreio.
O sangue se espalhando por meu veio,
E embalde tanta dor, inda sorrio...

Publicado em: 29/11/2006 17:15:23
Última alteração:28/10/2008 11:40:38





Sonhos em poesia
Tenho em mim a poesia
De quem sonha com o amor
Na alma a pura fantasia
De sonhar sem medo da dor

Tenho no coração um jardim
Florido com tanta cor
Despertando os versos que há em mim
Amor desabrochando como uma flor

Tenho em minhas mãos estas asas
Que me levam a voar na poesia
Me levam a ti meus versos, meus sonhos, minha casa
Raio de sol que na manhã me irradia

Tenho uma estrela no meu céu
Que brilha nos sonhos da minha alma
Traz à minha vida o doce do mel
Tanto bem me faz, tempestade se acalma

Tenho um amigo muito querido
Um bem enorme me faz
Manhãs nubladas, meu jardim florido
Caminhos de poesia e de paz

Tenho como companhia a solidão
Não me entristece, tenho meus sonhos
Esperando um amor pro coração
Regar sonhos e afetos nestes olhos tristonhos




Dedico esta poesia ao meu querido poeta mineiro Marcos Loures pela passagem de seu aniversário ontem...

Gi Guterres
Publicado em: 09/04/2007 18:16:02
Última alteração:09/04/2007 18:16:29


ANIVERSÁRIOS...
PARA BENS
NEM SEMPRE ANIVERSÁRIO
MELHOR HERANÇA
OU CASAMENTO
CASO AUMENTO
NÃO SAIA
A FESTA
AFASTA
OS BENS...
Publicado em: 22/01/2010 18:55:01
Última alteração:14/03/2010 19:37:55




Anjo?
Quero
Banjo?
Toca.

Eros
Troca
Meros
Arcos
Setas
Somos
Somas
Nunca
Menos
Sempre
Mais...

Anjo?
Quero!
Banjo?
Sangro...

Angra
Sigla
Cego
Sigo
Cetro
Centro.
Cedo
Cedes
Cedro,
Redes.

E a lua desfrutando do prazer
De sempre querer
Mais...
Publicado em: 30/01/2007 17:20:32
Última alteração:28/10/2008 10:41:46

ANO NOVO

Já troquei as folhinhas.../ Mas linha/ Que risca a história.../
Rebuscada e latente.../ Em vertente sem contenção.../ É a mesma,/
Mesmo sem as resmas de papel marchê! / Vá saber!/ Não encuco! / Só
espero o cuco / Com seu trino rouco / Me dizer / Em contagem
regressiva / Para desdobrar a missiva de ogivas,/ Que se ufanam /
Trazer as boas novas / De novas e gordas ilusões,/ Que por certo
cevarei.../Nem sei porquê.../ Sem nada a dizer!//


Tempo chegou
Tudo rodou
Passou o tempo
Em contratempo
Tempo voltou
E fez do tempo
O tempo inteiro
Buscando o termo
Mas tou feliz
Neste ano novo...

Se nada sou
Se somo nada
Se nada temo
Se cimo tenta
Se tento cisma
Se vejo o nada
Se nada avisa
Se a brisa sou
Nada abisma
Neste ano novo.

Se valsa nada
Se nada avança
Se tempo amada
Amada avança
Na dança atada
Atada essa asa
Casa aberta
Alerta e fogo
É novo jogo
Neste ano novo...

Ano não passa
Passas a vida
A vida caça
E se esfumaça
O canto, o carma
E no canto arma
Arma não alma
Ama não calma
Alma me chama
Neste ano novo...

ANA MARIA GAZZANEO
ML
Publicado em: 29/12/2007 13:58:02
Última alteração:22/10/2008 21:21:18



Anseio perdido / Amor despertado

Desejo de você /Junto comigo

nostalgia incontida / uma vida...

vazia. / quem sabe?

Mara Pupin /Marcos Loures

Publicado em: 27/03/2007 14:43:44
Última alteração:28/10/2008 05:48:43

AO AMOR...

Abrindo sem temores o teu peito,
Terás todo este amor que necessitas,
Vivendo então decerto satisfeito
As horas que virão serão bonitas,
A vida irá passando desse jeito
Trazendo em tua glória estas pepitas
Tesouro que buscavas temeroso,
Agora te darão fortuna e gozo...
Publicado em: 10/11/2007 11:25:34
Última alteração:23/10/2008 17:09:56



Ao beber desta fonte, eu me inebrio;
" A voz desse poeta fascinante"
que ecoa pelo pampa quando em vez,
é , na verdade, a voz de um vate errante
que procura na poesia alguns porquês.

Teu soneto, verso transbordante
de magia e rara sensatez,
vertente de energia, bólido gigante,
é que transpassa minha aridez.

De repente vejo-me, dedos grafitados
num rabisco que me lembra diamantes
lapidados, em teus ímpares sonetos.

Dos versos que me faço nascem fetos;
queria, como os teus, fossem fadados
ao nascerem, já beijados como amantes.

CHAPLIN

Ao beber desta fonte, eu me inebrio;
Sinto que a poesia se avizinha
Da rua que pensara ser a minha
A estrada de brilhantes; sonho e crio.

Um anjo faz do bosque outrora frio
Chamado solidão, mudando a linha
Estrada fascinante em que se aninha
O coração que fora tão sombrio,

Bebendo a claridade lapidada
Por tuas mãos, poeta sem igual,
Nas calçadas aguando este floral

Com a alma entre belezas cultivada,
E ao ver tanta ternura e tanto ardor
Floresce em paz meu peito sonhador...
Publicado em: 16/02/2009 18:18:58
Última alteração:06/03/2009 06:45:30



Ao beijar a tua boca
Ao beijar a tua boca
Mil estrelas eu contei
A paixão deveras louca
Traz rainha e me faz rei...
Publicado em: 20/08/2008 20:03:18
Última alteração:19/10/2008 20:27:33



Antes sofrer por alguém do que não ter ninguém para sofrer.
117

Mote

Antes sofrer por alguém do que não ter ninguém para sofrer.

Antes sofrer por alguém,
Do que esta vida viver,
Sem ter mesmo ninguém,
Por quem se possa sofrer...

Marcos Coutinho Loures

Solitário como um lobo,
Que perdeu sua matilha
Coração ficando bobo,
Sem ninguém, vazio trilha....
Publicado em: 21/11/2008 09:46:53
Última alteração:06/03/2009 17:03:54


ANÚNCIOS
Vem,
que te reacendo
quantas vezes quiseres ...
Turbilhão de prazer,
vais desfalecer ...
(ivi)


Se, pelos cinco mil alto-falantes
Que um dia, a Tropicália anunciava
Bradando pelas sendas mais distantes,
Enfrento esta maré terrível, brava

É possível prever que fascinantes
Momentos; tanto sonho emoldurava
Nos versos que me fazes, provocantes,
Anúncio de verão, vulcão e lava.

E neste Turbilhão; vou me perder,
Parodiando quem farto prazer
Distribui a todos os que sabem

Do amor que é pura entrega, sem delongas.
E a prosa tão gostosa quando alongas
Impede que ilusões morram; desabem...
Publicado em: 19/12/2008 11:31:15
Última alteração:06/03/2009 13:50:11


Anúncios
Anúncios
Confusos
Fusos e fusões
Expressos...
Congressos
E regressos.
Erros repetidos.
A porta e o parto
Alucinação?
Anunciação...
Publicado em: 15/04/2009 15:53:05
Última alteração:17/03/2010 20:48:38


Já não te falo, e nem te ouço mais...
Mas o amor, eu sei,
Cantará para sempre!
Mesmo, que o poeta se cale...
E a escritora, se finde!
Restará, no ar, o som eterno, daquele brinde...
Naquele amanhecer...
Quando, cessando o pranto,
Encantados, me flagrei a olhar,
E você, também,
Que a rosa, estava lá!


A poesia, amada, nunca morre,
Assim como esse amor que imaginamos.
Quando a tristeza vem, amor socorre
E nos refaz intensos qual sonhamos...

Na rosa da emoção, a poesia,
Eterna companheira dos amantes,
Nos versos que entoamos; fantasia,
Que forra o nosso peito, por instantes...

O brinde que fazemos ao amor,
Em cada verso vivo, nossa meta,
Permita que se diga ao sonhador
Da profunda ilusão de ser poeta.

A rosa que nos guia, essa aliança,
Eternizada sempre na esperança!

Ane Marie
Marcos Loures
Publicado em: 22/02/2007 14:18:08
Última alteração:06/11/2008 12:06:08



AO AMOR...

Amor: total insânia que dardeja
Além do que minha alma, mansa, beija,
Resplandecendo em versos, alvorada.
Na pele tão macia, tez morena,
Por Deus em toda glória esculturada,
Caminho de esplendor, tão cedo acena.

Na manhã que se fez em liberdade,
Deixando para a noite uma saudade,
Refestelada em luz, claro frescor,
Declina sobre a areia, um raro sol,
Louvando com fulgores, deus amor,
Fazendo o coração ser girassol...
Publicado em: 03/09/2007 21:51:35
Última alteração:23/10/2008 20:41:20



Olhares que infinito procuravam
Enquanto uma esperança; já traziam,
Aos astros num momento alevantavam
E as luzes das estrelas refletiam.
Ao ver tanta beleza se exaltavam
E não acreditavam no que viam.
Restando tão somente aventurarem-se
E às mãos destes amores; entregarem-se...
Publicado em: 09/11/2007 22:44:05
Última alteração:23/10/2008 18:56:01




3
CUBO
U B
B U
OBUC

Publicado em: 26/08/2008 21:04:21
Última alteração:17/10/2008 17:12:




Ao dedilhar o piano,
Ao dedilhar o piano,
A saudade desafina,
Entoando um desengano
O passado descortina...
Publicado em: 13/08/2008 18:50:24
Última alteração:19/10/2008 19:


Ao fazeres tanta festa Coração pegando fogo A noite foi tão gostosa, Jogamos o mesmo jogo

Ao fazeres tanta festa
Coração pegando fogo
A noite foi tão gostosa,
Jogamos o mesmo jogo
Publicado em: 22/10/2008 17:42:46




Ao folhear rápido o livro virtual
O olhar ávido procura o mote
Pra assistir o amor desfilando igual
Em todos os dias em imenso lote

Embarguei a busca, o que digitar
Palavras sem emoção se refugiaram
O olhar tristonho deitou a pensar:
Sem fantasias, aniversários olvidaram

Nos sonetos arte pioneira dos poetas
Na perfeição da métrica, ritmo, rima
Poucos como tu dominam como sina

Não resisti voltei à tela poetar o que?
Se um copo d’água, uma flor te oferecer.
A fantasia aflorará, se recusares, o que fazer?


Jamais eu me furtei à fantasia,
Se é dela que meu verso se alimenta,
Porém a vida traz sua magia
Mesmo em momentos duros de tormenta.

Meu canto, na verdade te diria
Da amarga sensação que me apascenta
No fogo que, discreto, poderia
Tornar a vida menos violenta.

Sabendo de teus sonhos, vou contigo,
Embora a realidade nos açoite
Um mundo imaginário; enfim, persigo

Porém não posso nunca me calar,
Mesmo na escuridão da imensa noite,
Decerto brilha um raio de luar...

SOGUEIRA
ML
Publicado em: 30/12/2007 19:21:55
Última alteração:09/10/2008 21:21:37


Ao fuder tua buceta Minha puta tão safada


Ao fuder tua buceta
Minha puta tão safada
O meu gozo se completa
Nesta gruta mais molhada.

Fudelança a noite inteira
Gozo aqui gozo acolá
A xaninha feiticeira
Não se cansa de gozar.

Eu te gosto bem putana
A faminta canibal
Tua língua tão sacana
Na cabeça do meu pau.

O teu cu por sobremesa
Uma lauta refeição
Vou seguindo a correnteza
Até chegar esta explosão

Te lambuzo e me lambuzas
Nesta santa putaria
Nossas pernas tão confusas
Sacanagem, poesia...
Publicado em: 14/08/2008 18:47:27
Última alteração:07/10/2008 15:00:35

A Flor do Maracujá


Catulo da Paixão Cearense



Encontrando-me com um sertanejo,
Perto de um pé de maracujá,
Eu lhe perguntei:
Diga-me caro sertanejo,
Porque razão nasce branca e roxa,
A flor do maracujá?

Ah, pois então eu lhi conto,
A estória que ouvi contá,
A razão pro que nasci branca i roxa,
A frô do maracujá.
Maracujá já foi branco,
Eu posso inté lhe ajurá,
Mais branco qui caridadi,
Mais brando do que o luá.

Quando a frô brotava nele,
Lá pros cunfim do sertão,
Maracujá parecia,
Um ninho de argodão.
Mais um dia, há muito tempo,
Num meis que inté num mi alembro,
Si foi maio, si foi junho,
Si foi janeiro ou dezembro.

Nosso sinhô Jesus Cristo,
Foi condenado a morrê,
Numa cruis crucificado,
Longe daqui como o quê,
Pregaro cristo a martelo,
E ao vê tamanha crueza,
A natureza inteirinha,
Pois-se a chorá di tristeza.

Chorava us campu,
As foia, as ribeira,
Sabiá tamém chorava,
Nos gaio a laranjera,
E havia junto da cruis,
Um pé de maracujá,
Carregadinho de frô,
Aos pé de nosso sinhô.

I o sangue de Jesus Cristo,
Sangui pisado de dô,
Nus pé du maracujá,
Tingia todas as frô,
Eis aqui seu moço,
A estória que eu vi contá,
A razão proque nasce branca i roxa,
A frô do maracujá

Nesta Semana Santa minha homenagem AO GRANDE AMIGO DA HUMANIDADE EM SEU MARTÍRIO
Publicado em: 06/04/2007 22:47:21
Última alteração:27/10/2008 18:56:59


Ao grande amor de minha vida...


Interessante isso tudo, contra todas as convenções sobre amor, eu ainda te quero, e muito.
Não de um querer explícito e egoísta, desses que a vida, normalmente nos apresenta.
Muito estranhamente, te quero.

Bem sei que estás feliz e que nem te lembras mais nem de mim e nem do que vivemos.
Pode ser, até, que para ti não tenha sido algo de maior importância. Éramos tão crianças; e isso talvez tenha sido decisivo para que eu não te esquecesse.
Casei, descasei, fui feliz, chorei, me desesperei, gozei os prazeres e as dores que a existência traz.

Mas tua presença ficou sempre, como se fosse um pano de fundo para que a vida transcorresse.
Volta e meia, principalmente nas horas mais angustiantes, brilhavas, tornavas a brilhar, diminuías o brilho, mas nunca apagaste.
Estrela constante e salvadora...

Eu te amo isso é bastante, e me satisfaz plenamente.
Não, eu bem sei que não serás minha e nem quero isso.
Poderia ofuscar a luz de um tempo que foi meu, e de mais ninguém.
Teus beijos ainda alimentam a alma. A calma e a doçura que transmites são as pilastras que fazem a minha vida seguir.
Transcorrer como o rio manso que terminará no mar, inevitavelmente.

Por isso és a margem que faz com que eu possa ter a segurança de seguir sem medos. A dor pode vir, a solidão nunca virá. Existes em mim de forma insubstituível e imortal.
Não sei se lerás isso ou se meu canto chegará aos teus ouvidos; pouco importa, nada importa para mim a não ser saber que te tive.

Que tive tua boca, teus olhos, teus seios, tua ânsia de viver e a primavera de uma mulher maravilhosa, que perdi no verão e que hoje, no outono, me dá a garantia de que o inverno pode chegar sem pânicos, sem medos, indolor...
Não digo e nem direi teu nome, só a mim ele pertence, nem quero te reencontrar, isso não mais é meu, foi a fotografia do que vivemos que se perpetuou num negativo sempre revelado pela alma. Minha alma, minha calma, sem chama, brasa que alimenta a vida...

Quando me falam de ti, não ouço, nem pretendo ouvir, poderia macular a imagem perpetuada, santa imagem que venero, estás no meu oratório, és meu santuário.
Ah, és a saudade doce e serena, a saudade do que, mais que tudo, fui.

Bem sei que és o reflexo de minha juventude, espelhas a vida sem marcas, a alma sem sofrimentos, o gosto delicioso do que já não mais sou e nem nunca serei.
Na verdade, não sei se te amo. Bem sei que o que amo em ti, sou eu, um eu morto e esquecido num canto qualquer.
Arquivada em minha história, mas plena a cada instante em que busco ser feliz.

Nunca me abandonarás, bem sei. E essa certeza que me faz seguir em frente. Sem medo da vida, sem medo da morte, com um álibi maravilhoso para continuar a minha existência...
Publicado em: 09/12/2006 20:39:46
Última alteração:24/10/2008 13:53:39

Ao ler este fantástico poema
Eu fecho os meus olhos e sinto
Esse vento suave e gélido
Arrepiando minha pele...
A emoção me toma
E aquela dor aguda dói na garganta...
O vento responde soprando mais forte
Como que se trazendo todos os abraços do mundo...
E traz também perfumes de lembranças e sentimentos
E penso comigo como a vida é linda,
Como o mundo é maravilhoso,
E como estou tão viva!

Eu sinto o cheiro de fogueira queimando
E o vento frio me traz imagens da noite de inverno
Dos amigos rindo em volta do fogo que dança,
Contando suas histórias e sonhos...
Ouço o crepitar dos galhos secos que queimam,
E sei que as árvores generosas os deixaram cair,
Pois o que aquece neste instante não é o fogo que arde,
Mas o calor dos amigos reunidos a cantar a vida!
E penso comigo como a vida é linda,
Como o mundo é maravilhoso,
E como eu estou tão viva!

As crianças falam entre si exaltadas
O vento me faz cócegas e elas me sorriem...
Eu vejo ondas impulsivas saindo da voz dos pequenos
Eu vejo energias positivas em cada som que soa de suas bocas
Eu vejo a vontade intensa de vida em seus atos
Elas se movem e falam tão livres quanto suas pipas
As pipas são sonhos de vida no céu cheio de nuvens...
Crianças são sonhos materializados em vida...
E penso comigo como a vida é linda,
Como o mundo é maravilhoso,
E como estou tão viva!

O vento vem e faz um carinho e sinto frio...
E percebo o calor que há dentro de mim...
Eu ouço a bola lá fora que bate
E quem a chuta não cansa e a bola sempre volta...
Meus olhos se enchem de lágrimas
Pois a canção da vida toca sua melhor canção
E danço com ela, e ouço a porta que se abre,
E fico feliz porque não só alguém sai, também entra!
E penso como a vida é linda,
Como o mundo é maravilhoso,
E como estou tão viva!

O vento também ouve a canção da vida
Pois quase o vejo rodopiar...
Ele sai e entra pela janela...
Ele convida as roupas penduradas no varal
Para uma dança de um mesmo passo...
As folhas secas espalham-se pelo quintal,
E as rosas avisam que vão secar também,
Mas os novos botões logo irão se abrir...
E penso como a vida é tão linda,
Como esse mundo é maravilhoso,
E como eu estou tão viva!

As lágrimas vertem quentes pela minha face pálida
Sinto intensamente alegria e gratidão...
Sinto-me observada e tenho certeza
Que algo muito maior que tudo o que posso ver
Está me olhando e sorri comigo...
Sinto a paz emergindo do mais profundo do meu ser
E a gata amarela vem pra perto, se aconchega e dorme...
Eu deixo que tudo isso saia de mim e contagie tudo...
Pois a vida é tão linda!
Este mundo é tão maravilhoso!
E estou tão verdadeiramente viva!
SHIMADA COELHO

Ao ler este fantástico poema
Meu verso em timidez, apenas canta
Beleza tão sublime que me encanta
Aconchegado sob um raro tema.

E verdadeiramente a luz me emblema
Tocado pela fonte, imensa e tanta
A poesia em ti já se agiganta
Trazendo com vigor dourada gema.

Lapidas as palavras, sentimentos,
Com esplendor além do imaginável,
Espalhas tanta vida pelos ventos,

Tu és, da poesia, Dama e Diva
Talento sem igual, e insuperável,
Estando na verdade mais que viva...
Publicado em: 22/01/2009 17:59:21
Última alteração:06/03/2009 07:13:46



Sugar e ser
sugado pelo amor
no mesmo instante boca milvalente
o corpo dois em um o gozo pleno
que não pertence a mim nem te pertence
um gozo de fusão difusa transfusão
o lamber o chupar e ser chupado
no mesmo espasmo
é tudo boca boca boca boca
sessenta e nove vezes boquilíngua.

Carlos Drummond de Andrade


Ao mesmo tempo sorvo e sou servido
Sorvetes de nós mesmos, vulva e falo.
Num ato em que se mostra resolvido
Na boca que se ocupa mais eu falo.

Prazer de se sentir e ser sentido
Depois com fúria imensa, não me calo.
No espasmo violento eu não duvido
Balança esta roseira treme o talo.

Num jogo onde jamais há vencedor
Apenas um empate mavioso.
Um rio que se esvai mais devagar

Levando a cachoeira a se compor
De um liquido profano e fabuloso.
É recebendo amor que irás me dar...
Publicado em: 16/08/2007 14:46:07
Última alteração:14/10/2008 12:32:21



AO MEU AMOR

MINHA PELE DELICADA
EXALA PERFUME GOSTOSO
ENEBRIA ATÉ PRÓPRIOS DEUSES
GRECO-ROMANA E A TODOS
NÃO PODERÁS ESCAPAR
DESTE SUAVE TESOURO

Não quero sentir medo nem saudade
Apenas esse vento me acarinha
Trazendo, esse poder: felicidade.
A noite sem talvez já se avizinha...

Promessa que me traga novo amor
No brilho desta estrela que morreu.
O vento que soprando traz sabor
De tudo que minha alma se esqueceu.

Andava te buscando, minha rosa,
Jardins que percorrera, tão vazios...
Por mais que consideres vaidosa,
Revive nos meus sonhos, velhos trilhos...

Amor que calmamente, tudo invade,
Ao mesmo tempo sangra e não mais arde...

GELIS
ML
Publicado em: 14/12/2007 16:56:17
Última alteração:23/10/2008 08:32:35


AO MEU AMOR

Vai meu mar amar maré
Maresia mar e sina,
Amando Mar e Marina,
No meu mar, morreu a fé,
Nadava, mas não deu pé.
Fui tragado por sereia,
Que cantando, fez a teia,
Que prendeu seu grande amor,
Nem por reza ou por favor,
Cessou brasa, que incendeia...
Publicado em: 02/01/2008 14:54:56
Última alteração:22/10/2008 19:26:14



Ao meu amor,
Reservo todo o meu carinho...
Um universo,
Feliz tecido,
Como se fora,
Realidade, o paraiso...
Todo o calor do amor...
Que como o sol,
Em mim, encerro...
Toda a poesia,
Que como flores,
Vai brotando,
Dentro em meu caminho...
Tudo que sou...
Minha alegria...
O meu melhor...
Que com amor,
E só amor,
A ti entrego!


Tecendo meu futuro em nosso enredo,
Na tela multicor que Deus me deu,
Sabia que era assim e desde cedo
Meu mundo neste sonho se verteu.
Amor que já conhece esse segredo,
Concebe o teu porvir bem junto ao meu...

Brotando nos jardins do paraíso,
A flor que enfim recende uma esperança
De um dia mais preciso e mais conciso,
Jogando qual um barco que balança
Meu braço no teu corpo sem ter siso,
Formando em cada toque uma aliança...

Tu és tudo o que quis, o meu melhor,
Amor que nos retrata, é bem maior...

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 25/04/2007 21:49:08
Última alteração:06/11/2008 08:40:45




Por você, meu amor,
quebro as regras do tempo.
Entrego-me à espera mantida
em meu corpo marcado pela tua ausência.
Ouço miragens e juras secretas de amor...
Guardo meu ser em contemplação infinita e sóbria
de momentos cravados em nossas almas
entrelaçadas pela eternidade.
Cultivo o sagrado e perene sentimento
de que só você tem a chave
por conhecer os nascentes mistérios
que, um dia, lhe foram revelados.
Embriagada de desejo e paixão
ensaio frases e promessas de amor.
Preparo-me de corpo e alma
no ardente desejo de, novamente,
ter você em mim.

Tomada pelo amor, a eternidade,
Além de todo o tempo, além da vida.
Transcende o sentimento. Na verdade
Se mostra, redentor, nossa saída.

Embora tão constante, esta saudade
Redime minha sorte já perdida,
Poder te amar com toda a liberdade
Tocado pela luz tão distraída.

Eu sinto esta presença em cada dia,
Não sabes mas estás dentro de mim,
Motivas meu viver, minha alegria

Eterna sensação de estar contigo,
Vivendo nosso amor até o fim.
Meu passo, par em par, assim prossigo...

MARA PUPIN
Marcos Loures

Muito agradecido Mara, minha querida mestra.
Publicado em: 08/05/2007 20:22:00
Última alteração:06/11/2008 07:48:30


Tecendo meus tapetes de ilusão,
Transformo meu sorriso num lamento...
Mergulho meu amor em solidão,
Transporto tempestades, beijo o vento...
Quimeras, gargalhadas, solução?
Não vivo sem lamber o sofrimento...
A morte muitas vezes, o meu pão.
Os raios desta angústia, o firmamento...

Não falo das renúncias nem conquista...
Vou tresloucadamente mas tão lúcido...
Meus barcos não me gritam: terra à vista!
Opacos meus destinos, são bem parcos.
Espelho não reflete, pois translúcido...
Não sei nadar, procuro por teus barcos...
Amor, sem teu carinho, perco o cais.
Por isso, não se perca nunca mais!
Publicado em: 13/12/2006 06:02:14
Última alteração:24/10/2008 13:55:44

Meu amor é penuginha
Das asas duma andorinha
Que nasceu de manhãzinha
Num coração sofredor,
Nas asas do passarinho
Que neste peito fez ninho,
Trazendo tanto carinho,
Pr’esse peito sonhador.

Cada vez que o peito chora,
Eu mando a tristeza embora
Tenho tanto amor agora
Parece vou explodir,
O meu verso vai saindo,
Das penuginha surgindo
Desse sorriso mais lindo,
Que vi, nos lábios surgir

Nesta boca de carmim,
Deste amor que guardo em mim,
Que bem de mansinho, assim,
Vem beijar meu coração.
Neste verso improvisado
Trovador enamorado
Vai cantando apaixonado,
Transbordando de emoção.

Eu quero a pele de louça
Toda a beleza da moça
Que Deus do Céu sempre me ouça
E não deixe ela fugir.
Não quero andorinha morta,
Quando o meu peito abriu porta,
Minha vida que era torta
Só amor fez corrigir...

Publicado em: 01/03/2007 20:07:09
Última alteração:23/10/2008 20:11:22



AO NOSSO AMOR / XVI


Só uma coisa queria
Que esses versos fossem meus
Mataria tua sede de saudade
Encheria o meu vazio dos teus "eus"

Minha saudade me sufoca
Queima dentro em mim ,pura desilusão
Mas tua presença é sentida
E me acaricia o coração

Moça bonita e faceira
O meu verso é todo teu,
A saudade é verdadeira
No teu fogo se acendeu.

Vem comigo em meu caminho
Não te canso de chamar,
Mar, estrela, cama e ninho,
Toda noite vem brilhar.

MARISTELA
MVML
Publicado em: 06/10/2007 19:04:01
Última alteração:04/11/2008 11:43:23



AO NOSSO AMOR -

Mais este dia eu te amo...
Aposto nesta ventura.
Rabisco esta poesia,
Com ternura, meu amor...
Os meus sonhos, revelei...
Sem saber do amanhã!

Libertei-me dos meus medos...
Ousei lograr o encanto
Universal, desta chama...
Revelando-te querido,
Este amor que assim me toma,
Sublimado, na alegria!

A vida faz a festa
Nos olhos de quem amo.
Amar, o que nos resta

Menina eu tanto clamo
A noite que virá
Regada com prazer
Impávida trará
A sorte de saber

Gravado na lembrança
As marcas da alegria
Zelando em temperança
Zarpando com magia
Atravessando o dia.
No olhar de quem eu quero
Esperança dizia
O verso que eu espero...

ANA MARIA GAZZANEO
Marcos Loures
Publicado em: 14/07/2007 15:35:40
Última alteração:05/11/2008 19:26:51


Meu amor, a vida é cheia de surpresas,
às vezes agradáveis, ás vezes desagradáveis,
e uma das surpresas maravilhosa
que aconteceu em minha vida
foi poder conhecê-lo e estar com você
amar você com toda a sinceridade, emoção
e honestidade que uma mulher possa ter
em sua alma feminina"

Meu amor eu te confesso
Que gostei desta surpresa
Teu carinho eu já te peço,
Mas venha sem ter lerdeza
Meu amor eu nunca meço
Pelo tamanho da mesa,
Simplesmente quero ter
Teu jeitinho de princesa.

Todo dia de manhã
Na nossa cama, que festa,
Depois disso, nosso afã
Muito trabalho é o que resta,
Quando provei da maçã,
No meu coração; a fresta,
Na verdade foi um rombo,
Devastação na floresta!

Já faz tempo que te quero
Muitos anos que te adoro,
No teu amor me tempero,
Sem o teu amor eu choro,
Toda noite eu sempre espero
No teu corpo que decoro,
Teu prazer é meu prazer,
Meu amor eu não demoro.

Vou correndo te dizer
Desse amor que trago aqui
Tanta coisa por fazer,
Nesse amor eu me perdi
Eu só quero é te saber
Deitadinha bem aqui,
Para a gente mergulhar
Nesse amor que tenho em ti.

Rita de Cássia Loures
Marcos Loures
Publicado em: 23/03/2007 20:54:12
Última alteração:06/11/2008 10:19:12
AO NOSSO AMOR

Ferrenhos sentimentos que contemplo
Nos levam de repente à flor da idade,
Forjando em nosso peito um manso templo
Trazendo o coração em majestade.
Amor nos traz a vida como exemplo
De quem procura paz e liberdade.
Fazendo-nos felizes, valorosos,
Dos dias que vivemos, orgulhosos...
Publicado em: 07/12/2007 19:36:20
Última alteração:23/10/2008 17:37:03

Musa,
lambe, lambuza,
me usa, me abusa...

Taiguara

Ao me entregar à musa dos meus versos,
Completamente nu; sem ter defesas,
Vagando por galáxias, universos,
Em magnitudes tantas, correntezas...

Meus sonhos que parecem ser dispersos ,
Unidos num só canto sem ter presas,
São monotonamente bem diversos,
Pretendem só manter luzes acesas...

Ó Musa estou entregue nos teus braços,
E danço em teus desejos, meus sentidos;
Os cinco misturados, mas esparsos...

No Canto que em beleza se anuncia,
Da Musa divinal; nossos ouvidos
Felizes escutando-te POESIA...
Publicado em: 08/04/2007 21:54:04
Última alteração:15/10/2008 21:32:52



Te amei, pois em ti encontrei minha metade ideal.
A calma para a intepridez de meus anseios.
Amei o encanto de tua voz.
Na tua sábia disciplina, o jeito de um pai ou irmão.
Amei também o invólucro que aninha teu ser.
És uma jóia ametista, oriundo do céu.
Uma safira a refletir a luz celeste,
e neste azul celestial me encontro a voar.
Te amei...
pois fostes o único a sanar meus ruídos.
Somos em síntese uma só história...
O poeta e a poetisa.
Tu és para mim as horas amáveis.
No meu silêncio beijo teus lábios.
E em um só ritmo vamos ao paraíso.

Sonhei com um tesouro, qual menino,
De pedras preciosas recheado;
Num diamante imenso me ilumino,
Neste rubi sem par, apaixonado.

Numa esmeralda esplêndida, esperança
De ter este coral de cor tão rara,
Dum ouro sem igual, nossa aliança,
Amor que se mostrou jóia mais cara.

Na gema que encontrei; tão mais precisa,
Em forma de menina-flor morena,
Minha alma embevecida, poetisa,
Ao ver o tal tesouro logo acena.

E diz-te nesse beijo assim, querida,
Que bom um paraíso em plena vida!

Aracelly Loures
Marcos Loures
Publicado em: 20/05/2007 16:26:29
Última alteração:05/11/2008 23:07:39


Te amei, pois em ti encontrei minha metade ideal.
A calma para a intepridez de meus anseios.
Amei o encanto de tua voz.
Na tua sábia disciplina, o jeito de um pai ou irmão.
Amei também o invólucro que aninha teu ser.
És uma jóia ametista, oriundo do céu.
Uma safira a refletir a luz celeste,
e neste azul celestial me encontro a voar.
Te amei...
pois fostes o único a sanar meus ruídos.
Somos em síntese uma só história...
O poeta e a poetisa.
Tu és para mim as horas amáveis.
No meu silêncio beijo teus lábios.
E em um só ritmo vamos ao paraíso.

Sonhei com um tesouro, qual menino,
De pedras preciosas recheado;
Num diamante imenso me ilumino,
Neste rubi sem par, apaixonado.

Numa esmeralda esplêndida, esperança
De ter este coral de cor tão rara,
Dum ouro sem igual, nossa aliança,
Amor que se mostrou jóia mais cara.

Na gema que encontrei; tão mais precisa,
Em forma de menina-flor morena,
Minha alma embevecida, poetisa,
Ao ver o tal tesouro logo acena.

E diz-te nesse beijo assim, querida,
Que bom um paraíso em plena vida!

Aracelly Loures
Marcos Loures
Publicado em: 20/02/2007 14:53:01
Última alteração:06/11/2008 12:07:09



AO NOSSO GRANDE AMOR /


Quero beber contigo no mesmo cálice,
reviver mais uma vez nossa esperança,
embriagar-me com o brilho do teu olhar,
inventar pra nós dois uma nova dança.

Misturar o suor do meu corpo com o teu,
misturar salivas e o mel dos nossos cios,
Pelos arrepiados roçando contra os teus,
Usufruir contigo de orgasmos sucessivos.

Esta noite será só nossa e talvez a única,
e não foi à toa que este vento te trouxe,
para meus braços sedentos apaixonados,

precisamos reviver nosso caso de novo.
Sonharmos mais uma vez acordados
com este inebriante e louco gozo.

Façamos ao desejo um belo brinde,
Pois ele nos brindou em gozo e festa,
No fogo do desejo se deslinde
Todo o fulgor a quem a sorte empresta

Orgásticas luxúrias satisfazem
E fazem desta vida, um novo acorde,
Aonde mil calores que se aprazem
Permitem que a vontade nos acorde

Convidam quais bacantes em delírio,
Ao louco despudor de cada entrega,
Um corpo tão sedento, sem martírio,
Tomando em tentação, amor se esfrega

Nas pernas, boca, coxas e nos seios,
Quem quer ser mais feliz; pra que receios?

GELIS
MVML
Publicado em: 01/09/2007 19:37:02



Do cansaço eu há muito ando esquecida,
de repente estou jovem novamente.
O teu corpo é pra mim a própria vida
quando o toco, amorosa, ao sol poente.

Se te amo e tu me amas plenamente,
nem me importa o que diz lingua atrevida.
Do cansaço eu há muito ando esquecida,
de repente estou jovem novamente.

Vou, portanto, prosseguindo destemida
na estrada que se estende à minha frente.
Tenho força, sou mulher forte, aguerrida,
vivendo agora este momento, o meu presente.
Do cansaço de há muito ando esquecida.

As fascinantes noites tentadoras
Produzem emoções tão fabulosas,
As coxas que se tocam redentoras,
Jardins que se procuram querem rosas.

As nossas carnes trazem tal perfume
Que vão embriagando em cada toque.
Vencida a tempestade do ciúme
Procuro em tuas formas meu enfoque.

Desejo destas doces, mornas fontes,
Neste mormaço intenso que me queima,
Observo neste sol meus horizontes
Na cama, me ofereces guloseima

Que quero desfrutar cada pedaço,
Sem me importar sequer com o cansaço...

HLuna
Marcos Loures
Publicado em: 17/02/2007 14:24:04
Última alteração:06/11/2008 12:07:47




Rainha do reino encantado
Do teu amor...
Querido, você é poeta!
Minha alma por certo está repleta,
De bem querer por ti...
Todo o meu ser, agora por um triz...
Neste amor, periga, se perder...
Eis-me! Toma-me!
Em amor, me tornei!
Só amor, por você!


Quem dera ser cantor para exaltar
Amor assim tão nobre e mais divino.
Poder entre as estrelas divagar
Tomando em minhas mãos o meu destino..

Quem dera ser poeta e em ti sonhar
Meus versos num soneto em que te nino,
Vertendo em fantasia este luar,
Voltando eternamente a ser menino.

Quem dera se eu pudesse te dizer
De toda esta paixão que enfim me move,
Os teus desejos todos conhecer,

E ser além da vida, companheiro
Teu canto enamorado me comove
E toma o sentimento por inteiro...

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 15/04/2007 17:08:24
Última alteração:06/11/2008 09:31:43



AO PAI
O Pai que nos redime e nos conforta,
E nos ensina sempre que o perdão
Indica ao caminheiro a direção
Abrindo com certeza qualquer porta

No amor que a todos nós cabe e comporta
Que seja assim eterna a floração
Sublime que nos mostre que a união
Já deixa a solidão vazia e morta.

No encanto deste Pai, claro e perfeito,
Eu bebo até sentir-me satisfeito
Sabendo que somente sou feliz

Se eu tenho nos meus olhos o sorriso:
A melhor tradução do Paraíso
Que ilumina o caminho outrora gris...


Marcos Loures


Meu caro amigo, me uno ao seu soneto
Pra enfatizar de Deus o seu ensino
Que transportou-nos p’ros rincões divinos
Tirando nossa alma lá do gueto

Esse amor que você fala em seus versos
Da tênue vida aqui é a mola mestra
Por ele as demais coisas dou à destra
E nele quero sempre estar imerso.

Na união com esse Pai que é perfeita
Perdoados veremos outros horizontes
E paz perene vamos obter como colheita.

Abeberando nossa sede nesta Fonte
As diferenças então, serão desfeitas
No Paraíso, onde nada nos confronte.

NATANAEL SANTOS
Publicado em: 17/02/2009 18:32:33
Última alteração:06/03/2009 06:24:56



Quando, sorrindo, vais passando, e toda
Essa gente te mira cobiçosa,
És bela - e se te não comparo à rosa,
É que a rosa, bem vês, passou de moda..

Antero de Quental

Ao passares pelas ruas ladrilhadas
Emana teu perfume, lembras rosa,
Seguindo neste aroma, quais pegadas
Encontro-te radiante e tão formosa.

As horas de tristezas já passadas
Mostrando que esta sorte deleitosa
Ergueu-se das fortunas destroçadas
Trazida pela mão mais venturosa

Daquela a quem amara num segredo,
Em sonhos endeusara a vida inteira
Salvando-me do eterno e mau degredo,

Curando estas feridas com carinho,
Na mansidão perene e verdadeira,
Forrando com olores nosso ninho...

Publicado em: 19/03/2007 22:58:19
Última alteração:15/10/2008 19:42:45



Ao pensar no nosso amor
Ao pensar no nosso amor
Não me lembro de mais nada
Só de ti, do teu calor
Invadindo a madrugada...
Publicado em: 16/01/2010 22:14:59
Última alteração:14/03/2010 20:40:44



Ao perceber vazios e lacunas
Sentir este som ...
Fechar os olhos...
Te tocar ...
Sem medo.
Te esperar ...

IVI

Ao perceber vazios e lacunas
Eu tento conhecer cada pedaço,
Vencendo a tempestade, areia e dunas,
No mar da fantasia, riscos traço.

Singrando no horizonte estas escunas
Eu vejo decifrado cada passo,
Distante placidez de outras lagunas
Meu rumo pela vida, eu mesmo faço.

Desfaço antigos nós de olhos fechados,
E beijo a ventania, com prazer.
Por raios e relâmpagos cercados,

Os sítios da esperança são assim,
Fugazes fogos fátuos posso ver
Gêiser intermitente dentro em mim...
Publicado em: 26/01/2009 20:59:15
Última alteração:06/03/2009 07:03:21



Modo de exibição completo
Re: Comentário: TE AMAR.
...
De: José Roberto Palácio <jrpalacio@gmail.com>
...
Exibir contato
Para: marcos loures <marcosloures@yahoo.com.br>
________________________________________
“Auriverde e pendão”, gozo e tesão...
Estamos no país da putaria,
A coisa é séria, por favor, não ria
Nem vá ficar chorando. Confusão!
Não vês que esta chegando a eleição?
Que a putaria, enfim, seja bem vinda.
O toma lá da cá já se deslinda,
Os ratos vão estar na televisão.
E a conversa vai correr fiada,
“As coisas vão ficar muito melhor”
Horário eleitoral, e haja nó
E enquanto isso eu dou uma trepada.
Eu já me acostumei com meu País!
“Ó pátria amada idolatrada”, sou feliz!
Josérobertopalácio

Assim a tropicália do passado
Revisitada mostra este presente
E nele algum futuro se apresente
Levando para sempre este legado,
Engodo que deveras foi herdado
É dado sem ter nada ainda em mente,
No todo cada instante diz semente
No solo com terrores adubado,
Refeita a nossa história meu amigo,
Eu tento muitas vezes, não consigo,
Sentir outra promessa mais sincera,
Porém um dia além quem sabe Deus
Depois de tantos anos nestes breus
Possa surgir enfim a primavera?






Navegando

Não sei em qual palavra te encontrar
São tantos loures, navegando aqui
Iguais os pensamentos ao navegar
Que me perdi remando bem ali

O colorido, a página desbotada
Angústia e solidão palavras vivas
Rolando sem ter rumo sem achada
De tão triste fiquei lembrando divas

Remando mesmo assim cheguei aqui
O barco sem mudar de direção
Sabendo do caminho percorri

Mirei, olhei nas águas sem azuis
Quisera ter pincel sempre na mão
Pra colorir teu mundo de ilusão

sogueira


Tu tens em tuas mãos este buril
Que traz em cada lavra maravilha,
E quando esta beleza se palmilha
O mundo se tornando mais gentil,
Deveras muito além do que se viu
No olhar tão fascinante já rebrilha
O tempo noutra face, rara trilha
Podendo ser de fato mais sutil,
Assim amiga vejo em cada verso
Cabendo dentro em nós outro universo
Diverso do que seja realidade
Esculturando a vida desta forma,
A poesia tudo ora transforma
Enquanto com ternura nos invade.





Esta cena aos meus olhos, moderna,
Estas pernas morenas torneadas;
Dão mancada meus olhos. U’a açucena
De uma cena em beleza exaltada.
Encravada minha visão foca a morena
E sem pena permanece encravada
Nada diz ela, sorri, liga a antena
E já encena aceitar uma cantada.
Está lotada a seção do cinema
E sem problema ela aceita passear
Pra conversar dizer-me tudo que ama,
Quem sabe a cama seja o seu paladar.
Pra passear entrou no carro e vamos nós
E já folguei o cós da calça pro após.
Josérobertopalácio

Morena seduzindo cada olhar
Tomando toda a cena nos algema
E como fosse assim neste cinema,
Vontade de decerto mergulhar
E ter no quanto possa o mesmo tema
Aonde poderia divagar,
Levando sem fronteiras céu e mar
Traçando no prazer um raro emblema,
Amor tem destas coisas, e é verdade,
No quanto muitas vezes nos invade
Não deixa mais espaço para nada,
Assim ao perceber este delírio,
Por mais que o filme seja algum martírio,
Sessão é com certeza a premiada.





À tardinha, de noite e de dia,
Poesia quer soltar-se, quer rua
E me acua, não perde a mania
Esta cria de querer ver-se nua.

Segue crua no passo e debute
E eu labute a descrever sua mania
Sem que ria, sem que nada ampute
E me embute do que eu jamais queria.

Utopia querer ganhar mundo!
Não me inundo. Isso passou do meu sonho...
Componho só pra mim; desde quando
Das rédeas da poesia eu apanho?

Nada ganho se a poesia quer ser solta,
Corta! Se perder-se na rua, não tem volta.

Josérobertopalácio


Amigo a poesia não tem pressa
Nem mesmo qualquer dono ou mesmo um amo,
No quanto da esperança teimo e clamo
A vida noutro verso recomeça,
Palavra se soltando não tropeça
E sabe do caminho cada ramo,
E quando na esperança enfim proclamo
O mundo noutra senda nunca estressa,
Deixemos à vontade cada verso
Que é livre ao dominar seu universo
Gerando por si só farta beleza,
E dele um novo surge encadeado
Liberto companheiro, lado a lado,
Alado sem fronteiras, com destreza.
´---------------------------------------



Ao som da melodia delicada,
*Brincando com a Lua*

Quando te vejo em suave claridade
Numa calmaria na altivez do luar
Os olhos fecham, tento te alcançar
Apago da memória a banalidade

Elevo o pensar arranco a algema
Flutuo na imensidão do teu pulsar
A alma sonâmbula começa a poetar
E suplica aos céus em breve dilema

Onde encontrar a órbita que circunda
No invólucro pensamento obscuro
De tão frágil como ser prematuro
Faz do coração uma enorme tunda

Cheio de magias que a poeta cria
Recolhe-se para ouvir tua melodia

Sogueira


Ao som da melodia delicada,
Delírios entre flores e canteiros.
Na voz encantadora de uma Fada,
Prazeres são comuns, são corriqueiros.

Ouvir, do coração, a melodia
Que espalha pelos Céus a claridade.
Vivendo a verdadeira poesia,
Alados pensamentos: liberdade.

Amor, quanto maior, mais frágil é,
Na tenra sensação de ser feliz,
Alçando o Paraíso. Força e fé,
Deixando a minha tarde menos gris

E enquanto a deusa bela, ao longe canta,
Minha alma, hipnotizada, se agiganta...
Publicado em: 12/01/2009 20:33:22
Última alteração:06/03/2009 07:35:39




Ao suplantar diverso contratempo
*Na Ilha da Fantasia*

Uno meus sonhos ao teu sonhar
Viajo sem palavras neste destino
Para te encontrar em alto mar
Recolho o néctar em desatino

Como o ponteiro que não descansa
Sob o peso do tempo ritmado
É meu sonhar que sempre alcança
A fortaleza teu canto enamorado

No estatuto que não rege o amor
Nem balança que pesa pensamento
Abono desta ilha os contratempos

Pra cada momento não olvidar
Rejo minha orquestra na cabana
E dela nosso canto em Hosana
Sogueira

Ao suplantar diverso contratempo
Chegando à fortaleza que me alente,
Por mais que no caminho, tanto vente,
A vida se transforma a cada tempo.

Nos cânticos, nos pórticos, promessas
Do dia em que se possa trafegar
Além do turbulento e imenso mar,
Seguindo este querer que assim confessas.

Não tendo mais medida, não me importo,
Se acaso eu ancorar em outro porto,
Terei de teu olhar, fonte e farol,

Quem tem o manso amor por faroleiro,
Permite mesmo ao cego timoneiro
A guia que ilumina este arrebol.
Publicado em: 15/02/2009 21:00:18
Última alteração:06/03/2009 06:35:37


Ao te ver já peladinha
Ao te ver já peladinha
Deitadinha em minha cama,
O pelado então se aninha
Assanhando a xana em chama...
Publicado em: 03/03/2008 20:23:06
Última alteração:22/10/2008 14:11:39


Ao te ver solitária pelas ruas
E aqui estou,
triste,
sozinha ...
Tinha tanta
ilusão ...
(ivi)


Ao te ver solitária pelas ruas
Das ruínas desta alma que foi minha,
Uma imagem distante se avizinha
E embora tão tristonha, já flutuas.

Saber destes anseios que cultuas,
É como se encontrasse rara vinha,
E mesmo que persistes; vã, sozinha
Tu trazes em teu rosto sóis e luas.

É tanta claridade que entontece,
E faço num louvor a ti a prece
Que possa redimir teu descaminho

Quem sabe, no futuro esta ave possa
Perceber a emoção que pensei nossa
E venha descobrir, em mim, seu ninho...
Publicado em: 15/02/2009 21:21:59
Última alteração:06/03/2009 06:35:51


AO SABOR DE UMA AMIZADE
Deixando uma tristeza no passado,
Vivendo em teus carinhos, mansamente.
O tempo da alegria demonstrado
A cada belo encanto e novamente
Seguindo suas trilhas, encantado,
O mundo se transforma, de repente.
E tudo o que eu sofrera, não foi vão,
Depois desta tristeza: redenção!

Publicado em: 04/02/2008 13:17:03
Última alteração:22/10/2008 16:45:35


AO SABOR DO VENTO

Recebo no mote da sorte o gosto amargo
E no trago, no afago e não largo,
Nem que a noite não venha...
Sei de nada que vaga e chega,
Se apega e não trama
Apenas chama o gosto
Agosto e sei termos
Amar não tem lote
Em tantos desenhos
De giz.
Do gim e do fim que se aproxima
Do final de meu mundo.
Mudo e sem gosto
Exposto sem rosto
Sou o fim da sorte
Da luta sem ganas
O medo do nada
Nas dívidas pagas e cumpridas.
Quero o vago e o manso
O remanso do colo que não tive.
A restinga que não veio
O tempo que não pedi
E o manto que não vestia.
Apenas obedecia
Ao gosto do vento.
Liberto sem amarras, olhos explodindo,
E envolvido no vazio, no vazio do tempo...
Que sofre todas as variações.
Vibrações e ações das tempestades.
Vamos pelas luas e pelas estrelas.
Que a vida não espera.
Tempera...
Publicado em: 31/12/2006 15:24:35
Última alteração:28/10/2008 10:41:10


Ao vento estas palavras se perdendo,
E
minh'alma
em sintonia com a tua
e o Amor se faz presente ...
(ivi)


Ao vento estas palavras se perdendo,
Acerco-me dos sonhos mais audazes,
Esqueço os meus curingas, penso em ases,
Prazer jamais passou de um vago adendo.

A história novamente revivendo,
Os quadros destroçados, simples fases,
Acumulando os riscos que me trazes,
Distante do que cri, envelhecendo.

Discórdias se tornando um estribilho,
Lembranças contumazes; vejo e trilho.
Resquícios do vazio que criamos.

Errático poema em voz sombria,
O quanto de emoção nos desafia
E as árvores quebrando antigos ramos...
Publicado em: 18/03/2009 16:58:14
Última alteração:20/03/2009 16:50:31



Ao ter este vulcão perto de mim,
Tentei fujir de tí, mas foi inútil
Perdida em pensamento pecaminoso
Encontro-me aqui, estado fútil
Chamando-te no gozo estrondoso

Tocar a tua pele, quente e macia
Perder-me em teu beijo doce, tão ardente
Olhando no teu olho, eu já não sabia
Que tipo de amor, aqui se sente

Entre palavra e caricia, por nós trocada
Vejo um céu azul, tua presença
A lua em mim ajoelhada, me faz molhada

Nossa casa está vazia, vem me ver
Brincar aquele tão nosso louco momento
Abraça-me e entregue-se a mim, todo teu ser...

POLI SUB

Ao ter este vulcão perto de mim,
Deliciosamente me perdi.
Chegando num momento junto a ti,
Promessa de um prazer quase sem fim.

Num sensual delírio quero assim
Tocando devagar aqui e ali,
Na imensa ebulição em que verti
O fogo mais audaz; por isso eu vim

Falar desta volúpia insaciável
Do Amor insuperável, quase incrível,
Tua nudez; perfeito combustível

Teu corpo delicado, irretocável.
Vagar entre os teus vales e montanhas
Num jogo em que te ganho e que me ganhas...
Publicado em: 24/04/2009 08:09:08
Última alteração:17/03/2010 20:46:57



Ao teu coração.



Quero teu corpo,
corpo e alma,
alma e sonho
Sonho teu sonho,
ponho meu sonho
em teu sonho,
Em teu sonho
ponho corpo e alma,
anima, animal.
Mal sei seu seio,
seu ser não sei
serei ou não seria.
Se ria e não seria,
séria série, sertão.

Ser tão e nada ser,
nadar sem ser mar,
mar
amar...
Amar
Maria,
amaria,
amar e rir,
rio e mar...

Quero fero
acero e seara,
sendo senda
renda e venda.
A venda
à venda
venda os olhos.

Molhos e melões,
meus leões
e minha lira.
Maria, nada mais
mar e ria...
Rindo
do vindouro ouro
que nunca veria,
nem viria.
Varro a sanha
e a senha,
venha...

Tenha tento,
tento tanto,
canto e canto
encanto...
Em cada canto,
celacanto tempestade,
peste
há de me dar
medrar e morder.
Mor de todos
os lodos e lados,
lagos e afagos.
Alagoas,
as lagoas,
as algas
e águas ardentes.
Dentes entre dentes
como dantes,
dantesco colosso.
O osso que oprime,
primeiro meio e método.

Todo meu antídoto,
ante todo
e antes de tudo.
Vê ludo
vedo veludo,
véu e lodo.
Odor acre, ocre...
Vi vivi viveria...
Veria
se vi
o que teria,
queria ou não queira.
Na beira dos beirais
dos areais reais e fantásticos.

Os estáticos
e tácitos táticos
tentáculos, oráculos...
Mas, no fundo,
oculto
meu culto é teu,
te amo,
ateu coração,
a teu coração!
Publicado em: 08/12/2006 00:30:09
Última alteração:24/10/2008 13:52:10

AO TEU LADO


Minha vida sem razão
Se perdendo em noite escura,
Ao sentir nossa paixão,
Acabou-se esta procura
Publicado em: 25/08/2008 19:40:41
Última alteração:17/10/2008 17:07:57


Ao ver sobre esta mesa o corpo inerme
Eu perdi o seu corpo para um verme...

CRETCHU

Ao ver sobre esta mesa o corpo inerme
Daquela que se fez a predileta,
O ciclo inevitável se completa
Na fúria desdentada deste verme

Que aos poucos começando na epiderme
Devora desta forma, vil e abjeta
Até que a vã carcaça cumpra a meta
Fazendo com que uma alma já se enferme.

E trague a podridão como um troféu,
Amortalhando em trevas todo o céu,
Na súbita traição inevitável.

A boca que eu beijara em tom solene,
Sorvendo o gozo amargo que envenene
Atômico compósito mutável...
Publicado em: 30/11/2008 21:32:13
Última alteração:06/03/2009 16:28:27



E se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? Também os pecadores amam aos que os amam.

Evangelho segundo Lucas
Capítulo 6
Versículo 36.

Ao ver tantas desgraças que acontecem
Percebo quanto o amor foi esquecido.
Bocas que se maldizem sempre tecem
Desculpas para ofensas. Esquecido
O povo que será dono do céu,
Tão maltratado morre em cada esquina.
Usando de artimanhas como um véu,
A mão que é tão voraz, já discrimina.
O triste, meu querido carpinteiro,
É vermos em Teu nome tanta farsa,
Quem tinha que ensinar ao mundo inteiro,
Odiando, simplesmente se disfarça
E grita contra irmãos, discriminando,
No desamor imenso, vão matando...
Publicado em: 16/04/2007 14:05:27
Última alteração:15/10/2008 17:14:19





A moça mostrava a coxa,
a moça mostrava a nádega,
só não mostrava aquilo
– concha, berilo, esmeralda

Carlos D. de Andrade


Ao ver em transparências divinais
Os seios e mamilos da morena.
Desejo de saber e ver bem mais
Até chegar nudez, completa e plena.

Distâncias de centímetros parecem
Quilômetros da mão que te procura.
Tais formas delicadas não se esquecem,
Porém esta visão já me tortura.

Das coxas uma imagem me alucina,
E rendada, salmon, a salvaguarda
Não deixa que eu perceba a concha, a mina,
Que um dia em fantasia, enfim me aguarda.

A moça distraída, num sorriso,
Esconde e quase mostra o paraíso...
Publicado em: 23/08/2007 17:51:21
Última alteração:14/10/2008 06:30:36


Ao voltar à nossa casa,
Ao voltar à nossa casa,
Eu depressa percebi,
Restou cinzas desta brasa
Que outro dia ardia em ti...
Publicado em: 12/08/2008 14:07:16
Última alteração:19/10/2008 19:52:18



Aonde amor aflora.
Onde eu encontrarei
Quem tanto poderia
Trazer um claro dia
À turva e tosca grei
No quanto amor é lei
E rege a fantasia
Deveras eu teria
O que bem mais sonhei,
Restando muito mais
Do quanto em temporais
A vida trouxe outrora,
O parto não traduz
A imensa e clara luz
Aonde amor aflora.
Publicado em: 06/07/2010 17:54:35

AONDE ESTÁ?
Ritual de batismo. O pastor afunda a cabeça do fiel dentro de um tonel cheio dágua e pergunta:
- Você viu Jesus?
- Sim! - responde o fiel.
- Aleluia, irmãos! - gritam todos.
Chega o próximo.
- Você viu Jesus?
- Sim!
- Aleluia, irmãos!
O próximo da fila é um sujeito caindo de bêbado.
O pastor afunda a cabeça dele dentro do tonel e pergunta:
- Você viu Jesus?
- Não, senhor!
O pastor afunda novamente a cabeça dele.
- Você viu Jesus?
- Não, senhor!
Irritado, o pastor repete o ritual.
- Você viu Jesus?
E o bêbado:
- Tem certeza que ele caiu aí dentro?
Publicado em: 09/10/2008 12:17:50



Aos pés da Santa Cruz o caminheiro
Tristeza,
que se abateu
no meu coração,
que antes era
somente ilusão ...
(ivi)

Aos pés da Santa Cruz o caminheiro
Depondo suas preces busca a paz.
O amor como um terrível companheiro
Dor e felicidade, medo traz.

De todos os pendores, mensageiro,
Ao mesmo tempo é manso enquanto audaz
Terríveis ilusões, bem corriqueiro
Tramando as amarguras e os manás.

E triste por não ter a companhia
Que há tanto desejei e nada vinha,
Pensando que a emoção fosse tão minha

A noite desabando assim vazia,
Mortalhas disfarçadas de esperança
Enquanto a morte em vida já me alcança.
Publicado em: 05/01/2009 23:00:53
Última alteração:06/03/2009 12:29:58





Agora aqui;
Longe daquela terra;
A minha terra;
Aquela que me viu nascer;
Apreendi a minha maior;
Essência.
Todos me levam
e ninguém me trás.
Levam tudo sim.
Carne, pele e ossos.
Até meu tutano conseguem sugar
Levam tudo sim.
O melhor que há em mim.
Trazer-me, nunca.
Senão o pior que neles há.

Ana Branco
Poetisa angolana.

Aos pobres esquecidos nas senzalas
Modernas dos prostíbulos e guetos.
Tapetes e molduras ganham salas,
Retratam mamelucos, brancos, pretos

Mostrando em cada face o mesmo medo,
E as marcas das chibatas da injustiça.
Nos quadros mal se esconde este segredo
Que é feito de suor, e de cobiça.

Sugados pelas bocas mais vorazes,
Rasgados, maltrapilhos, fedorentos,
Vertidos nestas telas são capazes
De ter quase um sorriso sem lamentos...

Na sala dos ricaços, estampados,
Em quadros, valem muito... tristes fados...
Publicado em: 25/08/2007 20:09:20
Última alteração:14/10/2008 06:36:50

Aonde estarás?
Aonde estarás?
A mesa diz
Do que foste
A pressa
Histórias
Memórias
A presa
Apreço
E o preço
É saudade...

Publicado em: 01/08/2008 13:58:28
Última alteração:19/10/2008 22:09:01


AONDE ESTIVESTE?
Becos
Ecos
De outro tempo
Templos do que fomos
Gomos deste sonho
Insano precipício.
Se isso fosse assim
No sim e não da vida
Ávida mordida
Da ácida esperança
Ancas de morenas
Renas e Natais.
Taças e banquetes
Festas. Frestas
De portais
Arcaicos
Cais
Cacos...
Passageiro...
Metrônomo
Mecânico
Acólito
Assíduo.
No fim da feira
Xepei minha alma
Arma e calma
Calada da vida
Na cálida expressão
Do riso sarcástico
Das ilusões.
Publicado em: 31/05/2008 20:43:58
Última alteração:20/10/2008 20:09:53


AONDE O AMOR ESTIVER
Noite,
e as estrelas,
parece que
desenham
o teu lindo rosto ...
(ivi)

Escuto Schubert
Aberto o peito
Reabro a senda
Que se desvenda
De qualquer jeito
Sem tenda ou templo
Contemplo o rosto
Desenhado
Por estrelas
Nos céus.
A música
A métrica
Um mantra
Antrazes cura
Tântrica noite
Tétrico passado
Lúdico momento
Body and soul

Quem sou se nada soa
Senão o eco
Do que fomos
Representado
Pelo som
Que invade
A noite.

Cigarros,
Carros
Aros
Tiaras
E estrelas.

Bocas
Tocas
Rocas
Roças
Ares
E estrelas.

Mento
Tento
Assento
Poeira
De luzes
E estrelas.

Estrelas
Estar
Star
Aonde o amor
Estiver.
Publicado em: 25/03/2008 21:45:46
Última alteração:21/10/2008 22:05:51



Poema do sol, sem céu

Essa amargura de querer,
Ficar com você,
E não poder ...

Essa ansiedade louca...
A lutar com o invisível,
Que se escoa rápido,
Sem que se possa conter...

Esse riscar o quadro
E preencher, o espaço...
E descrever o esboço agoniado...
De uma saudade que teima em doer...

Esse girar em círculo,
Tendo ao centro a esfinge...

E a fada...
E o duende...
E o mago...
E a roda...
E a fogueira, ascesa...
E a mesa posta...
com o fruto proibido...
E a solenidade...
E o vaso em flores, artificiais...
E a nave espacial...
E as estrelas...
E a música...

E os olhos que pregados em mim,
Me encabulam...
E essa vontade louca de beijar tua boca...

E o desejo imenso a batalhar os meios,
Para que comigo, permaneças...

Que sem você...
Estou a viver...
Como um sol, sem céu!

Tanta saudade sinto de você,
Rainha deste céu, minha coragem...
Procuro por seus braços, mas cadê?
Decerto já partiu, seguiu viagem...

Não vejo nada mais do que se crê
A sorte de quem teve essa visagem,
Agora que aprendi como se lê
Amor em mansa e bela paisagem

Eu perco todo o rumo, nada faço,
Sem ter o seu carinho, deusa amada.
Meu verso se perdendo, busco o traço

Formando em aquarela este matiz.
Não sobra no meu peito quase nada
Aonde vou achar você? Me diz...

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 20/03/2007 22:13:17
Última alteração:06/11/2008 10:36:27



Aos ais do meu coração
Aos ais do meu coração
Falo amor que não sacia,
Quando enfrento o furacão
O transformo em calmaria...
Publicado em: 25/12/2009 18:45:37
Última alteração:15/03/2010 22:09:05


Se esqueceste tua sede meu amado
Vem para a minha matar
A distância é grande, causa amargura
Não vejo a hora de te encontrar, será loucura
Meu mundo é só teu, confesso
Penso em ti, dia e noite sem parar
Meu coração bate forte, te quero
Aos teus braços quero muito me aconchegar
E quando avistar a bela lua
Já espero, amor estar contigo
Não agüento tanta vontade
De encontrar-te aqui comigo...


Nas plêiades observo uma tiara
De intensa claridade em belo brilho,
No céu, desesperança cortinara
Não deixando sequer sinal de um trilho.
Minha alma num momento já avistara
Caminho sem fronteira ou empecilho
Quem dera se um cometa aqui chegasse,
E aos braços de quem amo, me levasse...

ISABEL NOCETTI
Marcos Loures
Publicado em: 26/05/2007 15:43:47
Última alteração:05/11/2008 22:58:46



Aos Mestres e Mestras
Sou filho de professores, irmão de professora e casado com professora.
Tenho convivido com a Educação desde os meus primeiros dias já que, além de ser filho de mestres, havia na própria casa onde eu morava um curso de Admissão.
Para os mais jovens, antes da lei 5692/71 tínhamos o Ensino Primário, até a quarta série, depois o Admissão que servia como um pré requisito para se entrar no Ginasial, hoje equivalentes aos 4 últimos anos do Ensino Fundamental.
No colégio onde estudei, havia uma coisa interessante, apesar de ser um Colégio Público, tínhamos o Ginásio Orientado para o Trabalho, com formação em técnicas agrícolas, industriais e comerciais além da educação para o lar...
Com a mudança de prioridades do Governo Federal e o agravamento da ditadura militar, isso acabou e passou-se a priorizar cada vez mais o ensino particular.
A reedição das escolas técnicas federais e a melhora inegável das escolas públicas com melhor aparelhamento e aumento da perspectiva de futuro para os jovens o caminho está sendo, de novo, percorrido.
Quem é pobre ou veio das classes mais carentes economicamente falando, como é meu caso, se recorda da quantidade enorme de crianças e adolescentes dotados, intelectualmente, acima da média que tiveram seus futuros abortados por não terem condições econômicas de prosseguirem nos estudos.
No meu caso, se não tivesse estudado na Universidade Federal do Rio de Janeiro, com certeza não teria tido as condições econômicas necessárias para poder fazer Medicina.
Há um mito generalizado de que as faculdades públicas são absolutamente elitistas, na verdade não o são. Normalmente temos alunos da classe média e do proletariado em proporção que pode surpreender quem não convive com a realidade.
Alguns cursos, principalmente os noturnos, são freqüentados por uma maioria de pobres ou de oriundos da classe média que não teriam, muitas vezes, condições de pagar um curso em uma entidade particular.
A privatização do ensino público superior sim, essa é canalhamente elitista.
A possibilidade dos mais carentes, através do PROUNI e do FIES poderem ascender tanto intelectualmente é de um valor inesgotável para os mais pobres e menos assistidos, os que necessitam de governo.
Quantos de nós tiveram seus futuros abortados por falta de apoio governamental!
Cada vez mais passo a entender a necessidade de uma revolução feita através da educação. Somente ela poderá reorientar o futuro das próximas gerações, e isso é inegável.
Defendo a formação de uma APAE para os superdotados, tantas vezes abandonados e deixados de lado por falta de apoio governamental e da sociedade. Excepcional no sentido positivo da palavra, com investimentos maciços para que o futuro destes seja, independente da classe social, mais alvissareiro.
Infelizmente, para uma boa parte das elites, o crescimento intelectual do proletariado é perigoso e ameaçador.
Isso pode ser visto pela constatação de que, apesar do custo de vida ter se tornado menor, o que favorece a classe média, há uma grande relutância em aceitar as melhorias como um fator positivo de governo.
Mestres e mestras, parabéns no dia de vocês.
É com muita emoção que vejo, hoje em dia, a certeza de que o futuro será melhor e através do trabalho e dedicação de vocês.
Abramos os olhos para a luz que se aproxima no final do túnel e não esqueçamos da importância absoluta de vocês para que a justiça social, nosso maior ideal, seja uma realidade e não somente um discurso político vazio.
Parabéns!
Publicado em: 15/10/2006 12:30:07
Última alteração:23/10/2008 13:17:36



Aos Mestres

Educai as crianças, para que não seja necessário punir os adultos. Pitágoras


Amados mestres, trago um agradecimento
Em forma de poema a quem, a vida inteira,
Em luta tão feroz, carrega uma bandeira,
Muita vez desfraldada em vão e contra o vento...

Depois de tanto luta amargo esquecimento
De quem não percebeu a base verdadeira
De tudo que consegue uma vida altaneira.
O mundo não seria assim tão violento,

Se ao mestre fosse dado o valor que merece.
Nestes versos que faço, a Deus rogo uma prece;
Um canto mais audaz e pleno de esperanças!

Que exista nessa terra, a plena educação.
Para que não precise existir punição,
Só tem uma maneira: educando as crianças!
Publicado em: 21/11/2006 22:37:39
Última alteração:23/10/2008 16:26:15



Aos Meus Amigos, com Amor.

Conhecer alguém aqui e ali que pensa e sente como nós, e que embora distante, está perto em espírito, eis o que faz da Terra um jardim habitado.
(Goethe)

É bom saber que existes; minha amiga!
Na luta tão difícil pela vida
Que tantas vezes vem e já periga
Saber que estás aí, minha querida.

Tantas vezes sozinho, busco o mar...
Distante mar que nunca mais eu vi.
Cismando, sou teimoso, em tanto amar,
Nas ondas deste mar eu me perdi...

Pensava descobrir uma esperança
Nas águas tão profundas, num abismo,
Em busca da possível aliança
Que venha sem trazer qualquer cinismo...

A vida faz promessas não cumpridas
De sermos mais felizes, por um dia.
As lágrimas nem sempre são vertidas
Marcadas por tristeza e alegria...

Entendo o que tu sentes, e disso gosto.
A face que me mostras, tão bonita.
Deitando sobre o colo, eu já encosto,
Amiga... Nossa vida traz desdita.

Mas somos, na verdade, mais benditos;
Pois temos, em nós mesmos, nosso cais.
Lenitivo perfeito para aflitos
Momentos que eu espero, nunca mais...

Eu te amo, minha amiga e companheira,
Da forma mais sagrada que conheço.
Distantes, não importa; vens inteira,
Da mesma forma que sempre te obedeço...

E sentes o que sinto, protegemos,
Vivemos nossos colos e paixões...
Amores que nós mesmos só sabemos,
Que brotam nestes nossos corações...

A voz que repetimos, ecoamos,
Traz sempre nossos sonhos e carinhos...
Amiga; tanto, tanto nos amamos.
Sabemos que jamais somos sozinhos...

Eu venho e te agradeço eternamente.
O fato da existência deste amor.
Que é manso tão macio e envolvente,
É forte e se traduz; pleno vigor...

Assim; minha querida, vamos juntos.
Sabendo que estarei sempre contigo;
Pensamos traduzir nossos assuntos,
Deitados neste sonho, tão amigo!

Eu te amo, de verdade, não se esqueça.
Vivemos deste amor tão soberano,
A cada novo tempo que começa,
Amor que renovamos, a cada ano!
Publicado em: 30/12/2006 07:58:39
Última alteração:28/10/2008 11:23:26


AOS SEUS 15 ANOS


-Filha minha, não busques a subida
no tropeçar de passos inseguros;
caminha firmemente, pela vida,
leva contigo os ideais mais puros!

Nem queiras os caminhos da descida,
são eles fáceis, amplos e sem muros;
a paz é uma conquista a ser obtida
nos terrenos mais áridos e obscuros!

Busca sempre a Montanha e não lamentes
as urzes que se espalham no caminho;
somente a dor redime e se hoje sentes,

nos pés feridos a aridez da estrada,
mais tarde encontrarás o doce ninho
da Paz que só aos bons é reservada!

Marcos Coutinho Loures


Publicado em: 04/03/2007 14:00:11
Última alteração:26/10/2008 23:14:49



APAIXONADAMENTE //

No frisson que se encontra nosso amor
Sei que não existe outro par
Que sirva para te
E que a mim vá completar

Predestinada já convenço-me que estou
De viver só para ti
Seja lá do jeito que for
Distante, bem longe daqui
Nossos pensamentos se encontram
Em pleno frenesi


Amor se faz ardente quando é bom,
Causando uma vontade de adentrar
As matas, corredeiras, num frisson
Difícil de conter, de segurar...

Cantamos melodias, mesmo tom,
E vamos noite afora, lua e mar.
Morena, no teu doce mel, bombom,
Comer a fruta até me extasiar...

E no pomar, de novo, uma maçã
Que se oferece à gula em paraíso.
E assim me lambuzar em louco afã.

Pois sei que o mais gostoso encontro em ti,
Beijando tua boca, o teu sorriso,
Causando reboliço e frenesi....

GELIS
MVML
Publicado em: 11/08/2007 14:16:51
Última alteração:05/11/2008 16:21:06



APAIXONADAMENTE //


Noite caliente...
Fogueira acesa...
Castanholas...

Incensos da paixão
Que se arrebenta,
Atinge o ápice e...
Dança cigana,
À luz da lua...

Na chama que devora,
Aflorado o desejo,
Em tremores e beijos,
Cedemos ao prazer
Que nos inflama.


Violas e guitarras lua plena,
Mostrando na nudez luz soberana,
Dançando sob a lua, uma cigana,
Em ritos sensuais logo me acena,

E a noite se desnuda mais amena,
E deita em minha cama vem temprana,
Nos brilhos de seus braços já me explana
Vontade de seguir se concatena

Entranho em tal delírio, avanço insano,
E bebo cada raio de luar,
Até que enfim argênteo a me fartar

Distante de qualquer um desengano,
Galgando eternidade em cada passo,
Eu adormeço imerso em teu abraço...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 27/08/2007 18:50:21
Última alteração:05/11/2008 12:54:35



APAIXONADAMENTE /

Depois da nossa imaginária cavalgada
Tentei sem nenhum êxito contar as estrelas
Extática uma delas me deteve
Nela enxerguei tua tristeza

Choras por mim bem sei
Só que não queres admitir
Em teus versos claramente isto revela
Não vê quem não tem um coração pra sentir

Química existe no nosso amor
Física em nossos corpos
Matemática na soma dos nossos beijos

Cibernética na nossa mente e em nossos poros
Como podes então negar que me amas
Se já sei que me adoras!

Jamais neguei que quero o teu amor,
Se eu sonho o tempo inteiro possuir
Morena mais faceira que há de vir
Com toda esta vontade e com fulgor

Meu verso te percorre a te compor
Rainha dos meus dias. Vou pedir
Aos céus, aos mares, lua em pleno ardor,
Que possa finalmente te sentir

Na cavalgada em louca maestria
Teu corpo junto ao meu, forte atração.
Tomado por insânia e por paixão

Além do que jamais eu saberia
Dizer; deixo que fale o coração
Ao decorar a tua geografia...


GELIS
Marcos Valério Mannarino Loures
Publicado em: 04/08/2007 15:56:33
Última alteração:05/11/2008 17:11:52


Neste ninho de amor que construímos
Regado em cada gota de orvalhada
É como passarinhos que se aninham
Após tantas tormentas trovoadas

Em cada pena uma história desenhada
Em cada tema uma paisagem edificada
Assim os laços que eram fracos ressurgirem
Entrelaçados de carinhos em cada página

O sentimento edifica arranha-céus
A volúpia é passageira de incertezas
Ambas são inimigas com certeza

A suavidade deste amor em tela lenta
Longe dos arroubos em plena selva
Em nada neste mundo nos supera

Os passos com firmeza sendo dados,
Permitem uma certeza mais exata.
Assim ao decidirmos os sagrados
Caminhos onde a força que nos ata

É feita sem lançarmos sorte em dados,
E cada vez mais firme se constata
A glória de seguirmos conjugados.
Assim a vida, amor já não maltrata...

Eu sei que às vezes temos ousadias,
Pois são bem necessárias, eu não nego.
O bote quando traz loucas magias

Protege contra o medo e contra enfado.
Na mansidão exata em que navego,
Permito-me dizer apaixonado...

SOGUEIRA
MVML
Publicado em: 25/08/2007 18:13:47
Última alteração:05/11/2008 12:58:51



Quase insuportável
Viver desta maneira
Bem cedo já acordo
Contigo na cabeça

Não tenho mais alegria
Não sinto passar os dias
As noites para mim transformaram-se em agonia
A insonia me consome
Igual doença sem cura
De que vale benzinho,
viver nesta amargura?

Apaixonadamente me entreguei
De corpo e de alma, cego e destemido.
Amar passou a ser a minha lei
Meu rumo, nesta estrada, decidido.

Ao ver tua partida; percebi
Que tudo o que eu sonhara se perdera.
Matando sem perdão, a primavera,
Levando todo amor, longe daqui.

Viver sem ter quem amo. Triste sina.
A vida se repete novamente.
Como posso esquecer se em minha mente
Tua lembrança vem e me domina.

Escute este lamento em poesia
Deixaste de presente uma agonia...

GELIS
Marcos Loures
Publicado em: 20/07/2007 16:37:01
Última alteração:05/11/2008 19:08:27



Apaixonadamente me conquistas
A cada dia mais e mais e tanto.
Amor que me embalando em teu encanto
Transforma os corações em anarquistas...

Perdendo o meu domínio, te deliro,
Dos dois que éramos antes, em desejo,
Único coração, agora, vejo.
Espinho majestoso em que me firo!

Teu corpo no meu porto, todo meu.
As bocas se torturam e se pedem
E nada, nem as dores, nos impedem,
De ver na claridade, todo o breu.
E ter na escuridão a clara luz
Que sempre nos treslouca e nos seduz!

E saibas, minha amada companheira,
Que mesmo que não seja assim constante
Paixão que te transforma em minha amante.
Por certo é sempre forte e derradeira.
Mistura de prazer com tanta dor,
Um dia essa paixão trará o amor!
Publicado em: 16/09/2008 15:12:52
Última alteração:17/10/2008 13:49:3



Silêncio
E a ternura,
Brandura,
Olhar que toca,
E acena...

Doce cena...

E te beija...


AMG

Ecos
Ocos
Ocas
Régios
Riscos
Ritos
Rotas
Bocas
Becos.
Locas
Focos
Ócios
E delírios
Cios
E desejos
Carícias
Vícios
Mergulhos
Abismos.
Sismos
Cataclismos
Ebulição,
Bulindo
Burilando
Sedas
E cetins,
Sendas
E jardins,
Volto
E recomeço,
Incessante,
Envolvente,
Temporal.
Atemporal...
Publicado em: 26/11/2008 21:52:21
Última alteração:06/03/2009 16:36:28



Em meus momentos escuros
Em que em mim não há ninguém,
E tudo é névoas e muros
Quanto a vida dá ou tem,
Se, um instante, erguendo a fronte
De onde em mim sou aterrado,
Vejo o longínquo horizonte
Cheio de sol posto ou nado
Revivo, existo, conheço,
E, ainda que seja ilusão
O exterior em que me esqueço,
Nada mais quero nem peço.
Entrego-lhe o coração.


Fernando Pessoa


Ausência de um amor,
Faces deformadas
Versos sem sentido,
Lua enegrecida...
A praia distante
Amargando o mar.
Cerzindo a escuridão
Tornando gris
Meu horizonte.
Mas, quando,
O pensamento
Rompe o gradil
E irrompe liberto...
É como o raiar do sol
Após a tempestade...
Florescendo
E frutificando.
Desabalado coração,
Descendo cordilheiras...
Chega ao infinito...
Publicado em: 28/11/2008 15:17:49
Última alteração:06/03/2009 16:29:22



Vontade de te abraçar...
Te quero amor, não escondo.
Pois invadiste meu mundo
Trazendo a felicidade.
Verás assim estampada.
Neste riso em minha boca,
Neste torpor me invade,
Quando te amo e tão louca,
Sem me conter te agarro,
E sem reservas me entrego.
Te levo pra sempre em mim,
No meu peito tatuado.
Eu te amo, meu amado!

Um canto apaixonado que se estampa
Nos olhos de quem quero; minha amada,
Seguindo o meu caminho até que a campa
Já venha encerrar minha jornada.

Não vejo meu destino sem te ter,
Tu és decerto um sonho: ser feliz.
Nas mãos de nosso amor, vital poder,
Um marco onde se encontra e se prediz

Futuro de ternuras, regalias,
Vencendo as cordilheiras da saudade,
Entorpecido eu sigo tantos dias,
Buscando no teu ser, felicidade.

Eu quero que tu venhas, cada passo,
Rumando junto a mim, imenso espaço...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 08/10/2007 14:50:20
Última alteração:04/11/2008 11:41:40

Entregas que se dão sem um limite
Dos corpos que sedentos não se cansam
Da busca de um prazer extasiante,
Orgasmos que queremos já se alcançam.

Desnuda, tua pele junto à minha,
A vulva em minha boca, incendiada,
A mão vai percorrendo cada ponto
Tua umidade doce e desejada.

Sentindo teu prazer se derramando,
Meus lábios vão sugando cada gole
Que aflora desta senda sensual,
Não deixa sobrar nada, e tudo engole.

Servido de teus vinhos, me inebrio,
Tocado pelo cio insaciável,
Ardentes emoções proporcionadas,
Além do que pensara imaginável.

Eu quero cada gozo que tiveres
Nas chamas do desejo que não cessa.
Fazer-te mais feliz em cada cópula,
E podes me cobrar esta promessa.

Sou teu, isso eu não nego e te desejo,
Furores enaltecem meu querer,
Amada, eu necessito de teu corpo,
Intensa catedral feita ao prazer...
Publicado em: 04/12/2008 16:37:42
Última alteração:06/03/2009 16:03:10





Depois dessas noites frias
De tão frias e vazias
Tão vazias não sabias
De toda minha emoção
Buscando amor por encanto
Tanto quanto como um manto
Que protegesse do pranto
Que não matasse ilusão...

Depois de tanto sofrer
Muita vida percorrer
Sem meu destino saber
Procurando a solução
Que nunca pensei tão perto
Miragem no meu deserto
O meu sonho descoberto...
Sem segredo e sem perdão
Nossas matas, selvas, flores
As seivas desses amores
Sem saber mais de pudores
Explodindo em tentação.
Em tantas loucas torrentes
Descendo pelas correntes
Para inveja dessas gentes
Distantes, sem salvação.

Nosso amor é nossa sorte
É nosso rumo, meu norte,
Amor assim é tão forte
Suporta qualquer tufão.
É verso que te versejo
É tanto que te desejo
Em cada canto te vejo,
Rastreio nesta amplidão...

Um dia, talvez quem sabe
De não tanto amor que não cabe
Amor que nunca se acabe
Determine uma explosão.
De tanto que quis amar
De tanto te desejar
Nosso amor invada o mar
E alague todo o sertão!
Publicado em: 08/12/2008 18:05:28
Última alteração:06/03/2009 15:24:56


Num canto em que mais alto se levanta
O brilho desta estrela que trouxeste.
Reveste nosso amor em acalanto
O quanto, tanto tenho e sempre mais.
Desejo em meu caminho os teus solares
Sou mesmo um girassol a te buscar,
No catavento vivo da esperança
Nos olhos que procuram cada brilho
Dos raios que emanaste em profusão...
Sou teu e nada mais me tomará.
Publicado em: 06/01/2009 10:31:01
Última alteração:06/03/2009 12:29:33



Não percebeste quando uma alegria imensa
Tomava nossa casa, e por isso partiste.
A solidão atroz foi minha recompensa
Deixando-me por certo, assim, vazio e triste.
No corte provocado, a dor se revelando.
Aos poucos, minha vida, em mágoas, transbordando.

Seguir contra a maré, destino tão tacanho,
Das farsas que enfrentei, em dias tão vazios,
Nem mais uma saudade amarga, eu não estranho.
Ao me deixares só, feristes os meus brios.
Agora, toda a culpa encarnarei; querida?
Permita que o futuro, amor inda decida!
Publicado em: 07/01/2009 18:37:11
Última alteração:06/03/2009 12:02:27


Paixão que já nos toma totalmente,
Não larga um só minuto o pensamento.
Vibrando no prazer de estarmos juntos,
Rendendo-se ao desejo, sentimento.

Delírios mais profanos, fome tanta,
Recebo o teu carinho com vigor,
No pátio da alegria me esbaldando,
Sentindo o teu respiro sedutor.

Vaivém de corpos, dança erotizada,
Na lúbrica loucura que não cessa.
Eu te amo, nunca nego esta verdade,
Vem logo que o amor tem tanta pressa...
Publicado em: 08/01/2009 07:40:54
Última alteração:06/03/2009 11:51:38



Janela aberta
Vento rondando
Liberdade.
Canteiros e flores
Pomares, quintais.
A mais nada vem
Atrás do que busco
Rebusco palavras
Ofusco meu sol.
Mas é tão simples,
Somente amor.
Publicado em: 20/02/2009 15:27:37
Última alteração:06/03/2009 01:58:38


Ansiosa espero-te todas as noites,
Não me acostumo com este fato.
Da janela do quarto olho a rua,
Sorrio, suspiro, enfim desabafo.

És tu que vem chegando.
Escuto bater a porta do carro.
Desço às escadas correndo,
Atiro-me inteira em teus braços.

É tudo que preciso neste momento,
Extravasar minha louca paixão.
Sei também que me queres,

Vem, me tira da solidão!
Amanhã te esperarei outra vez,
E faremos tudo de novo.

Ao ver tua chegada no portão,
Percebo toda a sorte que recebo,
E tenho a maravilha que percebo
Ter sua origem sempre na paixão.

Mais forte vai batendo o coração
No amor que imaginei e que concebo
Marcado por desejo e sedução.
Eu sinto-me querida qual um Phebo

Que encontra uma Afrodite em sua cama,
Vivendo esta loucura que me inflama
Sou um homem feliz, isto eu não nego.

Não tema a solidão, triste quimera,
De novo revivendo em primavera
Num mundo mavioso assim me entrego...

GELIS
MVML
Publicado em: 14/08/2007 18:47:39
Última alteração:05/11/2008 16:16:40

Minha paixão é pegajosa
Onde ela bate prega
Quem não quiser se contagiar
Saia de perto de mim às pressas
Ainda vou dizer-te mais
Além de pegajosa é piegas

Já tentaram me curar
Desta paixão violenta
Só que não quis o remédio
Pois só ela me alimenta
Pode até incomodar a todos
Mas ela apenas me fomenta

Piegas na verdade é não souber
Que a vida sempre é feita para quem
Se dá sem ter vergonha do prazer
E sabe que amar só nos faz bem.

O risco tão gostoso de viver
Transporta uma alegria quando alguém
Sem medo de sonhar e de querer
Percebe quando a sorte chega e vem

Deixando para trás ressentimentos,
Mostrando a fantasia que, em momentos
Ajuda na difícil caminhada.

Vem logo, vem comigo, minha amada
Que a noite prometida é feita em festa
E amar e ser feliz? O que nos resta...

GELIS
MVML
Publicado em: 15/09/2007 13:06:17
Última alteração:04/11/2008 16:36:06



Não resisti a palavras tão lindas
Corri ligeiro vim te ver
Cantar um pouco meu canto
Dizer que te amo pra valer

Sem teus versos não resisto
Sou como peixe fora d’agua
Sou como o céu sem estrelas
Sem eles minha vida desaba

Sem eles fico à toa
Sem encontrar paradeiro
Falta ar nos pulmões
Coração bate ligeiro
E neste descompasso
Morro por inteiro

Na viva sensação da tua boca
Roçando meus sentidos, meu carinho
Se mostra como um breve passarinho
Que busca na alegria, a fonte louca

Dos sonhos colibris quando se aloca
Na flor que me ocultando seu espinho
Permite que eu bebendo do seu vinho
Ascenda ao infinito quando toca

Meus lábios com as pétalas morenas,
Revendo delicadas, fortes cenas
Em camas que florescem no jardim

Dos corpos exauridos, mas felizes,
Do amor que anda ligeiro sem ter crises
E vive, remoçando tudo em mim...

GELIS
MVML
Publicado em: 18/09/2007 19:39:20
Última alteração:04/11/2008 16:29:20




Vontade de te abraçar...
Te quero amor, não escondo.
Pois invadiste meu mundo
Trazendo a felicidade.
Verás assim estampada.
Neste riso em minha boca,
Neste torpor me invade,
Quando te amo e tão louca,
Sem me conter te agarro,
E sem reservas me entrego.
Te levo pra sempre em mim,
No meu peito tatuado.
Eu te amo, meu amado!

Um canto apaixonado que se estampa
Nos olhos de quem quero; minha amada,
Seguindo o meu caminho até que a campa
Já venha encerrar minha jornada.

Não vejo meu destino sem te ter,
Tu és decerto um sonho: ser feliz.
Nas mãos de nosso amor, vital poder,
Um marco onde se encontra e se prediz

Futuro de ternuras, regalias,
Vencendo as cordilheiras da saudade,
Entorpecido eu sigo tantos dias,
Buscando no teu ser, felicidade.

Eu quero que tu venhas, cada passo,
Rumando junto a mim, imenso espaço...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 08/10/2007 14:50:20
Última alteração:04/11/2008 11:41:40

Paixão que nos devora
paixão que não te hora
paixão sem demora.
Paixão que enfim aflora
Paixão que nos decora
Paixão que se assenhora,
Senhora dos meus dias.
Paixão tão violenta
Violenta meus segredos,
Adentra a minha vida,
Mudando os meus enredos
Paixão é feito a luz
Que nos conduz e mata,
Paixão nos arrebata
Entranha em nosso ser
Por isso é que te digo,
Bendigo esta paixão
Que nos domina e salva,
Estrela vésper, d’alva
Guiando-me a você!

LUCIANA DIAS
MVML
Publicado em: 16/10/2007 21:09:00
Última alteração:03/11/2008 20:50:35





Entregue num momento de paixão
Deitando no teu colo, me alucino,
Tomado pela imensa sensação
Do amor que me transforma num menino,
Teus lábios traduzindo tentação.
Beijando a tua boca eu já me inclino
E sinto o teu perfume me invadindo,
No amor que sei perfeito, e sempre lindo...

Encanto que de longe me alucina
Formando nesta tela uma carícia
De afagos e desejos duplicados
Dois portos inundados me fascinam
Em cada navegar olhar trocado
Em cada um pensamento que delícia
Embarco olhos fechados sem destino
Deitada em teu peito feito menina

SOGUEIRA
MVML
Publicado em: 27/10/2007 16:33:35
Última alteração:03/11/2008 18:49:29



Amor que aperta o peito de saudade
Percorre no espaço uma emoção
Enfeita o coração só de bondade
O riso já sai frouxo amor paixão

O rumo está traçado ou criamos
Melhor seria abrir todas as hortas
Pra alimentar assim amor distante
E o vento aromatizar todas as portas

Quando se ama o espaço é pequeno
O coração aumenta de extensão
A vida muda o rumo em turbilhão

Tudo é vibrante as cores ganham vida
Qualquer espaço acomoda é guarida
Até teus versos vira ouro galhardia

Saudade de teus versos, minha amada,
Palavras que me tocam, benfazejas.
Estrada em alegrias vai trilhada
No céu que em fantasias azulejas.

Amor é feito em glória e nesta estrada
Encontras toda a luz que tu desejas.
Vencendo a tempestade em alvorada
Rocio de emoções; cedo porejas.

Percebo a perfeição em galhardia
Vencendo toda inglória que encontrara.
Tua beleza imensa, perla rara

Promessa alvissareira de outro dia.
Recebo em cada verso que me fazes,
A lua imaginária em várias fases...

SOGUEIRA
MVML
Publicado em: 31/10/2007 20:14:05
Última alteração:02/11/2008 20:21:05




Paixões arroubos fortes em pleno ar
Meu coração recolhe-se cabisbaixo
Na plenitude que ocupa dois espaços
Amando na calmaria com teu afago

Na quietude o amor vence barreiras
Não quer batalha não corre na dianteira
Apreciando nos teus versos formosura
Nas tardes grandes amores e loucuras

Há o fogo que acelera a fogueira
Voam as cinzas a terra fica queimada
E eu aqui só amando bem sossegada

Admirando tanto ardor nos vários ninhos
Admirando o despojar dos passarinhos
Faço meu ninho e meu poeta ali juntinho

No teu amor recolho uma alegria
Que é molde para o sonho em que pretendo
Vencer a tão cruel melancolia
E o meu passando todo refazendo.

Quem dera se pudesse ter um dia
Amor que em minhas veias percorrendo,
Decerto todo mal eu venceria
E o brilho novamente percebendo.

Amor que em plenitude já se faz,
Mostrando em sua face uma esperança,
Palavra que me toca, sempre audaz,

Na noite que se embala em bela dança,
Querida, nosso amor me satisfaz
E nele, eternidade enfim se alcança...

SOGUEIRA
MVML
Publicado em: 02/11/2007 18:31:41
Última alteração:02/11/2008 20:01:27



Amor que como fogo, me consome
Esponja absorve as minhas horas
Em mar já se tornou, e a minha fome
Me faz buscar-te ansiosa, sem demoras...

Te encontro, e o sol se faz, no meu olhar
Teu corpo em aderência, me sacia
Aos beijos e carícias, a te amar
Me farto do veneno que vicia...

Depois eu quero mais, amor demais
Me envolve, me impulsiona em frenesi
Te aperto junto ao peito, eu busco a paz
Que encontro, meu amor, só junto a ti!

Sentir tua presença tão amada
No vento que depressa vem chegando
Trazendo uma alegria inesgotável,
Prenúncio de prazer e fantasia.
Dourando o amanhecer em belo sol,
Qual fosse um girassol eu te persigo
E sinto o teu perfume em meu jardim.
No vício de te ter por companheira,
A vida se mostrando por inteira
Acende esta esperança dentro em mim.
Do dia em perfeição que se anuncia.
Tomado pelos cantos de alegria.

ANA MARIA GAZZANEO
ML
Publicado em: 16/11/2007 13:29:14
Última alteração:31/10/2008 13:25:02


Nesta floresta densa dos desejos
Exploro com cuidado de mil beijos
Todas as cercanias e picadas,

Entrando nesta mata sem ter mapa
À vista experiente nada escapa
Nem árvores frondosos já tombadas.

Nessa alameda insana de um amor,
Quem dera se eu pudesse, predador,
Não deixar nem marcas pelo chão,

Esconder as pegadas, abrir trilhas,
Descobrir as cascatas, maravilhas,
Envolvido nas marcas da paixão.

E depois deste muito caminhar,
O tesouro na mina procurar
Encontrando esmeraldas e rubis,

Bandeirante ditoso na clareira
Sabe que esta riqueza é mais certeira
E se esbalda num sonho tão feliz...
Publicado em: 24/02/2007 23:03:32
Última alteração:26/10/2008 20:27:22


Gosto……….
De sentir os teus lábios no meu pulso…
Ou na nuca……………
De fechar os olhos e de me encostar ao teu peito….
Gosto….
De divagar neste silêncio expectante…
De sentir como o meu corpo se abre…
Às promessas, aos desejos………
Lenta, calorosamente…
Insinuando-se nas tuas mãos…………


Eu quero te sentir inteiramente
Entregue em minhas mãos, doce promessa,
Desejos me dominam corpo e mente;
E, de repente, a vida não tem pressa...

Ao fechar meus olhos, calmamente,
Minha alma calorosa se confessa
Neste sentir, apaixonadamente.
E o coração dispara e já se apressa...

Eu te quero deitada no meu peito,
Sentindo em teu silêncio; o sol, a lua...
Depois de tanto sonho satisfeito,

Deitar em teu cansaço os meus cansaços,
E tendo a sensação de quem flutua
Ir sonhando acordado, nos teus braços..

Marta Teixeira
Marcos Loures

Publicado em: 08/03/2007 18:56:10
Última alteração:06/11/2008 12:17:11



No roçar dos lábios

Turbilhão de sensações

Será amor ou paixão?

A febre me queimando, já transtorna...
Não posso mais pensar, toma-me inteiro,
Teu nome não me larga, vai, retorna,
O teu perfume está no travesseiro

Na cama, nos lençóis, minha alma adorna,
Em todos os lugares sinto o cheiro...
Não posso mais passar pela madorna
Acordo em sobressalto! Um verdadeiro

Desatino me doma, e nada faço
Senão pensar em ti; somente nisso...
Não consigo sequer dar mais um passo.

No roçar dos teus lábios, imagino
Amor que na paixão ganha mais viço,
Num turbilhão intenso me alucino...

Maria Karla
Marcos Loures

Publicado em: 10/03/2007 22:50:24
Última alteração:06/11/2008 11:38:59


Nesta noite pude te encontrar
Em sonhos te sentir aqui perto
Nos versos quero deixar certo
Nosso amor a me inspirar

Me resta apenas sonhar
Te ter apenas na poesia
Desejo que me extasia
Contigo sempre a poetizar

Estar ao teu lado é minha sina
Em rimas te tenho ao meu lado
Refletindo teu olhar, apaixonado
Olhar que tanto me alucina

Versos que fazem imaginar
Amor imenso e tão raro
A sonhar com teus beijos paro
Percebo, estou a te amar

Poeta que nas nuvens me faz flutuar
Sonhando versos cheios de vida
Pra ver a vida contigo mais colorida
Príncipe das poesias que fico a rimar

Quero tanto os beijos teus
Sentir o gosto do teu beijo
Sentir na pele teu desejo
Teus lábios presos aos meus

Eu quero te sentir, tocar, beijar...
E num momento lindo perceber
O quanto que desejo o teu amar,
O quanto teu cantar me dá prazer...

Na luz que me ilumina, o teu olhar,
A força necessária p’ra viver.
Nos corpos que se tocam, viajar...
Estás tão entranhada no meu ser

Que não consigo; amor, mais distinguir
Quem sou, quem és; pois somos um desejo
Tão próximo, bem sabes, de explodir.

Queremos nossos lábios se tocando,
Na eternidade mágica de um beijo
E aos sonhos e delícias, se entregando...

Gi Guterres
Marcos Loures

Publicado em: 26/03/2007 10:34:29
Última alteração:06/11/2008 10:25:47



APAIXONADO //

Meu fogo também te chama
Agora, neste exato momento
Nossos pensamentos se cruzam
Na imensidão do céu, no relento
E ninguém de forma alguma poderá apagar
A chama deste fogo que nunca se extinguirá


Ardendo no teu fogo
Entrando no teu jogo
A noite inteira passo
Em doce e louco amasso
Sem tréguas sem descanso
Prazeres sempre alcanço
E vibro quando vejo
Em teu pleno desejo
Fogueira nos tomando
A gente se entregando
E tudo recomeça
Que a vida já tem pressa
E nada mais importa
Abrindo a mesma porta
Entrando no teu quarto
Jamais ficarei farto.
Por mais que a gente goze
Ao repetir a dose
Curamos qualquer tédio
Amor: santo remédio.
Na noite quente e louca
Tirando a tua roupa
Morena deslumbrante
Fazemos deste instante
Inesquecível sonho,
Querida eu te proponho
Fazer desta viagem
Sem medo da abordagem
Incêndio sem juízo
Abrindo o paraíso
Encontro em teu portal
Caminho sensual
Que sempre se insinua
Na deusa toda nua
Deitada nesta cama,
Ao acender a chama
Num lânguido dossel
Estrada para o céu...

GELIS
Marcos Loures
Publicado em: 31/07/2007 19:37:38
Última alteração:05/11/2008 17:36:31


APAIXONADO /

Hoje...parece que o tempo parou...
Nem o vento fala...
Mas eu quero falar...
Para ti....sobre ti....
Envolver-me em ti...
Como se fosse um remoinho..
Água profunda, furiosa...
Ou simplesmente apaixonada....


Amor, redemoinho que me toma,
Ao envolver-me mostra o seu poder.
Numa emoção divina, mais que soma,
Amor multiplicando o meu prazer

Nas mãos tão delicadas e macias,
Promessas de emoção e liberdade,
Imersas em nós dois as alegrias
Acenam com total felicidade.

Pegadas que deixamos por aí,
Ao caminharmos juntos, lado a lado,
Amor tão benfazejo; encontro em ti
Por isto este meu canto apaixonado.

Amor tanto redime quanto cura,
Na placidez me encharca de ternura...

MARTA TEIXEIRA
MVML
Publicado em: 06/09/2007 17:34:13
Última alteração:05/11/2008 06:59:05



APAIXONADO -


Percebes acaso
Este meu pensamento,
Que como o vento,
Vai a te roçar de leve?

Momento breve,
Que muda, te chamo
Para amor suave
Nesta noite, linda!

Ternura imensa
Neste grito, cabe...
Quiçá meu amor,
Pudesses me ouvir...

Sentes, ao menos
Nesse vento, enfim
U´a qualquer coisa, assim
Que o teu peito incite,
A se lembrar de mim?

Eu,
Que nesta distância
E mãos que não te alcançam...
Sofro triste, a tua ausência?

Tu és a minha sorte mais bendita
O canto preferido, o sonho imenso.
Sem ter tua presença uma desdita
Invade e deixa o mundo bem mais tenso.

Não deixe por favor, minha alma aflita
Pois saiba que somente em ti eu penso.
A pele bronzeada e tão bonita....
No gosto desta boca, recompenso

A lida desgastante – dia a dia –
Permita que te oscule devagar.
Sinto-me esfuziante na alegria

De ter o teu amor, ilimitado.
Nos sonhos maravilhas navegar
E cada vez mais sigo apaixonado.

ANA MARIA GAZZANEO
Marcos Loures
Publicado em: 20/07/2007 21:26:03
Última alteração:05/11/2008 18:34:04



A gota de orvalho sobre a pele
Escorre qual cristal - beleza ardente,
O meu olhar, talvez, a ti revele
O meu desejo impuro - inclemente...

No mais o que faremos, logo após,
Dessa deliciosa sobremesa?
A como é doce ouvir a sua voz
Gemendo tão gostoso em gentileza...

Moleca então levante a tua saia
E venha mais depressa pra gandaia.
Sapeca; já conhece esta viagem

Que é feita de vagar, no mato ou praia,
Deixemos de conversa, não sou pajem.
Apenas quero muita sacanagem...


GONÇALVES REIS
MVML
Publicado em: 22/08/2007 19:26:10
Última alteração:05/11/2008 14:21:50



Amor que não se talha
Mortalha que carrego
No corte da navalha
Meu passo segue cego
E a gente se atrapalha
Ao ter no amor apego.
Entrego-me aos encantos
Da moça sertaneja
Procuro pelos cantos
O amor que ora poreja
Nos olhos, boca e pele,
Na mão que ceva o trigo,
O intento que compele,
O verso amante amigo.
Os dentes que cravaste
As unhas, os segredos.
A vida traz desgaste
Olhares morrem ledos.
Mas vejo em ti a sorte
Que pode transformar
Tomando as mãos de um norte
De areias, praia e mar.
Publicado em: 14/08/2008 09:33:22
Última alteração:19/10/2008 20:07:23


Calor que me invadiu, teu olhar...
No mar de esperançosas ventanias...
Nos dias que passei, luas redondas
Nas ondas deste mar que tanto espero
No fero sentimento te adorar!
Naufragar em teus braços minha amada...
Cada noite que passo, mais te sonho...
Ponho meus tristes barcos, meus saveiros,
Canteiros que produzem rosas belas.
Telas onde emolduraste tal beleza,
Certeza de que há Deus e que ele ama!
Na chama eternizada dos teus olhos.
Molhos de delicadas ervas trazes.
Fases lunares linda tempestade...
Arde a sutil manhã que prometeste.
Inconteste delírio destes deuses
Reluzes nos orgásticos desejos.
Nos beijos que prometes inebrias...
Frias as minhas noites se não vens...
Tens o poder sublime da loucura.
Moldura que encontrou grande pintor.
Amor que deslindando-se enlanguesce.
Esquece as amarguras e penúrias.
Nas cúrias nos escuros parlamentos,
Ungüentos que me curam e transformam...
Formando delirantes desvarios,
Vários rios que levam para o mar.
Martírios que deixei no pó da estrada.
Fada que me encantou, embriagante
Elegante desígnio divinal.
Final de toda dor, ressurreição!
Afeição extremada, desejosa...
Maravilhosamente apaixonante.
Diante de tanta luz, que faço Deus?
Os meus tormentos mortos, esperanças!
Lembranças destes tempos cristalinos.
Alabastrinos seios doce alvor.
Calor que permanece sem segredo.
O medo de perder, evanescente,
Nascentes deste rio que navego,
Carrego toda luz que te roubei...
Sei de tantos amores, vida breve,
Leve folha, flutua nos meus sonhos...
Medonhos tais fantasmas se perderam...
Eram deveras tristes os meus dias...
Frias as noites, versos sem sentido...
Incontido desejo mergulhava...
Sonhava com paixão, felicidade...
A tarde nunca vinha, nebulosa...
A rosa que plantei só deu espinhos...
Caminhos que segui perdi a esmo...
Mesmo minhas canções eram de dor.
Amor que se omitia, velho e morto.
Porto que sempre nega desembarque.
Parque que não pretende ter criança,
Dança que não deseja nem carinho...
Ninho que desprezou um passarinho...
Vinho que não me deixa embriagado,
Fado, destino, sina, desespero...
Tempero para a vida, sinal glória...
Memória triste, vaga, traz saudade...
Claridade que desfeita, deixa o breu...
Ateu coração pede por um Deus...
Meus olhos imploraram tal visão!
Solução para torpe solidão.
Solidão esvaindo-se depressa.
Compressa cicatriza essa ferida.
A vida que pensei agora trazes,
Fazes todos meus dias melodias,
Orgias são bacantes amplitudes...
Quietudes maravilhas, ambrosia...
Poesia deflagras na fragrância...
Elegância caminha mais suave,
Na nave que julguei fosse perdida,
Comovida, esperando delicia,
Caricia naufrágios tão amargos...
Nos lagos dos meus sonhos és remanso.
Um remanso que em versos, traz calor,
Calor que me invadiu, teu olhar...
Publicado em: 22/10/2008 14:07:08
Última alteração:02/11/2008 21:49:27


Dedilho uma canção expondo o peito
No leito deste rio, sangro o mar,
Amar é ter certezas inexatas
Cascatas de emoção me maravilho

E trilho uma esperança que me leve
Tão breve para os braços de quem amo,
Tramo meus caminhos, ganho espaços
E os laços que nos unem, bem mais fortes,

Aportes, pois meus barcos em teus mares,
Rumores de marulhos, ventos, conchas,
Afrouxes teus temores, coração
Em sedução se mostra mais inteiro.

E assim, amor que trago para ti,
Em mim, calor e afago sem ter fim,
Num lago em placidez tão absoluta
Silêncio de minha alma já se escuta...

Publicado em: 04/11/2008 16:05:12
Última alteração:06/11/2008 12:10:53


Eterno trino
Do amor tão terno,
Na cena tenra
Aguardo o fato
E me entregando
Cedo desato
Segredos ato
E chego a ti...
Publicado em: 28/10/2008 18:10:21
Última alteração:02/11/2008 20:31:58


Amor não traço sabendo desta trama
Nunca foi isso o que eu esperava
No fundo não percebia a mágoa
Que simplesmente o sim negava.

Mas a navalha que penetra na carne
Expõe os nervos prontos para a sangria
Em cada beijo, a certeza do tapa.

Mas não sofras mais
Resta muita coisa.
Tenho alegrias nestes corte, riso e sorte;
Até a própria morte, suporto.
Porto forte, vaso quebrado
E pronto para o esterco...
Publicado em: 20/11/2008 08:29:39
Última alteração:06/03/2009 18:51:12


APAIXONADO POR VOCÊ
Ondas e mares
Rios e charcos
Barcos e berços
Floras e fainas.
Fomes, promessas
Versos, verões
Versões e reversos.
Sou âmago
Chamo teu nome
Trama bendita
Ditas e sinas
Aços, ações...

Somas, senões
Serpentes e beijos.
Risos, ruídos
Rimas e primas
Plainos e planos
Montanhas e vales
Galopes e motes,
Mortes, moréias
Marés e luares.

Assim somos nós
Atados os nós
Nas pedras, nos mós
Nas perdas e ganhos,
Assanha o cabelo,
morena, eu me enlevo
E me levas em lavas
Em levas e chuvas
Crivado de balas,
Abalas as salas
E calas não falas
Apenas ondeias.
Sereias, areias,
Nas veias, nos vasos,
Acasos sem caos
Ocasos, descasos,
Casos e culpas.
Desculpas e gozos.

E tudo renasce
Recomeça
Sem pressa
Sem preço
No apreço
Do amor...
Publicado em: 19/11/2008 14:01:15
Última alteração:06/03/2009 19:01:20


APAIXONADO POR VOCÊ
Procuro minhas sendas, tuas pernas,
As coxas entreabertas dos anseios
Eternas sensações, seios e línguas,
Gemidos e sussurros que trocamos.
Amamos e sabemos somas, cios
Em movimentos ágeis penetramos
Tramas e tocaias, tocas, riscos,
Nas fendas e nos vales, montes santos.
Aterrissando em ti, asas alertas
Molhando teus desertos, foz e rios,
Na louca derrocada que avizinha,
Geleiras derretidas, avalanches,
Revanches de prazeres e de climas,
Nos olhos mil esgares de prazer...
Publicado em: 22/11/2008 20:29:41
Última alteração:06/03/2009 16:56:55


APAIXONADO POR VOCÊ
Sentir o teu perfume em cada verso
Que fazes, me trazendo uma alegria.
É como perceber deste universo
O canto mais sublime da magia.
Tu és a poesia predileta,
Mulher que dá prazer e me completa!
Publicado em: 02/12/2008 11:38:16
Última alteração:06/03/2009 16:25:47



Preciso de um motivo
Que possa manter vivo
Sorriso que cativo
Nos lábios de quem amo.
Reclamo e tanto chamo
A chama não se apaga
Amor com amor paga
Tomando toda a plaga
Aplaca a solidão.
Ação diz emoção.
Sorriso em tanto alento
O fogo queima lento
Não quero mais relento
Atento a cada fato.
Então eu me arremeto
Amor que te prometo
Cometo mil loucuras
Ternuras entre luas
Belezas deusas nuas
Enquanto tu flutuas
Agruras desconheço.
Não quero mais tropeço
Pois sei teu endereço
Os passos obedeço
E encontro sobre a mesa
Fartura que embeleza
Matando esta tristeza
Sem reza e sem promessa
Se a história recomeça
Sou teu, não tenho pressa
Carinhos são compressas
Do quanto não confessas
Eu sei que das conversas
Versamos esperanças...
Publicado em: 30/07/2008 21:17:15
Última alteração:19/10/2008 22:02:14


Nas cordas da paixão
Recordas meu amor
Que tudo se passou
Em mares e amplidão
Buscando solução
Soluços e tristezas
Amantes e princesas
Sapos e sopapos
Beijos e tesão.
Entesamos as almas
Em armas e navalhas
Batalhas e delírio
Círios e novenas
Nas veias e nos olhos
Vendas e verões
Versos , convenções
E vimos como
Os limos
E limões
Se fazem
Das paixões...

Mais cedo
Que o medo
Paixão jaz
Seu enredo
Em nossos corações!
Publicado em: 23/10/2008 13:24:28
Última alteração:02/11/2008 21:44:03


Nos olhos de quem traz diamantina
Ternura e que se mostra dedicada,
Eterna sensação de ser menina,
Sonhando com castelo, reis e fada,
A boca delicada me alucina
E pede, sem saber pra ser beijada.
A moça se transforma num vulcão
Causando no meu peito uma erupção!
Publicado em: 31/10/2008 16:03:55
Última alteração:02/11/2008 20:25:57


As rosas do meu jardim
Procuram por olhos teus,
Que, um dia, já foram meus,
Mas nada encontram, no fim.

Elas e todas as flores
Sabem todas dos meus ais.
Também sentem minhas dores,
Pois não voltarás jamais!
Publicado em: 05/11/2008 12:59:51
Última alteração:06/11/2008 11:57:57



No precipício da paixão soltei arraia
Fui ao teu encontro em furacão
Arrebatei no espaço em plena praia
O papel que esvoaçaste foi ao chão

Sem temer abri os versos lá escritos
Salva-me e me confisca chega cá
Nem repensei voei no tempo prescrito
Sob teus braços apascentando o verbo amar

No infinito, no Céu, não há limite
Cada pedaço conquistado amor intenso
Cada gota orvalhada constrói portento

Nas tempestades a bonança surge quite
Devora o mal no bem já vem convite
Pra saciar todos os sonhos q/nos permite

Permita que o amor te faça plena,
Pois nele com certeza uma resposta
A mesa que se farta sendo posta
Em divindade, amada, já se acena.

Amor não é pecado, nem faz cena
Resiste à tempestade costa a costa
Na sede tão gostosa quando exposta
O mundo em fantasia traz a trena

E mede o desmedido sentimento
Que chega ao infinito num momento
Perfaz todo o prefácio da existência.

Amar é ser gentil enquanto rude
Amei em minha vida mais que pude
Amor jamais conflita com decência...

SOGUEIRA
ML
Publicado em: 27/11/2007 16:00:22
Última alteração:31/10/2008 12:04:01


Estrelas vão percorrendo
Nossa noite em pleno gozo,
Lá do céu virão descendo
No carinho mais gostoso.

Salpicando purpurina
No teu corpo magistral,
Te decoram, me alucina,
Ciúmes tenho do astral.

Tua boca em doce beijo
Tua pele em raro brilho.
Teu amor, o meu desejo,
Percorrendo o belo trilho
Publicado em: 05/01/2008 16:20:37
Última alteração:22/10/2008 19:29:23




Lascívia encantadora que nos toma,
Na ronda de dois corpos tão famintos,
Vulcões em lava ardente renascendo
Dos montes que pensara, outrora, extintos.

Entorpecidos vamos noite afora
Opiáceos sentimentos narcotizam.
Orgasmos explodindo desde agora
Loucuras que nos tomam e matizam

Profana redenção; altar sublime,
A deusa se entregando a um plebeu,
O mundo em turbilhão, fartura e gozo,
Pois Eros com delícias, nos venceu
Publicado em: 04/02/2008 20:43:50
Última alteração:22/10/2008 17:39:05

Fartura de prazeres, fogo fátuo,
Amores mútuos gozos procurados.
Ardumes em cardumes, sonhos muitos,
Em beijos mais audazes e safados.

Nós somos o que somos, nada além
E o bem de ser assim, logo desponta.
Cantil, bornal, completas intenções,
Do amor que nos domina além da conta.

Conta teus segredos para mim,
Nas contas de teus olhos, espelhares,
Desponta, aponta em pontas mais audazes,
Amor não desaponta, invade mares...
Publicado em: 05/02/2008 09:25:16
Última alteração:22/10/2008 17:39:53



Tu consegues entrar
nos meus sentimentos,
antes julgados esquecidos ...

Agora estão aqui,
descobertos, intensos,
verdadeiros ...
(ivi)


Amor que sabes lúdico
Jamais será pudico
Cantado sempre em público
Nos versos que publico
Amor se mostra exposto
Não tem medo de nada.
Moldura do teu rosto
No meu, emoldurada.
Espelhos nós já somos
Dois gomos, mesma fruta.
Combinam nossos cromos
Amor se faz sem luta.
Desejo vem no cio
Nas ânsias de te ter
Em ti amor, vicio
Meu vício é teu prazer...
Publicado em: 09/04/2008 16:33:17
Última alteração:21/10/2008 18:19:06

Por tanto procurar e não te ver,
Bebendo das estrelas, claridade
Cansado de perder a direção,
Deixando no caminho a liberdade.

As flores que me deste, não mais sei,
Os rios vão distantes de teu mar,
Apenas eu desejo, num momento,
Gritar ao mundo inteiro: é bom te amar!

Vem logo que esta noite não é nada,
Estrelas salpicadas na ilusão,
O vento que trazia uma esperança
Abriu esta porteira: coração!

Publicado em: 24/04/2008 16:02:59
Última alteração:21/10/2008 13:25:40




sua veia para a prosa,
encantadora ela é.
Mesmo com dona, esta rosa,
quer-lhe fazer o melhor cafuné!
me prometa quando eu me for,
que não vai jamais trocar de flor.
Sou uma rosa delicada
e em meu perfume, o cheiro do amor!

Tues

Toda rosa que se preza
Tem perfume e tem espinhos,
Meu amor nunca despreza
Teu amor e teus carinhos,
Tanta cor, farta beleza
Que espalhaste nos caminhos,
Não terás qualquer surpresa
Ao voltar aos nossos ninhos.
Venha logo, isto eu te peço,
Com fervor, muita atenção,
Pois depressa eu te ofereço,
Meu amor, meu coração.
Tendo mais do que mereço,
Eu me entrego à sedução,
Podes crer eu obedeço,
Qualquer fosse a condição.
Sem te ter eu adoeço
Meu remédio: esta paixão...
Publicado em: 14/05/2008 21:27:04
Última alteração:21/10/2008 14:43:48


Vento tocando
Pele sentindo
Vapor de teus lábios
Em redenção.
Tramas e sumos,
Somas e rumos
Prumos e gomos,
Somos um só.
Comas, delírios,
Jardins e canteiros
Inteiro, sou teu.
Trago na boca
O beijo mais forte,
A sorte que exata
Retrata este amor.
Compondo meu mundo
Profundo desejo.
Prevejo o que sinto,
E tramo o futuro.
Eu quero o teu gosto,
Teu rosto retrato
Guardado no peito,
Açudes e mares,
Riachos, luares,
Vagando em estrelas
Te encontro, amor.
Cigarros acesos,
Fornalhas queimando
Teu corpo tocando,
Traçando infinitos.
Desditas esqueço
Paixões obedeço
E sigo feliz...
Publicado em: 17/05/2008 09:27:07
Última alteração:21/10/2008 12:47:12



Na vontade de te ter
Entre luas e sertões
Paraíso conceber
Nos novelos das paixões...
Publicado em: 29/08/2008 15:42:20
Última alteração:17/10/2008 14:28:09

Procuro meu deleite nesta vida
De lágrimas curtidas e sedentas,
Embarco minha vida nas tormentas
Aguardo pela lívida partida.

Por onde quer que siga, fugidio,
Meu barco não consegue mais um cais,
O medo de viver torna incapaz
O sonho de encontrar meu mar, teu rio...

Na foz do teu amor, meu mar sereno,
Nas águas do meu mar, tua água doce.
Quem dera meu amor se fosse
Tranqüilo nosso encontro, mais ameno...

Porém em tempestades sempre trago,
As águas do meu peito tão bravio,
Perturbam águas mansas do teu rio,
Provocam em nosso amor, medonho estrago.

A culpa desta estranha pororoca
É de outras correntezas já passadas,
Deixam em tsunamis vis, marcadas,
As ondas que este amor sempre provoca.

Mas com certeza, um dia, acalmarão,
Trazendo calmaria no meu mar.
Aí talvez eu saiba como amar,
E esqueça de querer louca paixão!
Publicado em: 15/09/2008 19:51:12
Última alteração:17/10/2008 13:36:47

Procurando , no mundo certo bem
Que sinto não ter tempo de chegar,
Depois de tanto tempo sem ninguém
Alguém que me quisesse sem pensar.

Meu destino não disse das promessas
Que foram feitas sempre em fantasia.
Amor que não proponho não viria
A vida sempre pega suas peças.

Mas andando por luas e por mares,
Vivendo essa tormenta de te amar.
Querendo por amor, o teu amares,
Amando sem saber onde encontrar.

Vegeto se não tenho teu amor.
E nada mais tortura que t'a ausência.
Amor sem teu amor é desamor.
E toda a minha vida, penitência!
Publicado em: 17/09/2008 13:35:43
Última alteração:17/10/2008 13:50:11




Meus versos mais felizes são aqueles
Que falam da morena mais bonita.
São versos que enaltecem alegria
Da vida que sonhei, vida bendita...

Se roubo tanta luz do teu olhar
Me guias com desejos e ternura.
Eu quero se sentir a cada instante
Num ato mais sereno de brandura.

Não vejo mais o gosto tão amargo
Das lágrimas roladas sem te ter.
Eu quero desfrutar cada momento
Imerso no oceano de prazer.

Não falo mais de morte nem de dor,
Apenas te desejo sem ter tréguas.
Distante, te procuro aonde for
Por mais que estejas longe, tantas léguas...

E sinto teu perfume solto ao vento,
Deixando tantos rastros para mim.
Eu vejo como é bom poder te amar,
No mar de amor imenso, sem ter fim...
Publicado em: 20/11/2008 17:38:51
Última alteração:06/03/2009 17:05:46


Gnomos
E duendes
Ritos
E magias
Princesas
Estrelas,
E guias...

Vão e voltam
Luas ciganas
Mares revoltam
Marés e marulhos.

Conchas marinhas
Tu não és minha
Mas sei que serás.
Serões e serpentes,
Penedos e rochas,

Seixos e semens.
Sementes de luz.

Imenso granito
O vento repete
O que outrora ouviu.
Ser teu quanto sou,
Serenos na tarde,

Estrelas estradas,
Estadas etéreas,
Eternas paixões...
Publicado em: 25/11/2008 20:04:04
Última alteração:06/03/2009 16:39:34


Eu pressinto nosso amor
Que me traz a juventude
Encantado, bela flor
Que perfuma nosso amor
Sem saber o que é temor
Sem temer uma atitude
Deixando pleno de amor,
Trazendo-me a juventude...

Eu te quero minha rosa,
Quero ser teu colibri.
Eu te vejo tão formosa.
Na beleza desta rosa
Minha alma tão orgulhosa
Tanto amor que nunca vi
Eu te quero minha rosa
Eu serei teu colibri.
Publicado em: 30/11/2008 19:17:17
Última alteração:06/03/2009 16:29:07




APAIXONADO POR TI
À tardinha, eu espero,
Que venha o brilho da lua.
A tua imagem venero
Pois me lembro que sou tua!

Milla Pereira


Toda tarde eu sempre espero
A minha alma já flutua,
Devagar não desespero
Inda aguardo pela lua,
Nos teus braços me tempero
Minha sina continua
Neste amor que tanto quero,
A saudade não atua,
Te desejo e te venero,
Da janela olhando a rua,
Com carinho e com esmero,
Coração jamais se amua
Mas, sozinho brado fero,
Pois minha alma é toda tua...
Publicado em: 17/01/2010 10:15:47
Última alteração:14/03/2010 20:33:52




Apaixonada por um poeta,
Segue deslumbrada,
Uma menina,
A beber desta fonte...

Tantos mimos...
Ninada em doce lirismo,
E mui bela poesia...

Vai tecendo,
Em sua alma sonhadora,
Mil fantasias...

Menina que tem seu coração,
E alma em festa ...
Segue a gestar,
Por seu poeta...
Amor sem igual!

Tecendo cada verso com cuidado,
Fazendo seu enredo a cada dia,
Um velho cantador apaixonado,
Transborda seu sonhar em poesia.

Menina que escutava o seu cantar
Tão sonhadora vive esta emoção
De ternamente, sempre festejar
Amor que veio como tentação.

Nas fantasias todas, belas, raras,
No mimo em que se faz todas as flores;
Amada ao mesmo tempo em que cantaras
Inundavas meu peito em mil amores...

Te quero e não discuto este querer,
Nos braços deste amor quero viver...

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 22/04/2007 17:07:30
Última alteração:06/11/2008 08:45:40


Eu pressinto nosso amor
Que me traz a juventude
Encantado, bela flor
Que perfuma nosso amor
Sem saber o que é temor
Sem temer uma atitude
Deixando pleno de amor,
Trazendo-me a juventude...

Eu te quero minha rosa,
Quero ser teu colibri.
Eu te vejo tão formosa.
Na beleza desta rosa
Minha alma tão orgulhosa
Tanto amor que nunca vi
Eu te quero minha rosa
Eu serei teu colibri.

Quero o gosto do teu beijo
No delicado perfume
Tu és tudo o que desejo
Na delícia deste beijo.
Meu amor sempre te vejo
Não tenho mais um queixume
Quero o gosto do teu beijo
Teu delicado perfume...
Publicado em: 12/02/2007 22:08:00
Última alteração:28/10/2008 18:32:35


APAIXONADO POR TI.
Eu quero a flor inerente
Que existe dentro de ti.
Flora miscigena em gente
Vivo perfume per si.

Seja a flor deste acalanto
Que canto e tento ser teu.
Na pureza tem encanto
O tanto quanto se deu.

Jardineiro que se esmera
Espinhos sabe conter.
Toda a garra da pantera
Serve para defender.

Mas não tema o jardineiro
Que cuida deste jardim.
Nele cabe o mundo inteiro
Nesse esmero sem ter fim...
Publicado em: 10/12/2008 08:44:24
Última alteração:06/03/2009 15:41:27


APAIXONADO POR TI... //

Nunca digas que não me ama
Se acaso disser estarás mentindo
E não foi isto que aprendeu com teus pais
Quando ainda era menino

Aprendeste sim, sobre o amor
A Falar sempre a verdade
Que não prevalecesse a mentira
Que isto fizesse parte da tua dignidade

Pois é então meu amor
Agora terás que responder
Prevalecendo a verdade

Tu não terás pra onde correr
Terá que dizer que me ama
E que minha vida é você!

Viver a minha vida do teu lado,
No fogo sedutor de uma paixão...
Querida ao escutar o teu recado
Entrego-me ao poder de sedução

E sinto-me de novo extasiado
Bebendo de teu corpo, tentação.
Estar contigo, amada, é sina e fado.
Ápice com certeza da emoção..

Perceba quanto eu quero estar contigo
Sorvendo teu prazer, assim prossigo
Na fome e no desejo que transborda...

Atando bem mais forte a firme corda
Que é feita com carinho em tantos nós
Unindo eternamente em mesma voz...

GELIS
MVML
Publicado em: 08/08/2007 21:58:41
Última alteração:05/11/2008 16:51:59



O cisne em manso lago,
Deseja estar a sombra de teu amor
Para em teu colo descansar,
Depois que a chama da paixão
Nossos corpos queimar.

Acendo tua chama em meu desejo
Nesta ânsia de poder te cultivar
Regada com prazer e muito beijo,
Depois numa ventura decolar...

Assim do lago azul de onde te vejo
A ninfa mais gostosa a se banhar,
Na taça dos prazeres eu prevejo
Esta vontade imensa. Embriagar...

Dançar tua nudez a noite inteira,
Depois sem ter segredos, teu descanso.
Visão desta vontade qual fogueira

Que teima em nos queimar, a pira acesa
Voluptuosamente, mas tão manso,
Tomar-te enfim comigo, com certeza...

Aracelly Loures
Marcos Loures

Publicado em: 01/04/2007 15:28:50
Última alteração:06/11/2008 10:32:47


Na manhã serei se quiseres tua menina
Nosso amor, beleza em transparência diamantina
Raio de sul na alvorada nos ilumina
Se quiseres serei a esperança pra ti renascer
Sonhos de amor em teu coração reviver
Quem me dera esta história contigo viver

Quem dera se viesses prenda bela,
Galopo em pensamento e chego a ti.
Montando em meu cavalo, arreio e sela,
Buscando esta esperança que perdi...

Beleza que em teus olhos se revela,
Em um segundo, enfim, estou aí,
Estrela que me guia o sonho atrela
Guria, és a mais guapa que já vi.

Mateando co’a amargura da saudade,
Nas coxilhas procuro esta alegria,
Ninguém sabe dizer; amor quem há de

Informar ao mineiro sonhador
Somente o minuano é quem me guia
Aos braços desta prenda, meu amor...

Gi Guterres
Marcos Loures


APAIXONADO POR TI...

Nos olhos de quem traz diamantina
Ternura e que se mostra dedicada,
Eterna sensação de ser menina,
Sonhando com castelo, reis e fada,
A boca delicada me alucina
E pede, sem saber pra ser beijada.
A moça se transforma num vulcão
Causando no meu peito uma erupção!
Publicado em: 10/11/2007 10:32:38
Última alteração:31/10/2008 16:03:27





Quem teve amargas penas pela vida,
Distante do brilhar destas estrelas,
A sorte abandonada e desvalida,
Paixões são dolorosas, porém belas,
As rosas impossíveis de colhê-las

Distante do que fora meu jardim.
Ao ver florir a rosa em meu canteiro,
Perfume que me invade sem ter fim,
Percebo que meu sonho derradeiro
Começa a fervilhar dentro de mim.

Amor, que em negras trevas se escondia,
Pressente assim contigo uma mudança,
Numa alvorada clara traz o dia,
Tramando contra a dor sua vingança...
Publicado em: 12/11/2007 22:49:29
Última alteração:28/10/2008 12:53:01



Meus versos tantas vezes te buscaram,
Nos céus, em procissões, jardins e rosas,
Destinos que em momentos se tocaram,
Deixando nossas vidas mais formosas,
Assim as alamedas se alargaram
Em árvores gigantes e frondosas.
Meus versos procurando na amplidão,
Só ecos, sem respostas, tudo em vão...
Publicado em: 23/11/2007 14:05:45
Última alteração:28/10/2008 12:15:45


Sem procurar
encontrei um anjo,
que se instalou
no meu coração ...
(ivi)



Sinto falta deste amor
Que alvoroça e faz estrago,
Quem paga é o computador
Nestas teclas meu afago,

Escolhendo versos quentes
Em que eu possa te dizer
Dos desejos mais ardentes,
Da vontade e do prazer.

Imagino em transparência,
Morenice em lingerie,
Meu amor, tenha clemência
Vou te procurando aqui

Nada encontro, mas que faço
Se eu desejo te buscar,
Te deitar no meu regaço
Toda noite namorar,

Te deixando bem molinha,
Na fartura de carinhos,
A tua vontade é minha,
Como são nossos caminhos.

Passarinho na janela
Traz recado pra você
Minha sorte se revela,
No prazer que eu quero ter...
Publicado em: 08/04/2008 21:46:22
Última alteração:21/10/2008 18:14:44




Alçando em liberdade a vida, avante
Viver de cada instante, luta e glória
Traçar com passos leves, marcos, rastros
De quem sobrepujou a dor da história
Sorver de cada trago, a pura essência
Fazer valer, estada, mais inglória
Sementes de ousadia, em forte vento
Deitar em regozijo, sobre a terra..
Sair, enfim vencido ou vencedor
Na certeza de ter sido, por amor!




Tracejo meu caminho em direção
Aos braços de quem amo, e não vacilo.
Tocado pelo fogo/sedução,
Felicidade intensa eu já destilo

Em cada verso meu, prazer e glória
De ser teu companheiro de viagem.
O rumo perseguido em nossa história
Não é somente um sonho, uma miragem.

É verdadeiramente um novo marco
Que traz na travessia um vento manso.
Levando para a praia o velho barco,
Regaços de quem quero; meu remanso.

Assim dois passageiros desta vida,
Encontram neste amor, rumo e saída...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 15/10/2007 13:31:32
Última alteração:03/11/2008 20:57:56



Dos beijos que me dás, sabor de mel
Qual vinho, eu me vejo embriagada...
Meu ser já vai rodando em carrossel
Perdida estou, por ti, apaixonada...

Razão, já não impõe o seu limite
Pois vou até as raias da loucura...
Se mal sobrevier do amor que existe,
Por certo, nos teus braços, minha cura...

Tocado pelo intenso sentimento,
Seguindo a cada dia apaixonado,
Não deixo de lembrar um só momento,
Sorriso tão gostoso que foi dado,
Por quem tomando todo o pensamento,
Apascentando a dor do meu passado,
Já sabe onde alegria, enfim se esconde,
E as chaves do meu peito, quando e onde...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 17/10/2007 21:27:05
Última alteração:03/11/2008 20:49:35



Quem me dera ser princesa, mero sonho
Te canto em cada verso que componho
Quem me dera ser em teu jardim a flor
Desabrochando nas manhãs todo o amor
Que trago por ti neste meu peito
Encantada só por ti, teu jeito
Meu amor, amor, amor meu
Deixa-me entrar no mundo teu

Apaixonado eu sigo por você,
A cada novo dia, mais feliz.
O meu olhar procura e sempre lê
Palavras que meu peito agora diz,
Do amor no qual meu verso vive e crê
Inspiração jorrando em chafariz.
Sabendo que sou teu, amada prenda,
Segredos desta vida, amor desvenda...

GIANA GUTERRES
MVML
Publicado em: 24/10/2007 19:10:05
Última alteração:03/11/2008 19:37:09



No meu canto apaixonado
Vontade de te abraçar
Te beijar, amar, amado
Nos teus braços, mergulhar...

Sussurrar ao teu ouvido
Palavras doces de amor
Sentindo-te aqui comigo
Emoções a se compor...

Nem ver o tempo passar
Entretida em doce enleio
No afã de te abraçar
Apertadinho ao meu seio

Somente te namorar
Nesta tarde em que aos teus beijos
Eu vejo em mim aflorar
Mil gozos em mil desejos...

Mergulho no teu colo, esta vontade
De ter o teu amor bem junto a mim,
Razão de poder ter felicidade,
Num sonho que não pode ter mais fim,

Se eu tenho, no teu corpo a claridade,
Que faço se distante estou, assim.
Tu tens este poder de seduzir,
E dominas sem nada a me pedir.

Pensando nos teus beijos e carinhos,
Teus seios, tua boca e teu suor,
Deitando em nossa cama, sedas, linhos,

Caminhos do teu corpo, eu sei de cor.
Encontro nos teus braços, belos ninhos,
De todos os meus sonhos, o melhor.

Vivendo em cada noite, um paraíso,
Entrego-me aos teus beijos, teu sorriso...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 23/10/2007 15:39:14
Última alteração:03/11/2008 19:44:00



Nesta noite de magia
Nessa cama, doce amado
Quero ser a poesia
Do teu verso enamorado

Unos na mesma alegria
Nosso céu, fantasiado
Quero ser a harmonia
Do teu canto apaixonado

Pra mim, serás como um manto
Meu véu, de céu estrelado
Redoma, calor, encanto
Ao meu olhar, deslumbrado...

Nos braços de quem amo, tal magia
Que faz o dia vir iluminado,
Entornas nos teus passos, poesia,
Deixando em cicatriz, bem demarcado
Prazer de estar em tua companhia,
Vivendo nosso sonho, apaixonado.
Urgindo ser feliz te quero agora,
Ungido pela luz que em ti, aflora.

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 25/10/2007 22:03:51
Última alteração:03/11/2008 19:09:14



Um clamor
Avassalador
Em torpor
Meu amor
Te reclama...

Fogo e flama
Me inflama
E te quero
Mais e mais
Porto e cais
Céu e vida...

Um desejo
Me incita
Te buscar
Te achar
Te beijar
Te amar
Sem medida...


Amor que sem medida e delicado
Um canto tão sublime me dizia.
Felicidade passa a ser meu Fado,
Nos olhos de quem amo; tanto eu via
A sombra mais distante do passado,
Que se ofusca na luz de uma alegria.
Amor é divindade que feito arte
Somente conheci ao encontrar-te.

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 29/10/2007 21:07:07
Última alteração:03/11/2008 18:27:32


Ah, ficar assim a te amar
Num afago, entreposto
Minha boca a te beijar
Na saliva, doce gosto...

Tuas mãos a passear
A tatear o meu corpo
Barco sereno a atracar
No teu corpo, belo porto...

E a gente a namorar
Até que o dia renasce
Que nosso amor, nunca passe...

Vamos já, recomeçar...
Venha cá meu bem, me abraçe...
Estou louca pra te amar...

Beijando tua boca
Eu bebo uma esperança
A vida passa louca
Tramando uma festança
Ao peito que te adora,
Sem medos e sem hora.

Vencendo a timidez
Eu venho te dizer
Da doce insensatez
Que traz farto prazer.
A cada novo beijo,
Aumenta o meu desejo...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 04/11/2007 20:51:16
Última alteração:02/11/2008 19:45:48



Amor que tantas vezes foi meu mote
Por mais que me maltrate o coração
Perdendo o mel quebrando o velho pote,
Traz assim mesmo toda uma emoção
Não deixe que este amor assim se esgote,
Pois nele vejo a minha redenção.
Fazer de cada verso uma esperança
Da vida em plenitude e temperança
Publicado em: 28/09/2008 19:42:14
Última alteração:02/10/2008 14:45:43




Em desassossego
Peço agrego
À loucura...
Vago na noite escura
Em busca
Da cura
Remédio
Para o tédio
Do amor
Sem usura...
Encontro-te.
De pronto
Arremeto-me
Em seus braços
Desfaço em gozo
Toda a angústia
Que me atormenta...
Em câmera lenta
Cavalgo o teu corpo
Têmporas em êxtase...
Agitada
Desenfreada
Acolho-te
Em meu seio...
Gorjeio do pássaro prazer
Faz-se ouvir
Ecoando no meu quarto...
Tesão de amar você!

Entrego-me ao teu corpo por inteiro,
Espero te verter voracidade
Um beijo mais audaz ou corriqueiro
O que me importa, amor: FELICIDADE!

Sentindo o teu perfume, aroma, cheiro,
Tu sabes quanto eu quero, na verdade
Beber de tua fonte, o verdadeiro
Sabor que levará à saciedade.

Recebo dos teus seios aconchego
E os beijo com volúpia e com desejo.
Paixão desenfreada não sossega,

E peço, neste instante, quero arrego,
Aproveitando assim, tão belo ensejo
Eu quero em teu amor, total entrega...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 18/08/2007 21:02:56
Última alteração:05/11/2008 15:41:36





Neste banquete esperado
Acrescenta mais um talher
Vou chegando de mansinho
Pra saborear o que vier

Na lua já estás chegando
Com o sol de dia voltando
A rede já pousa esperando
Só falta um chamego vibrante

Quero ficar bem pertinho
Com o paladar aguçado
Degustando bem do teu lado

Depois voamos bem alto
Escrevendo nossa ilusão
Confirmo minha paixão...

Vou apaixonadamente
Te encontrar, basta chamares.
Meu amor é simplesmente
Do tamanho que sonhares.

Invadindo a minha mente
Traz os brilhos dos luares,
Meu amor que nunca mente
No teu corpo tem altares.

A paixão que é fonte e mina
E me dá inspiração
Mina amor que me alucina

Sina feita em explosão
Neste chão que determina
Já germina uma paixão...

SOGUEIRA
MVML
Publicado em: 13/08/2007 17:27:34
Última alteração:05/11/2008 16:17:45



Vou te encontrar à tarde, às seis,
No ponto marcado...
Do teu lado, farei valer a pena
Todo o anseio da espera...
Levo nas mãos meu amor, sem ser quimera...
E da dor do que passou, já não te lembrarás!
Me espera...
À tarde, às seis...
Horário combinado,
Para me teres ao seu lado, meu amado!
Lá estarei!
Pronta para te amar!


Espero esta menina de tardinha
E vamos ver um filme no cinema.
Depois tomar sorvete na pracinha
A vida já não traz qualquer problema.

Tentei passar a mão nas suas pernas,
A moça fez um ar de preocupada,
Nas carnes tão macias, duras, ternas,
Tão tenras que merecem ser tocadas.

Depois um beijo audaz em seu pescoço,
Tomei foi um tremendo beliscão.
O grito quase causa um alvoroço
Ficando bem marcado um vermelhão

Mas vale bem a pena a marca roxa,
A mão escorregou, parou na coxa...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 18/08/2007 19:04:53
Última alteração:05/11/2008 14:57:55



Já te disse umas mil vezes
De novo, vou repetir
Que te amo, te adoro
Nos teus braços, sei sentir
Felicidade completa
Repleta dos teus carinhos
Te afago, meu benzinho
Não mais me deixes, te imploro!
Não mais se vá, fica aqui!

“Olho a rosa na janela”
Vem trazendo um doce aroma,
Nem a rosa sabe que ela
Multiplica o que era soma.

Vou cantando nos meus versos
Alegria eu sei de cor,
Os meus dias tão diversos,
Cada vez irão melhor.

Mas não falo só de flores
Nem tampouco de jardim,
Longe destes refletores,
Escuridão; sei enfim.

Vaga-lumes, pirilampos,
Brilham muito mais que eu pude.
O meu canto noutros campos,
Se tornando duro e rude.

Porém vejo que também
Tantas vezes fui tão só.
Na procura por um bem
Coração virando pó.

Vem comigo, rosa bela,
Vagaremos pelo astral,
Mergulhando em cada estrela
Nosso canto, magistral...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 06/10/2007 19:45:02
Última alteração:04/11/2008 11:44:02


Hoje quero te falar deste amor-paixão
Que sem razão burila no meu peito
Versos de ternura em grande convulsão
E à alma doa real deslumbramento...

Quero te dizer das horas de magia
Em que a alegria esfuziante em festa
Faísca de emoção brilho nos olhos...
Meu corpo num arrepio, ardor e frio em tempesta...

E de tudo o mais que ao meu ser sombrio
Em luz sem par agora, divinal mudança.
Ao som da sinfonia do amor em bela dança...

Tudo porque o amor, preenchendo o vazio
Deu à vida e aos dias, em total festança.
Indescritível prazer de contigo, suave contradança.


Ternura derramada em poesia
Vertendo uma emoção que não termina.
Além de todo verso que dizia
Do amor que é nossa fonte, rara mina.

Deixando a rua escura e tão sombria
Estrela enamorada que ilumina
E em plena escuridão sempre nos guia
Com tal tenacidade que alucina

E traz amanhecer em bela aurora
Fazendo de mil cores a aquarela
Que o céu em brilho imenso assim decora.

Aos raios deste sol nos entregamos,
Guardando dentro em nós a rara estrela
Que em noites solidárias encontramos...

ANA MARIA GAZZANEO
Marcos Valério Mannarino Loures
Publicado em: 03/08/2007 20:17:03
Última alteração:05/11/2008 17:13:55




Meu vício é ter você...
Frio ou calor...
Em teu amor me perder...
Delirar no prazer,
De desenhar teu corpo com beijos...
Deixar que explodam mil desejos...
E contigo voar,
Céus de luas douradas,
Nas madrugadas,
Em que nos amamos feito loucos...
Mil vezes,
Mais um pouco...
Até o dia raiar...

Que bom te namorar, moça sapeca,
Brincar com tuas pernas, tua boca.
Matreira em brejeirice, esta moleca
Na cama me incendeia e fica louca...

Passeio minhas mãos sem ter rodeios
E deixo esta vontade se aflorar.
Mordisco levemente os belos seios
Depois... já vou descendo devagar...

A gente não tem mesmo nenhum siso,
Não temos mais vontade de parar.
Não queremos ficar no prejuízo

Por isso, esta menina melindrosa
Comigo, não se cansa de jogar,
E em toda brincadeira do amor goza...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 09/08/2007 16:19:13
Última alteração:05/11/2008 16:18:09


Vou fazer-me de bobinha
Vou em te acreditar
Diz que o mundo fica amaro
Porque comigo não estás?

Mas vou ficar de orelha em pé
Não vou te deixar escapar
Olha Marcos sou matreira
Conheço-te não é desde já

Sei que és homem quente
Não pode ver rabo de saia
tenhas cuidado meu bem

Que a coisa pode dar errada
Pensas que me engana
Mas és tu que esta a se enganar

Cuidado em?

Depois que o teu marido quase entrou
Bem na hora em que eu estava desfrutando
De todo amor gostoso, esperto estou;
Em outros sentimentos disfarçando.

Se acaso ele chegando de surpresa
Me encontra com a mão em plena massa.
De caçador amada, eu viro presa,
E aí é com certeza, uma desgraça.

Não quero que ele pense que estou só
Senão a coisa pode complicar.
Por isso, minha amada tenha dó
Preciso em outro canto disfarçar.

Mandei-te outros versinhos pra ele ler,
Assim, quem sabe a gente pode o convencer...

GELIS
MVML
Publicado em: 19/08/2007 22:17:43
Última alteração:05/11/2008 14:55:32



Plenitude de amor
Encontrei nos teus braços
Os meus passos, cessei,
Neste enlace perfeito...

Aninhada em seu peito,
Eu bem sei, encontrei,
A beleza da vida...

No fulgor, deste sol,
Que ilumina mia estrada...
Já não temo mais nada...

Foste sim meu abrigo...
E serena em teus braços,
Vivo a paz tão querida!

No peito, uma bagunça faz a festa,
Amor que me despertas me enlouquece,
E nele coração tanto obedece
Que nada além do amor, inda me resta.

Abrindo devagar, deixei tal fresta
Aonde vento forte que entorpece
Entrou me dominando e nem por prece
Um outro pensamento nele gesta.

Sou teu e gosto mesmo de assim ser,
Não quero e nunca vou mais discutir.
Se eu tenho nos teus braços, meu prazer,

Se encontro em tua boca a fonte pura,
Não deixo um só momento de pedir
Amor em plenitude, uma ternura...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 26/08/2007 20:38:19
Última alteração:05/11/2008 12:57:58




Rebuliço e agito,
Gritos e gemidos...
Atrevidos sentidos
Nos enlaçam
E embolados
Em beijos e carícias
Rolamos ao chão
Entres tapetes e almofadas
Criancices, farras
Algazarra do amor,
Menino sem juízo,
Que nos ataca...
Só risadas...


Folguedos de criança em plena tarde,
Volúpias desejosas sem juízo,
Ao mesmo tempo soprando quando arde
Já traz na boca o gozo mais preciso.

Uma algazarra insana, bem moleca,
Promete em mil carinhos, tais delícias,
A saia se levanta... e tão sapeca,
Sorri quase em deboche, com malícias.

Assim ao passear as minhas mãos,
Encontro os seios duros, sequiosos,
Penetro devagar, encontro os vãos,
Aonde os jogos ficam mais gostosos,

Risadas e gemidos se misturam,
Sem nexo, nossos sexos se procuram...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 27/08/2007 17:46:23
Última alteração:05/11/2008 12:54:58




Já vai o meu e-mail neste espaço longo
Amor_amor@.com sem mais delongas
O teu já sei de cor amor...amor...amor
Todos os dias bem das tarde mais amor

A ermo é o destino em amores tanto
Paixões já cortam a tarde a noite vem
Em cada dia as páginas registrando
Mais um poema uma saudade além

Abrande o coração sou fera mansa
Só sei querer, amar sorrir te ouvir
Encher meu coração amor porvir

Neste manjar dos deuses do Olimpo
Já saboreio ao teu lado fim de tarde
Uma emoção já invade amor saudade

Revoluções à vista, amor e glória
Cupido sem juízo me flechou,
Os louros consagrando esta vitória
Entranham no que sinto e no quem sou.

Um anjo mais sublime com vanglória
Espalha em meu caminho aonde vou
Estrela que mudando minha história
Mostrando quanto o amor tudo mudou.

Manjares e manás, doce ambrosia
A fome num banquete sem igual,

Tomando o coração em euforia


Um jeito tão gostoso e sensual.
Permite que imagine em alegria
Um novo amanhecer, sensacional...

SOGUEIRA
ML
Publicado em: 23/11/2007 16:39:23
Última alteração:31/10/2008 12:15:12



APAIXONADO POR VOCÊ - COROA DE SONETOS

1

A cada novo dia, mais contente,
Canteiro em profusão, perfeitas rosas,
Um sonho mais feliz, vida consente,
Distante das outrora temerosas

Tempestas num vazio penitente
Agora em emoções maravilhosas,
Futuro mais suave se pressente
Nas mãos das emoções tão caprichosas

O sentimento ganha da razão
Na força desmedida, uma paixão
Que chega e que nos toma por inteiro,

Nos olhos de quem amo, farto brilho,
Caminho alvissareiro, cedo eu trilho
Na busca deste amor mais verdadeiro.

2

Na busca deste amor mais verdadeiro
Estive em mil estrelas, belos sóis,
Além de um sonho simples corriqueiro
A vida necessita seus faróis

Na mão de um raro artista tal tinteiro
Espalha a maravilha em girassóis,
De todos os meus cantos o primeiro
Tramando a fantasia em meus lençóis.

Agora ao ter teu corpo junto ao meu
O mundo em um momento renasceu
E trouxe uma esperança em poesia.

Vencendo esta saudade que ficara
A vida se tornando bem mais clara
Encharca o meu viver, pura alegria.

3

Encharca o meu viver, pura alegria
E mostra um novo rumo mais audaz.
Ao ter o bem enorme que eu queria
A vida num momento satisfaz

E mostra ser possível novo dia
Imerso em plenamente em rara paz.
Vivendo livremente a poesia
Uma esperança a mais o sonho traz.

Eu sinto o seu bafejo, amor imenso,
E bebo cada gota desta fonte,
O sol raiando belo no horizonte

Ao invadir meu quarto forte e intenso
Trazendo em cada raio o teu calor
Expressa a maravilha feita amor.




4


Expressa a maravilha feita amor
A lua que se torna deslumbrante,
Deitando o seu luar tão sedutor
Tocando a minha vida num instante

No lume que se faz encantador.
Permite que meu peito sempre cante
Um verso mais profundo. Um sonhador
Nos braços deste amor que me agigante.

Eu sigo os rastros teus pelo caminho
E ganho espaço livre, sideral.
O toque mais audaz e sensual

Escorre em tua boca tinto vinho,
Sedento o coração quer toda gota
Na fonte que não cessa e não se esgota.

5

Na fonte que não cessa e não se esgota
Mergulho sem limites, vou bem fundo.
Perdendo nos teus braços rumo e rota
Amor vai me tomando num segundo.

Amar é não saber se existe cota
Vivendo sem temor eu me aprofundo
E sorvo com vontade cada gota
Espalho o sentimento em todo o mundo.

Amor que não me farta e não me cansa
É tudo o que eu queria, e nada mais.
Voltando novamente a ser criança

Encontro em teu retrato sedução
Invado mansamente o belo cais
No porto dos amores, coração.

6





No porto dos amores, coração,
Meu barco vai chegando calmamente
Sentindo o vento manso da ilusão,
O mundo vai mudando de repente.

Meu verso se inundando em sedução
Aos poucos outro canto já pressente
Causando a mais sutil revolução
Entorna a luz intensa, plenamente.

Sou teu e nunca nego o sentimento
Do qual sempre subsiste o meu viver.
Fadado eternamente ao teu prazer

O oráculo prediz que em fogo lento
Amor virá tomando cada espaço
Tocando minha vida passo a passo.

7


Tocando minha vida passo a passo
Eu sinto-me cativo deste sonho.
Riscando no meu peito cada traço
Meu barco nos teus braços, cedo eu ponho

Em todo novo verso que componho
Um novo amanhecer sem embaraço.
O canto mais audaz e mais risonho
Nas teias deste amor, decerto eu faço.

E sei o quanto é bom poder dizer
De toda esta alegria em bem querer,
Vencendo as duras marcas do passado.

Amor é conceder quando em partilhas
Deixando bem distante as armadilhas,
Ganhando um mar imenso, iluminado...

8


Ganhando um mar imenso, iluminado
Meu sentimento vence as tempestades,
Andando junto a ti vou lado a lado
Concebo as mais sutis felicidades.

Amor vai me levando ao belo prado
Distante das balbúrdias das cidades
Quem teve o sofrimento no passado
Agora não conhece mais saudades.

Olhares espreitando de tocaia
Os gozos mais vorazes e gentis
Sabendo ser agora mais feliz

Entrego o mar tão belo em tua praia
Desfruto de teus braços, teus carinhos,
Fazendo destes sonhos nossos ninhos...

9



Fazendo destes sonhos nossos ninhos
Recebo o teu perfume, bela flor.
Ao permitir assim os meus caminhos
Espalhas sobre todos, puro amor.

De todos os meus medos, descaminhos
Matando o coração de um sonhador.
Sentindo a mansidão de teus carinhos
Encontro um novo rumo, redentor.

Tu sabes quanto eu quero o teu querer
E disso faço o verso, encontro o mote.
Querendo um novo amor que assim me adote

Eu passo o tempo inteiro a conceber
Um sol que me irradie em força tanta
Nos laços deste amor que sempre encanta.

10


Nos laços deste amor que sempre encanta
Entranho os sentimentos que carrego,
Deitando nos teus olhos bela manta
Espaços infinitos eu navego.

Vontade de te ter, decerto é tanta
Embora caminhando quase cego
Intensa claridade já me espanta
E às vezes temeroso, amor eu nego.

Nas danças das estrelas, nossa cama
Brilhando salpicada em mil fulgores.
Deitando do meu lado, acesa a chama

Invades os meus sonhos, fantasia.
Os olhos são somente refletores
Da musa dos amores, poesia.


11


Da musa dos amores, poesia
Eu bebo cada gota de prazer.
Meu verso enamorado já dizia
Do quanto é necessário um bem querer.

Trazendo em alvoroço um novo dia
Raiando a maravilha, amanhecer,
De tudo quanto sinto que podia
Agora me convenço. Posso ter.

Arfantes caminheiros, longa estrada
Vencida tão somente em esperança.
Destino deslumbrante já se alcança

Depois de tanto medo e derrocada.
Não deixo de sonhar contigo amada,
Farturas de desejo em lua mansa.

12

Farturas de desejo em lua mansa
Soando em meus ouvidos, melodias.
O coração decerto sempre alcança
Matando as horas tristes, duras, frias.

O canto quando pleno de esperança
Permite que se raiem novos dias
Quem ama de verdade não se cansa
E busca as mais sublimes fantasias.

Menina que se fez doce mulher,
Eu quero o teu prazer e o que vier
Dos lábios mais gostosos que conheço.

A vida vai passando sem tropeço
Se eu tenho do meu lado quem eu quero,
Amor sem ter limites, mais sincero...

13

Amor sem ter limites, mais sincero
É tudo o que eu desejo em minha vida
Um mundo carinhoso eu sempre espero
De todos os temores, a saída.

Não tendo, com certeza o que mais quero
Eu vejo uma esperança já perdida.
Meu peito em agonia, triste e fero
Prepara cruelmente a despedida.

Mas sinto o vento manso da manhã
Trazendo o teu perfume, rosa branca
Sangria num momento já se estanca

Mudando totalmente o triste afã
Permite que se faça em alegria
O canto de quem sonha em poesia.


14


O canto de quem sonha em poesia
É feito em emoção singela e rara
Ao sonhador banhado em fantasia
A noite enluarada já antepara

Raiando a luz intensa de outro dia
O peito enamorado assim dispara
Reflete toda a glória da alegria
E a sorte se tornando bela e cara.

Marcado pelos olhos de quem amo,
Sentindo esta bonança que virá.
Divina melodia; agora eu tramo

Alçando a liberdade num repente
Um paraíso em vida se fará
A cada novo dia, mais contente.
Publicado em: 16/01/2008 17:04:18
Última alteração:22/10/2008 19:41:39



APAIXONADO POR VOCÊ *

Na areia...
Uma âncora desenho...
O mar vem e arrasa tudo...
Sorrio....porque o mar volta...
Enrosca-se nos meus pés...
Deles faz troça...
Apressadamente retira-se...
Pois tu voltas também....

O mar nos procurando em ondas mais ferozes
Talvez por ter ciúme; arrebenta na areia
Os ventos vêm buscar em rajadas velozes
Aquela que bem sei por ser linda sereia

Desperta num momento em todos os algozes
Inveja mais audaz, a todos incendeia.
Também a tempestade em seus braços atrozes
Até a lua mansa, ao vê-la não clareia

Esconde-se depressa atrás da negra bruma
Um oceano então troveja enquanto espuma...
Sereia sou teu par, jamais o negarei.

E volto a te buscar sem medo da tempesta
Pois sei que tenho agora o que eu já procurei
E o coração se acalma, anda em perene festa...

MARTA TEIXEIRA
Marcos Loures
Publicado em: 25/07/2007 10:43:40
Última alteração:05/11/2008 18:08:52


APAIXONADO POR VOCÊ//

Sendo assim meu amor
Não vamos mais esperar
Vamos combinar a maneira
De nos encontrar
O que você acha de ser, a margem do rio?
Ou quem sabe talvez,
no meu quarto escondido?
Se não decidires eu mesma
decido

Deixe a janela aberta
Que à noite vou chegar
Entrando no teu quarto
Querida, e devagar
Vou sem fazer barulho
Ninguém vou acordar.
Fique de camisola
Aquela transparente
Vermelha, que, morena
Te deixa bem ardente,
Depois, é só deixar
A gente ir desfrutando
Desta pimenta boa
Que logo vem queimando.
Te juro, vai gostar,
Não vou deixar-te à míngua
Assim vais conhecer
Poder que tem a língua...


GELIS
Marcos Loures
Publicado em: 28/07/2007 14:22:58
Última alteração:05/11/2008 17:44:02


APAIXONADO POR VOCÊ /

Se algum dia passastes por tempestades,
Podes sorrir, não irás mais passar.
Serei teu manto protetor.
Amante, amiga a te guiar.

Serei o espinho da tua rosa,
Que a defende em toda ocasião.
Serei o lírio dos teus campos,
Teu suave sereno, tua proteção.

Embalarei-te em lencóis macios,
Perfumados com puras lavandas,
Misturados com aromas de nossos cios,

De dois corações que se amam.
Serei tua redentora,
Serás meu amor para sempre!

Eu quero me esconder da tempestade
Debaixo de uma saia acolhedora,
A proteção gostosa, na verdade
Da rosa que se mostra redentora,

Calor em doce abrigo encontrarei
Além de um visual maravilhoso.
Depois de tanta chuva eu encontrei
O teto mais bonito e mais charmoso.

Ali, neste cantinho meu amor,
Eu vou ser mais feliz, eu te garanto,
Pois tenho com certeza um bom calor
E toda esta beleza feita em manto.

Debaixo do vestido da morena,
Felicidade plena já me acena...

GELIS
MVML
Publicado em: 14/08/2007 22:03:25
Última alteração:05/11/2008 15:46:49



No lago....
O meu reflexo...
O meu rosto...
O meu cabelo a esvoaçar..
O vento a brincar com
o brilho dos meus olhos...
Porque tu estás perto....
Porque tu me tocas...
E o lago tudo reflecte...............

Recebendo o reflexo de teus olhos,
num lago em placidez quase completa,
distante da amargura dos abrolhos,
minha alma neste brilho se completa.

O vento ao balançar os teus cabelos,
em doce sinfonia a paz invade
Maravilhado, amada, eu posso vê-los
ao sol iluminando o fim de tarde.

E assim, quase que em sonho, enfim deliro,
sentindo o teu olhar sobre meu rosto
a terra vai rodando e em cada giro
mais forte o meu querer, bem mais disposto

sentindo um bom perfume em tua pele
vontade de te ter, louca,compele...

MARTA TEIXEIRA
MVM L
Publicado em: 07/09/2007 19:30:21
Última alteração:04/11/2008 20:28:27



Cedendo ao encanto
Magia e acalanto
Do amor, que em mim canta
Alço a voz do meu espanto,
Alegria que grita
Em riso feliz!
Você em mim...
Minha alma em festa.
Neste bailado
Do teu lado,
Homem amado,
Sanidade por um triz!

Amar é ser insano
E nisso boto fé,
Um gozo soberano
Depois de um cafuné
Querida, eu não me engano
Amar sempre dá pé,

Bailando sem cansaço
No corpo mais gostoso,
Saber que cada abraço
Num toque fabuloso
Estreita mais o laço
Em promessas de gozo.

Vem logo e assim decida,
O bem em nossa vida...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 08/09/2007 13:22:32
Última alteração:05/11/2008 06:45:59




Deixo escrito na brisa
Os desejos....
Espalho na areia
As mensagens...
Discursos, histórias..
Como eu por ti anseio...
Como soletro o teu nome...
Sei que também soletras o meu...
Com paixão..............................

Desejos espalhados
Vão soltos em pleno ar,
Trazidos pelos fados,
Fazendo salpicar

Amor em vários lados
Anseio te encontrar
Dias iluminados,
Amor, raio solar

Que toca e que transforma
Refaz uma esperança
Mudando cada forma

Reforma uma aliança
Deixando como norma
A sorte que se alcança...

MARTA TEIXEIRA
MVML
Publicado em: 10/09/2007 17:29:07
Última alteração:04/11/2008 18:12:57




Naufragamos todo dia
no mar imenso do amor,
e nos deixamos levar
pela voragem que assoma,
que o corpo inteiro nos toma
se derramando em carícias,
no encontro boca a boca.
Corpos juntos,bem colados,
deixamos que a noite se escoe,
enquanto as estrelas brilhantes
parecem fulgir nesse instante
em aplausos, curiosas.
Nos amamos esquecidos...
Mas que importa o tempo ido,
se no jardim nascem rosas?


Sonho que eu sou – do amor – um ser eleito,
Redimindo as tristezas que acumulo,
Tocado por vontades, belo pleito
Nos mares dos desejos onde ondulo

Aporto os teus carinhos, cara amiga,
E bebo de teus lábios, fonte e méis,
Meu barco nos teus braços não periga,
Encontra na verdade o seu convés.

Recendes ao perfume que, oloroso,
Decifro no rosal de uma paixão.
Passado que deixei, tempestuoso,
Atraca em manso cais, teu coração.

Agouros malfadados, olvidados
Prenúncios de outro dia, enamorados...

HLUNA
MVML
Publicado em: 19/09/2007 14:07:01
Última alteração:04/11/2008 16:03:36


Ponto final no nosso amor nunquinha
Vírgula no nosso amor jamais
O que pode ter é exclamações
Pôxa o nosso amor é demais!!!
Supera distancia saudade solidão
E de tudo ele é mesmo capaz

Enfrenta todas as adversidades
Calúnias, falsidades, controvérsias
Derrota todos os invejosos
Que querem nos levar com conversas
E que querem denegrir nosso amor
Dizendo que dele nada mais resta

Por isto meu doce mel
Temos que ficar bem atentos
Para nosso amor não ser atingido
Por palavras banais soltas ao vento
Temos mesmo que nos enfunar
Pelo grande amor que a gente sente


Amor e eternidade se confundem
Na doce confusão de nossas pernas,
Eternas madrugadas que passamos.
Inesquecíveis dias, nossos dias...
Do mel de tua boca não me olvido.
Derramas mil estrelas quando passas.
As Graças louvarão cada momento
Aonde, Musa bela; me tocaste.
Desgastes? Não! Jamais os conhecemos,
Estamos cada vez bem mais unidos
Em lábios sem fronteira, corpos, poros.
Respiro em tua boca um ar mais puro.
Seguro tuas mãos e me liberto
Rasgando o coração. Aberto o peito...

GELIS
MVML
Publicado em: 20/09/2007 16:23:10
Última alteração:04/11/2008 15:06:55




Olhe em meus olhos
Sente em meus beijos
Meu corpo em fogo
Ânsia e desejos...

Me toma em teus braços
E faz-me tua
Me aperta em laço,
À luz da lua...

Venha comigo
Em doce rito
Colher o figo
De amor, bendito!

Qual fora um barco imenso em calmo mar,
Vagando sob os ventos mansamente.
Amor que se faz guia e timoneiro
Invade pela proa, de repente.

E trama em mil procelas novos rumos.
Paixões no ancoradouro coração,
Fomentos das gigantes tempestades
Causando em quem se entrega, convulsão.

Nas ânsias e desejos, mar soçobra
E os lábios se procuram num naufrágio.
Os corpos vão imersos, abissais,
Nesta procela intensa, mesmo frágil...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 23/09/2007 19:31:49
Última alteração:04/11/2008 15:04:17


A poesia conquistou-me desde cedo
Era o cordel meu passatempo favorito
Foram tantas as histórias de amor
Que me sentia a musa dos versos lidos

Em cada poema que a mente recriava
A mão para as letras ainda inábil
Criava telas de amores nos poemas
Depois a tinta registrava bem ágil

Hoje desfilo nestas telas dos poetas
Encontro contos em prosa e poesia
Ao deparar-me nestas páginas certo dia

Armei a tenda choveu palavras escondidas
Abismada por tua passarela em poesia
O amor guardado aflorou em tela viva



Um pobre cantador apaixonado
Um trovador que canta num repente
A sina de viver tão encantado
Por toda esta emoção que a gente sente

Fazendo deste sonho iluminado
De ter amor que seja permanente
Andando com teu verso do meu lado,
Percebo o quanto estou feliz, contente...

Nós somos passageiros, nada mais,
Atados ao amor; locomotiva.
Ao atrelar meu canto, encontro cais

Na mão que me protege e se anuncia
A força de viver, a sempre viva
Que brota em meu canteiro, todo dia...

SOGUEIRA
MVML
Publicado em: 25/09/2007 17:31:11
Última alteração:04/11/2008 13:32:20





Não sei quem vês
quando apareço...
Sei o que sinto
Quanto tu apareces...
Frio,arrepios
Eu tenho...
Sempre que fora do teu abraço
Eu estou...............

O teu amor me chamou
Para a dança mais gostosa,
O teu beijo me buscou
Nesta noite maviosa,

Num sorriso me encontrou,
Fez a vida mais formosa,
No jardim que cultivou
Floresceu jasmim e rosa.

Arrepios também sinto
Quando estou perto de ti,
Um inebriante absinto,

Meu amor, eu bebo aqui,
Nesta boca sensual,
Calor equatorial...

MARTA TEIXEIRA
MVML
Publicado em: 03/10/2007 14:32:55
Última alteração:04/11/2008 12:51:23



Deixo que o cheiro do café...
Forte, denso te chame..
Te traga até mim....
Te delicie...
Num abraço....
Saboroso...........

O gosto desta boca- tentação,
Delícias de um abraço vigoroso,
Bebendo gota a gota em sedução,
Preparo para a vida um fino gozo

Perfume de mulher adentra o quarto,
E sinto uma presença encantadora
Correndo pros teus braços, logo parto,
Querendo o teu carinho desde agora.

No jogo deste amor, em doce embate,
Não há jamais quem ganhe ou perdedor,
Querendo toda vez que venha o empate,
Entrego-me e recebo igual fulgor.

Sabores e vontades, mil desejos,
Trocados em carinhos, longos beijos...

MARTA TEIXEIRA
MVML
Publicado em: 09/10/2007 14:34:36
Última alteração:04/11/2008 11:21:26



Hoje...nada quero dizer...
Apenas ver-te...
Deixar que me vejas...
Pouco importa como....
Apenas que me vejas...
Na minha essência...
Na minha alma....
No meu coração

Recebo deste olhar forte clarão
Que invade minhas praias e me doma.
No vento que me invade, mansidão,
Amor se multiplica, mais que soma.

Na essência deste bem que tanto quero,
Uma alma vaga livre, sem amarras.
De tudo o que sonhei, amor espero,
Cravando no meu corpo suas garras.

Aumentam-se os desejos de te ter,
Recolho meus pedaços, vou a ti.
Nas mãos de nosso caso, tal prazer
Maior do que sonhara, ou já vivi.

Meu coração encontra seu caminho
Nos braços da mulher, pleno carinho...

MARTA TEIXEIRA
MVML
Publicado em: 10/10/2007 18:47:29
Última alteração:03/11/2008 21:50:43




Beija-me...
Como se o fizesses pela primeira vez............
Devagarinho...
Suavemente....
O dedo a contornar ternamente..
Os meus lábios....
Palavras doces...
Faz-me sorrir...
Depois, exige-me tudo...
Recebe-me com alma...........

Recebo cada toque mais sutil
Do corpo/porto feito em esperança.
O vento da alegria tão gentil
Convida nosso amor para esta dança

Aonde em mil delírios tropicais,
Avanço a noite inteira do teu lado.
Dançando nossos sonhos quero mais
No samba, num forró, no vira ou fado.

E ao tempo de viver, já nos rendemos,
Tecemos nossos dias com vigor
Da glória que divina, recebemos
Traçamos nossos versos, puro amor.

Decoro com vontade e fantasia,
A perfeição de tua geografia...

MARTA TEIXEIRA
MVML
Publicado em: 11/10/2007 17:40:38
Última alteração:03/11/2008 21:46:35




Do teu lado, vivo o encanto
Das mil horas de magia
São horas de doce encanto
Versos de nossa poesia...

Se mais pudesse eu viver
Do teu lado, meu amado
Sem ver tempo se perder
Estaria do teu lado...

Mas, contudo a alegria
Já em mim, fez moradia
Pois já vivo intensidade
Por nosso amor de verdade...


Coração fez moradia
Neste amor que tanto encanta,
Minha vida em euforia
Nos teus braços se agiganta

E me mostra uma certeza
Que domina o canto meu,
No teu canto uma beleza
Clareando o negro breu.

A parceira que eu buscava
Para em vida, ser feliz.
Nosso amor já não tem trava
Liberdade enfim prediz.

Caminheiro apaixonado
Não se cansa de querer
Sempre estando do teu lado,
Felicidade e prazer!

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 14/10/2007 20:23:24
Última alteração:03/11/2008 21:02:38


Hoje, não vou fazer nada...
Quero permanecer assim,
Deitada em seu colo
Vendo a vida a sorrir...

Quero te amar sem ter pressa
Que o tempo, depressa
A voar sem ter fim,
Só te rouba de mim...

Quero aproveitar cada minuto...
A sorver deste amor,
Que a nutrir por você
Alimento de ardor

Sonhos que te dou...
Meu amor, infindo...

Só quero desfrutar deste prazer
Colher cada bom fruto no quintal,
Quarando uma esperança no varal,
Depois deitar amor até saber

De cada novo encanto as conceber
Em sonho sem limites, divinal,
Bebendo de teu corpo sensual
A tarde inteira, até me converter

Em parte de teu corpo, sem fronteira,
Vencido pelo cheiro desta pele,
Que a tantas maravilhas me compele,

E mostra a solução queira ou não queira,
Que o tempo do teu lado, enfim congele,
Paixão que se fez forte e derradeira...

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 06/07/2007 17:18:16
Última alteração:05/11/2008 19:48:40



Espanto e confusão toma-me as mãos
Ao ver teu canto aflito em agonia
Soubesse eu um dia, que a paixão
Carrasca, tanto mal enfim, faria
A quem no céu jogou sua ilusão
Por certo,deste sonho eu desfaria
Livrá-lo-ia das penas, cicatrizes
Que te marcam e em horror se vão expostas...
Mas mal que te adveio, sei não ser
Do amor que dominou todo o meu ser...
Quiçá no meu amor, haja ventura
De achares à tua dor, alento e cura!

Em teu amor, decerto, a salvação
Depois de ter vagado qual cometa.
Ardera tantas vezes na paixão
Porém jamais andei em linha reta.
O fogo da saudade disse o não
De forma mais concisa e tão direta

E quase ao terminar minha esperança
Vieste com teu braço redentor.
Trazendo para a vida, a temperança
Que é feita calmaria em pleno ardor.
Nas noites sem tormentas, tal festança
Já relevou pra sempre um amargor.

Tu és tudo o que eu quero e não mais nego,
Sem teu amor vagueio, quase cego...

ANA MARIA GAZZANEO
Marcos Loures
Publicado em: 13/07/2007 15:56:00
Última alteração:05/11/2008 19:28:56





As horas benfazejas nesta estrada
Que leva ao mais sublime diamante,
Elevo uma esperança, subo a escada
Encontro altar divino, deslumbrante,
As mãos desta mulher, perfeita fada,
Tocando a minha pele num instante,
Gritando no meu peito, simples presa
Do amor que me tomou, bela surpresa.
Publicado em: 25/10/2007 17:30:02
Última alteração:28/10/2008 13:17:20


Há sonhos estranhos...
O desta noite...........
Não me lembro...
Lembro-me apenas...
da tempestade louca...
Do medo que senti...
Da tua troça....
Das brincadeiras...
E dos beijos...


Quem dera se pudesse sem receios
Beijar a tua boca e teu pescoço,
Depois descer meus lábios nos teus seios
Causando nos mamilos, alvoroço.

Deixar-te extasiada em loucos veios
Mostrando quando em ti eu me remoço,
Chegando devagar aos devaneios,
Moldando meu prazer neste colosso

De pele bronzeada e tão cheirosa,
Mergulho meu prazer em teus encantos,
Depois saber gostoso quanto goza

Da festa mais divina prometida,
Mordendo devagar, prazeres tantos,
O bem abençoado em nossa vida...

MARTA TEIXEIRA
ML
Publicado em: 11/12/2007 07:29:19
Última alteração:23/10/2008 09:41:02




Eu te revejo, no passar do vento
Que o teu perfume exótico me traz;
E quando fica livre o pensamento,
Teu vulto nobre o cérebro refaz!

Eu te revejo na estação das flores,
Entre as mais belas que o jardim floresce;
E na paixão fugaz de outros amores
O coração de ti, jamais esquece...

Eu te revejo, numa nuvem clara
Que corta os céus, na límpida alvorada!
E ao ver, das pedras, a mais nobre e rara,
Nela te vejo, frágil, delicada....

Eu te revejo no bater dos sinos,
Ao fim do dia, em prece angelical;
E nos acordes, leves cristalinos,
Estás presente, etérea e sensual...

Eu te revejo, no passar do rio,
Cortando serras e varando as matas,
Pois teu sussurro, cândido e macio,
Vem das nascentes, tímidas cascatas...

Eu te revejo, na canção do mar
Que aos homens causa medo e causa espanto,
Pois é nas ondas deste olhar
Que, mergulhando, eternizei meu canto!

Mas, se me pedes que, de ti, me afaste,
Hás de uma vez por todas responder:
Por que te amar assim tu me ensinaste,
Sem ensinar-me como te esquecer?


Eu te revejo em sonho, extasiado,
Na luta mais feroz contra a saudade.
Preciso deste amor, apaixonado,
Viver em teu amor é liberdade!

Eu te revejo no canto que te fiz,
A cada dia mais sereno e louco.
Traçando meu futuro mais feliz,
Perdendo todo o tino, pouco a pouco...

Eu te revejo nas luas que não tenho,
Na noite que não veio nem virá.
Se matas mais fechadas sempre embrenho,
Talvez minha esperança reste lá.

E sinto que te quero, não mais nego.
O gosto de teu beijo não esqueço.
No vento que te trouxe, me carrego,
Não me deixe mais, sinto que enlouqueço.

Meus versos foram feitos espelhares
Dos olhos mais divinos que já vi.
Andando em tantas luas, tantos mares,
Revejo tanto amor que tive aqui,

Eu te revejo, querida em cada canto,
Em cada sonho, amor, em tudo enfim.
Minha amada, sou vítima do encanto
Que faz eu te rever dentro de mim!

Marcos Coutinho Loures

Marcos Loures
Publicado em: 29/12/2007 15:47:55
Última alteração:22/10/2008 21:21:05




Tua presença entranhada
E a fada dos desejos
Promovem cortejos
Ás sensações amadas...

Beijos, torpor do vinho
Desatino, enlevo
Alma a flutuar
Ao sabor do ensejo

Afagar teu rosto
Recostar-te ao peito
Levar-te ao meu leito
E te amar, amar...

Bebendo em tua boca o doce vinho
Inebriadamente apaixonado,
Vontade de chegar bem de mansinho
Meu rosto no teu rosto, estar ao lado
De quem modificou o meu caminho
Deixando esta tristeza no passado.
Amor que trouxe em paz a redenção,
Posseira dos meus sonhos de paixão...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 05/11/2007 20:49:34
Última alteração:31/10/2008 17:40:46





É tanto amor que por ti acalento
Que em mar, extravasa em poesia
A dançar, baila a alma de alegria
E em versos te descrevo o encanto...

Visão em sonhos, vejo-te ao meu lado
Enamorada e encantada, eu te abraço
Doces laços de amor, doce ventura
Nos teus braços encontro, doce amado!


Amor além da borda deste pote
Causando inundação bagunça o peito.
Vivendo em poesia, doce mote,
Tempestuosamente dá seu jeito

Paixão que num momento, salta em bote
E invade sem perguntas. Satisfeito
Avanço a nossa vida até que esgote
Inesgotável senda aonde é feito

O mundo mais perfeito, sem maldades,
Sem medos ou pudores, sem pecados.
Teus olhos em meus olhos tão amados

São feitos de emoção e de vontades.
Artífices do amor em cada rima
Fazendo da paixão uma obra prima...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 08/11/2007 14:59:31
Última alteração:31/10/2008 16:29:18


Hoje, deixo que a lua me namore...
Me exponha totalmente ao teu olhar...
Esse teu olhar guloso...
Sei disso e mordo os lábios...
Ofereço-te as costas nuas...
Olho por cima do ombro...
Seduzo-te....
Sem uma única palavra...

Seduzido por ti, silente e bela,
Enamorando estrelas e luares,
Vontade em tentação que se revela,
Nas frutas mais gostosas dos pomares
Meu corpo em tua pele já se sela
Fazendo dos prazeres, meus altares.
Olhar que te procura, tão guloso,
Desfruta em antemão divino gozo...

MARTA TEIXEIRA
MVML
Publicado em: 12/11/2007 21:01:21
Última alteração:31/10/2008 15:04:48


O perdão é palavra sacramentada
Assento no confessionário ao ouvi-te
O perdão é permitido e consagrado
Sessenta e sete vezes ao teu pedido

A cruz do amor é o mais sublima
Vem à saudade que unidas já é sina
Carrega a alma o coração não declina
Clareia a luz fonte que nos domina

Assim de perdão e esperanças firmadas
Ergue-se à coragem a vida se ilumina
Vem mais amor recarrega a estima

E eu ajoelhada ergo as mãos para a cruz
Olhando-te por amares assim nos teus versos
Abençoando nosso amor virtual como prece

Receba o meu amor delícia em vício
Unindo nossos versos, mesma sina.
Alegria de viver, sagrado ofício
De tantas alegrias, vera mina.

Deixando para trás o sacrifício
A sorte- ser feliz- já nos domina
Um sonho que é real e não fictício,
Meu verso com doçura se ilumina

Do brilho de teus olhos, teus carinhos,
Palavras que inebriam e conquistam,
Ancoradouros mansos já se avistam

E mudam com certeza meus caminhos.
Amor que ao prosseguir retira as urzes,
E deixa bem mais leves nossas cruzes...

SOGUEIRA
MVML
Publicado em: 15/11/2007 11:13:55
Última alteração:31/10/2008 15:25:06




Nos meu sonho apaixonado
Na noite fria e vazia
És estrela, és a lua
E eterno namorado...

O meu príncipe encantado
Seresteiro da magia
Meu olhar mais encantado
Sol nesta noite sombria...

A poesia que escrevo
Todo o amor, que eu descrevo
Nesta hora encantada
No deslumbre da minha alma...

A tela do meu ensejo
Da alegria, doce beijo
Um sorriso em minha face
A pauta do meu desejo...

Menina um cavaleiro em teu castelo
Na noite tão silente se adentrando,
O quanto te desejo já revelo
A cada novo canto que entoando

Em trovas, madrigais, destino selo
E sempre do teu lado mergulhando,
Mostrando este caminho raro e belo,
No canto que se fez tão manso e brando.

Desejo o teu desejo simplesmente,
Princesa ou amazona, minha fada
A sílfide perfeita que me guia.

Amar é crucial e assim premente
Permite que o castelo, enfim, invada,
Trazendo em plena noite, uma alegria...

ANA MARIA GAZZANEO
ML
Publicado em: 15/11/2007 12:42:05
Última alteração:31/10/2008 14:28:11



Aproxima-se uma tempestade...
Sopra um vento gelado...
E eu tenho frio....
Vontade louca de me acolher..
Em ti...
Nesse calor tropical....
Viver mais intenso este
amor feliz...............


Por mais que o frio bata em nosso rosto
Calores que tu vertes me aquecendo,
O manto sobre a cama o corpo exposto
O dia em alegrias vai nascendo.
Depois da noite intensa, doce gosto
Da boca que me toca, percorrendo..
Calor que nos envolve, tropical,
No fogo do desejo. Sensual...

MARTA TEIXEIRA
MVML
Publicado em: 17/11/2007 14:45:58
Última alteração:31/10/2008 13:16:58


Vem, meu amor, vem..
Ver o pôr-do-sol comigo...
Brindar na hora mágica do dia...
Celebrar o amor...
Nos últimos raios de sol....
Deixar a paixão discursar...
Ceder à vontade e ao desejo...
Sermos nós...

Os raios deste sol vão celebrando
A glória de um amor que não tem fim.
As horas sem notarmos vão passando
O mundo se encantando, sempre assim,
O quanto te desejo se mostrando
Nos brilhos deste sol dentro de mim.
Paixão que nos tomando é sentimento
Que traz o mundo inteiro num momento...

MARTA TEIXEIRA
ML
Publicado em: 19/11/2007 21:25:41
Última alteração:31/10/2008 13:38:56


Minha boca busca a tua
na madrugada desnuda
por entre carícias e beijos.
eu te amo, tu me amas
com loucura, com ternura
damos vazão aos desejos.
Alegria imensa, intensa
fogo branco em que me aqueço,
delírios, prazeres sem fim.
No ar o perfume do amor,
que se expande e fica em mim.

Minha boca vai buscando em tua boca
A sorte de sentir tanto prazer,
Paixão quando demais já me sufoca
Não deixa quase nada perceber.

A lua penetrando na maloca
Trazendo a claridade, me faz ver
O sonho em que alegria enfim se estoca
Moldando em nossa vida o bem querer.

Desejo o teu desejo, minha amada,
Não quero outro caminho nem estrada
Seguindo cada rastro vou ao céu.

Montado na esperança passageira
Na luz que se irradia, derradeira
Nos olhos deste amor, o meu corcel...

HLUNA
ML
Publicado em: 22/11/2007 14:52:52
Última alteração:31/10/2008 13:05:52



Pelo trilho a mala veio sem rodeios
Sempre vazia de amores verdadeiros
Girei a chave ai Deus só nulo espaço
Pra preenchê-la só houve embaraço

Olha daqui indaga ali outra acolá
Tudo vazio, aonde amor vai encontrar
Num coração que nada enxerga de amar
Só sabe olhar admirar fugir sonhar...

Mas, nos poemas sinto o cheiro no ar
A mão que oferta carícia e sabe amar
Poemas que inebriam só há penar

A voz soa ao longe chega ao ouvido
Numa canção o coração já comovido
Ama em silêncio na manhã todo cativo

Somemos nossas forças meu amor
Assim alcançaremos o infinito,
Nas ondas do teu mar, belo torpor,
Fazendo do prazer, o nosso rito.

Amor que sem limites, vou propor
Sem medos ou temores, irrestrito,
Na imensidão do sonho recompor,
Amor com a firmeza de um granito.

Viajo por teus céus, bebo as estrelas,
Nas constelares luzes, a tiara
Divina que se mostra bela e rara,

Sentindo a brisa mansa a concebê-las
Navego sem descanso pelo astral
Até chegar à lua sensual...

SOGUEIRA
ML
Publicado em: 25/11/2007 12:30:46
Última alteração:31/10/2008 12:09:06



RISO E CANÇÃO
BAILAR DA ALMA
DESTINO E KARMA
TÃO SÓ AMOR...
AO TOQUE
SUTILEZAS
SURPRESAS
VERSOS
VERBOS
VERBENA
LASTROS DE INCÊNDIO
ADENDO EM ARDÊNCIA
PAIXÃO EM FRÊMITO
PÁ E REMO
MARÉS E MARÉS
PROA E CONVÉS
VINHOS E CAFÉS
COMOÇÃO
TURBILHÃO
VULCÃO EM FÚRIA
INCÚRIA
LUXÚRIA
ORGASMOS E GOZOS...
TE AMAR, É!

No riso do gozo
Da festa insensata
Serena sonata
Atada ao prazer,
Sou ser se serás
Seria o que queres
O sonho do alferes
Revivendo em nós,
Nos nós nossos passos
Os sóis alvoroço
Roçando o pescoço
Colossos à vista
Revistas e entregas
Esfregas e entranhas
Ganhas montanhas
No riso do gozo...

ANA MARIA GAZZANEO
ML
Publicado em: 03/12/2007 18:30:40
Última alteração:29/10/2008 16:49:04

Minha vida toma outro sentido
Agora que te conheci
Em teus olhos percebi teu desejo
Tudo o que sentes por mim
Ao tocar-me, me arrepias
Meu desejo aflora em segundo
Teus toques ousados em meu corpo
Minha paixão, loucura
Sensações prazerosas, nos permitimos
Nossos corpos numa grande procura
Nossos lábios se oferecendo
Matamos aos poucos este desejo sem cura
Neste encontro de corpos febris
Se querendo, se amando, pertencendo
Esquecemos de tudo lá fora
Continuamos a este prazer, nos entregando...

De todas as delícias que eu conheço,
Decerto no teu corpo: maravilhas!
Chamados do desejo eu obedeço
E busco desvendar todas as trilhas

Que levam ao prazer e, sem tropeço,
Seguindo pela estrada onde tu brilhas.
Encontro; muito além do que eu mereço,
Beleza sem igual, em loucas ilhas...

Mergulho num vulcão efervescente
Ardendo em convulsões, ousados passos.
A sedução que entornas, de repente

Em tempestade os gozos mais febris.
Assim, aventureiro, invado espaços
E sinto, junto a ti, que sou feliz...

ISABEL NOCETTI
Marcos Loures
Publicado em: 15/07/2007 20:32:14
Última alteração:05/11/2008 19:14:37



No teu sonho..
O meu destino tu escreves...
Na minha mão...
Cruzam-se as linhas das nossas vidas.............
Cravamos as nossas iniciais
em desejos...
Escondemos ânsias...
Revelamos tudo à luz de prata...
Que enche as nossas noites...................

Ciganas prediziam; profecias
Que um dia tu virias para mim.
Tu trazes em teus olhos tais magias,
Florindo minha vida e sempre assim

Em torno de teus passos, alegrias,
Prazer que me mostraste, sem ter fim,
Vivendo em plenas luzes, fantasias,
Recendes esperanças num jardim

Plantado e cultivado com carinho,
Regado com fantástica emoção
Por jardineiro sempre dedicado,

Eu quero estar contigo em meu cantinho,
Envolto nos desejos da paixão
Estando sempre assim, apaixonado...

MARTA TEIXEIRA
MVML
Publicado em: 28/08/2007 16:27:34
Última alteração:05/11/2008 12:52:12



Não disfarço a ânsia...
A vontade de te ter sempre em mim...
Desenhar-te na minha pele...
Escrever-me na tua...
Nos silêncios partilhadas...
Na verdade do prazer....
Na entrega total...
Nos gemidos de amor.......

Ansiosamente busco esta partilha
De corpos e desejos, entrelaces,
Meus olhos perseguindo a rara trilha
Dos olhos de quem amo. Nela traces
O rumo de quem trama em maravilha
A vida que não trouxe mais impasses.
Silêncios compartilhas com quem amas,
Na entrega em que se mostram nossas tramas...


MARTA TEIXEIRA
MVML
Publicado em: 07/11/2007 19:52:23
Última alteração:31/10/2008 17:14:35




Não me importa quantas bocas já beijastes
Nem tão pouco em quantas camas já deitastes
Sei que muitos amores tivestes
Mas agora estas comigo, é o que me importa;
Rodastes o mundo procurando
Alguém que de verdade te amasse
Estou aqui, de braços abertos te esperando
Não deixe que em vão o tempo passe;
Cada hora, cada minuto, te espero
No meu peito, este amor inflama
Não me deixe esperando tanto tempo
Te aguardo, estou em chamas!

No fogo que nos queima, o do desejo,
Ardências fabulosas prometidas,
No gozo mais sublime que prevejo
As sendas mais audazes percorridas.

Não quero tão somente este lampejo,
Unamos com prazeres, nossas vidas.
Tu tens toda delícia que eu almejo,
Em mãos que se procuram distraídas...

Perversos, os teus lábios que passeiam
Roçando minha pele em arrepios.
Deixando que anteveja teus rocios,

Nas chamas que em nós dois; tanto incendeiam,
Labaredas imensas, fogaréu,
Levando, em mil orgasmos, para o céu!

ISABEL NOCETTI
ML
Publicado em: 26/11/2007 21:47:06
Última alteração:31/10/2008 12:06:52




Esta paixão que o fogo corrói mudo
Numa labareda queimando nossas mentes
Às vezes é desânimo em tal momento
Outras vezes há glórias, contentamentos.

Neste naufrágio estarei em pleno mar
Numa tábua de salvação, corrente vida
E na praia quando as ondas nos levar
Em pleno sol iluminando glória finda

Deixaremos nas pegadas da areia
Uma mensagem de amor, belo momento
Mas, se as ondas levem tal deslumbramento

É testemunha, o sol o ar, divulga o vento
De dois náufragos resistindo aos tormentos
Das paixões e tentações do amor lamento

Paixão se ardendo em fogo desejoso
Intensas labaredas e fagulhas.
Um sentimento assim maravilhoso,
Palheiro que não tem tantas agulhas.

Eu sei qual o valor e raridade
Que trazes nos teus lábios sedutores.
Glorificando a paz, felicidade
Que é feita da ternura e seus pendores.

Nos versos tal moldura que enobrece
Um coração que é feito sonhador.
Escute este meu canto feito em prece
Louvando ternamente o nosso amor.

Nas ondas deste mar, na branca areia
Paixão feita solar, nos incendeia...

SOGUEIRA
Marcos Loures
Publicado em: 19/07/2007 16:14:30
Última alteração:05/11/2008 19:09:57



Meu corpo te buscando e na vontade
Que um dia em fantasia me tomou,
Entorno sem limites, saciedade,
De tudo o que aprendi, e agora sou,
Descubro- até que enfim – felicidade,
Na pele que em loucuras me tocou.
Do gozo mais perfeito que persigo,
Apenas junto a ti; amor, consigo...

Recebo a luz em tua companhia,
De toda uma esperança, convencido,
Do quanto desejava e bendizia
O passo bem mais firme e decidido,
Moldado em santa paz e em harmonia,
Trazendo o meu destino resolvido,
Aprazo em noite clara o sentimento
Que molda a plenitude, num momento.

Encontro no teu corpo o soberano
Prazer que tantas vezes procurara,
Vagando por estrelas, vou insano,
Bebendo desta fonte em água clara,
Não me deixo levar mais por engano,
Meu passo em tuas pernas já se ampara
E mostra ser possível a liberdade
Do amor que me ensinou tranqüilidade...

Do sonho de te ter, determinado,
Reféns das emoções maravilhosas,
Depois de tantos erros, no passado,
Aprendo a cultivar perfeitas rosas,
E alçando este infinito, vou ao lado
Das asas deste amor, sempre formosas.
E a voz que me ordenando, eu obedeço,
Imerso na paixão, não sei tropeço...

É como se, querida eu já pudesse,
Alçar em pensamento qualquer parte
Do espaço em que o prazer assim se tece,
Alçando uma alegria, assim, destarte,
Agradecer a Deus, em louca prece,
Alvíssaras risonhas que reparte
Amor em nossos corpos, cada vez
Que a noite nos impele, insensatez...
Publicado em: 20/10/2007 12:39:45
Última alteração:28/10/2008 13:09:37


Mirei tua linda face,
Flutuei ao encontro das estrelas.
Fitei os teus meigos olhos,
Vi em plenitude a natureza.

És lindo meu amor.
És um arco-íris após a chuva,
És meu príncipe encantado,
És minha fonte de água pura.

És um rio límpido e perene
És o lindo arrebol
És o rocio da manhã.

És uma nuvem que beija o sol
És uma flor a desabrochar.
No jardim da minha vida.

Tu trazes sensações maravilhosas
Em cantos que me encantam, sedutores.
Jardim do coração recende a rosas
Rainha dos meus sonhos, belas flores...

Noites em solidão, tempestuosas,
Porém teus braços meigos, redentores.
Carícias que me fazes tão gostosas...
Irei contigo, enfim por onde fores...

Orvalho matinal, amor intenso,
Eu bebo em tua boca um paraíso...
Teu toque delicado e mais preciso

Incita-me a voar imensidão...
E cada dia mais eu me convenço
Nasci para viver esta paixão....

GELIS
MVML
Publicado em: 08/08/2007 17:11:45
Última alteração:05/11/2008 17:34:22



APAIXONADO POR VOCÊ! -

Devora-me vontade incontida,
De ter você de forma atrevida,
Viver no teu abraço, toda vida,
O êxtase de amar -te, sem ter medida...


Vontade de entranhar
Desejos caprichosos,
Sentindo devagar
Sonhos maravilhosos

Depois de me entregar
Prazeres fabulosos,
Poder já desfrutar
De todos os teus gozos.

Extasiado estou
Com fome de poder
Tua nudez verter

Na chama que tocou
Queimando em fogo ardente
O coração da gente...

ANA MARIA GAZZANEO
Marcos Loures
Publicado em: 21/07/2007 15:06:10
Última alteração:05/11/2008 18:32:19



Suspiro...
Sonhos de amor..
contigo..sempre...
Memórias encantadas...
Páginas ainda a escrever........
Da paixão que habita os
corpos e se manifesta...
Sempre que sorrimos e nos
olhamos..............

Andando sem destino mar e lua.
Bebendo em cada fonte de ilusão
Salgando uma esperança bem mais crua
Envolto em loucas asas da paixão,

Minha alma te procura e assim flutua,
Batendo sem juízo, o coração,
Querendo tua pele, exposta e nua
Amando em nossa cama, rede ou chão.

Portos que encontrei; felicidade.
Nos meus sonhos vermelhos de prazer
A busca manifesta em claridade

Vestido de luar, amor e mar.
Do corpo emoldurado quero ter
O sorriso e a alegria: te encontrar...

MARTA TEIXEIRA
Marcos Loures
Publicado em: 13/05/2007 16:55:56
Última alteração:06/11/2008 07:46:16



Eu não quero mais sofrer
Nem padecer da ilusão,
Por isso venho dizer,
Já é teu meu coração.

Quando um lugar é distante
A saudade aumenta mais?
Eu te quero a todo instante
Teu amor cheio de paz...

Noite e dia te querendo
Eu não canso de sonhar,
Mal o dia vai morrendo
Venha aqui me namorar!

A saudade não consola
Tanto amor tenho por ti,
Se tirar a camisola,
Meu amor, infarto aqui.

Nossa cama, nosso amor,
Só nos traz tanta alegria,
Não tem frio, só calor,
Tanto amor e fantasia...

Só quero sentir prazer
Se prazer eu for te dar.
Como poderei viver
Se não for para te amar?
Publicado em: 18/02/2007 15:17:49
Última alteração:28/10/2008 18:04:42




Nesta paixão voraz...
Fogo ardente...
Chama em profusão
Coração alucinado, não espera...
Arrebenta, e fera
Fome, tanta
Lança-se,
Saciar-se neste ritual...

Amor, sem igual...
Mergulhar... Se lambuzar de mel
Amenizar a chama ardente
A fome, tanta
Calar a ânsia
De desejado, festim...

E terminada a dança
Serena, recostada, ao teu peito...
Abandonar-se, à satisfação...
Voltar aos dias, insípidos...

Mas caminhar em paz
Voltar ao normal...
Até que novo rito,
À fome que grita, pedindo bis
Faça repetir,
Em convulsão igual...
Paixão fatal!


Eu quero me deixar abandonar
Em meio aos teus desejos mais vorazes,
Assim como se entrega à luz solar
A lua com seus sonhos mais audazes...

Eu quero saciar a tua fome
Na fome que me invade, um bom banquete,
No fogo tão ardente que consome
Explode num delírio, qual foguete...

Eu quero estar contigo em convulsão
No gosto do prazer mais sensual,
Entregue a mais sedenta sensação
Que faça-nos voar além do astral.

Paixão que sei fatal e que entorpece,
Que tem todo o poder de insana prece!

ANE MARIE
Marcos Loures

Publicado em: 03/03/2007 11:07:33
Última alteração:06/11/2008 11:32:49




Olhando o céu...
Vejo o teu rosto.
Desenhado...

Tenho o sorriso aberto...
Olhar enamorado...

Minha alma voa...
Bailando à toa...
Deslumbrada persigo
O teu rosto a sorrir...

Sorriso grácil...
Mavioso...
Que me enleva...
Faz-me sonhar...

Te amo, tanto...
Já nem sei mentir...
Claro, fique, aqui...
Vivo a te amar...

Olhando para o céu, enamorado,
Vislumbro nas estrelas teu enlevo,
E sigo a cada dia deslumbrado
Sabendo que feliz, contigo, devo...
Sorriso de menina, mulher bela,
Esculturada em mármor de Carrara,
Pintada em genial e rara tela
Uma perla marinha, jóia rara.
Teu rosto de beleza intensa, grácil,
As mãos alabastrinas seda pura,
Sereia que me encanta, linda, frágil,
Endeuso teu olhar, tua figura
E saio a procurar-te, nos astrais,
Teus rastros que vasculho, siderais...

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 12/04/2007 19:49:11
Última alteração:06/11/2008 09:41:08



Só da amizade verdadeira
Nasceria um amor eterno...
Inferno se alimenta de tormentas
Vícios, maldades...
Te oferto essa amizade deveras...
Recheada de flores deste amor sublime...
Dom gratuito...
Não fortuito...
Que semeia alegrias tantas
Em seu jardim de encantos...
Amor-amigo-apaixonado!

Amar além do mar em fortes vagas
Um vício necessário e mavioso.
Quem veio, como eu vim de tristes plagas
Percebe quanto amor é valioso.
Nas mãos mais delicadas; mansas, magas
Percorro o meu caminho, vou ao gozo

De todas as venturas que mereço.
De todas esperanças que cultivo.
Amar não é vestir-se em adereço
Nem mesmo se mostrar demais altivo,
Amar é meu destino e nele vivo,
Meu coração em ti tem endereço.

Amada amiga, venha pr’o meu lado,
Estou aqui, sozinho, apaixonado...

ANÔNIMA
Marcos Loures
Publicado em: 21/04/2007 12:08:09
Última alteração:06/11/2008 08:48:52




Gosto de chamar-te assim...
Meu amor!
De tê-lo assim,
Encantado,
Por intenso brilho em meu olhar...
A me fitar...
Perscrutando meu íntimo...
Adivinhando o momento...
De colher o amor,
Que silencioso vai a desabrochar,
Feito flor...
Gosto deste momento de paz...
Aonde fala somente o coração...
E magnetizados pela emoção...
Mudos ficamos...
Enquanto nossos corpos, extasiados
A estremecer de prazer
Gritam, em espasmos sem fim,
O explodir da paixão!


Deitar-me toda noite do teu lado,
Em teu corpo buscar sendas divinas...
Nas ondas do prazer enamorado,
Tu sabes, quando queres, me alucinas...
Depois deste desejo saciado
Beber de tuas fontes, águas, minas...

Teu corpo junto ao meu, sorriso franco,
Acaricio manso; a tua face,
Sobre o lençol macio, alvo, branco
Amor que a gente fez, cedo renasce

Sentindo os teus espasmos de prazer,
Requebros maviosos e meneios,
Vontade de, de novo, acontecer...
As mãos te acariciam, pernas, seios...

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 30/04/2007 22:31:04
Última alteração:06/11/2008 09:25:29


Viestes sorrateiramente como se
nada quisesse...
Fostes entrando em minha vida, de leve,
de mansinho,
e de repente, uma incontrolável paixão tomou
conta do meu ser...
É algo tão intenso que comecei a
precisar dela até para respirar...
Esta paixão arrebatadora me invadiu as entranhas e me fez dependente dela...
Este sentimento tão forte me faz suspirar,
sonhar, imaginar...
Faz-me desejar ter você em meus braços,
sempre...
Em todos os momentos sinto tuas caricias,
tua mão a me tocar levemente e deliciosamente...
Tua boca a percorrer todo meu corpo...
Teu cheiro...
Teu calor...
Que amor é esse que me está
enlouquecendo?

Chegando mansamente como a brisa
Que roça nossa pele, devagar.
Perfume que me toma cedo avisa
De uma paixão, delícia a transbordar.
Meu corpo se matiza nos teus beijos,
Afloram neste instante, mil desejos...

Carícias e loucuras, belos temas
Que trazem nessa noite, em poesia.
Vontades delicadas e supremas,
Levam-nos, sem limite às alegrias
Que nos fazem, querida, dependentes
Das chamas que nos tomam, tão ardentes...

ELIANA DUARTE
Marcos Loures
Publicado em: 29/05/2007 18:00:04
Última alteração:05/11/2008 21:49:27


Amor por ti,
Despertou em mim
Desejos tantos...
Paixão convulsa...
Um riso insano...
Alegria intensa...
Sonhos profanos...
E soberano,
Assim me lança,
Ao teu encontro...

Mar em fúria,
Contenha-me!
Arrebentação!
Amor em profusão!

Qual fora tempestade em alto mar
Arrebatando tudo, mil loucuras.
Vulcão que se derrama sem branduras
Paixão nos dominando rouba o ar.

Neste desejo insano, se entregar,
Assim tanto te quero e me torturas
Com lábios tão profanos, em ternuras,
Fazendo meu saveiro soçobrar.

Na fúria que nos toma corpo e mente,
Aos poucos delirando qual demente
Só penso em te tocar em louca entrega.

Fundeio todo o sonho nos teus portos,
Os medos e receios, todos mortos.
A sensação divina, insana e cega...

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 08/06/2007 10:52:16
Última alteração:05/11/2008 21:30:21





Paixão assim com tanto esmero
Remexe o coração que grita e chora
Na busca desta vida desditosa
Oferta que teu amor deita e consola

Nosso amor descrito em versos firmes
Deleita os corações apaixonados
Enviando uma mensagem breve, livre.
De gozos e facetas em belo alado

Descendo, deslizando ao som da música
Teus versos junto aos meu amor completam
Paixão que todos lêem e se embelezam

Procura a mente fértil abalizar
Palavras de incentivo e amor inteiro
Unindo amor e vida aos versos teus

Esmero-me em fazer-te mais feliz,
Querida, jamais tive em minha vida
Amor que tanto quanto o nosso eu quis!
Minha alma tão tristonha e ressentida

Marcada por enorme cicatriz
Prevê que nos teus versos, a saída
De um mundo mais risonho que refiz
Após pensar em dura despedida...

Desditas? Como as tive! Foram várias...
As horas se passavam temerárias
Na solidão cruel que conheci.

Agora enfim percebo um novo dia
Repleto de emoção, de poesia,
Estando sempre assim, perto de ti...

SOGUEIRA
Marcos Loures
Publicado em: 09/06/2007 20:05:16
Última alteração:05/11/2008 21:27:02


Ah, meu amor...
Boa noite.................
Não quero saber se há estrelas...
Ou se amanhã chove...
Vou dormir no calor da paixão...
Acordar embrulhada em amor...


Não me importa saber de um outro dia,
Apenas quero estar sempre contigo,
Da sorte soberana vangloria
Um coração que encontra um bom abrigo.

Envolto em mãos serenas, de alegria
Num passo triunfante assim prossigo,
Sem cárceres, somente em fantasia,
Asilo que encontrei num peito amigo.

Tu és a minha história, meu futuro,
Meu canto predileto, preces, hinos.
Atados por iguais rumos, destinos,

Teu nome no meu peito eu emolduro
E guardo eternamente, sem pudores.
Apaixonadamente, esqueço as dores.

MARTA TEIXEIRA
Marcos Loures


APAIXONADO POR VOCÊ!


Acendi as velas...
Deixei que uma nuvem de perfume
sobre mim descesse...
Se misturasse também com o ar...
e te assalte as narinas assim que entres...
Depois????
Liberta-me da seda que me cobre o corpo.................


A tua camisola tão macia,
De pura seda, bela e transparente,
Mostrando e me escondendo de repente
Aquilo que desejo e enfim, queria...

Em teus seios delícia que pedia
Um beijo mais gostoso e assim ardente.
Como um vulcão em fogo e brasa, quente
Entorpecente raro que vicia.

Desnudo-te e; bebendo desta fonte,
Apalpo levemente vale e monte
Até chegar ao ponto mais fogoso.

E sinto o teu perfume delicado,
Ficando por completo extasiado
Tomando gota a gota todo o gozo...

MARTA TEIXEIRA
Marcos Loures
Publicado em: 15/06/2007 17:05:23
Última alteração:05/11/2008 21:01:03


APAIXONADO POR VOCÊ!

Qual fogueira de São João
Trago em brasa o coração
De puro amor por você
Meu amor, meu bem querer

Que penso até poder ver
Um risinho de São João
Que faz o amor promover
Fogueira em meu coração

E mil rojões vou soltar
Mil balões nesta festança
Este amor promove a dança
De alegria, ao coração...

O meu amor por você,
Pipocando com prazer
É festa de São João.

Alegria me tomando
Já faz festa meu amor,
Tanto bem comemorando,
Nosso mundo sonhador,

Coração vai decorando
Encontrando a bela flor,
Não pergunto nem mais quando,
Nunca mais um sofredor.

Meu amor, nosso desejo,
Que vontade de dançar!
Tanto quero este festejo

Gostoso poder amar
Venha cá me dê um beijo,
Hoje eu quero namorar!

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 23/06/2007 22:04:59
Última alteração:05/11/2008 20:39:14



Moleque cupido
Mudou meu destino
Te encontrei meu menino
E vivo contigo
Sonho e fantasia
Beleza da vida
Se fez aos meus olhos
Qual doce magia...
Brinquemos, saltemos
Em pura alegria
Que um amor como o nosso
Não se vê todo dia!

No corpo moreno
Menina bonita
Em doce veneno
Minha alma se agita

Seguindo um aceno
Mais forte já grita
Amor vive pleno
Na luz infinita

Eu quero brincar
Por noites afora
Seguindo teu mar,

Sem tempo, sem hora,
Vivendo a te amar,
Amada senhora...

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 24/06/2007 21:52:06
Última alteração:05/11/2008 20:46:03


verso solto, liberto coração
vagando na tarde
em liberdade
trazendo o rosto
da moça bonita
refletindo prazer
Publicado em: 08/12/2007 16:35:13
Última alteração:27/10/2008 18:05:30




Vergalhões esquecidos no caminho,
São pedras que procuro disfarçar...
Um pássaro faminto sem ter ninho,
Teimoso se esqueceu como voar!
Nas horas mais difíceis vou sozinho.
Estrelas companheiras a guiar.
Recebo tais promessas, de mansinho,
É certo que jamais vão me cansar...
De todas as promessas mentirosas,
De todas as mentiras que disseste.
Amor que já morreu, vento nordeste,
Jardim que cultivei, morreram rosas..
Fazendo tantos versos sem sentido...
O mundo que sonhei ver dividido,
Depressa se desfaz, provoca guerra;
Saudades de descer da tua terra,
Fazendo minha rede em teus cabelos...
Não posso mais nem quero recebê-los.
A sorte não dá mote pra cantar.
Maria foi pro mar, sabe nadar?
Serviço de primeira, conta cara....
Amor que não maltrata é coisa rara!
Vencido meu desejo de vingança,
Correndo vem dançar na contradança...
Não quero meu emprego, perco viço...
O tempo que não nego, corrediço,
A vida sem saber virou enguiço,
Da feiticeira quero esse feitiço...
Não fale de Maria ou Mariana,
Esqueço que vivi, tanta mentira...
A noite que prometes não me engana,
Sandália que calcei procura tira...
O bom cabrito berra, senão morre...
Aquele que ficou, pobre coitado...
Menina vou tomar um grande porre.
Delícia pra comer: cabrito assado!
No lote das estrelas, Botafogo.
No canto das sereias, teu cantar...
Incêndio que se preza, bota fogo,
Estrelas mais brilhantes? Nem no mar...
Vencemos os problemas que sofremos,
É certo que esqueci de te contar
Na noite dessas bruxas revivemos,
Agora vou morrer neste luar.
Menina me enganaste, que besteira!
Barriga vai crescendo, devagar...
Vai custar muito caro a brincadeira,
Agora é que vou ter que trabalhar!
Cunhado não é sorte nem destino...
É carga que não canso de levar,
Mas também quem mandou o desatino,
A mala me sobrou pra carregar!
No peixe que pesquei, um diamante,
Nas ondas que navego, meus pecados...
Amor que dediquei, era gigante...
Na porta dos desejos, teus recados...
Na curva desta estrada capotei,
Perdi a minha sogra, quero o carro.
No reinado da rainha já fui rei...
Marido da cigarra? Meu cigarro.
Na carta que mandaste, meu amor,
Me falaste de estrelas e da lua...
A noite que não brilha, traz pavor.
Mulher que não amei, caminha crua...
Recebo teu pedido de perdão...
Não posso te dizer que não reparo.
Gordura me faz mal ao coração,
Amor que não sonhei ficou bem caro...
As jóias que pediste, de cristal,
De vidro verdadeiro são bem feitas...
Amor que não conhece carnaval,
Por certo tantas pernas endireitas...
Na doce melodia que me encanta,
A voz desta cantora não faz feio...
Plantei no teu castelo, minha santa,
Amor que já brotou, trouxe receio...
Receita que te dei, felicidade,
Jogada na cozinha, se perdeu...
Não posso te dizer tranqüilidade.
Se não morrer você, já me mato eu...
Mascaro meus desejos com chiclete
Meu hálito melhora e me suporta...
Não venha serpentinas e confete.
A solidão deixei atrás da porta...
Assim vou terminando meu repente.
Amor que não sobrou é paranóico...
Meus versos vão morrendo, de repente,
Decassílabos? Faço! Tudo heróico...
Publicado em: 07/01/2008 20:57:52
Última alteração:22/10/2008 19:36:33


A te amar assim,
Tenho a sensação
De caminhar estrada colorida...
Sensação de paz,
Ilumina a minha vida...
Preciso te contar
Quão bom se fez,
Te amar...

É pela alegria de te amar
Que continuo te amando...
Vou dividindo com você,
Sonhos tão lindos...
Que o amor, me faz sonhar...

Vem amor, comigo,
Multiplicar,
Felicidade!

Eu sinto essa beleza nos tocando,
Das asas dum bom anjo a nos guiar.
Aos braços deste arcanjo me entregando
Voando em liberdade sobre o mar,
Percebo o quanto estou me enamorando
Mulher encantadora. Te encontrar

Neste sonho tão lindo que ilumina
O dia a dia triste e sem futuro.
Amar é descobrir a fonte, a mina,
Amaciar um peito que era duro,
Comigo neste vôo, uma menina
De coração sereno, manso e puro...

Felicidade mora aqui do lado
Esquerdo deste peito apaixonado...

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 21/04/2007 08:14:40
Última alteração:06/11/2008 08:49:01






“Beijei a ponta da faca”
Me disse certa menina,
No peito, cravada a estaca,
Dessa paixão assassina!
Publicado em: 27/04/2007 19:32:54
Última alteração:28/10/2008 01:04:44


Amor te espero na próxima estação
Sigo o rumo do teu coração
E quem sabe na próxima parada

Ver tua tão esperada chegada
Transformar em realidade as poesias
Sonhos que inspiram meus dias

A cada novo dia te esperando...
O trem da minha vida não descansa.
Não sei nem se suporto ou até quando
resistirá um resto de esperança.

Ouvindo o trem de ferro vir chegando
o meu olhar, destino, não alcança,
eu penso em tua voz já me chamando;
mas nada, nada e nada... Minha alma cansa.

Mas volta pra estação num novo dia,
refeito do vazio que encontrara.
Ó prenda, meu amor e fantasia;

quem dera se viesses neste trem.
Porém, vai novamente e nunca pára,
restando esta esperança que já vem...

Giana Guterres
Marcos Loures
Publicado em: 07/05/2007 21:50:02
Última alteração:06/11/2008 08:05:34




Deita-te comigo...
Pinta-me com a tua paixão...
Fala-me dela...
Da cor com que a vês...
Conta-me os segredos...
que ela te guarda....
Abraça-me com o calor...
com que ela te desperta................

Paixão que decorando em rubro sonho,
Trazendo um tinto sangue apaixonado.
Vibrando no teu corpo, sempre ponho
Segredo mais voraz, extasiado.

Voar além dos mares te proponho,
Deitara-te em tanta fúria aqui do lado.
Deixando esse passado tão medonho
Distante, bem distante, abandonado...

As cores que pintamos, mil matizes,
Amores que nos roubam o juízo.
Fazendo-nos, por certo mais felizes

Mostrando no caminho sempre alerta,
A porta do divino paraíso
Pra sempre, eternamente tão aberta...

MARTA TEIXEIRA
Marcos Loures
Publicado em: 14/05/2007 16:18:36
Última alteração:06/11/2008 08:03:27



Bruxuleante luz que me transtorna tanto...
Me embaço em teu olhar, são minhas esperanças
Do dia que trará um novo e belo canto...

Cansado de viver somente em duro pranto;
Buscando no teu mar augúrios das bonanças,
Um brado do meu peito; amor... Alto, levanto!

Profano sentimento envolve-me, n’espanto
Rompendo em minha dor antigas alianças
Trazendo um sentimento onde, enfim, me agiganto!
Nas fúnebres saudades onde escondes
As luzes das promessas, velhas frondes,
Encontro a solidão, manto de treva.
Mesquinho sentimento de vingança
A noite dos amores, triste neva,
Levando nos seus braços, a esperança...

No pássaro canoro, um bom parceiro,
Também aprisionado num viveiro,
Procura pela luz e claridade.
Meus olhos vagueando pelos céus,
Buscando tão somente claridade,
Envoltos na penumbra destes véus!

As vastas amplidões obnubilaram
Desejos tão sutis que te esperaram.
Não vieste, sequer deste notícia,
Não pude compreender tua saída.
A noite me açoitando traz sevícia,
O mote que deixaste, despedida!

Ataste nos meus punhos a corrente
Com a qual me tornaste teu cativo.
O frio tão soturno e envolvente
Dormita em cada canto aonde vivo...

As noites inflamadas de desejo
Em passos miasmais traz o relento.
A boca onde derramo o manso beijo
Se esparsa no universo. É a do vento...

Quem fora, noutros tempos o meu cais,
Degeneradamente se destrói.
Promessas de viver, nunca, jamais...
A vida sem futuro; como dói!

Vieste na promessa não cumprida,
Viveste em profundezas colossais.
Na porta da chegada, a de partida,
Meu barco, naufragando, cadê cais?


As cartas que legaste, testemunho
Dos sonhos já desfeitos. Fecho o punho
Em lutas com fantasmas que não vejo.
As ânsias mais ferozes de outra sorte
Destroem-se, infelizes, num lampejo
Tão fantasmagórico, de morte.


Versejo procurando meu espaço
Por entre siderais constelações
Embalde, não encontro meu regaço,
As dores me devoram, borbotões.
Dos sonhos que já tive; sequer traço,
Em plena tempestade, confusões...
A vida que já fora minha fonte,
Desmaia-se, chorosa, no horizonte!


Mergulho as esperanças neste açude
Das águas que lacrimo sem descanso...
A dor é companheira e amiúde
Me espreita e não permite mais remanso.
Nem olhos suplicantes, nada ilude,
Trôpegos passos, pernas, pernas, tranço...
A mansidão farsante não me engana
Das cruzes do meu peito já se ufana.

Não posso desculpar quem não me quis,
Embora tantas vezes fui feliz,
Mentiras, sedimentos de esperança?
O gosto da tortura sangra lábios,
Penetra, destrutiva, venal lança.
Amor, jamais achei, meus alfarrábios.


II

Estrelas refulgentes, brilho esparso,
Em tantas solitudes me desfaço
À beira deste rio enluarado.

Escaras e profundas cicatrizes
Herdadas qual noturnas meretrizes
Denotam este amor des’perançado...


Canto que cantaste,
Lua que me deste
Rasga a bela veste
Morre sem luar
Negando esperança
Morre e não avança
Não sobra fina haste
Nem luz a brilhar.

Rasgo meu cometa
Disfarço ciúme
Esqueço o perfume
Mato a doce rosa
Perco meu jardim
Aborto o jasmim
Perco essa luneta
Morro sem luar...

Eu já busquei primavera
Minhas noites do sertão,
Encontrei a solidão
E beijei esta pantera
Acariciei tal fera
Disso não faço segredo
Minha herança? Meu degredo.
O gosto amargo do fel,
O meu barco de papel,
Naufragou, morreu de medo...

Vestido de lua clara
Buscando por claridade,
Eu carrego esta saudade,
Jóia bela e muito rara
Com a qual não se compara
Nem o raio deste sol
Nem o belo girassol
Nem o verde desta mata
Nem o véu, minha cascata,
Nem o brilho do farol!


Vestido de tanta lua
Encontrei um novo amor
Espinho recende flor
Ladrilhei de novo a rua
Minha vida continua
Não quero mais minha morte
Me revigoro, estou forte,
Meu caminho vai ao mar
Essa noite de luar
Já é meu rumo, meu norte...
Publicado em: 20/05/2007 15:22:48
Última alteração:28/10/2008 17:04:25



A esse amor tão profundo eu me entrego,
pra sentir dentro de mim o seu sabor.
Eu te amo. Ah! Te amo! Eu não nego,
e contigo quero ir seja aonde for.
Fúria louca, é paixão que me alucina,
me envolve em seu laço - teia fina,
e arrebata todo o meu coração.

Uma alucinação, delícia plena,
Sentir a maciez deste querer.
A vida tão gostosa já se acena
Envolta nos teus braços, com prazer.

Numa loucura imensa e tão serena,
Tomando pouco a pouco nosso ser.
Doçura que vicia e que envenena,
Além do que podemos perceber.

Enfurecido vento da paixão
Que arrasa e não permite mais defesas.
Acende todo o sol, sofreguidão,

Carrega nossos sonhos, correntezas,
Encharca num segundo, inundação,
Nos torna de repente, meras presas....

HLUNA
Marcos Loures

APAIXONADO POR VOCÊ

Ai, vontade louca de não te deixar partir...
Este desejo de te voltar a amar...
Renovar as sensações, os sentidos..
Tranquilizar a pele, colar-me a ti...
Deixar que novamente me memorizes...
Saibas de cor o meu cheiro e o meu corpo....................

Eu quero desfrutar desta loucura
Que é feita nos desejos mais insanos,
Tramando meus anseios tão profanos,
Aprofundo meu corpo na procura

Das sendas delicadas, na tortura
Distante dos meus erros, meus enganos,
Decoro o teu perfume, faço planos
E venho derramar-te esta ternura...

Renovo as sensações, lubricidade,
E invado estes portões, tanta vontade,
Batendo corações, taquicardia,

Envolto nas paixões, já bendizia
As santas tentações, que me dizia
O corpo, ebulições, felicidade...

MARTA TEIXEIRA
Marcos Loures
Publicado em: 02/07/2007 21:57:40
Última alteração:05/11/2008 20:43:05



Eu vejo em teu olhar
Desejo obsceno
Mas devo confessar
Eu cedo a este aceno...
Mergulho no teu mar

Teu mar de amor profano
Jamais quero acabar
Em céu azul sereno,
Curtindo uá distância

Do meu amor, mineiro
Que fogo, é pura chama
Rolando nesta cama
Incêndio no celeiro...

Eu quero o teu desejo
Molhado em minha boca,
Vontade mais profana,
Não vou dormir de touca,

A pele não se engana
E quer tua fogueira,
Incêndio que se faz
Em chama costumeira,

Amada, eu sou capaz
De rolar sem destino,
Derrubo estes lençóis,
Em ti eu me alucino,

Calor de vários sóis,
Sem medo do depois,
Prazer alucinante
Nascendo de nós dois

Eu quero a cada instante
O gozo em maravilha,
Amor num relampejo,
Aquece insana trilha...

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 07/07/2007 16:54:39
Última alteração:05/11/2008 19:46:19




Oh meu príncipe encantado!
Revela-me teus segredos
Quero ser a guardiã
Deste amor sem fronteiras
Deitado em meu regaço
Quero escutar teu grito
Sorvendo-o devagar
Viajar nesta miragem louca
De enganos e imagens distorcidas
Avaliar a magnitude do teu coração
Ser tua redentora

Meus sonhos invadindo na manhã
O teu castelo em mágicos desejos.
A sorte que fez a guardiã
Mostrando todo o dom, os seus traquejos,
De ser a companheira neste afã,
Cumprindo cada etapa com teus beijos

Princesa deste reino sem fronteiras.
Avanço, um cavaleiro apaixonado,
E encontro as esmeraldas verdadeiras
Ao ver tua beleza, extasiado,
Cumprindo a profecia das bandeiras
Percebo ter achado um Eldorado.

E vamos prosseguindo esta viagem
De sonhos, de vontades, qual miragem...

GELIS
Marcos Loures
Publicado em: 14/07/2007 10:27:50
Última alteração:05/11/2008 19:27:35




Deitado em minha rede quero o colo
Onde me derramando me consolo
Olhando para o sol sempre a brilhar.

Menina, esta paixão é meu delírio
Que salva meu destino do martírio
Do medo de morrer sem te encontrar.

Eu quero saciar o meu desejo
Na boca que promete tanto beijo,
No corpo que me fez enlouquecer.

Minha alma anda cativa e não se solta,
Só pede teu carinho e tua escolta,
E vive nos teus braços a se perder.

Enredos que fizemos são profanos,
Não quero mais saber de desenganos
Cansei de sofrer tanto sem ninguém.

Morena vem comigo, vem sonhar,
Eu quero; meu amor, te namorar,
Na noite prometida pro meu bem...
Publicado em: 16/08/2007 20:07:48
Última alteração:28/10/2008 17:03:20



Minha amada tanto quero
Teu amor bem junto a mim,
Em nosso amor me tempero
Do vermelho carmesim
Que roubei de tua boca
Nessa aventura tão louca

Que te faz subir ao céu
Se lambuzar de prazer
Sorvendo todo esse mel,
Que me faz entorpecer,
Gozando desta alegria
De ser minha todo dia.

Nossa chama não se apaga
E nem tem porque parar,
Minha mão quando te afaga
Te explorando devagar,
Ao chegar ao ponto certo,
Alaga nosso deserto.

Traz a chuva delicada,
Da manhã toda orvalhada,
Explodindo num segundo,
Neste desejo profundo
De te ter sem me esquecer
Da delícia do prazer.

Tua nudez que me chama,
Para a festa, nossa dança,
Toda vez quando se inflama,
Nos transborda de esperança
E nos mostra o bom caminho,
Do desejo e do carinho.

Passa noite, passa dia,
Passa boi, passa boiada,
Toda a nossa fantasia
Na tua pele marcada,
Com as garras da paixão
Cravadas no coração!
Publicado em: 23/08/2007 18:43:01
Última alteração:28/10/2008 16:39:26





Minha musa é tão bonita
Coração não acredita
Que esta musa está comigo,
Eu sou um cabra de sorte
Nosso amor é bem mais forte
Nada oferece perigo.

De manhã café na cama,
Depois acendendo a chama,
Tem amor de sobremesa,
O nosso dia começa
Juntando peça por peça
Vou descendo a correnteza

Depois do almoço deitado
No seu canto aconchegado
Recomeço a namorar,
Depois no lanche da tarde,
É tanto amor que nos arde,
Namorando sem parar...

Jantamos tanto carinho,
Voltando pro nosso ninho,
Só pra fazer mais amor,
Seja no verão, inverno,
Nosso amor é sempre eterno,
Vem aquecendo o calor.

Na ceia já nos fartamos
E de novo nos amamos,
Sem nem pensar em parar.
Antes de dormir, é fato,
Brincamos no ato, desato,
Só depois vou descansar...
Publicado em: 29/08/2007 12:49:15
Última alteração:28/10/2008 16:40:04


Envolto nos seus braços, meu amor,
Querendo renascer em esplendor
Depois de tanto tempo, sem vontade,
Persigo em teu carinho um ideal
Que seja até por pena ou caridade,
Mas venha como estrela matinal

Nascendo em novo brilho, na alvorada,
Na voz de uma mulher enamorada,
Tomando já de assalto o coração,
Ao menos, se eu pudesse ver nascendo,
A força indescritível da paixão,
Mesmo que enquanto venha, eu vá morrendo...
Publicado em: 03/09/2007 22:34:10
Última alteração:28/10/2008 15:26:50



Meu amor, eu não me canso
De cantar meu bem querer ,
Todo sonho quando alcanço
Dá vontade de viver.

Moça bonita faceira,
Por favor, vamos pra casa,
Vem arder nessa fogueira
Nosso amor é toda brasa.

Quem não gosta de carinho,
Quem não gosta de um afeto,
Vai ficar assim sozinho,
Não vai ser nunca completo.

Eu te quero minha amada,
Eu te quero, meu amor
Toda noite e madrugada
Me aquecer no teu calor.

Amor sempre traz a chama,
Pega fogo sim senhor,
Venha aqui pra minha cama,
Vou te mostrar o extintor...
Publicado em: 04/09/2007 19:09:45
Última alteração:28/10/2008 15:27:04



Saudade da noite
Passada ao teu lado
Rolando na cama
Ardente fogueira
O corpo que em festa
Fez tanta besteira
Paixão verdadeira
Que nunca se aplaca.
A vida rolando
Nas pedras dos rios
Cobertos de gozo,
Olhares vadios
Dispostos, sedentos
Os belos momentos
Que nunca me esqueço
Saudades demais.
Do cais e da chama,
Da trama e do beijo
Desejo que vejo
Que sinto na boca
Tão louca e vadia
Promessa, alegria
Fornalha, harmonia
Na noite ou no dia
Adia a tristeza
E põe sobre a mesa
Banquetes e risos.
Bacantes loucuras
Em cúrias, incúrias
As fúrias insanas,
Nas noites sacanas
Deixando saudades.
Saudades da noite...
Publicado em: 13/09/2007 14:48:47
Última alteração:28/10/2008 15:28:45



Paixão em devaneios, poesia.
Ao adentrar espaços, teus segredos
Enredos entre coxas, pêlos, ocos
Locas, tocas, bocas todas sendas
Acendes os desejos eixos, rotas.
Interlúdios, prelúdios, bons prenúncios
Ardumes e prazeres em cardumes
Volteios, os mergulhos em teus fundos,
Rasantes entre estrelas e cometas.
Os olhos revirando, uma fornalha
No entalhe, um detalhe, gozo, afrescos,
Mosaicos nossas coxas confundidas.
Fundidos nossos corpos num prazer.
Num átimo os insumos misturados
Gametas semeados, pleno gozo...
Publicado em: 17/09/2007 20:58:02
Última alteração:28/10/2008 15:29:01



A irradiação divina que em teus seios
Demonstra em maravilha singular,
Luares transformados em montanhas,
Romãs, doces mamilos, belos, túrgidos.
Urgindo sobremesas ardilosas,
Gostosas expressões de tal fervor
Langores e delícias impassíveis,
Plausível imensidão em astros, ritos.
Persigo teus pendores, desço a senda
E encontro na umidade desta furna
Adornos em pilosas expressões,
Acenas com prazer, aluviões
Aonde atracarei a embarcação...
Publicado em: 18/09/2007 17:25:15
Última alteração:28/10/2008 15:29:18




Para que seus enganos não dissesse
aquela que em momentos, endeusei.
Rolando em solidão na minha cama,
aos sonhos mais audazes me entreguei.

Porém o vento frio que adentrava
pela janela quase sempre aberta
do coração vadio e sem juízo,
deixando uma tristeza como alerta.

Mas logo percebi que uma paixão
tem vales e montanhas, tem abismos.
Depois da calmaria da chegada,
termina quase sempre em cataclismos...
Publicado em: 21/09/2007 20:52:10
Última alteração:28/10/2008 15:30:32


PARA QUE A NOITE TRAGA AOS TEUS SONHOS,
A DELÍCIA DE SABER-TE BELA E SERENA.
QUE, NO TEU COLO, A CRIANÇA DESCANSE
A MACIEZ DE TEUS CABELOS,
A DOÇURA DE TEUS LÁBIOS.
PARA QUE SAIBAS QUE O AMOR TE FAZ BELA.
QUE O BRILHO DAS ESTRELAS ROMPE A AURORA
E TRAZ A SENSIBILIDADE MARAVILHOSA
DO PODER ESTAR E SER, DO QUERER E TRANSGREDIR.
DO NUNCA MAIS ESTAR E SER SÓ.
PARA QUE SINTAS O VENTO ROÇANDO TEU ROSTO
EXPOSTO AO CALOR DAS CARÍCIAS,
DAS DELÍCIAS DE SABER-TE MINHA;
E, POR FIM, PARA QUE TENHAS UMA BELA NOITE
E UM MELHOR AMANHECER.
TE QUERO
Publicado em: 23/09/2007 21:03:20
Última alteração:28/10/2008 15:33:55




Tremente em ânsias, busco o teu prazer,
Arfante, desejoso e tão sutil.
Inclino meu desejo em tuas pernas,
E beijo-te solene em mar gentil.

Orgásticas vontades vêm em bando,
Na febre tresloucada da paixão.
Ardentes expressões de sexo, encanto.
Prenúncios de total sofreguidão.

Um cavaleiro alado, sonhos breves...
As mãos vão invadindo o teu castelo,
No teu dossel faminto de princesa,
Um garanhão que entranha eu te revelo...
Publicado em: 26/09/2007 15:43:38
Última alteração:28/10/2008 16:31:20

Espaços
Ganho em sonhos
Bebo o sangue
Da pantera.
Risco o nome
De quem fora
Primavera...
Mas que nada
Nadadeiras
Espalhadas
Pelos mares,
Frios ares
Frigobares
E motéis.
Céus e méis
Meus bordéis
Bordeis meus sonhos
E jogaste pelo chão.
Espalhando
Palhas, pulhas,
Pilhas, pontas
De cigarro.
Baços olhos,
Flor aos molhos,
Nos ferrolhos
Da esperança
Lança em riste,
Abre as pernas,
Ternas pernas
Convidativas.
Paixões e fogo
Já me afogo
E não renego,
Sigo cego
Mas não canso,
Avanço, manso
Remanso e riso.
Gozo fisga
Rusga, risco,
Rugas, rogos,
Rios, ritos.

Um brinde ao amor.
Armando ciladas,
Noites nuas,
Camas geladas
E a gente em fulgor.

Sexo acena,
Cenas tantas,
Putas, santas,
Gozo imenso,
Penso em grotas
Brotas bocas
E devoras.
Sem ter hora,
Vem agora
Que a saudade
Não me deixa,
Seja a gueixa,
Abaixe a luz.
Que o tempo
É nosso,
Do pescoço,
Pro colosso,
Tanta gula,
A mão explora
O lábio treme
E a cama treme
E a noite treme,
E nada teme...
Senão o fim...
Publicado em: 27/09/2007 17:21:39
Última alteração:28/10/2008 14:41:14



Por sobre tal beleza, mar imenso,
Navego o pensamento, em horizontes
Divinos, sem limites, mesmo em denso
Nevoeiro, vou buscando raras fontes
De um sonho mais fecundo e sei, extenso,
Que traga para nós, formosas fontes
Por onde passaremos emoções,
Na busca sem descanso, nas paixões.


Olhar que te procura e logo espraia,
Deitando meu desejo sobre a areia,
A noite vem chegando e já desmaia,
Ouvindo o teu cantar, bela sereia,
Rocio de prazeres sobre a praia,
Entregue a uma volúpia em lua cheia.
Ao permitir, queridas as sedições
Dos corpos deliciados. Turbilhões...
Publicado em: 29/09/2007 10:32:43
Última alteração:28/10/2008 14:34:22



Ondas e praias
Sereias e sanhas
Serenas modernas,
No mar de meus sonhos.
Nas águas tão mornas
Amor quando entornas
Em torno de ti,
Em vastas procelas,
Nas celas
Revelas
Passado e futuro.
Caleidoscópios
Mosaicos,
Sombras noturnas,
Redomas de vidro,
Vencido
Eu me entrego
E sigo contigo
Buscando o infinito...
Publicado em: 30/09/2007 20:54:51
Última alteração:28/10/2008 14:34:52



Se o meu verso assim, pudesse
Te falar tudo o que sinto,
Coração fazendo prece,
Na verdade eu nunca minto

Eu sou teu, e nada importa,
Tu és minha companheira,
Venha logo abrir a porta,
Balançar esta roseira.

Meu afago eu te proponho,
Teu carinho é todo meu,
Com teu corpo eu sempre sonho,
Teu amor me convenceu

De que a vida só se dá
Pra quem sabe o que é amor.
Nossa estrela brilhará,
Seja lá por onde for.
Publicado em: 02/10/2007 18:33:17
Última alteração:28/10/2008 14:37:15




Arfantes
Caminheiros do prazer.
Ardentes
As vontades, os desejos.
Penedias
Falésias, ilhas, rumos.
Sumos
Que embebedam,
Teu licor.
Rocios matinais,
Noturno gozo.
Rebento em tuas coxas,
Pernas nuas.
Meu toque
Mais audaz,
Boca sedenta
Que enfrenta
Toda a santa inundação.
Emanas minas mordes e me lambes.
Lambuzo-me,
Abuso.
Confusos
Nossos portos
Viram um.
E assumo tua face,
Gueixa e santa.
Voluptuosamente
Peço mais.
E o cais
Aberto à minha ancoragem.
Miragem em total ebulição...
Publicado em: 10/10/2007 19:25:03
Última alteração:28/10/2008 14:15:57



Meu amor quis a roseira
Eu só pude dar perfume,
A paixão, se verdadeira,
Sempre traz muito ciúme
Tendo amor como bandeira,
Nesta estrada eu vejo o lume
Que ilumina a minha sorte,
Num sentimento tão forte...
Publicado em: 04/11/2007 22:47:50
Última alteração:28/10/2008 13:20:49



Um sonho benfazejo se oferece
A quem felicidade já predisse,
No amor que se mostrando altar, a prece
Pedindo que destino se cumprisse,
Uma alegria insana então se tece,
É como se este amor sempre existisse.
Amor que em alegria já se encerra,
Semeia uma esperança sobre a terra...
Publicado em: 10/11/2007 09:54:07
Última alteração:28/10/2008 13:21:35



Minha musa é tão bonita
Coração não acredita
Que esta musa está comigo,
Eu sou um cabra de sorte
Nosso amor é bem mais forte
Nada oferece perigo.

De manhã café na cama,
Depois acendendo a chama,
Tem amor de sobremesa,
O nosso dia começa
Juntando peça por peça
Vou descendo a correnteza

Depois do almoço deitado
No seu canto aconchegado
Recomeço a namorar,
Depois no lanche da tarde,
É tanto amor que nos arde,
Namorando sem parar...

Jantamos tanto carinho,
Voltando pro nosso ninho,
Só pra fazer mais amor,
Seja no verão, inverno,
Nosso amor é sempre eterno,
Vem aquecendo o calor.

Na ceia já nos fartamos
E de novo nos amamos,
Sem nem pensar em parar.
Antes de dormir, é fato,
Brincamos no ato, desato,
Só depois vou descansar...
Publicado em: 30/11/2007 12:44:34
Última alteração:28/10/2008 12:14:13


Meu amor eu sempre sonho
Com a boca mais gostosa,
O meu barco assim disponho
Pra morena toda prosa,
Meu futuro mais risonho,
É contigo minha rosa.
Mas a vida sem mulher
Comer broa sem café.

Todo dia, amor eu penso,
Quero sempre namorar,
Sem namoro fico tenso,
Sem amor nunca vai dar,
Esse mundo é tão imenso
Tão difícil de encontrar
Outro amor que nem o seu,
Coitadim de quem perdeu.

Vem comigo, vem ligeiro,
Vamos logo, minha amada,
Quero ser seu companheiro,
Caminharmos nesta estrada,
Vou cantando o tempo inteiro,
Sem você num sobra nada.
Em você clareia o dia,
Minha paz,minha alegria...
Publicado em: 07/12/2007 09:53:08
Última alteração:27/10/2008 17:36:07


Nossos desejos
riscam os sonhos
feito as estrelas cadentes ...
(ivi)

Nos braços de quem amo, o meu império,
Da forma e da maneira que criaste,
Envolto na magia e no mistério,
Semente que em meu peito tu plantaste,
Amor não tem juízo e nem critério,
É feito em plenitude. Assim locaste
O mundo num prenúncio mais perfeito,
Gritando satisfeito no meu peito...
Publicado em: 06/04/2008 20:08:08
Última alteração:21/10/2008 19:54:47


Embebido do amor que me transtorna
Nas sombras de meu triste pensamento
Loucura de viver um só momento
Paixão que no meu peito já se entorna...

A quem confessarei o meu tormento?
Às pedras? Às estrelas ou ao mar?
Ao sol, às nuvens, plantas, ao luar?
Se neles eu não acho sentimento.

Em milhares de nuvens me nublando,
As lágrimas das nuvens do meu peito
Se em nada mais terei sequer direito,
O tempo, sem teus braços, vai passando.

Quanto mais me vês, penso, não amas,
E clamo pelas chamas que escondeste.
Do mal que tanto fiz, tão mal fizeste
Que mal posso entender do que reclamas.

Bem pagas minhas dívidas, receio,
Que nada mais indica seu perdão.
Então se não me queres quero um meio
De apagares a chama da paixão!
Publicado em: 17/04/2008 18:49:00
Última alteração:21/10/2008 18:29:35


É muito bom, Mulher, poder te amar,
Pois trazes refrigério e trazes calma
Às aflições que são tormento de minh’alma
E sofrimento podem nos causar!

As humanas virtudes não têm preço
E sendo assim, por todos cortejada,
Por muitos corações tão desejada
O amor que me dedicas, não mereço.

Mas não posso perdê-lo ou dividi-lo,
Pois és, na minha vida, um sonho lindo
Que ao velho coração, serve de asilo!

E ao recordar o amor que já te dei,
Alegra-se minh’alma, ao ver surgindo
Esta mulher com quem tanto sonhei.

MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 10/04/2008 13:59:21
Última alteração:21/10/2008 18:21:19



Querida me perdoe, mas não tive
Sequer um só momento de alegria
Depois que tu partiste a dor resiste
Sobrando tão somente uma agonia.

Quem dera se eu pudesse em plena glória
Mudar o meu destino e num momento
Sentir no doce beijo de quem amo,
A força tão audaz de um sentimento

Que aflora a todo instante e sempre traz
O brilho deslumbrante de um farol.
Amor que se voltasse à minha vida
Traria, com certeza imenso sol...
Publicado em: 07/04/2008 09:17:54
Última alteração:21/10/2008 19:58:20


Teus olhos querida
De tanto que quis
Valeram a vida
Por isso feliz
Procuro meu sonho
No olhar que me deste
Ao que me proponho
Amor que se preste
E que roda sem fim
Vivendo o que peço
Trazendo pra mim
Amor sem tropeço

Eu que durante tanto tempo fiz
Os meus versos pensando neste amor
Sei que sou apenas aprendiz
Que vive e mal cultiva sua dor
Que trama novamente uma esperança
De ver o novo dia clareando,
Sabendo que carrego na lembrança
O medo de seguir desencontrando
E peço tão somente uma certeza,
Viver com alegria o que me resta;
Trazendo pr’o meu mundo esta grandeza
Que faz com que se pense sempre em festa.
Na fantasia louca da paixão,
Mergulhar de cabeça e coração!
Publicado em: 19/04/2008 09:30:46
Última alteração:21/10/2008 13:09:56


Quando eu te conheci, já percebi

Que tudo que eu sonhara estava ali,

Neste sorriso franco e sedutor...



Vontade de te ter veio explodindo,

Neste desejo imenso que é tão lindo,

Desde o primeiro instante, tanto amor...



Senti que conhecia há muitos anos,

Que estavas demarcada nos meus planos

Desde os verdes tempos de menino...



Na fria madrugada, o vento fez

No acolhedor abraço, a nossa vez

No beijo primoroso, o meu destino...



Depois; nossos carinhos, mil desejos

Nas descobertas loucas, nos lampejos

Deitamos, nos amamos, vimos Deus...



No amor, a poesia, transbordando,

As mãos em nossos corpos navegando,

Te vejo nos teus olhos, olhos meus...



Mil noites, nossos sonhos, nossos méis

Nos quartos, nas suítes, nos motéis,

Os corpos diluídos sem fronteira...



Tua pele morena, o teu sorriso,

Cumprindo em nossa vida, o paraíso

De uma paixão intensa e verdadeira!
Publicado em: 20/04/2008 19:19:45
Última alteração:21/10/2008 13:14:48



Eu tive juventude? Nem pergunte...

Meu tempo se passou entre mentiras.

Por mais que o tempo passe inda guardo

Um coração cortado, feito em tiras...



Eu quero o teu carinho... Sim... Demais.

Além do que imaginas necessito

De ter uma esperança que renove

E torne o meu viver menos aflito.



Tuas rosas me tocam, seus aromas,

E são como uma espécie de promessa.

Não deixe que este sonho em si termine.

Vem logo ser feliz tem muita pressa.



Não pare nessas pedras do caminho,

Nem deixe que te assustem tantas urzes,

A sede de te ter é infinita

Meu mundo necessita dessas luzes...



Eu te amo, simplesmente, eu te amo tanto...

Além deste universo, além da morte.

Espero que me entendas e me aceites;

O sentimento em mim, batendo forte...
Publicado em: 22/04/2008 12:40:54
Última alteração:21/10/2008 13:20:18


Eu não te quero, apenas te desejo,
Na minha solidão, guardo teu beijo.
Um retrato deixado na parede...

Tantas vezes sonhei, mas nem recordo,
Apenas navegar, contigo a bordo.
A garrafa demonstra minha sede...

Eu já não mais anseio, nem quero ter,
Tanto me faz ganhar ou te perder.
Quem sabe, poderei me libertar.

Cada momento segue sem depois,
Não quero mais teus beijos, um ou dois.
Talvez Deus permitisse, enfim sonhar...
Publicado em: 01/05/2008 12:02:09
Última alteração:21/10/2008 14:29:57

Em meio a desamor passei a vida,
Esperava teu colo e não vieste...
Amor que em pleno amor somente investe,
Aguarda pela fria despedida...

Não posso mais tentar um novo plano
A salvação não veio e nem virá,
Meu mundo, em desamor se ruirá
Somente restará um ledo engano...

A morte pesarosa companheira,
Por certo sempre ronda meu caminho.
Se ultrapasso os obstáculos sozinho,
Quem sabe terei sorte verdadeira

Se vieres ao lado. Te pedi
Porém eu já percebo com temor,
Que nada vencerá teu desamor,
Eu sinto que para isso, em vão, nasci!
Publicado em: 02/05/2008 20:38:49
Última alteração:21/10/2008 14:31:07

As mãos macias desta deusa nua
A passear tanto carinho insano.
Minha alma satisfeita então flutua
Das santas alegrias já me ufano.
A boca me promete e morde, crua,
Viajo por espaços outro plano;
E a noite encantadora, continua...
Não me permitirá jamais engano...

O mundo, quando um Deus amante fez
Não tinha inda metade desta luz
Que, clareando a vida, me conduz
Aos braços desta minha amada tez
Em todo o amor que sempre dediquei
O brilho duma aurora que sonhei.
Rendo-me aos teus caprichos, teu desejo...
A boca escancarada pede um beijo...
Publicado em: 05/05/2008 20:28:09
Última alteração:21/10/2008 14:31:40




QUEM AMA DE VERDADE SENTE DOR
NÃO QUEIRAS SER DOS OUTROS DIFERENTE
O AMOR QUEIMA E INFLAMA A ALMA
DE UMA FORMA BEM DOLENTE
MAS QUEM NÃO SENTIU ISTO TUDO
É PORQUE NUNCA AMOU REALMENTE

PORTANTO MEU DOCE MEL
SAIBAS QUE SINTO TAMBÉM ESTA DOR
QUANDO TE MOSTRAS ARREDIO
QUANDO NÃO CORRESPONDES AO MEU AMOR
E ASSIM VAMOS SOFRENDO SEPARADOS
MAS NOS AMANDO COM FERVOR


Tantos dons repartidos pelas musas,
Permita que deus Eros me acumule.
As ninfas vão decerto mais confusas,
Amando quem quiser que se estimule.

Onan em desespero, sem amada
Amando sob estrelas não desperta
Morfeus que nessa noite diz mais nada
Embora em Afrodite, aceso alerta.

Depois desta loucura, uma bacante
Em plena redenção, Hermes se explana,
Procura por Minerva tal amante,
Encontra os belos seios de Diana.

Em meio a tantas deusas, meu porquê,
Encontro aqui do lado, e é você!

GELIS
ML
Publicado em: 14/12/2007 15:14:30
Última alteração:23/10/2008 08:33:10



Paro um instante
Distendo a ti, meu pensamento...
Quem dera a distância
Não vedasse o encanto
De mergulhado aos meus
Os olhos teus
Pudessem perceber,
Como eu te amo!

Nosso desejo trama tal prazer
Que , insano, te acompanho radiante.
Vou célere buscando o teu querer,
Fazendo tanto amor, a cada instante...

Te sigo e te procuro, fogo e tramas,
Nas matas e nas rondas me alucino,
Vivendo nosso amor em plenas chamas,
Buscando em teus delírios meu destino...

Cobrindo teu desejo, descobrindo
Desejos que lampejos se procuram,
O teu desejo tonto vou cobrindo
Com matas e cascatas que se curam

Na sorte que bem sabes vai e vem,
No vai e vem que quero e tu também...

ANA MARIA GAZZANEO
ML
Publicado em: 16/12/2007 16:16:09
Última alteração:23/10/2008 08:54:43


Esse teu sorriso...
Charmoso...
Esse teu olhar...
maroto...
São irresistíveis...
O meu riso...
Aberto numa mensagem...
Chama-te....
Espalha-se pela brisa...
Infiltra-se...
Em ti...


Meu coração procura liberdade
Nos braços tão incertos deste amor.
Vivendo sem temer a claridade
Me entrego, estou inteiro ao teu dispor.

Meu coração procura por um cais
Que seja a mansidão, finda a tormenta.
Eu sinto que te quero sempre mais,
Numa explosão divina e violenta.

Morena como é bom poder amar,
Morena como é bom te ter aqui.
Das ondas tão gigantes deste mar,
No mar de tanto amar já me perdi.

Meu coração procura essa morena,
Que longe, mas tão perto, já me acena...


MARTA TEIXEIRA
ML
Publicado em: 20/12/2007 21:07:56
Última alteração:23/10/2008 07:25:46


Sorrindo tu te achegas amoroso,
o corpo doce quente, perfumado.
Parece mais um vinho licoroso,
que embriaga a quem o há tomado.
Esqueço os limites, esqueço normas
e dou-te meu amor de várias formas.

Não deixe que esta noite, em vão, termine
Preciso de teu corpo junto ao meu,
Te peço que me ganhes, me domine
Sem ter o teu carinho, quem sou eu?

Apenas uma vaga sem sentido
Morrendo numa areia sem sereia,
Jogada ao infortúnio, neste olvido
Sem ter jamais o brilho em lua cheia...

Não deixe que esta noite seja branca,
Preciso de teu corpo, como a um cais
Náufrago em tempestade forte, franca,
Pois se não for agora... Nunca mais...

Não deixe que esta noite morra agora,
A noite se esfriou. Chove lá fora...


HLUNA
ML
Publicado em: 21/12/2007 12:10:39
Última alteração:22/10/2008 22:54:30



Tenha pena de mim
que não me deixe nessa dor tão cruel
Que culpa eu tenho por te amar assim
rezei tanto pra não gostar de ninguém
então fiz meu suplício de momento
murmurei ao quatro vento
te amo tanto...

Nos olhos mais bonitos que já vi,
Um gesto parecendo descuidado
Trazendo uma esperança para aqui,
Depois desta agonia do passado.
Destino meu amor somente a ti,
Farol que faz meu mar iluminado...

Não mais te procurar? Será possível?
Se sabes meus segredos, minhas manhas.
Ao toque mais ameno, sou sensível,
Nas horas mais felizes, tu me ganhas,
E sinto que este caso é mesmo incrível
Suplanta cordilheiras e montanhas...

Que faço se entreguei meu coração
Às hordas tresloucadas da paixão?

LUCIANA DIAS
ML
Publicado em: 22/12/2007 09:24:28
Última alteração:22/10/2008 21:32:39



Sentir o teu perfume em cada verso
Que fazes, me trazendo uma alegria.
É como perceber deste universo
O canto mais sublime da magia.
Tu és a poesia predileta,
Mulher que dá prazer e me completa!
Publicado em: 26/12/2007 16:44:41
Última alteração:01/01/2008 12:26:39


As mãos macias e a carne dura
Na procura delicada
A noite passa.
E tua nudez, acalma...
O cheiro do perfume
E as mãos macias
E a carne dura.
Se pudesse, o tempo não deixaria passar.
Terminando o sonho noutro sonho.
Revigorando-se sempre
A cada novo dia
E cada novo prazer.
Quero o teu gosto
E o gesto mais manso
O carinho e o remanso
Alcanço teu rosto
A pele macia
A fera que anseia
Os seios e o cio.
As nossas bocas se procuram
E se encontram
E se atacam
Mordem e revigoram
Curam e secam
As salivas nas salivas.
Cada parte de teu corpo
Decorando cada centímetro
Sentimento pra mais de metro
De quilômetros...
Nada mais me importa
A não ser a porta
Aberta do desejo.
Do desejo completado
E compartilhado.
O cigarro aceso,
A cigarra tesa e, entesados,
As tentações e as tenazes
Que se abrem e fecham
Com agilidade e sofreguidão.
Todas as umidades em uníssono
Em unidade e união.
Delicadezas e seduções
De repente se transformam
Em lutas e batalhas
Movimentos ferozes e vorazes,
As luas e os sóis, milhões de estrelas
Convulsionadamente a noite se desenvolve
E nada mais importa,
A porta entre aberta,
Alerta e agrado.
Corcéis e panteras
Lutas e chuvas, tempestades,
Movimentos loucos,
Ancas loucas
Desabridos sentidos, todos
Taquipnéia, taquicardia
Taqui, tique taqui, tique taqui...
Coração, bomba relógio
As horas explodem
A enchente e o dilúvio.
O cansaço, o sono,
O amor se refaz mansamente
E a noite evolui para o amanhecer
Doce e encantador de uma aurora fascinante.
TE AMO!
Publicado em: 29/12/2007 10:54:37
Última alteração:22/10/2008 21:22:10


Constantemente, o teu silêncio fala,
Na solidão das noites sem luar,
Quando te vejo, entrando pela sala
Dos sonhos que deixaste em teu lugar.

Se tudo em volta, esta lembrança embala,
Sentir posso melhor, o teu olhar!
E na emoção que este meu sonho exala,
Doces momentos posso recordar...

O teu perfume, em pétalas, evola
Do etéreo corpo que, entre luzes, vejo
E, jogando de lado a camisola,

Ficas ali, como um cristal de jade,
A refletir, na paz do meu desejo,
As cores eternais de uma saudade...

E sinto o respirar doce e macio,
Da boca que desejo tanto, tanto;
Envolto nos teus braços, perco o fio,
E sinto teu amor, teu louco encanto...

As roupas esquecidas na cadeira,
Nessa espetacular nudez, belezas.
Paixão que nos assola, verdadeira,
Intensa pois coberta de certezas.

Eu quero descobrir cada detalhe
Desta divina deusa, escultural.
Na preciosidade deste entalhe
Perfeito na moldura sensual.

E vivo, meu amor, cada momento,
Todo o furor que traz o sentimento...

Maria Feijó
Marcos Coutinho Loures
Marcos Loures

Publicado em: 30/12/2007 07:45:42
Última alteração:22/10/2008 21:31:57


O sol desta paixão queimando lento
Causando em nossa vida um bom mormaço
Tomando num instante o pensamento,
Riscando em nossa pele cada traço,
Tocando bem mais fundo o sentimento,
Unindo com firmeza em raro laço.
Permite que esta vida siga leve,
E a dor para distante, a sorte leve...
Publicado em: 30/12/2007 16:31:30
Última alteração:22/10/2008 21:30:47


Não quero ser mais uma na tua vida,
Quero ser quando comparada as outras, diferente!
Quero apenas que acredites doce mel,
Que te amo e te amarei eternamente.

Saber que existes já me basta.
Sentir este amor já me contenta.
Trocar versos de amor contigo,
É algo sublime e me alimenta.

Sou tua e serei por toda vida,
Eu mesma meu corpo a te presenteei,
Prossigo versejando alegremente,

Cônscia que nunca serás meu,
Só espero que se lembre de mim com carinho,
E que ninguém te ama mais do que eu.

Passaste pelas ruas sem me ver,
Andando sem sequer olhar ao lado,
Os véus que te cobriam, do querer,
Impedem que eu te veja, estou calado...

Não sabes que jardins precisam flores
Amores necessitam de carinho,
Carinho que regando meus amores,
Impedem de viver sempre sozinho...

Mas tudo o que plantaste, nada brota,
Apenas a saudade do que fomos,
No peito sem sentidos, amarrota.
Destroça devorando tantos gomos...

Amada não precisa se esconder,
O dia que te trouxe, vai morrer...

Morrer na escuridão que não mereço,
Em versos que te invento, já tropeço
Mas peço que não lances neste poço
Amor que já causando um alvoroço
Escondo no meu sonho mais oculto,
Guardando na lembrança um triste vulto
Que se foi sem jamais querer voltar,
Em busca de outro raio de luar...
GELIS
ML
Publicado em: 31/12/2007 18:20:25
Última alteração:22/10/2008 21:30:20



Tantas vezes solitário
Abrigo estes temores
Em flores espinhentas.
À flor da pele,
Serpenteio entre as vielas
Da esperança mais sutil.
E morro entre corpos
E vaga-lumes...
Quem dera ser teu
Ser tão e naufragar...
Publicado em: 02/01/2008 11:02:37
Última alteração:22/10/2008 19:26:01



Procurei as frases feitas, as festas e frestas...
A noite me nega um novo dia...
A poesia, a posse, o poço e o fosso, são fósseis.
As asas e os corcéis.
Os meus dias, mel e mal, mãe...
A trama desanda, a vida anda andor e dor. Condor!
Conforto e carinho, ninho e certidão.
Bodas, cordas, colas, compras, colméias...
Mesas, salas, copas, berços, filhos...
Ilhas filhas, milhas e milho. Manhas e manhãs...
Cãs, cães, chão, repouso e pouso, fossa e conversa.
Aço penetra, aço corta, corta a luz, a água, mágoa, penso
Pensão.
Parto, marte, morte, sorte ressurreição...
Natação, menino, hino, escola, cola, bola, fome e tráfego.
Moto, carro, escola, cola, estrada, fado, sina, tino, barba.
Namoro, filho, neto, remeto e não comento.
Espero e não desminto, belos velos, velozes os triciclos,
Os ciclos se refazem. Refazendo a fazenda, a velha lenda.
Cordas, pescoço, imensas prendas, velhas rendas,
Mentiras e verdades, sangue e corte.
Suor, andor,
Amor
Ar
A vida recomeçará.
Conforto e carinho, ninho e certidão....
Publicado em: 03/01/2008 14:53:52
Última alteração:22/10/2008 19:29:04



Meu canto pelos olhos vai movido,
Na sensação de ser, enfim eterno,
Mantendo o coração tão aquecido,
Faróis que me iluminam neste inverno
Da vida em que me sinto revivido
Pelo carinho doce, meigo e terno
Desta mulher, decerto reluzente,
Fazendo-me sentir, de novo, gente...
Publicado em: 05/01/2008 09:15:26
Última alteração:22/10/2008 19:58:46

Aspiro ao nosso amor, mesmo em penumbra
Osculo tua boca carmesim,
No sentimento nobre se vislumbra
Amor que tenho enorme dentro em mim.
Em teu corpo mistérios e segredos.
Tatuo tua pele com meus dedos...
Publicado em: 06/01/2008 20:23:36
Última alteração:22/10/2008 19:35:38





Anseio teus seios
Comigo de noite,
Sem termos receios
Amor, nosso açoite
Que corta e nos toca,
Fazendo loucuras,
A boca te toca,
Em gozos, em juras.
Desnuda te vejo
E quero bem mais
A lua em desejo,
Vontade nos traz
Orgástico sonho
As mãos mais astutas
Em matas, risonho,
Provando das frutas
Dos pomos, romãs,
Dos seios e pernas,
Pecado e maçãs
Nas noites eternas.
Vibrantes carinhos,
Imensas delícias
Descobrem teu ninho
Imerso em carícias.
Total maravilha
Repito estas doses,
Percorro esta trilha
Até que tu gozes...
Publicado em: 08/01/2008 13:43:23
Última alteração:22/10/2008 19:55:20



Total insanidade
Entorno em nossa cama,
Mordendo devagar,
Acendo tua chama,

Depois ir navegando
O mais belo horizonte
Beber tranqüilidade
Direto em tua fonte...

Querida me perdoe
Se existe alguma falha,
Com fogo mais sublime
Acendo esta fornalha

Em tórrido desejo
Total lubricidade,
Vibrando sem demora,
Achei felicidade.

E quero que assim seja
Contigo a vida inteira,
Perdendo o meu juízo
Ardendo em tal fogueira..
Publicado em: 02/02/2008 14:45:01
Última alteração:22/10/2008 16:47:58


Não pense amor, em nada
Que amor vença o tormento
De toda esta jornada...
Te amo, noite adentro...

Amar sem ter limites
Sem medo e sem enganos,
Vivendo em cada verso
Por certo em novos planos

Sabemos que esta vida
Sem ter amor é nada,
Por isso é concebo
Minha alma extasiada

Seguindo cada rastro
Deixado no caminho,
Vencido pelo sonho
De não ser mais sozinho

Eu sinto quanto é belo
Amor que sempre encanta,
Nos braços da menina,
A lua se agiganta

E traz em plenilúnio
Um canto que seduz
Engravidando a sorte,
Gerando e dando a luz

Ao verso mais sentido
Que posso conceber,
Cantando assim contigo,
Gestando com prazer

Um filho da esperança
Que traz por certo, a cor
Do novo amanhecer,
Nos braços deste amor!
Publicado em: 03/02/2008 20:26:18
Última alteração:22/10/2008 16:46:25


Desejos que nos tomam
Em versos de paixão,
Mostrando esta vontade
Que vem do coração
E todo o corpo invade
Fazendo uma erupção.

Eu quero desnudar-te
E percorrer bem manso
Com língua e com meus dedos,
Buscar cada remanso,
Saber de teus segredos,
Profundidade, alcanço
Singrando teus enredos...

Depois de tanto amor,
Profano e mais complexo
Deitar o meu desejo,
Sem sentidos, sem nexo,
Sabendo do traquejo
Gostoso, amor e sexo,
Cobrir-te em tanto beijo...
Publicado em: 03/02/2008 22:07:21
Última alteração:22/10/2008 16:45:53


Segredos muitos,
murmuram
neste corpo
que se entrega,
um desejo
de descoberta ...

Plenitude
dos sentidos ...
(ivana)

Encontro
Em teus segredos
As respostas.
Enigmas que carrego
Há tanto tempo.
Decifro em teus sinais
Mil maravilhas.
Centelhas em
Desejos e loucuras.
Bebendo em tua boca
A me fartar,
A noite nos treslouca
E nos fascina.
Desfiladeiros
Fontes, correntezas
Beleza sem igual,
Sensual promessa.
Às mãos prazer se empresta
E não demora.
Decoro-te em estrelas,
Em cometas.
Adentro o paraíso e recomeço
Na entrega que não sabe mais limites.
Assim,
Enamorados
Vamos juntos.
Num átimo enfrentando correntezas,
Amor em convulsão,
Desejos fartos,
Deitado nos teus braços
Adormeço...
Publicado em: 08/03/2008 20:46:56
Última alteração:22/10/2008 15:33:25


Um laço que nasceu,
talvez vontade,
talvez paixão,
cumplicidade ...
Um abraço,
e
minha mão,
na tua mão ...
(ivi)


Quisera do teu lado, amor ficar,
A noite se aproxima e estou sozinho...
Apenas alguns braços do luar
Invadem o meu quarto. Sem carinho...

Quem dera se viesses... tanto amar...
Bebendo no teu corpo, tinto vinho,
Rondando a noite inteira sem parar
Atravessando impávido, o caminho

Que leva-nos etéreos navegantes
A mares nunca dantes conhecidos,
Levita-nos, querida, por instantes

E tomam nossa vida em alegria.
De todos os desejos concebidos,
Repousa em nosso braço, a fantasia..
Publicado em: 24/03/2008 21:34:22
Última alteração:21/10/2008 22:01:01


E a brisa suave
me diz para acordar,
enquanto é tempo,
pois o tempo
não vai esperar,
e os sonhos,
junto a ti,
vão-se realizar ...
(ivi)



Na dança que me propões
Vou dançar a vida inteira
Tendo por certo ao meu lado,
A divina companheira.

Meu coração quer dançar
O tempo inteiro contigo,
Com certeza isto me traz
O sonho que assim, persigo...

Quero o beijo mais gostoso
Que esta boca pode dar,
E depois na noite insana
Ir contigo namorar

Namorar à luz da lua
Nos raios mais florescentes,
Dois passarinhos serão,
Te garanto mais contentes.

Viola chama e reclama
Na seresta que te faço,
Coração salta no peito,
Vai direto pro teu braço...
Publicado em: 02/04/2008 12:46:07
Última alteração:21/10/2008 16:50:10


Menina eu quero ter
Na noite que virá
Todo o prazer divino
De enfim eu te encontrar
Deitando sobre ti
Vontade de chegar
Ao cume deste monte
Aonde a fonte está.
Bebendo calmamente
As gotas delicadas
Que emanam desta mina
Fantástico desejo
Do beijo mais profundo
Do mundo em rotação
Da ação bem mais ousada
Da fome em desvario
Encharcando este rio
Aonde um afluente
Tomando da água quente
Que vem em explosão.
Vencer os teus segredos
Teus medos esquecer
Erguer nossos castelos
Altares do prazer
Rever depois com calma
E tudo repetir
Agir sem ter conversa
Sem pressa de sair.
Vem logo que esta noite
Promete ser a nossa,
Desejo quando empoça
Começa e não termina
Menina, em tua mina
Eu quero me afogar...
Publicado em: 02/04/2008 17:59:01
Última alteração:21/10/2008 16:52:54


Qual fora brincadeira
De roda em nossa infância
Rodando a noite inteira
Bailando em elegância
A vida se passando
Distante da ganância
Amor nos encontrando
Em lua derradeira
Que sempre iluminando
Se mostra alvissareira,
Acende pirilampos
E vontades vorazes
Espalha em novos campos
Sorrisos mais audazes
Vasculha cada canto
Não deixa o sofrimento
Matar tamanho encanto
Espalha em forte vento
O quanto que te quero
Querer que não tem fim
A noite emoldurando
Amor dentro de mim...
Publicado em: 05/04/2008 10:28:31
Última alteração:21/10/2008 17:01:38



Sei dos seios,
Bocas, sexos,
Gozos tantos
Plenitude.
Margens
Grutas,
Rios, fozes.
Vozes
E sussurros,
Suores
E gemidos.
Lambuzados...
Rocios
E cascatas
Matas
Desbravadas
Montes
Venusianos.
Dentes
E mordidas.
Línguas
Curiosas
Bocas
Gulosas.
Paraíso à vista
Orgasmos
Sem prazos...
Publicado em: 22/09/2008 09:32:36
Última alteração:02/10/2008 19:53:04


Nas saudades do meu canto
Tanto sobem quanto invadem
Prazeres tantos que me ardem.

Seguindo sem ter sossego
Nas ruas que me perdi
No segredo que pedi.

Amada; não sonho mais
Os sonhos que já sonhara
Através desta seara.

Que me leva pro teu colo
Quase me deixa tão louco
Ralando doce de coco

Nas doçuras mais amargas
Vidas, vidas, vidas magas...

E nas saudades, teus braços.
Nossos ninhos, cantos, pássaros...
Publicado em: 19/09/2008 07:05:23



Teu carinho tão brando,
É brando e tão suave
Amor estou te amando,
Amando sigo a nave
Que chama coração!

Coração nave perdida
Que se perde sem querer
Tomando minha vida
Fazendo-me perder
Perder a direção...

Na direção do sol
Encontro deusa lua
Quem fora girassol
Agora gira lua
Direção: coração!
Publicado em: 21/09/2008 19:42:09
Última alteração:02/10/2008 20:23:57



Eu nunca mais terei alguém assim
Que me traga o sorriso a cada dia
E me mostre que amar é poesia
E que o bem dessa vida não tem fim...

Que sorria comigo meu sorriso,
E que traga esperança no olhar.
Que saiba simplesmente amar,
Construindo sem dor, o paraíso...

Alguém que caminhe meu caminho
Pelas trevas e breus da solidão
Que saiba, delicada, dizer não,
Mas me traga a certeza em nosso ninho.

Eu jamais poderia me esquecer
De tudo que vivemos, nesta vida.
A dor que me trouxe esta partida,
Em meu peito, calando, faz sofrer.

Nunca mais poderei ser tão feliz,
Ao perder tudo aquilo que já tive,
Vontade de morrer, eu mal contive,
O meu céu, da tristeza fez matiz.

Mas, à noite, sozinho no meu quarto,
Quando esse vento bate na janela,
Eu bem sei que decerto é, de novo, ela.
E nos seus braços, louco, então me farto.
Publicado em: 16/09/2008 13:04:46


Carícias e delírios
Risos e prazeres
Delícias e vontades
Quereres. Profusão...
Assim noite afora
Aflora a fantasia
E o dia se promete
Em plena sincronia.
Atados olhos bocas.
Plenilúnio anunciado
Eterna maré cheia,
amor em plenitude...
Publicado em: 21/09/2008 22:08:51
Última alteração:02/10/2008 20:20:50


Amor é sentimento valoroso,
Tantas vezes cruel, duro e sutil,
Em outras; delicado e prazeroso,
Benfazejo, risonho e gentil.
Mas sempre, com certeza, glorioso,
Mesmo para quem teve e já partiu,
Tocado pelas dores e tormentos,
Trazendo inesquecíveis, bons momentos...
Publicado em: 24/09/2008 12:33:04
Última alteração:02/10/2008 18:13:38



Teu corpo um altar,
Bela catedral
Deitado ao luar,
Assim sensual

Expressa desejos
Vontade e quereres
Divinos ensejos
Banquetes, talheres.

Girando a cabeça
A boca se dá,
E peça por peça
O sonho trará

Sem medo ou pudor
Carícias e festa
Fazendo do amor
A força que resta...
Publicado em: 22/09/2008 12:07:45
Última alteração:02/10/2008 19:48:00


Loucos sonhos, delírios insensatos...
Milhares de fantasmas rutilando.
Rituais ancestrais, irei voando
Por espaços, meus laços, meus retratos...
Atípicos pendões surgem inatos,
Dos céus descendo os anjos, flutuando...
As mãos vazias, gôndolas girando.
Irresponsáveis aves sobre pratos,

Escapo deste céu, não temerei.
Meu cetro me indicando, sou um rei,
Nas minhas terras, cega confusão.
As vagas tempestades, as sereias,
Nas mãos que me torturas, me incendeias...
Gira mundo, alucina, perco o chão.
Em teus braços divinos, rodopio.
Penetro teu suave encanto e cio...
Publicado em: 18/09/2008 08:08:19
Última alteração:03/10/2008 13:58:36


Quando pequeno
Ouvia toda noite
Histórias que falavam
De princesas e castelos,
Adormecidas belezas
E príncipes salvadores;

Ledas ilusões
Deram espaço
Às uvas verdes
Da desesperança.

Vento ventania vendaval
Boca que sonhava sensual
Deitada em outras sendas,
Outro mar.
Amar a correnteza
Ser a presa
Surpresas esperando
E nada vinha.
Nem mesmo a fruta amarga
Da verdade
Que o tempo tantas vezes
Ocultava.

A vida passa
Da uva a passa
A carga se torna mais pesada
Alada minha alma percebia
Apenas o mesmo prado
Em que vazia
Seguia a caminheira esperança.
Noite após noite
Não saberia mais discernir
A sutil claridade de um vaga-lume
Feito lamparina na treva imensa
De minha alma.

O gotejar contínuo das lágrimas
Do nada haver, nada ver e nada sonhar
Acumuladas, cevaram
A pequena semente
Que ao germinar
Dominava toda a escuridão
Daquele antigo prado
Perdido nos olhos
Vagos, sem faróis...

Aos poucos a adormecida
Princesa entranhada
De beleza e claridade
Transformava todo aquele cenário
Ermo.

Dessa forma vieste,
Revestida em lumes
Surpreendentemente
Expressivos.

E assim
As antigas lendas
Dormem junto a mim,
Revolucionando
Tudo,
Tomando cada verso
Que penso,
Cada palavra
Que profiro.
Imensidade
Em que, mesclado,
Permite o gozo supremo
Da eternidade...
Publicado em: 24/09/2008 17:51:41
Última alteração:02/10/2008 14:06:21




Não falo quase nada, tu reclamas?
A boca que se ocupa com teus seios
Não quer perder a festa prometida,
Declara meu amor por outros meios.

Também não quero ouvir, basta sentir
A língua é mais gostosa se passeia
Depois de discutir a relação,
É na ação que amor chega e me incendeia.

Estou apaixonado, podes crer,
Aliás nem preciso te falar
Meu corpo já responde então por mim,
Vem logo teu prazer aqui, calar...
Publicado em: 14/05/2008 11:28:03
Última alteração:21/10/2008 14:39:10


Bailando em noite clara em regozijo
Palavras, sentimentos, risos, bocas,
Se um totem ao amor contigo erijo
Percebo que as manhãs quando deslocas
As bocas mais audazes, vagas, sendas.
Segredos que, tu sabes e desvendas
Em êxtase profana rumo certo.
O peito se sentindo descoberto
Desfaz-se da aridez, chove vontade.
E vibro nesta insânia que fascina,
Ao descobrir a fonte, a furna, a mina...
Publicado em: 15/05/2008 13:26:06
Última alteração:21/10/2008 18:30:43



Difícil compreender, esse amor natural, simples mas tão gostoso.
Dificil aceitar esse amor só como lembrança e tão saudoso.
Fácil é viver com você no meu peito.
Fácil, tão fácil te encher de amor e carinho.
Fácil demais te dar meu abraço e tanto beijinho.
Fácil esta paixão delirante, só de nós dois!

TUES

Pomares da esperança
Infância tão distante
Sorriso de criança
Refaz-se neste instante
Amor que tenho imenso
Deixando-me contente
Tu sabes quanto eu penso
No amor que é só da gente...
Recolho cada mel
Que emanas, delicada...
Mergulho e chego ao céu
Em tuas mãos de fada.
À noite sou corcel
Canção agalopada
Que mostra no dossel
Que a noite não é nada
Distante deste véu
Desta mulher amada
Que encontro; desnudada,
Na boca o seu sorriso
Convite que me faz
Chegar ao paraíso....
Publicado em: 15/05/2008 18:16:42
Última alteração:21/10/2008 18:31:43



A tua voz escuto nesta brisa
Que toca os meus cabelos mansamente.
O vento neste toque já me avisa
Do sonho que busquei, completamente.
A boca delicada e mais precisa,
Mostrando esta alegria, docemente,
As estrelas que espalhas pelo chão,
Refletem num momento, esta paixão...
Publicado em: 17/05/2008 08:06:51
Última alteração:21/10/2008 12:47:01


Não deixe que eu magoe quem eu amo,
Nem mesmo que das mágoas faça canto.
Amor sem ter certezas, sofre tanto,
Por isso das tristezas não reclamo...~

Bem sei que tantas vezes duvidaste
Do que sinto em minha alma, só por ti,
Depois de tanto mal que já sofri,
Amor que tanto sinto, virou haste.

Mas nada disso sabes, com certeza,
Pareço, disso eu sei, tão inconstante.
Na vida sempre tive, por amante,
A marca tão feroz de uma tristeza;

Por isso não me deixe que magoe
Amor que enfim, recebo, sem cobranças,
Faremos deste mal, as alianças
E as asas, com as quais, nosso amor voe...


Publicado em: 19/05/2008 19:50:23
Última alteração:21/10/2008 15:07:30




Prenúncios de prazer em minha vida,
Deixados no caminho em que prossigo,
Quem sabe tanto amor nunca duvida,
Andando passo a passo, estou contigo.

A dor em esperança convertida
Prepara ao fim da noite o nosso abrigo,
Minha alma se encontrava, antes perdida
Agora até sorrir em paz, consigo.

Teu corpo a mais divina das molduras,
Repleto de prazeres e ternuras
Espelha esta beleza sem igual.

Tentáculos da sorte nos tocando,
O dia em alegria vem raiando
No lume deste amor fenomenal.
Publicado em: 20/05/2008 13:18:36
Última alteração:21/10/2008 15:08:16


Querida não suporto tua ausência,
a tua boca mata a minha sede,
um coração que vaga sem ninguém,
às vezes encostado na parede

precisa de um alento e de carinho.
Mergulha no oceano do prazer.
Tocado pelos sonhos que em verdade
ajudam das tempestas renascer

vem logo mitigar tanta tristeza
que a solidão deixou-me de presente.
Beleza deslumbrante nos teus braços,
amada, em alegria, se pressente...
Publicado em: 27/05/2008 12:08:07
Última alteração:21/10/2008 15:20:09

Eu quero te beber qual fosse um vinho
Que sempre me inebria em teu carinho,
Amor que em várias cores já pressinto.

No gosto adocicado desta boca
Paixão que me tortura, quase louca,
Da cor deste divino vinho tinto...

Eu sei que te terei em nossa cama
Ardendo neste fogo que me inflama
E toma qual incêndio o sentimento.

Eu vejo teu amor sem ter pecado
Num planalto sincero e encantado,
Vivendo sem qualquer ressentimento.

Arando o coração antes vazio,
Brotando o meu desejo em nosso cio,
Fazendo deste sonho realidade.

Desculpe se me encanto até demais,
Amor que veio forte e trouxe paz,
Com toda uma certeza: é de verdade!
Publicado em: 28/05/2008 08:28:47
Última alteração:21/10/2008 15:25:13



Na rima que procuro para amar
Encontro teus olhares sobre mim,
Galgando uma esperança, ganho o mar,
Que guardo no peito e sei sem fim.
Vontade de beber e de sonhar
A boca degustando o gozo enfim
Carícias mais audazes, plenitude
Amar rima também com atitude...
Publicado em: 07/07/2008 07:56:16
Última alteração:19/10/2008 21:44:53



Beijando calmamente
Teu corpo em brasa intensa
Tocando de repente
Esta fogueira imensa
Que sendo assim tão quente
É minha recompensa.
A gente nunca pára
Nem tem por que parar,
Deitando nossa tara
Deixando o pau quebrar,
A solidão amara,
Não vai querer entrar.
Eu quero teu carinho
Tua nudez completa,
Fazendo de mansinho,
A refeição completa
Inundando o caminho
Em chuva predileta.
Garoa que encontrei
Na mina tão gostosa,
Amor que procurei
Morena quando goza
Eu me sentindo um rei
Corte maravilhosa.
Adentro tuas portas
Invado o teu porão
No cais aonde aportas
Deixei meu coração.
Publicado em: 07/08/2008 11:13:29
Última alteração:19/10/2008 22:17:35


Eu queria saber qual o segredo
Para se amar na vida, uma só vez;
Não queiras me explicar, pois tu não vês
O quanto um novo amor me causa medo!

Fugir de ti – pensei – seja talvez
A solução, mas não resisto e cedo!
Se faço deste amor, simples brinquedo,
Esqueço-me do mal que já me fez!

Mas não posso evitá-lo e agora vejo
No coração brotar este desejo,
Com mais intensidade e mais vigor!

E se é verdade o teu amor por mim,
A insegurança irei vencer, por fim,
Na força renovada deste amor!

MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 27/08/2008 14:12:22
Última alteração:17/10/2008 17:14:16



Nas tramas que me envolveste
Nos abraços da paixão,
Esperando meu cansaço
Vou vivendo uma ilusão
Sabendo que nosso amor
Já transborda em emoção.
Tudo o que quero na vida,
Nosso amor, a solução...

Mas nada do que se foi
Amanhã não posso ter
Depois de tanto sonhar,
Tanto amor para viver,
Eu encontro meu caminho
Nos teus braços me perder
Não quero mais solidão,
Em teu amor quero crer.

E vasculhando a gaveta
Onde deixei teu retrato,
Encontro tantas promessas
Tanto amor assim de fato
Se mostrando mais inteiro
Amor que é sempre insensato,
Vou mergulhar meu desejo
Nas águas do teu regato...
Publicado em: 10/09/2008 21:03:21
Última alteração:17/10/2008 14:46:36


Eu tive juventude? Nem pergunte...
Meu tempo se passou entre mentiras.
Por mais que o tempo passe inda guardo
Um coração cortado, feito em tiras...

Eu quero o teu carinho... Sim... Demais.
Além do que imaginas necessito
De ter uma esperança que renove
E torne o meu viver menos aflito.

Tuas rosas me tocam, seus aromas,
E são como uma espécie de promessa.
Não deixe que este sonho em si termine.
Vem logo ser feliz tem muita pressa.

Não pare nessas pedras do caminho,
Nem deixe que te assustem tantas urzes,
A sede de te ter é infinita
Meu mundo necessita dessas luzes...

Eu te amo, simplesmente, eu te amo tanto...
Além deste universo, além da morte.
Espero que me entendas e me aceites;
O sentimento em mim, batendo forte...
Publicado em: 12/09/2008 12:25:46
Última alteração:17/10/2008 15:00:46

Nessa diversidade a nossa maravilha.
Toda proximidade esboça certo espelho
Muitas vezes azul, outras, vermelho,
E nesta confusão, formamos nossa trilha...

Muito bom sonhar junto, os sonhos sendo vários.
Assim, nesta mistura, a vida faz sentido.
Mesmo no mesmo leito, o rumo é dividido.
Amor que já se anula é sempre temerário.

Importante é somar frações tão diferentes,
E, disso, transformar plenamente as vidas.
As dores são assim facilmente esquecidas.
Mas nunca devem ser vias incongruentes.

Há que haver liberdade e também respeitar
As diferenças. Disso é feito nosso amor,
Não sou espelho enfim. Porém por onde eu for
Eu te quero ao meu lado. O mesmo caminhar.

Cada qual com seu passo, e sempre solidários.
Para que não haja queda e, se houver, não nos lese.
Difícil carregar por isso nunca pese,
Difícil de sonhar os sonhos solitários.


Nesta soma que temos, felicidade.
Já que não invadimos espaços
Cada qual tendo a própria claridade
Estreitam-se sempre nossos laços,
Aprendemos viver com liberdade
E toda noite, juntos nos abraços
Que nos irmanam, fazem o futuro.
O chão, com nossa força, é menos duro...

As nossas diferenças sem segredo,
Enfrentam ilusões, desesperanças,
Esquecem, bem distante, nosso medo
Fortalecendo sempre as alianças
Que nunca deixarão que este degredo
Domine nossos dias e lembranças.
Nosso amor não transforma e modifica.
Na vida, esse somar nos edifica.

Eu não quero sugar todo o teu mel,
Apenas conviver com teu prazer.
Assim, como é difícil te esquecer,
No nosso sentimento um claro céu.

As nuvens que se chegam, logo espanto.
Vontade de fugir, bem cedo passa.
Não sou teu caçador nem sou a caça.
Nessa nossa harmonia, um belo canto...

Aliados diversos, mesma guerra...
Sem capitão, major ou general,
Na luta pela vida, tudo igual,
Planalto que não pede morro e serra.

Todo sonho em conjunto é mais possível
Também escuridão logo se aclara,
Sabemos o que somos, não se para
A caminhada, nada é impossível!

Mas se a dor se aproxima e nos maltrata,
Se a noite escureceu, a vida dói,
E nada nessa vida nos destrói
Tal firmeza do laço que nos ata!

Assim, com toda força e sem temor,
Vencendo tempestades sem degredo.
Nas nossas diferenças, o segredo,
A base que formou o nosso amor!
Publicado em: 14/09/2008 19:51:56
Última alteração:17/10/2008 13:30:08







A lua se atrasando se não vê
Meus olhos te buscando em densa bruma.
Não sei e não explico bem por que
Paixão igual a nossa eu vi nenhuma
Eu te amo e te amarei por toda a vida,
Paixão enorme, imensa, desmedida...

Estou apaixonado pela lua
Que branca, se deitou na minha cama,
Sem máscaras, fogosa e toda nua
Aos poucos toda a vida; vem, inflama...
Amar sem ter medidas nem fronteiras
Paixões tão delicadas, verdadeiras...

HLuna
Marcos Loures
Publicado em: 20/04/2007 17:05:26
Última alteração:06/11/2008 08:49:21


Quando me beijas....
Com toda essa paixão...
Á flor da pele....
Perco-me...
Procuro-me...
Reencontro-me no teu olhar..
Que me tranqüiliza....
Lançando-me novamente nesse mar...
Nessas ondas....
Nesse delírio que é amar-te...

Querida; no teu corpo, meu desejo
Se explode em sensações tão divinais.
Encontro em teu olhar tal relampejo,
Convite para amar uma vez mais...

A noite é nossa, amada, sem ter pejo,
Não quero te perder de mim, jamais.
Tu sabes quando, amor, aqui te vejo,
A vida num segundo se refaz...

Tu és o meu delírio, uma paixão.
Jardim em que plantei amor perfeito.
Contigo eu aprendi esta emoção

De ser além do mar, bem mais feliz.
Estou sempre contigo, satisfeito,
Mulher com quem sonhei, e sempre quis...

MARTA TEIXEIRA
Marcos Loures
Publicado em: 18/05/2007 17:15:36
Última alteração:06/11/2008 07:40:13



Neste verso que completa nossa vida
Todo o nosso amor na poesia contida
Tu és o sonho real que tanto sonhei
E no castelo de versos te faço meu rei
Com coroa de magia cristalina
Refletindo neste olhar de menina
Tu és meu verso de amor mais belo
E princesa sou do teu castelo...

Quem dera cavalgasse em meu corcel
No encontro da rainha em seu castelo.
Vagando qual cometa no teu céu,
No sonho mais bonito que revelo.

Por certo encontraria em seu dossel
Aquela por quem sofro e tanto velo.
A sorte descortina um belo véu,
Contigo meu destino, amor, eu selo.

E vejo teu sorriso cristalino,
Rainha de meus sonhos, soberana..
Retorno aos meus bons tempos de menino

E vivo novamente uma esperança.
Da vida que nos toma e tanto engana,
Quem sabe me darás última dança?

GIANA GUTERRES
Marcos Loures
Publicado em: 09/05/2007 12:08:38
Última alteração:06/11/2008 07:48:56



Encontro neste canto uma claridade
Talvez não mais o breu, no meu recanto felicidade
Pela janela, espero ansiosamente o amor
Regando com carinho a rosa, minha predileta flor
Talvez com o vento, um novo amor, amar de novo
Pras nossas vidas e corações recomeço e renovo
Renascer num novo amor os sonhos
Deixar de lado os olhos antes tristonhos
Adormecer em nossas noites vindouras tanto encanto
Magia e fantasia, proteger-te neste manto
Bordando de amor e paixão o nosso canto

Coração passarinho nesta rua
Vislumbra da janela a bela prenda,
Deitada em sua cama, quase nua,
Na transparência linda, seda e renda.
Quem dera passarinho fosse a lua
Que todo o seu segredo já desvenda...

Trazendo no seu bico uma flor rara,
Olhando apaixonado, tal cenário.
Com pés no teu beiral, ele se ampara,
E fica extasiado, esse canário...
Coração passarinho já dispara
E beija tua boca, temerário...

Assusta-se depressa com o beijo,
Na rosa ali caída, o meu desejo...

Gi Guterres
Marcos Loures
Publicado em: 24/04/2007 18:32:16
Última alteração:06/11/2008 08:42:07


APAIXONADO POR VOCÊ
Falar do sentimento
Que invade
Arde
Queima e me transtorna.
Entorna a sedução
Por onde andavas...

Na fonte dos desejos
Teus beijos
Rastros, enchentes
E violentos dilúvios
Embebidos em paixão.

Tu sempre foste
A guia.
A mão acalentadora
A promessa mais querida
O rumo desejado...

Amar é sentir o gosto
Suave da brisa
Em plena tempestade
Dos anseios...

Teus seios, a sede,
A rede e o segredo
Medos e vergonhas
Pudores, humores
Colocados à prova.

A boca
Os olhos,
O cheiro.
Narinas abertas
O cio...

Tudo convergindo
Para a nossa noite.
Ansiada
E desejada.

Falar deste amor...
De tudo o que pensamos
E queremos...
Apenas isso,
Carne e cerne,
Amor e romã.
Vida...
Nada mais...
Publicado em: 25/09/2008 19:31:12
Última alteração:02/10/2008 14:36:02


APAIXONADO POR VOCÊ
Meu amor reclama tanto
Nunca pára de falar,
Eu bem sei que não sou santo,
Pra que tanto reclamar?

Desde que casou comigo,
Eu agüento a ladainha,
Às vezes sei que não ligo
Deixo falando sozinha

Da minha mãe fala mal
Me chama de vagabundo
Sou pior que um animal,
Não descansa um só segundo.

Quando acordo já começa
Quando durmo nem termina,
É sempre a mesma conversa,
Será essa a minha sina?

E me chama de corisco
De diabo e Satanás,
Eu já tô ficando arisco,
Meu amor só peço paz.
Que os homens são uns diabos




não há mulher que o negue;
mesmo assim elas procuram
um diabo que as carregue.
A última trova é da região de Patos, Minas Gerais.
Publicado em: 26/09/2008 13:13:14


Minha sorte se traduz
Num momento em perfeição
Quando em forte e mansa luz
Entreguei meu coração.

Sedução que se faz tanta
Nos teus braços, minha amada,
A paixão que me acalanta
Ilumina a nossa estrada.
Publicado em: 30/09/2008 13:02:39
Última alteração:02/10/2008 14:51:53

APAIXONADO POR VOCÊ
Olhando o mesmo espelho que faz tempo
Expressa o que por vezes eu escondo
Num vai e vem sem nexo,
Somando em várias formas
Os demônios e senzalas
Que guardo nos recônditos.
Percebo em tantas e disformes
Imagens.
Um ponto de luminescência
Fulgurante.

Astigmático olhar a um primeiro momento
Não consegue discernir
A origem desta luz residual.
Usando meu coração como lupa
Percebo e traduzo finalmente
A razão de ser deste lampejo
Destoando, mas ao mesmo tempo
Num ar de extrema beleza,
Dando uma certeza
Até então
Totalmente desconhecida.

Fui feliz, uma vez na vida, eu fui feliz.
Publicado em: 01/10/2008 12:36:09
Última alteração:02/10/2008 13:49:23


Tua nudez exposta em minha cama,
Nossas roupas jogadas pelo chão.
Teu corpo pelo meu logo reclama
Atados pelos laços da paixão.
Envoltos nos desejos, noite inflama
E explode num momento de tesão.
Carícias mais audazes, jogo intenso,
Na cama, sexo, orgasmos, fogo, incenso...
Publicado em: 30/10/2008 16:00:09
Última alteração:02/11/2008 20:29:09


As Sombras que ao dormirmos se levantam
E dizem de outros dias mais felizes
Nos palcos que vivemos são atrizes
Ao mesmo tempo se agigantam
Mas logo, ao acordarmos, já se espantam.

Depois de tanto tempo adormecidas
As sombras nos perseguem na penumbra
A negra escuridão logo deslumbra
As sombras que pensamos escondidas
Às vezes pareciam já perdidas.

Porém a liberdade é relativa
Fagulhas destas sombras nos torturam
Nem luzes essas sombras não se curam
Queimam-nos, nos deixando em carne viva.

Sombra que sempre vai me acompanhando
Fazendo de minha alma seu compêndio,
Por vezes tempestade, pleno incêndio,
Por outras devagar, em fogo brando...
Publicado em: 03/11/2008 20:42:36



TANTOS AMARES SÃO TODOS LUGARES
SE NOS MEUS PRÓPRIOS MARES NAVEGAR
BUSCANDO NO MEU CANTO TANTO MAR
TANTO QUANTO, POSSÍVEL FOR AMARES.
TANTO QUANTO SERIAM TEUS LUARES
NOS TEUS MARES, MEUS SONHOS NAUFRAGAR
COMER TODAS AS FRUTAS, TEU POMAR
TANTO QUANTO IMPOSSÍVEL, O SONHARES.


COM PERDIDAS MANHÃS PARA HABITARES
NO MUNDO MÁGICO CABEM MEUS DIAS
VAGANDO LOUCO PROCURANDO PARES
QUE PRETENDAM VIVER AS FANTASIAS
DE TODOS OS MEUS CANTOS REVOARES,
VOU PROCURANDO ESPELHOS, FANTASIAS
ROLANDO NOITES, LOUCAS NESSES BARES
ONDE DERRAMAS PASSOS E POESIAS...
Publicado em: 16/11/2008 19:26:26
Última alteração:06/03/2009 18:55:43


Amor veio de longe
Um anjo lá do céu
Trazendo tanta luz
Aos pobres olhos meus...
Que buscam as estrelas
Esperam as estrelas
Dos doces olhos teus.

A vida vai passando
Sem nada mais dizer
Espero que tu venhas
Nos anjos, mas cadê?
Pressinto essa chegada
Chegada desta estrela
Chegada nesta estrela
Preciso te saber...

Escuto uma canção
Que fala de teu nome
Trazendo a mansa brisa
Quero ser teu homem...
E sinto que chegaste
De noite, nesta estrela.
Mas és a própria estrela
Teu brilho me consome...

Estrela que desejo
Que é anjo e me domina
Sempre que te vejo...
Sempre que te tenho
Sempre que me tomas
Nos braços, me alucina...
Estrela pequenina
Tu és a minha sina...
Publicado em: 05/12/2008 12:40:27
Última alteração:06/03/2009 16:00:48


Aspiro ao nosso amor, mesmo em penumbra
Osculo tua boca carmesim,
No sentimento nobre se vislumbra
Amor que tenho enorme dentro em mim.
Em teu corpo mistérios e segredos.
Tatuo tua pele com meus dedos...
Publicado em: 11/12/2008 19:27:49
Última alteração:06/03/2009 15:37:24


Um sonho benfazejo se oferece
A quem felicidade já predisse,
No amor que se mostrando altar, a prece
Pedindo que destino se cumprisse,
Uma alegria insana então se tece,
É como se este amor sempre existisse.
Amor que em alegria já se encerra,
Semeia uma esperança sobre a terra...
Publicado em: 07/01/2009 11:11:09
Última alteração:06/03/2009 12:04:43


APAIXONADO POR VOCÊ
Já não sobra nem mais tempo
Pra pensar em pescaria
Tanta coisa e contratempo
Que esse sonho só se adia
Namorar é passatempo
Bem melhor que poesia
Coração aberto ao vento
Toda noite fantasia
Não me sai do pensamento
A imagem que eu queria
Assaltando o sentimento
Vem senão a noite esfria
Seja só por um momento
Mas que seja todo dia,
Meu amor estou atento,
Já não faço o que eu fazia
No boteco amor, nem tento
Nem sequer na padaria,
Coração tomando assento
Já cansou de ventania
Vou sem pressa, vou bem lento
Troço bom sempre vicia,
Outra vez? Eu não agüento,
Vamos lá com calmaria,
Eu de novo? Mas nem tento,
Jiripoca é peixe e pia,
Não aceitou argumento?
Vou fazer de cortesia,
Minha gata, meu tormento
Toda noite a gente mia...
Publicado em: 15/01/2010 15:51:14
Última alteração:14/03/2010 21:00:06




Não digas que não me desejas
Que não vou acreditar
Depois de me chamar de tesãoooooo
Virar às costas e me deixar
Será difícil prá mim
Será bem triste o meu penar
Viverei como peregrina
Em outras camas a pousar
Por favor me dá uma resposta
Como faço prá te encontrar?


Eu te desejo tanto, jamais nego,
Eu quero estar contigo o mais depressa,
Não pense que isto seja só promessa
Vontade de te ter, amor; carrego.

Em cada verso teu, enfim navego,
Nesta vontade louca, tanto, à beça,
Vida não pregará jamais a peça
Pois sabes que em teus braços, eu me entrego...

Tu sabes onde estou, amada amante,
Adentro tua cama, teus lençóis
Aqueço estas manhãs, dourados sóis,

E vibro dentro em ti, esfuziante
Eu quero esta loucura de menina
Que toda noite vem e me alucina...

GELIS
Marcos Loures
Publicado em: 05/07/2007 21:44:58
Última alteração:05/11/2008 19:49:30



Troteando pelos pampas afora
Coração galopando ao teu encontro agora
Cada coxilha é um passo dado
Alcançando logo a serra, teu canto apaixonado
Mineiro vem logo pra esses pagos
Ansiosos por ti meus beijos e afagos
A água já aquece no fogo de chão
Já vou cevar de sonhos nosso chimarrão
Meu amor, estou aqui a te esperar
Coração gritando de tanto te amar.


Levo no coração minhas montanhas,
O jeito meio quieto, o peito aberto.
Trazendo para ti as minhas sanhas
Princesa, meu amor, em ti desperto,
Meu verso mais sincero, minhas manhas,
Chegar depois de tudo, aí bem perto.

Sentir o teu perfume e me deitar
Em teu colo sublime, guapa prenda,
À noite sem segredos no luar,
O fogo que nos toca que se acenda
E chame para a noite iluminar
Que o tempo desse amar, já se desvenda

Nos olhos delicados da menina
Que uma eterna alegria descortina..

Gi Guterres
Marcos Loures
Publicado em: 25/04/2007 13:58:21
Última alteração:06/11/2008 08:41:23


Sobre minha pele macia
Deslizas tuas mãos de poeta
Macias, ternas, sensuais
O que mais posso querer?
Do que mais preciso?

Deslizo minha mão sobre esta pele
Macia, bronzeada e tão gostosa.
A boca desejosa se compele
A mergulhar em loca maviosa.

Que o tempo agora pare, que congele
Sugando o doce aroma, gozo e rosa.
Cavalo desejando- amor quem sele
E suba em cavalgada caprichosa.

Vem logo que não posso mais conter
A fúria desejosa que me toma,
A fera que se entrega e que se doma

Passeia por teu corpo com prazer.
Indômito corcel não quer parar,
E tudo, novamente começar...

GELIS
Marcos Valério Mannarino Loures


Esse teu calor……….
Entrelaça-se, funde-se
Com o meu…
Que inflama cada canto escondido e esquecido…
Deste meu corpo…………
Que já desconheço….
Vida própria tem…
Controla espaços, define estratégias……….
Em gigante se transforma………….
Numa conquista, numa rendição...

Tomando todo o corpo de surpresa;
Suave maestria do desejo..
Na rendição completa já me vejo
Cativo deste altar, plena beleza.

Os lábios vão descendo a correnteza
Encontros tão fantásticos prevejo
Nas estratégias todas, nosso beijo
Começo, meio e fim; fonte e certeza

Deste inflamar insano que nos toma,
Fundindo mil vontades numa só.
Fazemos de dois um, incrível soma

Que multiplica em cem nosso prazer.
Atados por estreito e forte nó,
Numa explosão divina de viver...

Marta Teixeira
Marcos Loures
Publicado em: 03/04/2007 17:03:01
Última alteração:06/11/2008 10:00:13


Teus versos encontro com o brilho do luar
Quem me dera ver meu amor no teu olhar
Te ter comigo, as estrelas a contar
Cada estrela um beijo que vou te dar

Um sonho que ao teu lado hei de sonhar
Ter todos os meus dias e noites pra te amar
Vejo-te na lua, posso te encontrar
Sentir que em mim também estás a pensar
Espera-me que um dia hei de chegar
Beijos e abraços guardados a ti, te entregar
Meus sonhos e vida em teu coração morar


Meus olhos te buscando nas estrelas
Distantes em meu céu quase sem brilhos
Quem dera se também pudesse vê-las
Quem sabe tu virias nestes trilhos.

As nuvens tão teimosas, escondê-las
Somente momentâneos empecilhos
Um dia se eu pudesse merecê-las
Meus olhos não seriam andarilhos...

Eu quero que tu saibas deste sonho
Que um dia cultivei, ser mais feliz.
Amar-te plenamente, eu te proponho,

Meus beijos serão teus se tu quiseres,
Talvez neste meu céu, novo matiz,
Se na bela estrela, enfim, vieres...

Gi Guterres
Marcos Loures
Publicado em: 16/04/2007 17:45:34
Última alteração:06/11/2008 09:29:52



Moreno...
Fui beber teu veneno!
Mirar descuidada,
Teu olhar que enfeitiça...

Dancei!

Tenho agora,
O corpo em torpor...
No sangue que agita...
Uma paixão violenta!

E agora?
Vou a buscar-te?
Tens o antídoto?
Ou devo morrer?

Sei...
Gostaria somente...
De me desfazer...
No imenso prazer...
De amar, você!

Veneno que nos toma por inteiro
Numa ébria sensação de bom torpor.
O amor, agora vês, é feiticeiro
E toma nosso corpo sem pudor.
Eu quero ser teu par e companheiro,
Estar junto contigo, ao teu dispor...

Fazendo do prazer canção e sorte,
Bebendo da saliva, doce mel,
Saudade latejando, fino corte.
Deitando em tua cama, tiro o véu;
Aos poucos, cavalgando, mato a morte
E chego bem mais perto, amor, do céu...

Veneno que bebemos ao amarmos,
No cálice dos corpos, ao brindarmos..

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 01/05/2007 11:35:01
Última alteração:06/11/2008 08:15:29


Amada, como te quero
No gosto desta esperança
Que sempre traz alegria,
No suave murmurejo
Do rio da fantasia
E dos mares do desejo,
Que preciso, todo dia.
Te implorando por um beijo...

No calor de tua boca
Essa louca maravilha,
Que tanta sorte me deu
Que tanta sorte produz.
No mundo que sonho, meu,
É tua toda essa luz
Que, acabando com o breu,
Aos teus braços, me conduz...

Menina, doce morena,
Teu sabor, doce de leite,
No deleite da alegria,
Trem de ferro, capital,
Com jeito de interior,
No toque mais sensual.
No teu jeito sedutor,
Viajarei teu astral,
Chegarei no teu amor...

Encontrando meu caminho,
Cada toque mais profundo.
Devagar irei levando
O meu canto ao teu reinado,
Sempre, sempre desejando.
Amor que sei, adorado,
E cada vez mais, te amando,
Eu estou apaixonado!
Publicado em: 03/02/2007 20:01:54
Última alteração:28/10/2008 18:25:54







Tomada de paixão por ti,
Nada me censura...
Nem desejar beijar teu corpo,
Junto ao meu...
Nem a loucura,
Que se apossar de mim,
Ficar contigo, assim,
Em fantasia...
Nem gritar por ti...
Nem gemer de prazer...
Nem desnudar enfim...
Meu corpo...
Meus sonhos...
Meus desejos...
E deixar tudo exposto,
Frente ao teu olhar atônito,
Diante do amor,
Que me coloca assim,
Agitada, em convulsão...

Paixão alucinante me domina,
Sem medo de viver felicidade.
A boca tão sedenta da menina,
Vibrando na total saciedade...

Adentro meu desejo em tua mina,
Buscando teu carinho, quem há de
Ajudar na procura, minha sina,
Sabendo que de tudo, uma verdade

Maior que todo canto que fizer,
Maior que todo sonho que chegar
No corpo desejado da mulher

Que tanto procurei e não achava;
Agora em ti consigo deslumbrar
Beleza de vulcão, calor e lava...

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 08/04/2007 22:58:46
Última alteração:06/11/2008 09:58:37




Envolto em tão fantástica ilusão,
Persigo sem minuto de descanso
A sorte que nem sempre vem. Alcanço
Muitas vezes espaços na amplidão,

Porém o que desejo já me escapa
Sempre me deixa solitário e triste.
Quem luta, não se cansa e não desiste,
Nas curvas do caminho se derrapa

Mas não desiste nunca deste sonho!
Eu quero ser feliz e que se dane
Não deixo que a quimera sempre engane
Das lágrimas e risos me componho.

Não temo, resoluto, qualquer dano
O manto que me veste me traz Marte.
Amores posso achar em qualquer parte,
Mas eu quero esse amor mais leviano

Das brigas e das guerras sem ter tréguas,
Das camas desfrutadas com prazer,
Vontade de matar e de morrer.
Correr neste horizonte, longas léguas...

Trazendo em minha mão a dura adaga,
O gosto da vingança e do desejo.
Ao mesmo tempo mordo e peço beijo,
Ao mesmo tempo morde e já me afaga...

Nas mãos trazendo trágicos tentáculos,
Nas pernas maciez, a carne dura.
A lua que escurece a noite escura,
Tresloucando assim, todos os oráculos!

Quero teu desejo e meu delírio
Sutileza divina da dentada.
A voz que nunca sai, asfixiada,
A santificação neste martírio!

Paixão, voracidade que não teme.
Em meio a tempestade está feliz
Viver quase morrer só por um triz
Na dor e no prazer, a perna treme...

Inebriante cálice de vinho
Que sangra e que soprando traz a cura.
A mão que esbofeteia forte e dura
Depois em desespero quer carinho...

Não deixa nem sequer um sentimento
Que possa resistir ao furacão
Detona e reconstrói um coração,
Os restos espalhados pelo vento...

Explode no corcel e na pantera
No vôo e na boca que entrelaça
É sorte tanto quanto me desgraça
É morte e alimento da quimera!

Nossas roupas rasgadas pelo chão.
A loucura se espalha, perco o nexo,
A noite se rebenta em tanto sexo.
E depois disso tudo, a solidão!

Não quero ter amor que não maltrate.
Nem quero a mansidão desta amizade.
Amor se quer viver: cumplicidade,
Paixão no mesmo engate, desengate...

Agora que chegaste e que já fomos,
Vá-te embora não quero o teu amor!
Secamos toda fonte em todo ardor,
Da fruta que comemos cadê gomos?

Procure quem te queira, de verdade,
Não quero mais viver a noite fria.
A vida necessita fantasia.
Não restará sequer uma saudade!
Publicado em: 08/01/2008 20:41:49
Última alteração:22/10/2008 19:37:30


O quanto a vida em lágrimas tomou
Farsante e derrocado coração,
Marcando cada estrada que passou
Causando tão somente uma explosão.
Se agora mal percebo que inda sou
O resto deste imenso furacão
Não quero caminhar só e vazio
Sentindo em plena noite, imenso frio...
Publicado em: 02/01/2008 07:59:23
Última alteração:22/10/2008 19:25:21



Menina, me dê licença,
D”eu contar a minha história ,
Enquanto a cabeça pensa,
Vou falando de memória.
Nasci nas terras do Juca,
Lá pras bandas do Meião.
Saudade quando cutuca,
Maltrata meu coração.
Minha mãe foi benzedeira,
A melhor que havia lá,
Curava qualquer besteira,
Qualquer doença que há.
Com a fé de quem rezava,
Dia inteiro, se preciso,
Tanto mal ela curava,
E tá lá, no Paraíso.
Foi embora, a dor é tanta,
Mas, bonita sua cruz,
Morreu sexta feira santa,
Mesmo dia que Jesus.
Lá no Céu teve festança,
Movida a muito forró,
Teve prenda e teve dança.
Teve tudo o de melhor.
Meu pai, foi sertanejo,
Lavrador com muito orgulho,
Lutando com tanto pejo,
Viveu sem fazer barulho,
A morte também, destino,
Levou meu querido pai,
Deixando, tal desatino,
Que, da lembrança, não sai.
Fiquei sozinho na lida,
Sem mulher ou companheira,
Tudo que tenho na vida,
É a viola, estradeira.
Tenho o sol como meu guia,
A lua por namorada,
Vou cantando todo dia,
Canto só, sem ter parada.
Não quero cantar tristeza,
Nem tampouco solidão,
Vou cantando essa beleza,
A beleza do sertão.
A vida deu regalia
E tomou, sem perguntar,
Se era isso o que eu queria,
Mas não posso reclamar.
Foi Deus quem me deu o dom,
Dessa viola tocar,
Quando dela, tiro um som,
Canto sem pestanejar.
Não quero amar a ninguém,
Nem me prender a Maria,
Preciso de ter um bem,
Que a mim, não pertencia.
Pois somente assim, menina,
Não tendo amor que se implora,
Nem tendo vida que atina,
A minha viola chora...
Publicado em: 26/04/2008 08:58:24
Última alteração:21/10/2008 13:31:09


Não me venha falar de minha alma
Ela precisa de um corpo, o meu não vale...
Esquecido pela sorte dos pintores
Pelo mote dos cantores
Pelos perfumes, flores
Se fores
Não contes com a volta;
Quem quis ás, morre curinga!
Não vinga...
Respingos de vela e mãos talentosas
Até que poderiam dar um jeito...
Mas parto sem partilha
Sou ilha quase vulcânica
Expiro a cada momento,
Não quero falar dessa alma,
Até que não é das piores,
O complemento é que mata.
Matas e cascatas, casas, casamatas.
São metódicas e trágicas retóricas
São fúnebres!
Meus modos e meus medos, medonhos!
Caídos os dentes, o alho inda continua...
A falha da fala o falo falava mas calou-se...
Recipiente sem pente, serpente sem dente...
Peço desculpas se te incomodo
Não tenho modos
Sou assim.
Início sem fim,
Final de feira
Xepa!
Fragatas e fragrâncias: flagrante!
Vísporas e vésperas ; vespeiro!
Não tente temores nem humores,
Sou vão vou vão vivo vão morro vão
Vadio...
Vazio.
Misturo meus mares e meus mundos
Nada sobra,
Sombras e escombros,
Dou de ombros
E vou.
Não me assombro nem somo,
Nem sou.
Restei...
Alma toma juízo e procura um novo porto!
Estou apaixonado pela sereia
Mas e daí?
Não veio nem virá
Nem que seja poente
Nem de repente,
Nem estrelares
Nem aldeias
Minhas veias?
Minhas vias?
Ser feliz!
Publicado em: 24/04/2008 14:59:42
Última alteração:21/10/2008 13:25:10


Cansado de chorar a cada dia,
tristezas que me trazes a cansar-me.
Pedindo, por favor, quero o desarme,
antes que me desarme uma alegria.

Desamas se rechaças quem sempre ama,
embora não percebas, mas me cansa.
O sonho de viver já não se alcança,
nas dores que me causas, finda a chama.

Nas chamas que não deixas mais acesas,
amores se esfumaçam quando chamas
e dizes que, tristonha, ainda me amas.
Não creio nos amores em tristezas.

E tentas convencer que é mesmo assim,
Que a dor se cura em dor que a dor produz
assim como da luz se faz a luz.
Que todo meio sempre vem do fim.

Nas mágoas que magoas minhas mágoas,
Não curam minhas mágoas nem me deixam.
Os olhos embotados já se queixam,
de tanto que choraram , tantas águas...
Publicado em: 29/04/2008 15:51:48
Última alteração:21/10/2008 14:27:06




Se eu peco
Meus erros
São berros
Do corpo
Exaurido
Sem rumo
Perdido
Nos vãos
De teus braços.

Da faca
Seus gumes
Dos olhos
Dois lumes
Amores
Perfumes
Queixumes
Espinhos.

Girando
Em volta
Da lâmpada
Encontro
Meu rumo...
Publicado em: 14/05/2008 14:47:39
Última alteração:21/10/2008 18:30:30


Rolando em astros
Em sonhos castos
Olhares, rastros
Nos alabastros
Dos alvos anjos,
Quantos desejos
Amores, frágeis
Os dedos ágeis
Buscando a fonte
Que traga o riso
No paraíso
Que tanto eu quis.
Vertendo o gozo,
Maravilhoso
Que faz feliz
Quem ama e quer
Todo prazer
Que assim, vier...
Publicado em: 15/05/2008 14:24:56
Última alteração:21/10/2008 18:31:07





Hoje falo sobre tudo
Rio, brinco contigo...
Estendo-te as mãos...
Quero-as só para mim....
Abraçar-me pela cintura...
Apontar a Ursa Maior...
Ou apenas afagar-me...
virar-me para ti...
E beijar-me...
Sempre repleto...
de desejos e sonhos...............................


No afã de tantos mundos infinitos
Que encontro em cada verso que me fazes.
Amores suplantando velhos mitos,
Vencendo estas distâncias tão falazes.

Abraço-te e proponho contradanças
Olhando mil estrelas que refletem
Teus olhos, plenas rotas de esperanças
Repletos de vontades me prometem

Mar de tranqüilidade, riso franco.
Parceiros que se entregam sem limites.
Sangria que decerto nunca estanco
Permitindo assim que me acredites

Amante apaixonado em parceria
Que vê nos olhos teus, a poesia...

MARTA TEIXEIRA
MVML
Publicado em: 24/09/2007 17:48:09
Última alteração:04/11/2008 14:13:21

Contar não posso como tinha entrado
Em meu peito um sentimento assim.
Que em fúria destroçou cada pedaço
Tomando em terremoto tudo em mim.

Loucura, insensatez, qualquer palavra
Jamais trará completa tradução
Do que sinto por ti, querida amada,
Entrego-me aos desmandos da paixão

E canto em agonia tais benesses
Que faz sorrir em lágrimas de dor.
Angústia que alivia e me sacia,
Trazendo um vento intenso, abrasador.
Publicado em: 22/09/2007 10:58:39
Última alteração:28/10/2008 15:30:50



Meu sonho, em alegria, num momento,
Percebe quanto amor já me foi dado,
Vencendo com louvores, o tormento
Deixando o sofrimento congelado,
Amor vem me tomando o pensamento,
Voando nestes céus meu peito, alado,
Encontra a claridade feita em festa
No amor que me dourando a sorte gesta...
Publicado em: 26/10/2007 12:37:44
Última alteração:28/10/2008 13:17:28


Estou apaixonado pela lua
Que branca, se deitou na minha cama,
Sem máscaras, fogosa e toda nua
Aos poucos toda a vida; vem, inflama...
Amar sem ter medidas nem fronteiras
Paixões tão delicadas, verdadeiras...
Publicado em: 30/10/2007 16:42:29
Última alteração:28/10/2008 13:18:48



Minha alma enamorada já se encanta
Ao ver os olhos belos, quais navalhas
Que cortam e machucam; força tanta
Mudando num segundo tais batalhas,
Ao ver olhar divino se levanta
E busca a maravilha nas mortalhas
E mesmo já sabendo estar punida
Entrega-se sem medo, decidida...
Publicado em: 09/11/2007 22:47:07
Última alteração:28/10/2008 12:57:44




Andréia...


O mundo não me trouxe tais respostas,
Aguardo calmamente este desfecho.
Chicotes vão lanhando as minhas costas,
Na luz dos meus amores, nenhum fecho...

Quem dera minha sorte sem desleixo,
Quem dera meu destino, vida em postas,
O peso desta vida, não me queixo.
Queria só saber se tu me gostas!

Apostas que já fiz, perdi de vista.
Amor não é nenhuma panacéia...
Não creio em sentimento que resista

Aos ventos e tempestas da saudade...
A noite de meus sonhos, claridade
Encontra nos teus olhos, linda Andréia...


Ângela


Noite vem outra vez, me encontra só...
Os raios deste sol não me aqueceram.
A vida se refaz, retorno ao pó
A sorte e meus amores me esqueceram...

Destino tão cruel quanto o de Lot,
As rodas da fortuna se perderam.
Quem quis da vida festa e pão de ló
Já sabe que alvoradas não romperam.

No fundo se perdeu, sem despedida...
Saudade que já tive e não trarei.
A morte vem tecendo sua lei,

Desfeita a liberdade, morte em vida...
No peito o frio vago nega a vela,
Só Ângela, num anjo se revela...



ANA


ANA: cheia de graça.

Vinda da noite estrela que me guia,
Seu brilho transformando minha vida.
O canto desta noite, fantasia,
A lua não pretende despedida.

Nos olhos dos cometas, ventania,
Minha alma, em desalento, vai perdida.
Silêncio nos amantes, noite fria,
A noite vai morrendo, amanhecida...

Embora tão distante, dos meus braços,
O canto que se escuta, não disfarça.
Teu rosto nos espaços, finos traços...

Coretos alegrando plena praça,
Em gracioso desejo, branca garça.
Vai Ana, caminhando, plena graça!



ANGÉLICA


ANGÉLICA: pura como um anjo.

Celestiais delírios dum poeta!
Compostos de ilusão e de tormento.
A vida se perdendo em nova meta:
Caminho que me leve o pensamento.

No mundo tantas vezes fui asceta,
Distâncias percorri, amado vento.
Tentando ser teu arco, fui a seta.
Amor que me deflagra o sentimento!

Ah! Celestes desejos! Fantasias...
Nas telas que pintaste teus arranjos,
As cores boreais, as poesias...

Por quantas vezes alma levo bélica,
Mas os teus braços, mansos, calmos, anjos
Sossegam meus tormentos, minha Angélica!



ANITA com estrambote


A luz que te traria me enganou,
Não trouxe nem sequer um vago lume.
Saudade que senti, ressuscitou
Nas asas desse amor, um vaga-lume!

Carrego o muito pouco que sobrou,
A dor, o medo, a ponta de ciúme,
A dúvida feroz, ser o que sou?
Não posso perseguir o teu perfume,
(A rosa que deixaste, não brotou...)

Perdoe se não posso estar contigo,
Meu grito nunca mais te importará.
À noite, adormecido, não consigo,

Saber o quanto a dor traga infinita,
Estrela dos teus olhos brilhará
No que me restará de vida, Anita!



APARECIDA


No mel de tua boca, pleno gozo,
Nos ventos, meu orgulho de lutar.
Por vezes, meu caminho é andrajoso,
Distantes esperanças, céu e mar...

Vitórias sempre deixam orgulhoso
Quem sempre se perdeu por não amar.
Chama queimará pobre teimoso
Ao largo das estrelas, ao luar...

Travando mil batalhas contra a sorte,
Espero preservar a minha vida.
O coração boêmio teme a morte.

A juventude morre, má, fendida.
Amor que representa duro corte,
Renasce em teu olhar; Aparecida!










ARACI: a mãe do dia, a aurora.



Noite que me traria teu amor,
É noite engalanada maviosa.
Explode-se nas chamas, esplendor!
Perfuma meu desejo, linda rosa,

Vestido carmesim, cadê rubor?
Se entrega no festim, audaciosa,
Vulcânica, desmancha-se em calor,
Em meus braços, dilui-se, vaporosa!

Na noite dos desejos e carícias,
Imerso em teus delírios e delícias,
Prazeres que em loucura revesti.

É mar que, enluarado, me convida,
Orgástico, fecunda e se engravida,
Na aurora, mãe do dia, em Araci...




ARIADNE


ARIADNE: castíssima.

Magia encantadora conheci,
Nos frêmitos divinos, coração!
Por mundos tão fantásticos saí,
Procurando encontrar a solução

Do vazio que estava todo aqui,
Na quimera feroz, a solidão.
Anseio seus mistérios, me perdi,
À procura do afago, seu perdão!

És pura, teus caminhos sem deslizes,
Sem marcas, que enodassem teu passado.
Por mais que sempre foram infelizes,

Os dias que passast; mas, dulcíssima
Perdoa coração apaixonado.
Ariadne, mulher linda e castíssima!



Angelina


Angelina: Aquela que é como um anjo, pura

Num vestido de chita bem rodado
Caminha esta princesa e me domina.
No tempo que sofri, e foi passado,
Procurando, nas matas, rica mina.

Meu mundo parecia desgraçado,
A lua no meu céu já não domina.
Embalde vasculhei o povoado,
Queria te encontrar, bela menina!

Olhando para o chão, onde buscava,
Não pude discernir tua beleza.
A luz do sol já não iluminava,

Meu mundo resumia-se em tristeza.
Mas, quando mais eu me desesperava
Achei em Angelina, tal pureza!




Antonia


Antonia: Aquela que está na vanguarda, inestimável

Alvorada que busco, meu desejo..
Nos braços das estrelas, adormeço.
O canto que dedicas, não mereço,
O medo de morrer me enche de pejo!

Na palidez tristonha, nada vejo,
A vida me transmuda sem tropeço.
Espero fantasias, adereço,
Em meio a tempestades, peço um beijo!

Nos campos procurando uma açucena,
A cor maravilhosa da verbena
Encanta meus olhares, me alucino...

Por quantas noites, tive tanta insônia,
Amor é sentimento em desatino.
A minha salvação: amada Antonia!


Antonieta


Amor que recomeça e não termina,
Se faz destas terríveis emoções.
É fonte do desejo, minha mina,
Embalde procurando corações.

Escuto tua voz; é minha sina,
A vida vai passando aluviões...
Gorjeio da saudade me alucina,
As pálpebras verbênicas, paixões!

Os olhos baços, tristes te procuram,
Num átimo te encontram, mas cometa...
As dores que provocas não se curam.

A morte se aproxima, mas me engana...
Noutro momento, lúbrica espartana
Deitada em minha cama, Antonieta!



Arlete

Arlete: Penhor, garantia

Trago-te meu delírio e meu remendo...
Minha alma se esgotou sem teus pendores...
As ondas que navego, sem as cores,
São lumes que jamais, de novo, acendo...

Carinhos tão chagásicos vivendo,
Palpitam no meu sol, meus estertores...
Martírios deste mundo sem amores,
O corte do desejo repreendo!

Meu mundo não precisa fantasia,
Fanáticos momentos são inglórios...
A morte dos meus sonhos, sem velórios,

O canto da saudade é garantia.
Meu astro se desfaz, puro confete,
Renasce nos teus braços, Bela Arlete!





Astride


Astride: Rainha dos belgas

Tu vais tranquilamente pelas ruas,
Procuro tuas cores, belo outono...
Imagens de mulheres lindas, nuas
Meu mundo se resume em abandono!

As bocas que sonhei, deveras cruas,
Agora não freqüentam o meu sono.
Mulheres se passaram, foram luas.
De destino cruel, eu sou o dono!

Mas eis que minha sorte se revela,
Na curva desta estrada, se avizinha!
A luz que bruxuleia como vela,

Num segundo, em farol já se transforma.
Beleza sem igual, a noite forma,
Astride, neste outono, uma rainha!




Augusta


Augusta: Aquela que é majestosa

Pensei que conhecesse meus desejos...
Pensei apenas soube dos meus erros
Ao conhecer os campos dos desterros
Onde repousam, néscios, nossos beijos!

Procurei por entranhas e sentidos,
Os vales, cordilheiras, foram vãos.
Pensávamos amores como irmãos
No fundo, sentimentos corrompidos...

Agora que conheço meus defeitos,
Meus lábios te procuram como um sol...
Meus olhos devorando fartos peitos.

Na vida, esse delírio já me incrusta
Eu te amo! Te procuro, girassol,
Na tua majestade, amada Augusta!



Áurea


Áurea: Aquela que é dourada, de ouro

Olhos fitos buscando por um sol.
Encontro essa riqueza que deixei.
Em meio aos arquipélagos, atol,
Ilha aonde pensava ser o rei!

Minha boca ansiosa te beijei,
Num momento julgava-me farol.
Como é cruel, Meu Pai, a tua lei!
Agora vou sozinho, um catassol!

Dourados os caminhos que passara,
Inebriei-me, tonto, mas passou...
A jóia que dispunha; viva e rara

Depois desta tormenta, sobrou nada!
Vazio o coração agora vou,
Buscando te encontrar: Áurea dourada!




Núria


A vida, caminheira, não se cansa.
Traduz-se em divinais formas e brilho.
Trazendo no seu bojo uma esperança.
Depois de tanta dor, me maravilho

Com olhos que iluminam canto e dança.
Percebo-te num claro e belo trilho,
A luz desta esperança já te alcança.
Num lago, fino amor, de mãe e filho...

Quimeras e disfarces, falsos medos...
Os mágicos delírios de mulher.
No fundo, desvendando-se segredos.

Nos mares, nas montanhas cessas fúria,
Caminhos d’oceanos se quiser,
Teus versos sempre encantam, maga Núria!




Bárbara


Bárbara: Estrangeira

As cinzas apagadas, quero o fogo!
Nas chamas destes braços, meus confeitos
Eu peço, te repeço, tanto rogo!
Amores que plantei eram perfeitos...

Nas sendas dos meus sonhos, teu olhar...
No mundo que encontrei és um vulcão!
Por tantos universos vou te amar!
Explodes em delírios coração.

Na brasa que trouxeste meu desejo.
Quimeras esquecidas não as tenho...
Embora tantas vezes feche o cenho.

Na noite que rolamos verdadeira...
Sentidos e carícias relampejo.
Bárbara, meu amor, luz estrangeira!




Benedita


Nossa casa, resquícios dum passado
Cruel, difícil, livre, encantador!
Vivemos triste mundo amortalhado,
A vida já não tem nenhum valor!

Maldita esta saudade, vou de lado,
Espero por um dia redentor!
De colmo, nossa casa, seu telhado,
Porém era sincero, teu amor.

Num êxtase vivemos nossa história.
Idílico caminho sem volta
O tempo derramou a nossa glória.

A noite que nos viu, morrendo aflita,
Em loucos sentimentos, se revolta...
Saudades do teu brilho, Benedita!




Berenice


Berenice: Portadora da vitória, vencedora

Esmolei tantas vezes teu carinho!
Meus versos em total monotonia...
Um coração morrendo, pobrezinho,
Espera enfim, nascer de novo, um dia...

Meu velho paletó recende linho,
A chuva no meu peito, nunca estia...
No meu canto, assum preto fez o ninho,
Calada, adormecida, a poesia!

Cinzentas brumas, mares inconstantes,
Derrotado procuro por teu colo.
Um dia fomos lúdicos amantes,

O tempo tão cruel tudo desdisse...
Altos céus mergulhei, caí ao solo.
Tu és vitoriosa, Berenice!




Bernadete


Bernadete: Aquela que tem a força de um urso

A nossa casa, amor, já não existe...
Procuro meus quintais, não mais os vejo.
Meu bem, a vida queda-se tão triste!
A morte vem chegando, em seu cortejo!

Um frágil coração jamais resiste
À ausência dolorosa do teu beijo!
Sou pássaro faminto, sem alpiste,
Sou tarde que perdeu seu azulejo!

Vivendo de ilusões cadê a casa
Onde fomos felizes? Sem jardim,
Mergulho esse infinito, sem ter asa.

Meu mundo se perdendo, sem confete...
É quarta feira, cinzas, mesmo assim,
Teu nome irei gritando: Bernadete!



Bernarda


Eu ando a mendigar pelas estradas
Buscando por amparo e nada vem...
Ninguém a me sorrir, noites geladas,
Anseio por carinhos, mas ninguém!

As rosas se morreram desfolhadas,
Os cálices de vinho, quero alguém!
As ondas se passaram naufragadas
Distantes dos meus sonhos. Perco o trem...

Não tenho mais saída, sou revés.
Rastejo pelo mundo, quebro os pés.
A morte, redentora, não se tarda!

Uma esperança frágil inda resta,
Quem sabe voltarei de novo à festa
Da vida, nas mãos santas de Bernarda!




Berta


Berta: Brilhante, gloriosa

No fundo do oceano revoltoso,
Serpentes, calabares tão terríveis
Abismo tão profundo, tenebroso.
Gigantes monstruosos, invencíveis!

Tanto brilho estrelar, misterioso,
Dos peixes abissais, seres incríveis!
Caminham quais cometas! Glorioso
Mar de fantasmagóricos desníveis...

Céus de estrelas diversas, tão gigantes...
Nas luzes de cometas e quasares,
Universos de cores radiantes!

Amor, no sentimento delirante,
Amantes se iluminam nos luares...
E Berta, gloriosa e tão brilhante...


Betânia


Betania: Simplicidade, humildade

Trago as sombras antigas de quimeras,
Caminhando por pedras entre urzes...
As fontes desejadas, as esperas,
Já se despedaçaram, velhas cruzes...

Derradeiros prazeres, mortas eras,
Invernaram-se inteiros, negam luzes...
Soledades, tristezas, vis crateras;
Em guerra corações, setas, obuses...

Distante do castelo das perfídias,
Uma bela mulher adormecida...
Em volta da tapera, mil orquídeas.

Toda simplicidade da beleza...
És última esperança desta vida,
Betânia, teu amor, uma riqueza!




Bianca


Noite clara de amor, imensidão!
Nos céus e nas montanhas tanta alvura...
Nas palavras, no vento, mansidão..
Um sendeiro fantástico de ternura.

Marinhos caracóis trazem paixão
As ondas se rebentam com brandura...
Espumas, calmaria... Na amplidão
A lua se deslinda em paz, brancura...

Uma nova sereia traz o mar.
Os cavalos marinhos, os corais,
As águas transparentes, o luar...

Estrelas desfilando; noite branca...
Amor que revelou-se mostra a paz,
Nos olhos radiantes de Bianca!





Brígida


Na derradeira noite deste amor
Que nos trouxe tristeza e alegria
A vida se mostrou ao teu dispor,
Em plenas convulsões da fantasia

Dançávamos felizes sem temor
Das horas de torpor, melancolia...
Esquecemos que toda bela flor
Por certo murchará, num triste dia!

Dores antigas matam sentimento.
Nada mais restará senão adeus...
Palavra sem sentido, leva o vento.

Minha alma não se cansa de lembrar
O beijo que trocamos, sonhos meus,
Ah! Brígida! No amor, foste ao luar!




Brigite


Brigite: Aquela que guia

Tateando, procurei por teu carinho
Como se fora náufrago sedento.
Por tanto tempo, pálido, sozinho,
Clamando por teu nome, livre vento...

Aos poucos, sem te ter, tanto definho,
Pois não me sais jamais do pensamento!
Sou pássaro tristonho sem ter ninho,
A chaga terebrante pede ungüento!

Angústias acompanham meu desejo.
Quem me dera beijar salgada pele...
Caminhar por estradas de azulejo,

De ladrilhos dourados, tua trilha...
É beleza sem par que me compele
Brigite, teu caminho, maravilha!




Bruna

Bruna: Escura, parda

O sol se transformando em espetáculos!
As praias, belos mares e sereias
Amor se diluindo, seus tentáculos,
Invadem litoral, quentes areias...

Morenas desfilando. Nos oráculos,
A febre dos amores me incendeias...
Nos altares divinos, tabernáculos,
Nas praias os desejos entram veias...

Caminhos de corais, longas jornadas,
As ilhas tão distantes, minha escuna..
Belas sereias, nuas, encantadas...

Elfos e silfos, vento manso, sonho...
Num marulho suave, um barco ponho...
Meu barco, meu amor, morena Bruna...




Cacilda

Cacilda: Lança de combate

Não temo esses combates nem as lutas.
Cerrando os tristes olhos, te encontrei.
As noites sem carinho são mais brutas,
Nos campos de batalha fui o rei!

Agora que, distante, tudo enlutas
Agora que, perdido, não te achei;
Escondo-me, procuro escuras grutas,
Feridas que me causas, não curei.

Flamejas nas mortalhas que me deste,
Penetras corações com tuas setas...
A vida passa a ser um simples teste.

Desfolhas, nos teus beijos, toda flor!
Qual Eros, suas flechas prediletas,
Cacilda, tua meta é meu amor.



Camila

Camila: Aquela que nasceu livre

Liberdade! Meu canto te procura
Nas penumbras longínquas, siderais...
A noite terminou bem mais escura,
Espreita negras nuvens colossais.

A dor de amar demais jamais se cura.
Crepúsculos tristonhos, abismais...
Bebendo desta mágoa, sem brandura,
A vida emoldurando catedrais!

Nos dourados veludos, no cetim
A maciez da pele, veleidade...
Encantamentos, lábio carmesim...

O mel que tua boca já destila,
O canto deste amor à liberdade:
Só encontrei no teu cantar, Camila!



Cândida


Cândida: Aquela que é alva, pura

Folhas secas, tristonhas, sobre o chão...
Silenciosas tardes, vento frio.
Meu pranto de ansiedade, coração,
Esperando, seguindo tão vazio...

Tanto tempo perdido, vou em vão...
A chuva me impedindo o claro estio,
Em busca simplesmente do perdão.
Deste nada, total nada, sombrio...

Mas, de repente, brilhos no horizonte...
A Terra se cobrindo de esplendor.
As águas renascendo velha fonte.

A luz iluminando noite escura.
De novo conhecer o que é amor!
Olhos desta mulher, Cândida, pura...




Carina


Carina: Aquela que tem graça, delicadeza

Tuas mãos delicadas, tão sensíveis.
Promessas de carinhos e de paz...
Teus passos pelas ruas, inaudíveis,
Flutuas, com certeza! Sou capaz

De naufragar meus sonhos impossíveis
Nos mares que me trazes. Tanto faz
Se, nas estradas loucas, invisíveis
Preciso for voar, serei audaz!

Teus dias se transcorrem graciosos,
A vida sem teu beijo, desatina...
Os dias se tornando belicosos

Se não estás comigo, cristalina!
Meus olhos te procuram, ansiosos,
Onde está delicado amor? Carina...




Carla


Desejados carinhos desta lua...
Infinitos os raios que me dás,
À noite, a esperança que flutua
Me traz a verdadeira e mansa paz..

A visagem serena, bela, nua,
Desta mulher fantástica, voraz,
Que navega meu mar, numa charrua...
Na visão mais dileta, mais audaz...

Um escultor, ao vê-la, disse: parla!
Meu canto de louvor a ti dedico.
As palavras, não gasto numa charla.

Meu rimar, ao sonhar-te, sempre rico.
Amor igual ao meu, somente explico
No brilho dos teus olhos, bela Carla!





Carmem

Carmem: Poema, versos, poesia

Quem dera ser poeta e te dizer
Das nuvens e das chuvas que não trazes
Da noite que te encontra meu prazer.
Da vida que te trouxe tantos ases.

Das asas que carregas, sem saber.
Tua vinda renasce em mim, as frases
Vindas do coração. Tento ler
No livro de esperanças, luas, fases...

Quem dera em mansos versos proclamar
Beleza que encontrei no teu olhar.
Quem dera conhecer a fantasia

Que encharca tua noite de luar.
Que traz toda a pureza deste dia,
Quando encontrei-te, Carmem, poesia...




Carmo


Carmo: Religiosa

Altares dos amores que sonhei
Nossas manhãs, cetim e veludo.
Amor que sempre, louco, procurei
Tuas mãos são promessas. Não me iludo.

Teus palácios, castelos, tua lei.
No templo do talvez e do contudo,
No teu mundo de sonhos, mergulhei.
Retorno do teu reino, quieto, mudo...

Amar perdidamente, minha sina...
Os versos de ansiedade e de tortura...
A noite simplesmente me alucina.

Nas torres, teu castelo, tanta altura,
Meus olhos se turvando em tal neblina.
Meu amor te encontrou, Carmo, tão pura...




Carol


A vida amanhecendo ensolarada.
Andorinhas, pardais, cantam bom dia,
Nas árvores louvando. A passarada,
Plena satisfação na cantoria!

Um manto de esplendor, de fantasia,
Se espalha na manhã, linda, orvalhada!
O mundo inteiro vive essa alegria,
Todos, menos minha alma apaixonada!

Uma nuvem tristonha perde o sol,
Embora tanta vida se deslinde.
A natureza, bela neste brinde,

Esquece deste pobre girassol.
Antes que esta manhã, linda, se finde;
Espero por teu beijo enfim, Carol!




Carolina

Nos campos verdejantes, belas flores...
Perfumes de diversas qualidades.
Abelhas, passarinhos, tantas cores.
Batendo um coração, tristes saudades...

Nos céus as alvoradas são favores
Divinos. Nestes campos, nas cidades,
Procuro pelos rastros dos amores;
Embalde, nunca vejo claridade!

A vida sem te ter, já se amofina,
O mundo não permite um triste canto.
A noite, no meu peito descortina,

Ofusca essa beleza, nega encanto.
Meus dias procurando Carolina,
Nas águas deste rio, todo o pranto!

Carolina: Fazendeira



Cassandra


És minha companheira mais fiel!
Toda dor que esta vida sempre dá
Momento tão difícil, mais cruel,
Na lua que jamais retornará,

És a certeza plena que há um céu!
Amiga, onde estiveres, estou lá,
És todo o meu sustento, meu farnel!
Meu sonho, nunca mais, se findará!

Por vezes me encontraste abandonado,
Sozinho, sem promessas de esperança.
A vida parecendo um peso, um fardo...

Rastejo minhas dores, salamandra,
Teus braços me levantam, na aliança
Eterna deste amor, minha Cassandra!

Cassandra: Auxiliar do homem



Cássia


Minerva, num delírio sedutor,
Ao ver esta mulher que caminhava.
Momento de raríssimo esplendor,
Um pássaro a voar, manso, cantava

Os hinos mais perfeitos ao amor.
Aurora deslumbrante demonstrava
Belezas e perfumes, rara flor...
Vulcânicos fulgores formam lava.

Minerva, se encantado, prontamente,
Mandou iluminar os teus caminhos...
Levando seus talentos para a mente

Desta mulher. Das flores, fez acácia
Beleza feita em cachos de carinhos...
Ao mundo, então, brindou contigo, Cássia!
Cássia: Distinta, sábia




Cassiana


É certo que pequei, eu não discuto.
Errei ao perseguir teus mansos passos.
Tantas vezes, perdido, fui tão bruto.
Outras tantas, busquei-te, vãos abraços...

Ao longe, transtornado, então me enluto;
Por ter, assim, entrado em teus espaços;
Tens razão: destruir um podre fruto,
Rebentará, decerto, falsos laços.

Mas peço, por favor, por caridade,
Não deixes este sonho se acabar!
Em vão, já procurei pela verdade,

A luta se mostrou leda, temprana...
A noite, meu amor, trouxe o luar,
Te espero, minha amada Cassiana!

Cassiana: Justiça




Catarina


Mocidade vibrante, me estonteia...
Audácias e desejos são constantes.
Nas luas e nas ruas tece teia,
Viaja por planetas mais distantes.

A noite, nas delícias, incendeia,
Os raios do luar, simples amantes...
Nos cantos e motéis, noturna ceia,
Os corpos se entrelaçam, delirantes.

Mocidade... Faz tempo que não vejo...
Meus carinhos dormitam na incerteza,
O peito, démodé qual realejo,

Na visão de teu corpo se alucina...
És manto de pureza e de beleza.
Por que tu demoraste, Catarina?





Cátia


Sim, decididamente não me queres!
Os teus olhos trazendo esta verdade.
Tantas vezes carrego meus halteres
Tentando convencer-te. Vaidade

E suplícios. Em vão! Sei que preferes
Palavras envolventes, claridade,
Os lumes estrelares. Caracteres
Mais concisos, assim, restou saudade!

Que poderei fazer? Não faço verso!
Meu mundo se resume: academia!
Nos músculos está meu universo!

Cátia, estarei buscando um claro dia,
Torrente caudalosa e tão completa,
Que me faça acordar, livre, poeta!


Cecilia com estrambote

Não podes ver o brilho deste sol,
A tarde emoldurada, várias cores.
O lume não te serve de farol,
Nem beleza incerta destas flores!

Porém, toda a candura dos olores,
A forma delicada, o girassol,
Ternura que carregas, teus pendores!
No canto mais feliz do rouxinol
(Delícia de saber tantos amores!)

Por certo teus sorrisos em malícias
Demonstram feminino ar, armadilha...
Carinhos e desejos, nas carícias,

No olor e maciez da bela tília.
A vida se transborda nas delícias
Dos olhos deste amor. Minha Cecília!

Cecilia: Ausência de visão, cega





Célia


Amar como eu te amei, a vida inteira...
Sem medo e sem vontade d’um adeus.
Em cada noite, a lua mensageira
Trazendo claridade nos meus breus.

A tarde das angústias, derradeira,
No amor, meu sacrifício, louva-deus!
Não canto despedida, faço esteira
Dos raios, dos luares, louvo a Deus...

Embora já temi o meu destino,
A morte não trará essa incerteza.
A vida noutra vida outra beleza!

Eterno coração, velho menino...
Amor igual ao nosso, mansa fera,
Só Célia me traria, tão sincera!


Celia: Aquela que é sincera e verdadeira



Celina


Nasceste na nascente do universo,
Olhar primaveril tão envolvente!
Te canto mergulhado no meu verso,
Procuro teu olhar em toda a gente.

Meu mundo sem teu canto é tão disperso,
Em tristes melodias, de repente,
Transborda neste mundo. Sou reverso,
Avesso, sem te amar perdidamente!

Nos céus donde vieste, na alvorada,
Promessas benfazejas de fortuna!
A noite em tempestades, mais soturna,

Espreita, de tocaia, me alucina!
Eu canto esta canção desesperada,
Na espera de te amar, linda Celina!

Celina: Filha do céu




Christiane


Num templo abandonado no deserto,
Encontro tua imagem, cristalina.
Dos sonhos que já tive, estive perto,
Imagem tão risonha, me alucina!

Não sabia: sonhava ou mais desperto,
À sombra do retrato, minha sina!
Amor, o sentimento que eu oferto,
Àquela cuja imagem determina.

Um sonho? Vão delírio de um poeta?
Não posso precisar, falta certeza.
Qual força me enlouquece e arquiteta

O rosto desta bela criatura?
Em pleno afresco fosco, esta beleza,
A amada Christiane brilha, pura!


Christiane: Seguidora de Cristo




Cibele


Acima do que posso imaginar,
Repousa tão fantástica beleza!
O Olimpo, certamente faz brilhar,
Com lume e com potência de princesa.

Dos seus braços, nasceram terra e mar
Seu seio amamentou a realeza!
À noite resplandece no luar,
A vida fez nascer, sua grandeza.

O mundo, seus pecados e delícias,
Etéreos passageiros, sombra e luz.
O campo das estrelas, as malícias.

As ninfas, seu carinho e sua pele.
Nas Plêiades, desejo seu transluz,
Consorte, lhe encontrei, minha Cibele!



Cibele: Mãe de todos os deuses


Cinira



No país dos meus sonhos mais sensíveis,
Um canto merencório me alucina.
Cantado por sopranos invisíveis,
A música me invade, cristalina!

Acordes dissonantes, tão incríveis,
A noite dos idílios descortina.
Trazendo tais tristezas incabíveis.
A lágrima maltrata e me domina!

Um som maravilhoso, mas tristonho,
Qual fosse maldição que se cumprira.
Meu mundo se refaz, procuro o sonho,

Envolto está no canto que delira...
Nos barcos deste sonho então me ponho.
Nesta harpa delirante de Cinira!


Cinira: Harpa de som triste


Cíntia


Nas luzes tão serenas, minha amada,
Nos montes, nas florestas e nas matas.
Por entre cachoeiras e cascatas;
A vida se transcorre iluminada!

A sorte que me deste, minha fada,
Nas horas mais difíceis, me desatas.
Os cardos mais cruéis, tu não maltratas,
A seta que carregas, perfumada!

Os meus desejos são tuas vontades...
Dominas meus anseios com vigor.
Nas lutas pela vida, claridades,

És poderosa chama, sou fumaça;
Na vida sempre fui um caçador,
Mas, em teus braços, Cíntia, sou a caça!

Cíntia: Um dos nomes da deusa Diana ou Ártemis



Clara


Os ventos e as nuvens, tempestade!
A noite se nublou, escureceu...
Na vida procurando claridade,
O mundo que sonhava, já morreu.

Tantas vezes vivendo ansiedade,
Mal posso definir, em pleno breu,
Àquela a quem amava de verdade.
A noite em minha vida, já choveu!

Minha alma em plenitude procelária,
Espera ansiosamente por um lume.
A morte, que antes fora imaginária,

Num átimo ressurge, já se aclara.
Minha esperança, frágil vaga-lume,
Repousa em teu desejo, ilustre Clara!


Clara: Brilhante, ilustre


Clarisse com estrambote


Trazes todas estrelas que quiseres,
Os céus só são brilhantes porque existes.
Em todos os amores que me deres,
Meus versos deixarão de serem tristes!

Tu és rainha e deusa, bela Ceres
Mas, verdadeiramente, não são chistes,
Eu encontrei em ti, tantas mulheres.
Apaixonadamente, lanças, ristes
(És banquete completo, mil talheres...)

Trago, nas entranhas, tantas dores...
Dum tempo que morri e ressuscito.
Vida se diluindo em estertores.

Vieste como luz, que enfim eu visse,
Trazendo as esperanças, vivo grito,
Da vida renascer em ti, Clarisse!




Clarisse: Brilhante, ilustre


Claudia


Cordilheiras andinas, os condores
Trazendo liberdade em suas asas...
Desfraldam-se dezenas de pendores
Abertos encimando tantas casas.

Seus vôos, maviosos, redentores!
Embaixo, as dores lembram outras Gazas,
Triste povo, sofrendo suas dores,
As chamas da miséria, vivas brasas...

Cordilheiras andinas, liberdade!
Os altos das montanhas são nevados.
O frio que maltrata também arde,

Assim como meus olhos congelados
Na espreita deste amor que nunca vem...
Condores, liberdade, Cláudia, bem...



Clementina


Perdoe se não faço-te feliz.
Os erros do passado no presente...
A lua se revolta e me desdiz.
Quem ama, de verdade, tudo sente.

O sol do nosso caso está poente.
A vida vai passando, por um triz;
Amar é necessário e tão urgente!
Jardim que não floresce flor de lis.

Perdoe meu amor que é inconstante,
Te peço tão somente a paciência.
Quero viver cada feliz instante,

Profusamente! A vida me alucina,
Te imploro tão somente por clemência,
Terás felicidade, Clementina!

Clementina: Aquela que possui bondade e clemência



Cleonice


Amar é meu tormento mais constante,
Os versos que te faço, meu empenho...
Palpita um sentimento delirante,
Sem forças, vou tentando e me contenho!

Amor que me transforma num gigante,
É mais do que consigo e do que tenho.
No canto que te faço, minha amante,
Eu tento transformar teu duro cenho.

Fogueira que me abrasa, forte chama.
Meu amor desenhando sua trama,
Não diga, por favor, não é tolice.

A dor que me exaltando, me levanta,
Também é semente para a planta.
Assim como p’ra vida, Cleonice!



Conceição


Mina aurífera, fonte cristalina
Etéreo sentimento penetrando...
Cobrindo meus delírios na cortina
Alvirubram desejos misturando!

Cores, formas, anseios e a menina
Diáfana, redentora... Completando
Este cenário audaz, lua divina!
Meus humores, prazeres até quando?

Os céus se multiplicam em primores,
As hordas de falenas que desfilam,
Em busca do teu lume; nos odores

Perfumantes que exalas, na paixão!
Nossos desejos, carinhos já destilam,
Na música que emanas, Conceição!


Cremilda


Brados descomunais, noite pujante.
No ganido longínquo, sofrimento...
Disforme sentimento dum gigante,
A vida se refaz cada momento.

Melancolia chega, estonteante,
O vento se resume: açoidamento.
Na lápide dos sonhos, minha amante.
A dor em mim procura alojamento...

Soberba e soberana, lua atroz...
Não sabes nem sequer minha existência!
Um brado delirante, tão feroz;

Percorre por espaços siderais...
Quem sabe, enfim, terás santa clemência
Cremilda, ouvindo o brado e os meus ais!



Creuza


Amor marmorizado na lembrança,
Em todo seu primor, se destruiu...
No pedestal erguido pela esperança
O meu peito artesão; o amor buril...

Teu corpo contornado de pujança,
Alumbrando meu sonho mais viril.
Eterno reviver desta aliança,
Do amor mais vigoroso e dor sutil...

No páramo tristonho, solitário,
As mãos tão delicadas, maltratei...
Desejo se tornou totalitário,

Ferindo ferozmente a minha deusa...
Assim quem, tolamente, achou-se rei,
Em prantos vem pedir: te espero, Creuza!






Cristina


Das noites sepulcrais, revivo, pasmo;
Grilhões que me maltratam, são quimeras...
Vivendo num caótico marasmo,
Não quis a parcimônia com que esmeras

Os casos teus de amor. Entusiasmo
Contido, sentimentos sem panteras
Nem garras, sem dentadas nem sarcasmo.
Amor que não promete loucas feras!

Distante de teus olhos, alma exora...
Presume teu perdão, com galhardia.
Preciso refazer meu mundo agora,

A dor desta saudade me alucina!
Não deixe-se acabar a fantasia,
Rebenta tais grilhões d’amor Cristina!




Custódia


Biparti meus desejos, hoje choro...
Amores não permitem tais propostas.
De lágrimas ferozes me decoro,
Os lanhos deste açoite fazem postas.

Perdão, filha do sonho, eu já te imploro!
Aguardo ansiosamente essas respostas.
Truão, vero canalha, mas te adoro!
Punhais que aprofundei nas tuas costas!

Falar de traição é tão difícil!
É como disparar um torpe míssil
Matando todo amor que sempre deste.

Quem dera não houvesse essa rapsódia!
A dor nunca seria minha veste.
Imploro teu perdão; volta Custódia!






Daisy


Amor se prometendo mais sincero,
Em busca de teus olhos, vago o dia...
Por vezes te encontrei, sentido fero,
Nas outras me embalava a fantasia...

Sozinho, por teus lumes sempre espero
Na brusca indecisão sem valentia.
Amor, simples palavra que venero,
Embalde te esperei com galhardia...

Agora, com meu tempo se esvaindo,
A tarde se mostrando mais feroz.
No dia que renasce, claro, lindo;

Escuto teu cismar pela montanha.
Remoendo-me inteiro, vem veloz,
Explodindo-se em Daisy, força estranha!


Daisy: Olho do dia


Dalila


No colar perolado do meu sonho,
Encontrei tal sereia em devaneios...
Pensei que novamente mal medronho
Viria destruir belos anseios...

Entretanto, ao sentir-me mais risonho,
Carinhos mergulhei, teus belos seios...
Cansado do viver tão enfadonho,
Penetro por teus mares, rios, veios...

Relances imprecisos, meu passado,
Um beijo tão sutil, amor destila.
Reflete-se em teus olhos verde prado,

Como a me convidar a ser feliz.
Floresce neste campo a flor de lis;
Maviosa, com delícias de Dalila!






Daniela


Felicidade, sonho que naufraga
Nas ondas deste mar imaginário.
A vida se devora qual a draga
Que me transformará, pobre cenário...

Fragata sem destino, busca plaga
Onde ancorar. Encontra meu aquário,
Roto, qual fora, simplesmente, praga...
Felicidade, sonho solitário!

Em meio a devaneios, aquarela
De cores infindáveis, rutilantes...
Na busca dos prazeres inconstantes,

Um sorriso emoldura toda a tela.
Nascendo dos meus medos, triunfante,
Espelha uma esperança, Daniela!




Darlene


Minhas cismas vagueiam, vão a esmo...
Confusas tempestades doidivanas...
Amor que se pretende ser o mesmo,
Não pode se esconder destas ciganas...

A sorte está lançada não quaresmo,
Nem tento descobrir as espartanas
Vontades. Tantas vezes me ensimesmo
Calado, minha ermida... Não me enganas!

Os olhos embuçados negam céu...
Explodem meus amores, tantas cismas...
Não quero que ninguém, louco, me apene...

Vênus adormecida em meu dossel...
A vida se explodindo em aneurismas,
Esperanças? Encontro em ti, Darlene...





Débora


Mulher que me entolece com olhares
Sutis e penetrantes qual um raio...
Em meio a cataclismos estelares,
Deponho meus desejos. Tonto, caio...

Levando meus anseios, corcel baio,
Desesperadamente, lejos mares...
Ausculto teus cantares nos altares
Ofusca-me este lume, então desmaio...

Mulher que me entristece se não vejo!
Emblemático manto do futuro.
No canto que decifro, meu desejo.

Uma abelha rainha , sou zangão,
Esperando esta morte, com apuro,
Débora, me devora o coração!





Denise

Lua nova, nos claustros e nos mares...
Meu sonho peregrino te procura.
Flamejas entre breus, trevas, olhares;
És guia, fosforesces noite escura...

Qual deusa rediviva nos altares,
Transcreves, nos caminhos, toda alvura
Encontrada somente nos luares...
Sombreias qualquer uma criatura!

Lua nova, comparsa dos meus planos!
Companheira de todos os enganos
E promessas que nunca cumprirei!

Aceitas, sem pensar, qualquer deslize
Pois sabes, teus desejos são a lei.
Lua nova, me traga, enfim, Denise!






Desirreé


Em flocos invernais, meu sentimento...
Desmorona-se a cada tempestade...
O medo que comporta o frio vento,
Amaro gosto, sangra a saudade...

As falhas pressupõem longo tormento.
Meu arrependimento, veio tarde.
Inverno derramando violento,
A morte se mostrando, na inverdade...

Nos pinheirais flocados pela neve;
A sombra estonteante, porém breve,
Me traz as esperanças de viver!

É fronde que promete-se tenaz;
Desejo bem mais forte, renascer,
Desirrée, desejada, traz a paz...

Desirreé: Desejada



Diana


Tantas vezes reveses e derrotas...
Pássaros que chilreiam meus lamentos;
Nas gaiolas, os pávidos tormentos...
Torturas, sofrimentos: plenas cotas!

Constantes meus martírios não derrotas.
Em plena insensatez, tais sentimentos
Revigoram-se, fortes como o vento.
Perdidos passarinhos caçam rotas...

Liberdade, refém de vil pantera
(saudade). Temerária noite engana.
Ataca a formidável, rara fera,

Nas mãos somente, versos, sou poeta...
Uma deusa surgindo mira a seta,
Me libertando. Salva-me Diana!




Dinah:


Ao trazeres teus louros da vitória,
Nevrálgicos sentidos me revelas.
Na vida sempre foste meritória
De todas as belezas destas telas

Que pintam artesãos à tua glória!
As flores me negaste, mais singelas.
Teus planos invadiram minha história,
Faróis que sempre ofuscam pobres velas...

Liberdade resulta em tanto pejo.
Enojada, me mostras os teus feitos
Sabendo que jamais terás cortejo.

Mas amo tua forma de brilhar!
Teus olhos e teus cantos são perfeitos...
Dinah, resplandecente qual luar!




Dinorah


Ao musicalizar teu nome amada,
Pressinto uma canção maravilhosa!
Homenagens te faço em verso e prosa,
Dedico uma cantiga apaixonada

Recendendo a pureza de uma rosa,
Trazendo bela noite enluarada.
Sentado aqui, na beira da calçada,
Em serenatas canto a terna fada!

Um simples andarilho na incerteza,
Encontra teu castelo iluminado.
Ao longe num respiro de princesa,

Mostrando que o palácio era encantado.
A voz linda se ouvia... Em tal beleza,
(Dinorah, Dinorah),iluminado!



Dinorah: Luz




Dirce


Meu rumo sem teu rastro morre cedo.
Buscando por prazeres e delícias,
Na espera de viver contente, ledo,
Gozando de perfeitas mãos, carícias...

A vida me omitindo seu segredo,
Tortura-me feroz, duras sevícias...
Trazendo-me fatal, cruel medo.
Não deixa-me sequer outras notícias

Do tempo em que, felizes, encontramos
Os olhos e seus brilhos confundidos...
Do tempo onde sinceros, nos amamos.

A fonte do prazer adormecida...
Fonte da juventude já perdida.
Procuro minha Dirce, tempos idos...



Diva


Um dia me sentindo tão cansado
Das dores mais diversas desta vida;
Sonhei com novos campos, belo prado;
A paz, enfim, sonhada e conseguida.

Meu verso, tantas vezes disfarçado
Num canto agonizante de partida;
O fardo do viver, recompensado,
Nos braços desta deusa enlanguescida.

Um sonho tão perfeito, feito em paz;
Depois de ter lutado insanamente,
O barco finalmente, chega ao cais...

Minha alma sem grilhões, antes cativa,
Liberta, me remete a tanta gente!
Só meus olhos, ‘stão presos em ti, Diva...




Diva: Deusa



Divina


À vida, não me prendo, pois é frágil.
Minha alma, sim, eterna caminhante...
O tempo de viver, esse é tão ágil,
Transcorre num segundo delirante.

A dor que te consome e que palpita,
Por certo findará, tenha certeza.
Toda tristeza passa, pois finita.
Manhã quando renasce traz leveza.

A amarga solidão, seu desconforto,
O látego ciúme, tudo passa...
Os males procelários acham porto...

A vida se refaz, tão cristalina...
Minha alma anda feliz e não disfarça,
Pois encontrou, enfim, seu par: Divina!


Divina: De Deus


Dora


Andava tão tristonho, tantas urzes...
Buscando um sentimento que pensara
Estar adormecido sem ter luzes
Que pudessem luzir jóia tão rara.

Mal sabia, entretanto, que produzes,
Emanando dos olhos luz tão cara.
Me acalmando tal qual os alcaçuzes,
Ao mesmo tempo, forte, me antepara.

Essa força gentil, tão procurada,
Tantas vezes passou despercebida;
Quantas vezes pensei: não será nada!

Somente bem depois, há pouco, agora,
Percebendo a rudeza desta vida,
Descobri esta dádiva que é Dora!



Dora: Presente, dádiva de Deus


Dóris


Netuno, num momento de paixão,
Encontrou no seu mar bela sereia.
Revoltoso oceano: ebulição!
Em tsunamis desmancha-se na areia!

Um amor gigantesco quando arpeia
Um fantástico deus, seu coração,
Todo o mar, num momento, se incendeia;
Num segundo, este mar vira sertão.

Da beleza do encontro deste deus,
Com a linda sereia, encantadora,
Uma chama flameja, cessam breus.

A sereia engravida-se dolente...
Semi-deusa encantando toda gente,
Meu amor, em teus braços Dóris, mora...



Dóris: Filha do oceano


Dulce


A encontrarei tão calma na alvorada
Dos dias que serei bem mais feliz.
A sua alma serena, iluminada,
Uma cor radiante em seu matiz.

Pois você tem tal dom locomotriz
Que não permite medo nem parada,
É de todas as forças, a raiz
É início e rumo desta estrada.

Como posso viver sem a ternura
Que emana de você, meiga e tão pura
É o fulcro que tanto procurei...

As feridas, com calma, já demulce
Aprendi a viver em sua lei,
É tão terna e tão doce, meiga Dulce...



Dulce: Meiga, doce, terna




Edwiges


Nas guerras e batalhas siderais,
As expansões celestes num cortejo
Criando batalhões mais irreais,
Desfilam deslumbrando meu desejo.

Entre estrelas, planetas os sinais
Que demonstram verdades num lampejo.
Em tropéis gigantescos, canibais,
O céu perde, um momento, o azulejo...

Nas flamejantes lanças, holocausto!
Toda a dor explodindo neste infausto...
Miasmas e matérias se confundem...

Por um instante louco, uma viseira
Se ergue. Meus olhos noutros olhos fundem,
Meu amor, Edwiges, a guerreira!



Edwiges: Guerreira rica




Edna


Eternidade! Sonho dos mortais
Escombro sem sentido, sentimentos...
As regiões profundas, abissais,
Demonstram minhas ânsias e tormentos...

As sombras dos amores, espectrais,
Vagando por meus loucos pensamentos.
Abrindo seus caminhos, meus portais,
Espraiam-se na fúrias destes ventos!

Quem me dera encontrar a compaixão
De quem fora imortal pressentimento...
Fantásticos meandros da paixão,

Devorando, ignorando resistência,
Amor em desespero bate lento...
És minha razão, Edna, de existência!



Edna: Amiga próspera




Edite


Não quero o desconforto da saudade,
Meus dias não serão em vão, perdidos...
Passado me negando claridade,
Os bosques dos prazeres, esquecidos...

A vida sempre nega eternidade
Os tempos mais felizes, tempos idos...
Meus mundos que velei, sem claridade,
As vozes dos amores nos ouvidos...

Cantando, solitário trinca ferro,
Espera pela amada que não vem...
Coração na gaiola solto um berro...

Esperando um amor em que acredite,
Coração passageiro perde o trem,
É tão triste te esperar, amor, Edite...


Edite: Rico presente, rica dádiva


Eduarda


Nos teus níveos sorrisos, as promessas...
Sultana que escraviza um coração!
Meu mundo transtornaste e não confessas,
Rastejo te implorando teu perdão!

Tantas vezes, a vida prega peças
É preciso encontrar um guardião.
No meu flácido rumo, não me peças
Que deixe de prestar tanta atenção.

Não posso caminhar sem os teus pés.
Não posso respirar sem o teu ar...
A vida não perdoa: és meu convés!

Guardiã dos desejos e delírios...
De que vale, sem frutas, meu pomar?
Sem jardim, Eduarda, p’ra que lírios?

Eduarda: Próspera guardiã, benfeitora rica




Edwiges


Nas guerras e batalhas siderais,
As expansões celestes num cortejo
Criando batalhões mais irreais,
Desfilam deslumbrando meu desejo.

Entre estrelas, planetas os sinais
Que demonstram verdades num lampejo.
Em tropéis gigantescos, canibais,
O céu perde, um momento, o azulejo...

Nas flamejantes lanças, holocausto!
Toda a dor explodindo neste infausto...
Miasmas e matérias se confundem...

Por um instante louco, uma viseira
Se ergue. Meus olhos noutros olhos fundem,
Meu amor, Edwiges, a guerreira!

Edwiges: Guerreira rica





Elaine


Nas origens da Terra, escuridão
Absoluta, total... Nem sequer brilho!
Na treva verdadeira, céu e chão
Se confundindo... Qual um andarilho

Caminha no deserto, no sertão,
Sem ter sequer noção, precisa trilho,
Assim também caminha um coração,
Vai buscando ecoar seu estribilho...

As luzes que surgiram sobre a Terra,
Exaladas da estrela que ensolara,
Florescendo nas mata, campo, serra,

Permitindo que tanto sonho plaine
Embelezando etéreos. Jóia rara,
Amor, também rebrilha em ti, Elaine...


Elaine: Tocha, luz


Helena


Tal qual uma princesa cintilante,
És dona dos mistérios de um farol.
A lua, nos teus olhos navegante,
Ardendo muito mais do que o sol.

Transbordas de emoção a cada instante,
Cobrindo este universo com lençol
De estrelas coloridas, delirante...
Ao vê-la no castelo, sou reinol,
(Um brilho em teu sorriso, diamante!)

Por vezes nesta esplêndida visagem,
Meus olhos qual falenas pedem lume,
Escravos, imploravam à paisagem,

Um resto deste brilho encantador...
Nos raios, um incrível bom perfume,
(Helena), Esta princesa e seu amor...


Elena: Tocha, luz







Eliana


Raios solares, vida em tempestade!
Nos brilhos ardorosos, queima, em brasa...
Pois todos os recônditos invade
E violentamente tudo abrasa!

Ardendo com possante claridade,
Penetra cada cômodo da casa,
Eflúvios de beleza e de saudade,
Minha vida, seus brilhos, já se embasa.

Procuro por teus raios sedutores,
Neste fototropismo alucinante!
Agitando, potente, meus amores,

Trazendo aos meus sonhares tanta gana!
Ó deus destes delírios seu amante
Já busca por seus raios: Eliana!


Eliana: Sol, de beleza resplandecente


Elisa


Nas horas complicadas desta vida.
Comparsa e companheira, minha amiga.
Navegas por meus mares sem intriga
Minha alma se emparelha, repartida...

Não quero mais saber se vai perdida
Ou se encontra nos braços ou periga,
P’ras dores deste mundo: trago figa,
Nem quero mais ficar, venha e decida!

Meus olhos vagamundos vergalhões.
Vão vesgos vasculhando a decisão.
Embarco-me na toca dos leões;

Do mundo quero amor e mansa brisa.
Aguardas que me exploda o coração?
Te espero atrás da curva amada Elisa!


Elisabete


Meus versos revelando velhos vícios
Vontade de viver, vera vertente.
Nas praças e nas poças, precipícios;
Nos vales e nas vias pertinente.

Se vago nunca deixo esses indícios
Vorazes véus velozes vivo urgente.
Amores que me moram são fictícios...
Nos campos de batalha inda sou gente...

Não vejo meus velórios sem confete.
Não tramo meus temores sem tropeços.
Nos ermos escrevi teus endereços,

Nos olhos criminosos, canivete.
Na festa dos amores, adereços;
Nos braços, minha amada Elisabete!


Publicado em: 18/12/2007 11:12:55
Última alteração:23/10/2008 08:57:10


Do sonho de te ter, determinado,
Reféns das emoções maravilhosas,
Depois de tantos erros, no passado,
Aprendo a cultivar perfeitas rosas,
E alçando este infinito, vou ao lado
Das asas deste amor, sempre formosas.
E a voz que me ordenando, eu obedeço,
Imerso na paixão, não sei tropeço...
Publicado em: 05/01/2008 17:30:01
Última alteração:22/10/2008 19:34:51


Do maná que desfruto
No corpo de quem quero,
Comendo não descanso
Tens tudo o que eu espero.

Sabor mais delicado
Encontro insaciável
em teu perfeito colo
Tão gostoso e desejável.

Eu quero este veneno
Que trazes nos quadris,
Requebros e meneios
Fazendo-me feliz.

Qual deusa encantadora
Em febre me alucina,
Eu amo em cada verso,
Teu jeito de menina...

Acendo o meu cigarro
Te vejo na fumaça,
Vem logo, vem depressa
Senão a vida passa
Publicado em: 02/02/2008 16:33:38
Última alteração:22/10/2008 18:21:13


Vem,
e deixa
dormir,
aqui,
nos teus braços,
envolta
em cetim ...
(ivi)

Cetins e sedas
Lençóis
Em transparências
De organdis
Sono vem
Sonho chega
Só falta você...
Publicado em: 13/03/2008 21:17:04
Última alteração:22/10/2008 14:35:49


Tu chegaste
como uma brisa
de forma
lenta, suave,
me tomou
por completo
e se alojou
em mim ...

Tentador ...

IVI

Baldeando por rumos mais diversos,
Ao penetrar em furnas delicadas,
Avanço em intempéries; vou mais fundo
Deixando minhas naus bem ancoradas.

Recebo o doce alento em vendaval,
Descubro belos veios. Risco espaços.
Enlanguescidamente me sacio,
De todos os caminhos, belos, lassos.

Procuro uma agulha no palheiro,
Encontro a mina doce e perfumada,
Adentro nestas fontes em rocio,
E bebo cada gota na alvorada...
Publicado em: 06/04/2008 20:57:30
Última alteração:21/10/2008 19:56:22



Já me tens, o que mais queres?
Serei teu amor pra sempre...
Serei teu amor eterno!!!

Eu quero o teu amor junto comigo,
Vivendo em cada noite uma certeza
De que enfim, já conheço um bom abrigo,
Teu colo, moreninha, uma princesa...

Menina há tanto tempo te persigo
As pedras do caminho, retirei,
Agora que te tenho já consigo
Pensar que desta vez, amor é lei.

Encontro teu castelo encantador,
Em meio a tempestades e tormentas,
O vento que me guia, o pleno amor,
No frio desta noite já me esquentas...

E vejo meu futuro do teu lado,
Assim como eu queria, apaixonado...

ISABEL NOCETTI
Marcos Loures
Publicado em: 14/04/2007 16:32:58
Última alteração:06/11/2008 09:32:52


Divido contigo uma única uva
E da minha boca passar para a tua
prometo que sentiras muito prazer
meu amor minha candura.


A tua boca exposta em doce beijo
Roubando de meus lábios, tentação.
Aflora no meu corpo tal desejo
Que invade minha vida, com tesão.

Querendo sempre mais enfim prevejo
Em nossa cama fogo e sedução.
Deitando do teu lado, amor; latejo
Vibrando em mil vontades, a emoção...

E vens tão delicada, bela e nua,
Deslinda-se em loucuras, sempre mais.
Aporto tuas pernas, acho o cais

E a noite sem juízo, continua,
Desfruto e quero sempre, cada flor,
E explodo sem limites, sem pudor...

GELIS
Marcos Loures





Escrever-te...
Dizer-te...
Pintar-te..
Na brisa...
Na areia...
No papel...
Ditado pelo coração....
Palavras não há...
Apenas...e sempre...
Amor e tudo digo........


Escrevo o teu nome
Na areia da praia,
No mar logo some,
Minha alma se espraia,

Matando uma fome,
Levanto essa saia
Desejo que assome
Que a sorte não traia.

Depois do teu lado,
Dormir calmamente,
Tão apaixonado,

Coração não mente...
Amor tão safado,
Dominando a gente.

MARTA TEIXEIRA
Marcos Loures
Publicado em: 05/07/2007 15:45:46
Última alteração:05/11/2008 19:49:58


Paixão irracional
Chegando em nossa casa
Leva o juízo embora
Faz bem e tanto mal,
Acende o fogo em brasa
Guardando no bornal
Estrelas e luares.
Vencendo qualquer lógica
Faz o covarde forte
Tremendo a firme perna
A vida faz eterna
Meu um segundo apenas.
Melhora o cabisbaixo
Abaixa qualquer crista
Ao velho faz menino
E tira qualquer rumo,
Porém é nosso sumo,
Sem ela a poesia
Talvez nem existia
Tampouco uma canção.
Louvemos esta dor
Que passa com o tempo,
Mas traz em contratempo
Felicidade imensa.
Mostrando que o amor
É frágil sentimento
Curando num tormento
Matando em calmaria...
Publicado em: 25/07/2007 09:32:22
Última alteração:23/10/2008 20:36:21




Vou levando assim meu canto
Com meu peito apaixonado,
Meu amor, eu te amo tanto,
Deixa eu ficar do seu lado.

Minha vida sem amor
Não seria quase nada,
Quero ter o teu calor,
Minha doce namorada.

Meu verso sempre te diz,
Tudo que eu quero pra mim,
Nessa vida, ser feliz,
É ter tanto amor assim.

Neste canto que te faço,
Muito amor e alegria,
Ajuda a vencer cansaço,
Nos braços da poesia...
Publicado em: 23/08/2007 20:53:56
Última alteração:26/10/2008 20:29:27


Se achegue aqui, morena, minha amada
Que a noite se promete mais gostosa.
Ao lado da fogueira. Uma sanfona
Chamando para a dança. Vem comigo;
Vamos despetalar a pobre rosa
Fazendo desta noite o que quiser
Teu homem te deseja, vem mulher
Que o tempo vai passando e sem abrigo
O coração sofrendo descompassa.
No gosto do aguardente, da cachaça
A boca adocicada te procura,
Segredo se procura sempre se acha,
No facho de teus olhos me aqueci.
Agora não se pode perder tempo
Não deixe que apareça contratempo
A cama que te espera é bem quentinha,
Por isso minha amada moreninha,
Vem logo, vem comigo namorar!
Publicado em: 31/08/2007 22:22:01
Última alteração:23/10/2008 20:39:46



APAIXONADO

Ardendo nas fogueiras
Em luas seresteiras
Das terras estrangeiras
Teu brilho irá tomar
Em noite enluarada
A voz já bem cansada
Durante a madrugada
Decerto vai chamar

Estrela do Oriente
Que amar completamente
É feito um gozo urgente
Tocando devagar
A pele que te chama,
No fogo intensa chama,
Percebendo quem te ama
E sempre vai te amar.

Meus dedos percorriam
Os sonhos que viriam
Nos gozos que bramiam
Num corpo em convulsão.
Sentindo-te bem perto
Alago este deserto
Em beijo e rumo certo,
Nas tramas da paixão...
Publicado em: 12/09/2007 15:39:58



APAIXONADO

Procuro minhas sendas, tuas pernas,
As coxas entreabertas dos anseios
Eternas sensações, seios e línguas,
Gemidos e sussurros que trocamos.
Amamos e sabemos somas, cios
Em movimentos ágeis penetramos
Tramas e tocaias, tocas, riscos,
Nas fendas e nos vales, montes santos.
Aterrissando em ti, asas alertas
Molhando teus desertos, foz e rios,
Na louca derrocada que avizinha,
Geleiras derretidas, avalanches,
Revanches de prazeres e de climas,
Nos olhos mil esgares de prazer...
Publicado em: 17/09/2007 21:42:11


APAIXONADO

Subo ligeiro enorme escadaria
Que me leva ao teu quarto, tua cama.
Desnuda e tão faminta, sob lençóis
De seda prometendo acesa a chama.

Convidas para a festa em regozijo,
Balança meu coreto, entorna o caldo,
E bebo em tua pele da loucura
Que pede e consegue tal respaldo

Nos olhos e nos lábios, boca e sexo.
Fagulhas incendeiam quarteirão.
Viajo por teu corpo, afogo mágoas
Minhas águas deságuam na paixão...
Publicado em: 25/09/2007 19:26:17



APAIXONADO

Nas istrada da sodade
Incontrei meu bem querê,
A vida trais crueldade,
Apercuro pur vancê
Nos canto das ingrenage
Nas bêra dessas viage...

Moça bunita dá jeito,
Num dêxa os óio chorá
Amor prá sê mai perfeito,
Num pode os óio alagá,
Eu perdi minhas bagage,
Nos canto das ingrenage...

Incomendei um vistido,
Prá moça linda vestí,
O meus amô é sufrido,
Das dô qui tanto vivi,
Rebentô essas barrage,
Nos canto das ingrenage...

Tantas noite que chorei,
As mágua num derum paiz,
Eu jamais esquecerei
Tanta dô a vida traiz,
Parece que é pilantrage,
Nos canto das ingrenage...

Maria me deu um bêjo,
A sodade machucô,
Minha vida é só desejo
De vortá pru meus amô,
Mas já fiz tanta bobage,
Nos canto das ingrenage...


Num tenho medo de nada,
Nem de cabra valentão,
Minha viola é espada
Nas noite do meu sertão,
Num suporto fardunçage
Nos canto das ingrenage...

Meus óio já tá cansado,
Destas coisa que inventáro,
Eu sô cabra bem casado,
Mai gosto deste açucaro,
Vivê nessas vadiage,
Nos canto das ingrenage...

Nos canto das ingrenage
Eu termino a cantoria,
Já falei munta bobage,
Vô pegá na muntaria...
Eu termino essa viage
Nos canto das ingrenage...
Publicado em: 30/09/2007 22:42:20



APAIXONADO
Nos áridos caminhos que percorro
Nas fugas incansáveis pela noite
Vagando nos espectros que encontrei
Espelhos espalhados me queimando.
Vestido das injúrias que recebo
Noctâmbulo fantasma de mim mesmo.
Encontro-me Narciso que às avessas
Percebe nas sarjetas seu retrato
E cuspo nesta imagem refletida.
Bebendo de uma boca nauseabunda
Apaixonadamente em estropio.
Publicado em: 14/11/2007 16:20:38



Abro minhas pálpebras
E sinto entre álgebras
Regras e rompantes
Logaritmos e ritmos distintos
Ondas diversas
E complexas de emoções
Rompendo e restaurando logo após
Entre pós e nódoas.
Na fécula dos sonhos
Espalhando grânulos de esperança.
Fecundidade.
O vento variável
Da noite que passou
Constipara minha alma
Fragilizando-me
E trazendo uma coragem
Insuportavelmente irresponsável.
Ao mesmo tempo em que queimava
Meus antigos portos
Deixando meu barco sem destino
E, por incrível que pareça
Liberto.
O vazio preenchido por um mar de lava.
Inconstante,
Mas promissor.
Fertilizando o que fora árido
E fazendo renascer
Uma esperança
Algoz e derradeira...
Publicado em: 09/12/2007 10:58:58




Estrelas vão percorrendo
Nossa noite em pleno gozo,
Lá do céu virão descendo
No carinho mais gostoso.

Salpicando purpurina
No teu corpo magistral,
Te decoram, me alucina,
Ciúmes tenho do astral.

Tua boca em doce beijo
Tua pele em raro brilho.
Teu amor, o meu desejo,
Percorrendo o belo trilho
Publicado em: 13/12/2007 21:18:32




Abismo inebriante da loucura
Ao mesmo tempo intenso e pavoroso,
Se sonho em várias cores e matizes
Prenuncio o desejo em faca e gozo.

Sou dois pólos serenos, insensatos,
Mas amo-te de forma mansa e crua.
Na multiplicidade em que vivo,
Minha alma de pesada já flutua.

Aos círculos dantescos voltarei,
Bem antes, esperança já me enreda;
Eu quero o vergalhão exposto na alma,
Que fere meus sentidos e me veda.

Sou parte mais constante deste todo
Que forma a sensação de ser amado,
Não vejo por que queres não reter
O gosto do prazer proporcionado...
Publicado em: 21/12/2007 09:46:28


Encontro meu prazer andando do teu lado,
Ventura deslumbrante, em versos mais felizes.
Deixando para trás as dores do passado
Percebo em nosso céu os mais belos matizes.
Meu canto se mostrando assim, apaixonado
Permite que eu me esqueça antigos; maus deslizes
Quebrantos eu não temo, o tempo clareou
A vida já sorriu; pranto não mais rolou...
Publicado em: 26/12/2007 18:13:02



APAIXONADOS //

Por becos, ruas e avenidas,
Insensata sigo a te buscar,
Em cada pessoa que por mim passa,
Vejo o brilho do teu olhar.

Transporto para cada rosto que vejo,
Tua beleza divina descomunal,
Consigo vê-las por segundos,
Cobertas de formosura sem igual.

Como é lindo meu grande amor,
Colírio para os meus olhos a lacrimejar,
Privar-me deste brilho um dia,

Seria minha visão ofuscar.
Quero sempre penetrar no teu olhar
E o brilho dos meus olhos alimentar.


Ao ver-te transportada em luz intensa,
Vigor de uma paixão iluminando
A noite que se fora, outrora densa,
Aos poucos no meu peito se amainando.

Como a dizer que a vida, enfim compensa,
Em todos os momentos, desde quando
Eu recebi da sorte a recompensa
Dos braços da mulher que estou amando...

No lusco fusco, imerso em nosso quarto,
Percebo em contraluz, em transparência,
Beleza tão sutil, amorenada,

Depois de ter amor, deitando farto,
Eu agradeço a Deus condescendência
De ter esta mulher tão desejada...

GELIS
MVML
Publicado em: 28/08/2007 18:39:33
Última alteração:05/11/2008 13:04:25


APAIXONADOS /

Quero beijar-te, meu amado...
Um beijo apaixonado...
Transtornada já,
Por tanto amor acumulado
Queria te agarrar
E te deixar
Para sempre, ao meu lado.
Dia e noite...
Tempo sem fim...
Até ver você totalmente tatuado,
Dentro de mim!


Guardado dentro em ti, qual tatuado
e feito cicatriz no peito teu.
Andando devagar, meio de lado,
carrego o nosso amor, dentro do meu.

Nós somos feito sonhos e verdades,
vivemos dia a dia em beijo e riso,
rondando em poesia, claridades,
trazemos dentro em nós o paraíso.

Eu sigo transformado em puro amor,
resíduos de tristezas, esqueci.
Singrando mar imenso, ao teu dispor,
a força de viver encontro em ti.

Tu és a redenção, a paz sincera,
a vida numa eterna primavera!

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 25/08/2007 00:11:19
Última alteração:05/11/2008 13:07:35



APAIXONADOS /

Sinto-me única...
Por vezes..ciúmes..
eu tenho...
Desse teu riso...
Cruza a noite...
Namora com as estrelas...
Lança piropos à lua...
E eu?
Sentir o teu corpo
a pulsar de vida contra
o meu...........
Amar-me lenta, docemente...
Sempre..................

Poder sentir querida, o teu respiro
Roçando minha pele, um arrepio.
Tu sabes o carinho que prefiro
Eu sei quanto te alago num estio.

Pulsando bem mais forte cada artéria
Fazendo o coração destrambelhar
A boca que te busca, brusca e séria
Não deixa de querer te lambuzar.

As pernas que se enroscam noite afora,
Num ato extasiante; uma loucura,
Sentindo-te explodir, e quero agora

Num gozo violento em convulsão.
Depois de tanto tempo de procura
Achei o que procuro: esta paixão...

MARTA TEIXEIRA
Marcos Valério Mannarino Loures
Publicado em: 04/08/2007 17:30:13
Última alteração:05/11/2008 17:11:25



Querer quase ordenando ao coração
Que almeja amor inteiro sem mistério
Sem disfarces que é digno dos mortais
Iludindo o próprio tempo ao revertério

Querer assim sem tempo hora e mês
É sonho arrojado ao pensamento
Que alegra a vontade só em pensar
Enquanto a vida entoa este tormento.

É paraíso demais a um vil mortal
Que sobrepuja demais tal sensação
Peregrinando como uma andina, elevação

Assim se dois quiser atar os laços
Numa armadilha sem nó e calendário
Eu quero teu querer sem ter horário

Amor além do tempo, eternidade,
Parece que existiu sempre conosco.;
Após reconhecer a claridade,
Todo o passado morre, quase fosco.

Vivendo com total felicidade
O que tivemos antes, triste e tosco,
Mostrando que o amor, se de verdade,
Num ata com firmeza em santo enrosco.

No amor a sensação de cordilheiras
Gigantes em planícies debruçadas,
Palavras tão banais e corriqueiras,

Tornando-se no amor iluminadas,
Mistérios tão somente desvendados
Por olhos mais gentis, apaixonados...

SOGUEIRA
MVML
Publicado em: 29/08/2007 16:09:15
Última alteração:05/11/2008 12:38:00


Chove lá fora.
O noite passa lentamente.
A solidão me acompanha.

Queria eu que o sol surgisse trazendo o calor abrasador, cessando essa chuva ingrata que faz as noites serem mais lentas e minha solidão perpétua.


Queria eu meu doce mel
Que pudesse sem nenhum empecilho encarar-me e transmitir somente com o olhar todos os teus segredos, que com a boca seriam difíceis de revelar

O sol seria radiante
Os dias passageiros
E a solidão passado


Escrevo um doce nome em minha agenda,
Palavra carinhosa e sonhadora
Dedico pra mulher que, redentora,
Segredos de minha alma; já desvenda.

Um dia, enfim, quem sabe, em mesma tenda,
Amor que a gente quer e não demora,
Vibrando de alegria desde agora.
A mão em tua mão atada; estenda.

E juntos nós iremos transformar
A bela fantasia em realidade,
E o mundo mais bonito a desvendar

Em cada passo rumo à eternidade,
Podendo, meu amor, deliciar
Quem sabe, ter enfim, felicidade...

GELIS
MVML
Publicado em: 02/09/2007 21:57:23
Última alteração:05/11/2008 12:40:34



Atos
Ritos
Rotas
Portas
Abertas
Beirais
Abismos.
Cato estrelas
Telas rumos,
Cismas
Climas
Cataclismos
Da paixão...


Publicado em: 10/06/2008 18:19:09
Última alteração:20/10/2008 21:07:35


Nesse copo de aguardente
Vejo a imagem de quem amo,
Tudo muda, de repente,
Quando por teu nome chamo...

Quando chegas, me embriago
Com teu beijo e teu perfume,
Nesse grande amor que trago,
Vou matando esse queixume.

Tu és minha bem amada
A mulher por quem sonhei,
Toda noite na calçada
Por teu amor eu cantei

Vou fazendo serenata
Pra chamar tua atenção,
Tanta saudade me mata,
Mas é teu meu coração!-
Publicado em: 04/09/2008 10:12:16
Última alteração:17/10/2008 14:29:27



Amor, minh'alma triste te procura,
No amanhecer da vida foste fera;
Agora que, saudade já impera,
A noite se aproxima, mata escura...

Num momento feliz, foi tão amigo;
Mas a vida transforma toda gente,
E depois, tão cruel, foi diferente,
A paz, então, jamais vive comigo...

Sentir a baforada dessa boca,
Que acalenta a dor, vero sentimento;
É conseguir suprir meu pensamento,
Dessa ternura audaz, a voz mais rouca...

Amor quimera, mera diversão,
Que maltrata quem sonha liberdade;
Tão faminto, traduz voracidade.
Começa a devorar, sem ter perdão...

Amor, é doce fruta que envenena,
E vicia quem dela for provar;
E bêbado, tropeça no luar,
Agiganta a que fora tão pequena...

Nos lábios, minha amada, meu desejo;
Um resto de ilusão bate na porta.
Contigo, essa tristeza já vai morta,
No cálice fantástico do beijo...

Teus olhos, são promessas d’esperanças,
Num tempo mais feliz da minha vida.
Seus brilhos iluminam a avenida,
Por onde caminhávamos, crianças...

Nos teus cabelos trazes maciez,
Que minha mão jamais vai esquecer;
Neles, vou embrenhar-me e conhecer,
O que fora da glória, essa altivez...

Em teu pescoço; jóias e colares.
Em teu louvor cantar todos os hinos,
Buscando, nos teus olhos cristalinos,
A força que leva aos teus altares...

Beber de teu sorriso tanto mel,
Saber de tuas noites orvalhadas;
Sonhar contigo minhas madrugadas,
Por ti, agradecer a Deus do Céu...

Amada, tão risonhos os meus dias;
Desde o momento mágico que tive,
Felicidade igual onde, sei, vive
Os pássaros que encantam, melodias...

Teus pés de tão macios e pequenos,
São obras d’arte feitas com louvor;
Por quem foi o mais mágico escultor,
Que por inspiração, não fez por menos...

E caminhas? Flutuas pelos ares,
Teus passos são concertos orquestrados;
Meus olhos na procura, extasiados,
Desejam conhecer os teus altares...
Publicado em: 09/09/2008 17:48:20
Última alteração:17/10/2008 14:35:31



Buscando em frases de amor
A palavra mais exata
Onde possa, sonhador,
Penetrar em densa mata

Das tristezas que mostraram,
O caminho dolorido,
Os desejos encontraram
Este tesouro perdido

Nos olhos de minha amada,
No sorriso mais gostoso,
A minha alma enamorada,
Por esse amor mavioso.

Vou seguindo cada sonho
Que guardei dentro de mim,
Todo amor eu te proponho,
Neste encanto que é sem fim.

Venha ser minha menina,
Quero ser teu namorado,
Teu sorriso descortina,
Já não lembro o meu passado
Publicado em: 19/11/2008 17:17:30
Última alteração:06/03/2009 18:58:40


Roda, roda, rodopia
Vai girando em carrossel,
A minha alma cega e pia
Quer estrelas, busca o céu.

Cato ventos no caminho,
Ventos tantos; temporal,
Já não sigo mais sozinho,
Com a moça em meu bornal.

Gira mundo, mundo gira,
Vai girando o girassol,
Tanto bota quanto tira,
Teu amor; raio de sol.

Solo fértil de minha alma,
Coração apaixonado,
Da lição, aprendo calma,
A morena do meu lado.

Levo o vento nos meus olhos,
No meu peito esta alegria,
No canteiro sem abrolhos,
Meu amor também floria...
Publicado em: 25/11/2008 19:56:45


Amor
Sendo
Norma
Deforma.
Ferrão
Facão
Falcão....
Fato é que sem amor
O aroma melhora
Mas a harmonia...
Publicado em: 02/01/2009 14:51:06




Vou levando assim meu canto
Com meu peito apaixonado,
Meu amor, eu te amo tanto,
Deixa eu ficar do seu lado.

Minha vida sem amor
Não seria quase nada,
Quero ter o teu calor,
Minha doce namorada.

Meu verso sempre te diz,
Tudo que eu quero pra mim,
Nessa vida, ser feliz,
É ter tanto amor assim.

Neste canto que te faço,
Muito amor e alegria,
Ajuda a vencer cansaço,
Nos braços da poesia...
Publicado em: 06/01/2009 14:56:16



Meu passo no teu passo demarcado
Caminho a vida inteira sem ter pressa,
O sonho de viver enamorado
De quem tanto carinho me confessa,
Vivendo com certeza apaixonado,
Felicidade vem e já se apressa
A demonstrar total revolução
Que faz neste meu pobre coração...
Publicado em: 22/11/2007 14:55:51


O dia vai passando tão sereno
E nele se anuncia uma esperança.
Matando o que eu vivera, em novo aceno
Amor se transbordando em temperança.
Deixando para trás tanto veneno
Agora a plenitude já me alcança.
E os versos que farei para este dia
Demonstrarão enfim, minha alegria...
Publicado em: 23/11/2007 08:27:44
Última alteração:28/10/2008 12:15:56



As ilusões são cargas que montamos
Na amplitude dos eternos regozijos
Mas, a tela que pintamos mal borrada
Das incertezas, dos anos percorridos

Ao refazermos a miragem que nos guia
Com a claridade da luz incandescente
Nos retrocessos, milagres se anunciam
E resplandece a aurora finalmente

Esta busca da sede que sacia a alma
Ronda as noites e percorre os dias
Num magnetismo poder define a calma

As madrugadas ficam a mercê renhida
Lapidando a mente rumo à calmaria
Sob lençóis segredando em noites frias


Forjamos nossos sonhos benfazejos
A cada claridade que bebemos.
Forramos nossos corpos dos desejos
Que em segredos, guardamos e sabemos.

Incandescentes luzes, relampejos,
Mais que tudo na sede em que bebemos
Toda a maravilha em fartos beijos
O prêmio: ser feliz; receberemos...

Embora em aquarela, mil matizes,
A tela da existência foi borrada.
Agora que esquecemos cicatrizes,

Beleza se mostrando renovada,
Com tal suavidade em raro encanto.
Os sonhos nos trazendo um belo manto...

SOGUEIRA
Marcos Loures
Publicado em: 11/05/2007 17:27:44
Última alteração:06/11/2008 08:04:01



O sol desta paixão queimando lento
Causando em nossa vida um bom mormaço
Tomando num instante o pensamento,
Riscando em nossa pele cada traço,
Tocando bem mais fundo o sentimento,
Unindo com firmeza em raro laço.
Permite que esta vida siga leve,
E a dor para distante, a sorte leve...

Publicado em: 20/11/2007 14:20:03
Última alteração:28/10/2008 12:18:39


A lua me vestiu em todo brilho
Ornada de estrelas reluzentes
Entregou-me a claridade que ilumina
As noites dos amores permanentes

O beijo vem suave como espuma
Deslizando na face adormecida
Ao despertar o sorriso já emana
Felicidade de tanto afeto recebido

Desperto não estás olho luar
Ingrata me ofertas tantos sonhos
E nasce a poesia e me reponho

Espero nova oferta a cada dia
E assim em cada sonho uma alegria
Enchendo meu baú de tuas magias


Rondo qual falena em luz intensa,
procuro por teus rastros, astro belo.
Quem sabe se a palavra te convença
e mostre todo o canto em que revelo

o sonho de poder andar contigo,
constelares desejos, pensamentos.
Nos braços deste mar, amor abrigo,
entregue à calmaria de teus ventos.

Canteiros de esperanças que cultivo,
rosais aonde amor em seu perfume
mantendo um sentimento sempre vivo,
reflete nos teus olhos, raro lume.

E assim, em tais magias, teus encantos,
a lua derramando argênteos mantos...

SOGUEIRA
MVML
Publicado em: 05/10/2007 17:02:19
Última alteração:04/11/2008 12:50:06




Sigo este caminho, meu coração
Procura em ti a emoção.
Sonhos pra viver ao teu lado;
Realidade para o nosso canto apaixonado.
Meu coração me deixa de ti mais perto
Amor nos meus sonhos mais certo.
Meu jardineiro, deixa-me ser tua bela flor
Meu mineiro, deixa-me ser a morena, teu amor

Ó prenda, nas coxilhas te buscando;
Seguindo o cantar do minuano,
No mate, meu amor se temperando.
Espero te encontrar, mas desengano

Te leva pros arroios mais distantes.
Tomar as tuas mãos, guapa guria,
Vibrar os nossos sonhos delirantes,
Nestas belas estâncias da alegria...

Te guardo na guaiaca-coração,
Não sabes quanto quero-te morena.
Envolto nestas tramas da paixão,
Na sensação divina, amada e plena

De ter teus braços sempre do meu lado,
Mineiro-jardineiro apaixonado...

Gi Guterres
Marcos Loures
Publicado em: 09/04/2007 13:54:22
Última alteração:06/11/2008 09:37:35




Meu querido...Meu amor...
Não quero ser ave livre;
Quero sim, o teu amor;
Preciso dos olhos teus,
Para brilharem os meus, que estão tristes por
não os verem;
Podes ter certeza, que volto para casa,
Para nosso ninho;
Quero muito te amar e muito ser amada...

Palmeiras, ilhas mares, onda, areia...
Deitar no teu regaço, minha amada...
Delícia de teus olhos, qual sereia
Que dorme do meu lado, extasiada...
A lua que nos banha plena e cheia,
Espera tua volta, iluminada...

O nosso ninho aguarda teu encanto,
Os travesseiros soltos pela cama...
Ouvir tua alegria em cada canto,
Sentir a transparência, imensa chama.
Deitado do teu lado me agiganto,
E a vida sem pecado sempre inflama

Um coração deveras encantado,
Espera o teu retorno, apaixonado...

ISABEL NOCETTI
Marcos Loures
Publicado em: 20/04/2007 15:22:56
Última alteração:06/11/2008 08:49:38



Prazer....
Partilhar o teu beijo...
Deixar que a tua língua..
Se perca na minha boca....
Explore os desejos da minha..
Que a conquistar-te..
Se apressa........

Desejos que se alinham, em partilhas.
Das bocas se buscam apressadas.
Contornos delineiam maravilhas
De todas as vontades conquistadas.

Exílio do prazer, tua nudez,
Beber deste licor delicioso...
Tomado por total insensatez
Guardando em minha boca todo o gozo...

Teus montes e teus vales, teu relevo,
Percorro em manso passo, explorador.
Nem mesmo um simples canto não relevo,

Tocando com meus lábios, cada flor...
No orvalho de um jardim tão delicado,
Eu mato a minha sede, apaixonado...

MARTA TEIXEIRA
Marcos Loures



Buscando em frases de amor
A palavra mais exata
Onde possa, sonhador,
Penetrar em densa mata

Das tristezas que mostraram,
O caminho dolorido,
Os desejos encontraram
Este tesouro perdido

Nos olhos de minha amada,
No sorriso mais gostoso,
A minha alma enamorada,
Por esse amor mavioso.

Vou seguindo cada sonho
Que guardei dentro de mim,
Todo amor eu te proponho,
Neste encanto que é sem fim.

Venha ser minha menina,
Quero ser teu namorado,
Teu sorriso descortina,
Já não lembro o meu passado.

Publicado em: 03/10/2007 16:09:25
Última alteração:28/10/2008 14:37:33

Meu passo decidido acompanhado
Da força deste amor, refaz enredo,
Deixando o sofrimento no passado,
Percebo eternidade e vou sem medo,
O peito sem defesas, desarmado,
Pois sabe deste amor cada segredo.
Minha alma até parece descuidada,
Mas sabe da tocaia e da cilada...
Publicado em: 27/10/2007 14:40:00
Última alteração:28/10/2008 13:18:17



Meu amor, se aqui pudesse
Te falar desta paixão,
Eu diria numa prece
Desta imensa tentação
À quem meu peito obedece
Encharcando o coração
Da alegria benfazeja
Que quem ama mais deseja...
Publicado em: 04/11/2007 22:35:29
Última alteração:28/10/2008 13:20:22



Minha alma se sentindo apaixonada
Caminhos infinitos; vai buscando
As pontes mais difíceis desta estrada
Com sua fantasia, atravessando,
O coração se eleva, salta e brada,
Aos píncaros e cumes se elevando.
Amar é conhecer cada segredo,
Alçar ao infinito sem ter medo...
Publicado em: 10/11/2007 07:12:31
Última alteração:28/10/2008 13:21:27




As águas despencando, caudalosas
Na tempestade intensa, tropical,
Causando inundação em seus caminhos,
Matando e destruindo, sem limites.
O vento da paixão também destrói
Enquanto nos liberta faz cativo,
Embora prisioneiro, amo a chibata
Que corta, mas ferindo; nos redime...
Publicado em: 16/11/2007 13:45:28
Última alteração:28/10/2008 12:53:45


Um bêbado vagando pelas ruas,
Cão vadio olhando para estrelas
Liberto e bem distante das matilhas
Uivando em agonia e sofrimento
Apedrejado; segue em rumo incerto.
Apenas as estrelas companheiras,
A lua se desnuda, narcisista...
Distante, tão distante... Uma miragem...
Publicado em: 17/11/2007 09:20:46
Última alteração:28/10/2008 12:54:14



A lua se mostrando extasiada
Qual fora uma primeira namorada,
Invade; vaporosa a minha cama,

Forrando em plenilúnio, traz encanto
E forma em minha pele um claro manto
Nas teias que perfazem bela trama.

Os braços delicados me envolvendo
Aos poucos me tomando, nem defendo;
Entrego-me aos carinhos desta lua...

E vejo-te querida, me tomando,
Percebo que bem mais irei te amando
Ao te ver encantada, calma e nua...
Publicado em: 10/12/2008 20:46:20
Última alteração:06/03/2009 15:39:23


O tempo muito longe dessa espera
Parece ser a própria eternidade
Não há como encontrar felicidade
Sem o amor que dantes eu tivera

Então, quando chegou a primavera
E eu vi-te ali na praça da cidade
O nosso olhar naquela intensidade
Que louca essa paixão - essa quimera...

Mal vias minha face extasiada
Porém amor sentia ali, latente
E o sol brilhou com força novamente.

Depois de tudo é fato que mais nada
Nos impediu seguir a mesma estrada
Onde a paixão se perpetua quente...

GONÇALVES REIS
Marcos Valério Mannarino Loures
Publicado em: 06/08/2007 22:36:17
Última alteração:05/11/2008 16:56:44


Te amo noite a dentro além da aurora,
que vejo já surgir no amanhã.
Eu quero o teu amor a toda hora,
nem sei como aplacar o meu afã.

E quero te ofertar o meu sorriso,
despindo o meu corpo sedutor,
pra juntos adentrarmos o Paraíso,
levados pelo ardor do nosso amor.
Instante que supera o meu desejo
na alegria intensa do teu beijo.



Eu te amo além de toda esta alvorada
Que pinta em raras cores um céu claro.
Depois da bela noite enamorada
A lua se afastando em brilho raro.

Amar além de tudo e ser feliz
Deitando no teu corpo, meu prazer.
Eu tenho neste amor, belo matiz
Caleidoscópio lindo de viver.

Desejos se confundem: coxas, pernas,
Desnudos nossos corpos se invadindo.
As bocas mais audazes, porém ternas
De toda a timidez vão se despindo.

E temos Paraíso emoldurado
Num toque sem juízo, apaixonado...

HLUNA
Marcos Loures
Publicado em: 29/07/2007 20:24:12
Última alteração:05/11/2008 17:41:15




Por um caminho outrora mavioso deslizo
Sempre desejando teu desejo
De galho em galho feito pássaro
Vejo o tempo passar ligeiro

Vejo a vida trazendo a morte
Na sua face benevolência
Trás com ela a solução
Pra minha maledicência

Vem, encontra-me, aproxima-se
Ver meu corpo enlanguescer
Sente meu coração taquicárdico

Penso, luto, tento vencer
Depois de tanta luta morro, depois venço
Pois teu amor me faz renascer


Querida; não devemos esquecer
Que amor se faz mais forte quando a dor
Mistura-se com sonhos e prazer
Tornando-se voraz e tentador

Trazendo uma razão para viver
Em loucas sensações vem se compor
Saudades adubando o bem querer
Resulta na perfeita e bela flor.

Não tema. A cada dia amor remoça
Mostrando em seu caminho, a primavera.
Mesmo que se triste a nossa espera

A cada poesia se reforça
Vontade de te ter: sofreguidão
Batendo acelerado, o coração....

GELIS
MVML
Publicado em: 08/08/2007 19:06:39
Última alteração:05/11/2008 17:07:18



Ardes por mim
Pensas em mim
Não precisas mais me chamar
Já estou bem perto de ti
Pra toda tua dor curar

E na calmaria do mar
Deitados na areia da praia profetizaremos
Um amor tão eterno
Que inveja causaremos

O mar que vem lambendo, praia, areia,
Trazendo em seu marulho uma cantiga
Da moça tão bonita, uma sereia,
Que o coração feliz, agora abriga.

A lua que surgiu no céu clareia
Deitando sobre o mar amante amiga
E louca de desejos se incendeia
Fazendo com que a noite assim prossiga

Nós dois enamorados, mar e lua,
Também a cada noite misturamos
Beleza de uma deusa semi-nua

Com fogo de um cigano coração,
E cada vez mais sólidos, amamos,
Nos laços tresloucados da paixão...

GELIS
MVML
Publicado em: 11/08/2007 12:43:58
Última alteração:05/11/2008 16:22:29



De novo visito aquela praça
Sento-me no nosso banco...
Relembro o nosso amor, que tanto,
Fez-nos viver os dias mais gloriosos...
O tempo passa...
A história muda...
Tristeza funda absorve a minha alma...
Aonde te encontras?
Suspirando eu indago...
Serás feliz?
Aindas te lembras de mim?
Ou fiquei como uma lembrança boa,
De um passado que não mais retorna?
Ainda me amas?
Clamas como eu, por uma chance de reencontro?
Ou havendo morto o amor, vives,
Como se tudo fora um breve sonho?
Com os desejos já rotos,
Ao léu do abandono?
Ah, tudo eu daria para saber de uma resposta...
Quem ama sempre aposta,
Na felicidade do ser amado...
E como eu quisera ter você do meu lado...
Ver renascer do tempo, amor tão encantado...
E que me fez tão feliz!

Meninos descobrindo o que é o desejo
E toda insanidade que ele traz.
A mão audaciosa, o nosso beijo,
A noite e a solidão, o medo, a paz...

Os primeiros poemas, num versejo
Ingênuo, muito aquém de um verso audaz,
Porém com todo sonho que é capaz
Quem tem na vida um rápido lampejo

Do qual a mocidade se nutria,
As pernas tão distantes, o portão.
A dança, as febres loucas, fantasia.

Princesas e castelos, cavaleiros
No jogo fascinante da paixão,
Mas são, como jamais, mais verdadeiros...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 18/08/2007 16:45:18
Última alteração:05/11/2008 14:58:40


Sereia sem mar
Sozinha na praia
Te espero meu bem
Na tarde que vem...

No céu vejo a lua
E espero encantada
Você, para amar,
Deslumbrada e nua...

Vislumbro uma nudez em transparências
Na contraluz marcando os belos seios.
Calor que assim nos traz malemolências
Em ventos tão suaves, devaneios...

As coxas bronzeadas... a promessa
Da dádiva divina feita fêmea,
Vontade de te ter que se confessa;
Minha alma de tua alma, quase gêmea...

Gemidos, enxurradas, cordilheiras
Suores e sorrisos, colo, encanto.
Palavras e carícias verdadeiras...
Como eu te amo; querida, tanto, tanto!

E o tempo de querer-te não termina,
É feito de promessa em luz e sina...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 25/08/2007 09:26:33
Última alteração:05/11/2008 13:07:01



Amor que precipita
Pepita diamantina
Que enquanto nos agita
Futuro determina
Menina que se entrega
Aos sonhos do menino
Destino já navega
Mudando a nossa sina.
Assinas alegria
Em farta profusão
Fusão de corpos loucos
Entregues à paixão...
Publicado em: 19/06/2008 21:19:53
Última alteração:19/10/2008 21:09:42



APAIXONADOS /

Doce amor encantado...
Surgido como o sol
Ao norte de meu caminhar errante...
Não te esqueço um só instante...
E quando desce a noite silenciosa,
Em sonhos te levo...
Minhas trevas, teu olhar ilumina...
Doce sina, me fez te encontrar

Um cavaleiro alado
De estradas vai repleto,
De um sonho enamorado
Nos sonhos me completo

Sabendo que meu fado
É ter estrela guia
Decerto sempre ao lado
Em vida e fantasia,

A dona do castelo
Talvez não percebesse
Que o sonho que revelo,
Em formato de prece

Levasse meu corcel
A procurar seu mel...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 08/09/2007 15:36:43
Última alteração:05/11/2008 06:44:33


APAIXONADOS /

Na noite que se anuncia,
de estrelas e de lua,
eu abro a porta da rua
e te convido a entrar.
Entra amor, fica á vontade,
me toma em teus braços e sente
esse meu corpo que arde
de desejos insatisfeitos.
Mistura tua boca na minha,
me toma, me aperta em teu peito...
Por favor, não vá agora,
fica comigo esta noite,
fica comigo em meu leito.

A noite inteira; estou ao teu dispor,
Inesquecíveis sonhos realizados,
Vagando por divinos, belos prados,
Enlouquecidos, plenos. Tanto amor...

Eu tenho tanta coisa a te propor,
Iremos em conjunto, pareados,
Na busca por carinhos, nossos fados,
Até que em bel prazer, venha o torpor.

Lençóis, puro cetim, colcha em retalhos,
Nada nos importa senão saber
De toda uma alegria a desfrutar

E conhecer, decerto os teus atalhos,
Rumando sempre célere ao prazer
Que apenas no teu corpo, irei achar...


HLUNA
MVML
Publicado em: 03/09/2007 22:43:00
Última alteração:05/11/2008 12:12:35



Amor que nada carece,
Que de sí mesmo se aquece,
Emoldurando a ventura...
Prece que ao céu se eleva,
Desfazendo toda treva,
No céu acendendo estrelas...
É o amor que te ofereço.
Que sequer roga um apreço,
Maior que sua própria sina...
Amor puro de menina,
Que da vida nada espera,
Senão ver o teu sorriso
Estampado, bem preciso
No olhar que te venera.

Eu trago esta moldura em rara cena
De amores envolventes e sutis.
Felicidade é feita em noite amena
Alando nosso sonho, um aprendiz

Que vive em juventude luz serena
Alçando um canto livre, como eu quis.
A porta que se abriu já não se empena
E deixa a luz entrar, querendo um bis.

Estampas em teu rosto angelical,
Um riso que promete mais audaz.
Porém o verso manso e natural

De qualquer forma, amada me compraz.
Menina se mostrando sem igual,
Doce veneno em noite plena traz.

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 12/09/2007 16:24:36


Assaz, paixão tão louca, não contenho
Tal fogo, labaredas de um vulcão
Qual Vênus, aos teus beijos, estremeço
Cadente, sou estrela, em tua mão...

Por Eros, vou desnuda, em tua cama
Queimando neste fogo, em pura chama
O sexo, meu corpo, o coração
Em fúria, sou luxúria, só tesão!


Errantes quais cometas, lábios, dedos,
Segredos em luxúria descobertos,
Abertos cofres, sangram em prazeres
Do queres e também sinto o querer
Pulsando nos recônditos, fornalhas,
Batalhas entre corpos que se entranham,
Banhados por estrelas e luares.
Nas ondas, explosões em mares, ritos.
Nudez assaz divina, fogo e chama,
Alçando um paraíso, trama a noite,
Acoitas as vontades e os desejos
Nos teus lampejos sinto uma erupção
Tesão inesgotável, louca busca,
Em bruscas tempestades, turbilhões
Bilhões de estrelas bebo no teu gozo...

CARLA BALESTRELI
MVML
Publicado em: 18/09/2007 14:13:35




Prazer é estar sempre em teus braços,
deitada em tua cama sem saber
se, acaso, vôo solta pelos espaços,
ou sonho só em doce adormecer.

Vontade de ser tua toda nua,
vontade de me dar tudo esquecer.
Mal vejo os raios que vêm da lua,
contigo quero me achar e me perder.
Menina recriando a fantasia,
mulher que se entrega em plena orgia.


Vontade de encontrar tua nudez
Na cama prazerosa dos meus sonhos,
Roçando tua pele, corpo e seios,
Com lábios tão vorazes e risonhos.

Depois dançarmos juntos, ritual,
Acasalarmos gozos e promessas,
Num sensual caminho em que me embrenho,
Aonde teus desejos me confessas,

E assim noites afora, sem limites,
Dando vazão a tantas fantasias,
Bebermos deste sonho afrodisíaco,
Amor que se promete em mil orgias...

HLUNA
MVML
Publicado em: 26/09/2007 20:21:22




Os versos não falam tudo
Nas entrelinhas a mensagem
Coração pulsando presencia
No calor que exala coragem

A porta está entreaberta
O perfume soltando o aroma
O cheiro do bem me quer
Completa esta hora em redoma

Sonhos perduram enquanto
Sentimentos comungam a dois
Como um pássaro buscando
Seu ninho agora ou depois

As estrelas brilham do alto
O Céu sorrir deste par
Que nada mais da vida deseja
Sonhar sorrir poetar e amar



Vou a mando da vontade
De te amar o tempo inteiro,
Vou amando de verdade,
Procurando rastro e cheiro

Da mulher maravilhosa
Que eu conheço e que desejo.
Moça bonita e dengosa
Venha cá me dar teu beijo.

Sou teu par, o mais constante,
Nestas danças ao luar,
Meu amor, fica gigante,
Eu quero te namorar.

No sertão da minha terra,
Ou nas ondas deste mar,
A paixão que o peito encerra
Faz o meu olhar brilhar...

SOGUEIRA
MVML
Publicado em: 02/10/2007 18:57:45


Ouvi teu canto lúgubre
Invadiu meu ser a mesma sensação
Esperar quem ficou de vir e nunca vem
Causa-nos irremediável sofreguidão

Não resistindo a este teu canto
Que embora triste mostra-se apaixonado
Adiei importantes compromissos
Só para ficar inteira em teus braços

Sabes que persigo todos os teus passos
Os meus por te são registrados
O que então podemos fazer
Se não conseguimos ficar calados?

A saudade quando chega meu amor
Como fera indomável nos ataca
Dilacera sem pena nossos corações
Deixando-nos de mentes atadas
A saída são nossos versos
Alívio para as almas gêmeas enamoradas

Saudades de teu beijo
Vontade de poder
Expor o meu desejo
De ter vivo prazer
Na boca que procuro
No anseio delicado,
Aguando o chão tão duro,
Mudando a sino e o fado,
Um canto que se entregue
Em versos, desejosos,
No mar que enfim navegue
Carinhos prazerosos.
Fadado a ter saudades
De quem eu quero bem,
Tantas felicidades
Contigo eu sei que vêm.
Arcando com meus sonhos,
Teus lábios, tua boca,
Em dias mais risonhos,
Vontade que se aloca
De ter saudade extinta
Em noite intensa e bela,
Tocado pela tinta
Que enfeita em aquarela,
No canto que pressinta
Presença desta estrela

GELIS
MVML
Publicado em: 08/10/2007 21:05:06



Caminhando sem destino
te encontrei à minha frente.
Vi teus olhos reluzentes,
a expressão de menino...
e me quedei fascinada
como se um raio tivesse,
de repente, me atingido.
Desde então, apaixonada,
eu percorro minha estrada
ao amor cantando preces.
Bendito sejas, Cupido


Um moleque bem traquinas
Este Cupido danado,
Olha as saias das meninas,
Vira vento e faz soprado.

Moça bonita, fascina,
E depois mirando a meta,
Bota fogo em cada esquina
Atingindo com a seta.

Eta moleque arretado,
Faz chover lá no sertão,
Alimentando o roçado
Na lavoura: coração.

HLUNA
MVML
Publicado em: 16/10/2007 18:19:41




Ah, meu amor suspiro...
Estarei a dormir..
Quando chegares....
Tentei ficar acordada...
Fiz promessas tolas...
Recorri a truques...
Mas adormeci mais depressa...
Reclama todos os teus beijos...
Amanhã serei eu a pedir-tos...

O sonho mais airoso encontramos,
Vibrando em nosso peito, imensa sala
Aonde com certeza desfrutamos
Do amor que se faz grande em alta escala,
A sorte transformando, deslumbramos,
Numa certeza imensa de tocá-la.
Caminho benfazejo feito em glória,
Mudando todo o rumo desta história...

MARTA TEIXEIRA
MVML
Publicado em: 18/10/2007 19:20:20




Morena eu não sou, mas já me adentro
Nesta noite de chuva sem estrelas
E fico do teu lado sempre atenta
Com todas as vontades e desejos

Na claridade o relâmpago me assusta
Depois vem o trovão que apavora
Mas sentindo tua presença do meu lado
Todos os medos e sustos vão embora

Que chuva mais gostosa pra aconchego
Juntinhos corações batendo eu posso
Sonhar que o mundo é sempre nosso

Que esta chuva nunca pare neste Céu
Navegando rumo a ti miragem certa
Na ventania te esperei portas abertas


Abrindo a minha porta, vou à rua
E vejo em ventania, a tempestade,
Rasgando o coração, ninguém mais há de
Impedir a minha alma que flutua

Tomando a direção da bela lua,
Rasgando todo o vento, em liberdade,
Andando pelas praças da cidade,
Alçando esta esperança, rara e crua.

Beijar a tua boca num momento
Vagar pelos espaços; ir ao Céu,
Montado numa estrela, meu corcel,

Chegando à fonte rara feita em mel.
Não tenho mais temor, busco emoção,
Em pleno temporal, bebo o trovão...

SOGUEIRA
MVML
Publicado em: 25/10/2007 17:53:43



Leio e releio as tuas palavras...
Sinto-lhe o mel...
O desejo...
No calor que me inunda...
Quando a tua mão me busca.......
Acariciando a minha coxa...

Vibrando em frenesi quando te toco
As coxas, pernas, seios e virilhas,
Olhares desejos eu desloco
E sinto este fremir em maravilhas,

Prazeres que busquei aonde aloco
O quanto bem te quis, percebo as trilhas
Tomando com certeza todo o foco
Vertentes de vontades andarilhas.

Beijando o teu pescoço, um arrepio
Que corre por teu corpo te excitando,
Teu seio tão gostoso, assim macio,

Aos poucos mansamente te desnudo,
E sinto este desejo me encharcando,
E invado teus caminhos, vou com tudo...

MARTA TEIXEIRA
MVML
Publicado em: 09/11/2007 15:20:35


Febril
Nada dizes
Em palavras audíveis...
Mas meu olhar te lê
Coração te ouve
Minhas mãos deslizam cegas
Mapeiam tua geografia
Braille do prazer que silencioso grita
Em cada espasmo, a me dizer
Que o meu amor te agita
Promove a grita no teu ser...

“Eu amo tua pele e tua cor”,
Na brônzea majestade em que se pinta
A mágica emoção do pleno amor,
Imagem superposta, mas distinta
Dois corpos que prosseguem a compor
Usando em comum senso a mesma tinta.
Amor que desbravando a fantasia
Conhece em plenitude geografia...

ANA MARIA GAZZANEO
ML
Publicado em: 29/11/2007 12:30:1



APAIXONADOS /

NA SUTILEZA
NATUREZA
UM TOQUE
UM BEIJO
VERSEJAR DA ALMA
PAZ E CALMA
BAILADO INSÓLITO...
ACÓLITOS DO AMOR...
VERSOS
RIMAS
CANÇÕES
EMOÇÃO À FLOR DA PELE...
MANTO AZUL
CÉU DE ESTRELAS
E A CENA
INSANO CORTEJO
MEUS DESEJOS
ACUCENAS AO VENTO
PENSAMENTOS QUE TE BUSCAM
LUZES QUE OFUSCAM
VERDADE, DISTÂNCIA
QUE O AMOR TENTA TRANSPOR...
OH! PUDESSE E TE BEIJARIA AGORA!

Seixos olhos, eixos
Molhos de flores
Falazes fortunas
Nas dunas dos sonhos
Aderno meu barco
Barcaças entranho
Carcaças esqueço
Se vou meio estranho
Amor obedeço
E teço em estanho
Palavras e versos.
Reversos passados
Agora dispersos
Alados momentos
Em tentos intentos
Radioativamente
Apaixonado...

ANA MARIA GAZZANEO
ML
Publicado em: 03/12/2007 20:01:01


Ofereço-te...
A rosa mais bonita...
Aberta, viçosa...
Nela deixei um beijo..
Soprei outro para o ar...
Mergulhei um terceiro no
perfume que paira...
Deixo-te sinais...
Sinais de mim...
Para que venhas ao meu encontro.....................

A rosa da paixão desabrochando
Trazendo pro canteiro festa e gozo,
Assim também ao ver que está chegando
Batendo em minha porta, amor gostoso

Que é feito de esperança e de alegria,
Deixando este perfume como rastro
Da rosa que nasceu em claro dia,
Uma alva maravilha em alabastro.

Quem dera se esta flor pudesse estar
Comigo, num momento tão tristonho,
Decerto tanto iria perfumar
Fazendo o meu jardim ser mais risonho.

Na tua tez bonita e mais viçosa
Floresce uma esperança feita em rosa...

MARTA TEIXEIRA
MVML
Publicado em: 15/08/2007 12:37:18



Profusão de amor, entorpece-me!
Trago o corpo em chamas...
Se disseres que me amas,
Que sou tua flor...
Que o meu amor te inflama...
Chama acendendo chama...
Verdadeiro incêndio
Sei, nos queimará!

Encontro no teu corpo latifúndios
E invado qual posseiro, cada canto.
Suores e desejos, sexos, funde-os
Em sedes que se aplacam com encanto

De quem sabe das sebes e das sedes,
Das sedes dos prazeres mais audazes,
Esteiras, camas, matos, morros, redes,
Em rituais fantásticos que fazes.

Nas frases, fases, ases, lábios, fogos,
As mãos, os dedos, línguas e carinhos.
Sabemos não ter regras nossos jogos
Nos achamos/perdemos nos caminhos

Que levam com calor, sensualidade,
Ao auge, na total felicidade...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 18/08/2007 10:52:23




Que me importa, que tudo passe, se eu te amo?
Por este amor, não cederei aos desenganos
Que descortinam, cada dia, o meu viver...
Quero te amar, e neste sonho, me perder...
E me furtar de então pensar, no amanhã...
Se vivo o amor, o amor me basta, tudo é festa...
Doce magia, que aos meus dias, inda resta!
Quero meu bem, no teu amor, achar meu fim...

Um simples cantador
Sangrando este emoção
Vivendo com ardor
Os versos da canção

Que mostra que este amor,
Moldura da paixão,
Que traz ao trovador
O bem da salvação.

Assim então versejo
Em novos madrigais
Falando do desejo

De amor que é bom demais.
Querida, quero um beijo,
Não me deixe jamais...

ANA MARIA GAZZANEO
Marcos Loures
Publicado em: 16/07/2007 21:53:51


Se ao te buscar,
Te encontro assim,
Tal como eu,
Enamorado...

Espanto o fado...

E sendo amada,
Beijo a tua boca...

E quase louca,
Bebo o teu mel...

Sinto me alada...
Chego ao céu...

Amar além de tudo o que percebo,
Numa emoção diversa e salutar.
Do vento que mais quero e que recebo
Vontade de voar, ganhando o ar
Com asas que não tenho, mas concebo,
Nos braços da esperança vou vagar....

Alados como sonhos, versos leves
Levando para estrelas, infinitos...
Pedindo que sem tréguas já me enleves
Sabendo dos louvores mais benditos
Nos sentimentos puros e tão breves
Soltamos pelos céus os nossos gritos

De intensa sintonia e liberdade
Nas ânsias de saber felicidade!

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 04/05/2007 21:14:12



Nessa fé que expressa,
Mais que uma esperança
U´a certeza plena,
Tempos de bonança...

Te quero comigo,
Em todos os dias,
A semear sem medo
Sementes genuínas
De doce alegria...

Que um cantar que encante..
Tome a nossa voz...
A semear o amor,
Sementes de céu...

Semear estes sonhos pela Terra
Espalhando este canto genuíno.
Aonde uma esperança já descerra
Os olhos delicados de um menino.

Marcando nosso amor em cada verso
No doce sentimento que nos guia.
Abrindo novamente este universo
Imensa liberdade em alegria.

Captando todas luzes multicores
Das estrelas-balões quais pirilampos,
Da luta pela paz dois lavradores
Arando sem parar os vários campos

Nós somos cantadores da emoção
Marcados pelos ferros da paixão...

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 05/05/2007 21:12:06


Na febre e na paixão, a noite passa,
Disfarces entre colchas e lençóis.
Nas sedas, nos cetins, rendas e brilhos,
Na cama; misturados nossos sóis.

Se somos o que somos sois intensa,
Recebo teus afagos com prazer.
Rolando pelos céus fogos e luas,
Argentando um sublime amanhecer.

E assim, apaixonados passageiros
Fazemos de nós mesmos, horizonte.
Selando nestes toques mais febris,
Bebendo nosso amor em pura fonte...
Publicado em: 25/09/2007 21:16:30
Última alteração:28/10/2008 15:37:26



Faca e gume
fome e cama,
senzalas...

exalas teus perfumes
e finges que não vês
invés de ser cordata
acorda a tua ira
e gira qual pião,
pivô dos meus desejos.

Mergulho adulo apuro
mas não suporto
o peso do vazio
em que me deixas.

Gueixas, seixos, sexos.
A noitada é boa
a vida, à toa,
à tona os gozos.

Tolices
atiços,
riscos
bisas
avisas e
voltas.

Carrossel..

bendito seja o fruto
do ventre, centros
cimos sem limos,
lemes sem rumos.
Ancoro
dedos e lingua,

extingo o vulcão
vulvares
valvares
tenazes
algozes
e deliciosos...
Publicado em: 05/10/2007 20:23:49
Última alteração:28/10/2008 14:12:32



Nas nuvens vejo-me em plena tarde
Mirando o sol poente com saudade
Encontro rara luz que me empolga
Deixando em harmonia pouca folga

Estendo minhas mãos dou-te sorriso
Apreço-me nestes versos com carinho
Aqui no CRP apresso a rima
E a mensagem leva minha estima

Enxugo todas as lágrimas na distância
Envio o coração saudade em chama
Estendo a bandeira momento clama

Na fantasia das ilusões deito o abraço
Juntinho aos teus versos vivo encanto
Navego no teu rio sem duplo pranto


Deitando neste chão, te peço colo,
Embora nada mais tão obsoleto
Fingir que tão sozinho já me enrolo,
Não passo, sem te ter, simples inseto.

Mas vejo nos teus olhos a promessa
De termos espalhados nosso sonhos.
De tudo que carrego, uma remessa,
Levando por caminhos mais risonhos...

Acordo sem teus braços e me queixo
De amor que não possuo mas desejo.
Rolando nestas águas, triste seixo,
Espera ansiosamente por um beijo.

Que tanto prometeste mas negaste,
Amor para crescer pedindo uma haste.

SOGUEIRA
ML
Publicado em: 17/12/2007 20:56:45





sim, eu sei que tu me amas.
Basta ver os teus olhos como brilham
mal eu chego e me posto à tua frente,
te ofertando o meu mais belo sorriso.
Felicidade é sentir tua presença
todo dia, toda noite, a meu lado.
E assim quero eu seguir na vida
caminhando só contigo meu amado.
Sem pudores, sem temores:
nosso amor explode em cores.



Paixão alucinante e sem juízo
Domina cada passo sem pensar.
Vivendo, num pecado, o paraíso
Aos poucos, nos começa a devorar.

Um sentimento assim, tão impreciso
Não deixa nem um jeito de lutar,
Chegando quase sempre sem aviso,
Mal posso, num segundo, respirar.

Ao perder a cabeça, perco o senso,
Vagueio por teu corpo sol e lua,
No mar onde navego; tão imenso

Não tenho mais sentido, nos astrolábios
Meu rumo em teu corpo já flutua
Ao sabor das buscas dos meus lábios...


HLUNA
ML
Publicado em: 21/12/2007 15:19:31



A paixão que nasceu por você
è como uma luz que faiscou
Agora começo a enxergar melhor
Ninguém disse nada...
mas minha alma acordou
para me avisar como é bom o amor
Sei que não devo ter medo de você
porque posso colocar tudo a perder
Meu amor por você é eterno
Vai muito além do meu viver
Fico feliz...
Só pelo fato de você existir
Te amo...

Num labirinto imenso me perdi
Em busca de mim mesmo, nada achei,
Porquanto quase que me convenci
De que nada mais sei e nem serei.

Ao ver-me sem destino foi que vi
A porta semi-aberta que encontrei
Mostrava-te bem perto, logo ali,
Saída transformada em regra e lei.

Amada, não me perco mais do rumo
Levado pelo brilho de teus rastros.
Não sabes, mas em ti, meu bem, aprumo

E percebo que esta sorte já mudou.
Meu céu buscando assim por tantos astros,
Apenas os teus passos encontrou...


LUCIANA DIAS
ML
Publicado em: 22/12/2007 20:25:56
Última alteração:22/10/2008 21:15:55


A palma da minha mão..
Encaixa-se, enrola-se na tua..
Molda-se, desliza...
Saboreias a suavidade da minha pele..
Desvendas o meu cheiro...
Sentes a minha alma...

No tempo do meu sonhar,
Tempo que vai tão distante,
Procurando a todo instante,
Por tempo, espaço e lugar,
Acreditando passar,
A temporada da vida,
Numa luta divertida
No meio da tempestade,
Trazendo amor de verdade,
Sem ter lágrima sentida...

Tempo me traz essa brisa,
Onde o coqueiro balança.
Traz um guerreiro com lança;
A mão nesse mar que alisa,
O riso da Mona Lisa,
O medo de não prosseguir,
Meu tempo de tempo vir,
Nos contratempos sem medo,
A vida faz arremedo,
Do tempo que já perdi...

Não sei dessas temporadas,
Que a criança guardou,
No tempo que era d’amor,
Agora são massacradas,
Bandas da vida, guinadas,
Nas grinaldas me lancei,
Tanto tempo eu já passei,
Mas não me deixaste em paz,
Tanto tempo fui capaz,
De tentar o que não sei...

Versos trago sem tempo ter,
Tempo tenho pra sonhar,
Temporais para chegar,
Onde teimo me entreter,
Saberia sem saber.
Não vivo sem temporais,
Quero muito e tento mais,
Não sossego com tão pouco,
Tampouco gritando rouco,
Tempo, preciso demais...

Na curva da temporada,
Que passei lá nas Gerais,
Tempo templo até me traz,
O que julguei emperrada,
A sorte já vai danada,
A morte é mote sem fim,
Quero tempo para, enfim,
Firmar o meu pensamento,
Que transforma todo vento,
Tempo que pedi pra mim...

Meus cadernos tão antigos,
Me perco nas espirais,
Num jazigo, aonde jaz,
Os meus sonhos são castigos,
Tempo me aponta os perigos,
Curvando nesse meu lago,
Onde meu tempo eu afago,
Onde não tenho porque,
Quero já ver e vencer,
O meu tempo anda tão vago...

Teimoso sei não caço,
Rãs perdidas no brejo,
Amores lá d’Além Tejo,
Nas vilas perdi meu laço,
Vencendo enfim, meu cansaço,
Quero fazer o meu canto,
Trazendo com tempo encanto,
Nos vales quero profundos,
O melhor de tantos mundos,
Teve tempo pro meu pranto...

Um desejo trem gigante,
Que na vida tem tempero,
Fazer amor com esmero,
Pela vida radiante,
Estando só por instante,
Nos braços da minha amada,
Passando essa temporada,
Deixando o tempo prá trás,
Meu tempo de não ter paz,
Procurando nova estrada...

Tempo de ser mais feliz,
Tempo de ter esperança.
Tempo de ser tão criança.
Tempo que o tempo não diz,
Tempo de ser aprendiz...
Tempo de não ter mais medo,
Tempo de guardar segredo,
Tempo de se ter saudades,
Tempo de dizer verdades.
Tempo que faz meu enredo...

MARTA TEIXEIRA
ML
Publicado em: 30/12/2007 19:37:22
Última alteração:22/10/2008 21:30:42




Apaixonada, de há muito estou perdida, / ficou louca ao sentir que
estás por perto, pois sem ti sinto anoite ecurecida, / e de sede vago
errante no deserto. // Teu amor para mim é luz, é vida, / é visão que
descortino a céu aberto. / Por ele eu sou valente, destemida, / me
protege com seu manto me acoberto. // Serei sempre a sereia em tuas
águas, / pra curar os teus lamentos... tuas mágoas.

HLUNA


Os cabelos caídos sobre o colo,
Negritude divina em alvo viço.
Contraste mavioso, céu e solo
Serpenteando... Quanto te cobiço!

Na trança distraída, o esplendor.
Meu desejo transborda e narcotiza...
Por vezes se imiscui tolo pavor,
Nas minhas catedrais, sacerdotisa!

Delírios sensuais na bela tela,
Uma obra prima feita do prazer.
Cabelos negros, crinas, amor sela...

Galopo meus desejos infinitos...
Vontade de ficar, voar, viver...
Obrigado meu Deus... Sonhos benditos!
Publicado em: 25/03/2008 23:16:38
Última alteração:21/10/2008 22:07:05


E tudo isto
por causa
desta paixão,
sem limites,
e eu não
tenho como
esquecer ...
(ivi)

Palavra que te disse, mansa e louca;
Trazendo teu desejo para mim.
A boca procurando tua boca,
No gozo dessas flores no jardim...

Amada, como é bom falar que eu te amo!
Palavras, sentimentos tão profundos...
Qual lobo solitário; tanto chamo,
Meus olhos viajando nos teus mundos.

Deitado sobre a grama e sob a lua,
Ao ver-te em transparências caminhando,
Teu corpo se define e semi-nua;
Aos poucos meu olhar te desnudando...

E sinto teu respiro junto ao meu,
Meu corpo, nosso corpo, se perdeu...
Publicado em: 31/03/2008 19:24:51
Última alteração:21/10/2008 20:14:43



E,
neste tempo
que anda,
que se move,
e se esvai,
eu te prendo
a mim ...
(ivi)

Olhos cerrados, penso no teu vinho
Venho devagar, livre dos temores
Bebendo cada gota até chegar
Extasiante gozo em plenitude.
Felicidade é fênix, renova-se
Nos lábios e nos sonhos mais audazes.
Fartura de prazeres, vou liberto
Na bêbada emoção desta alegria.
Contemplo cada festa em teu olhar
E a dança interminável dos prazeres...
Publicado em: 09/04/2008 20:35:59
Última alteração:21/10/2008 18:20:06


De todas as mulheres, a mais bela
E ao ver-te sinto logo, esta emoção
Que, devagar, ocupa o coração
E assim, de nossa história cuida e zela.

E a vida passa a ter um novo encanto,
Pois domar não se pode o sentimento,
Nem impedir que surja o pensamento
E nem ao coração tão suave canto!

Canto de amor que vem do fundo d’alma
Inspirado nas formas delicadas
Desse teu corpo, que me excita e acalma.

E ouvindo esta canção, à luz da aurora,
Pensando em ti, nas luzes de alvoradas
O velho coração, no peito chora!

MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 10/04/2008 14:29:07
Última alteração:21/10/2008 18:21:34




Nesse amor o meu celeiro.
Promessas de amanhecer,
Vontade de renascer
E vagar o mundo inteiro.
Vivendo sem ter queixume,
Espalhando um bom perfume
Por campos, terras e mares,
Sem temer sequer a luta,
A vida que fora bruta,
Desmaia em belos luares.

Vestígios da solidão
Dormitam, não amanhecem,
São cadáveres que apodrecem.
Fenecem na podridão.
Os vermes já devoraram
No passado, se esgotaram...
O canto do passarinho
Engaiolado d’outrora
Há muito já foi embora,
Não cantarei mais sozinho...

Meus versos procuram rimas
Nos claros desta paisagem
Na brisa mansa, na aragem,
Pomares, laranjas, limas...
Nas flores deste jardim
Perfumes, rosas, jasmim...
A mão macia da vida
Desliza num rosto calmo.
Meu canto, meu manso salmo,
A dor deveras vencida!

Nem as densas tempestades
Que cismam pelos espaços,
Trazendo futuros baços,
Nem as garras das saudades,
Nem a morte que angustia,
Com a mão cortante e fria,
Nem a sombra da mortalha,
Nem sequer o vago medo
Conhecedor do segredo
Do corte desta navalha.

Nem o vento do deserto,
Nem procelas e quimeras
Nem o bafio das feras,
Nada mais anda por perto.
Minha vida se renasce,
Amor me mostra outra face,
A face mansa, serena,
De quem sabe perdoar
Do beijo manso do mar...
A vida renasce plena!

Vestido de paciência,
Rompendo com tristes elos,
Dias se passam tão belos
Refazem-se na clemência.
No perdão, no amor completo
De saber-se predileto,
De saber que é tão feliz,
Do saber-se iluminado,
De saber do belo fado,
De ser tudo o que se quis!

Amor desta estrela guia
Que da noite fez a luz
Abelha que mel produz
Derramando poesia
Nos rumos belos, floridos,
Nos caminhos divididos,
Olhares de mansa delícia,
Sem as trevas, negra noite,
Sem cicatrizes, açoite,
Nas mãos, a plena carícia!


Amor que nunca promete
Não me torna prisioneiro,
É tinta do meu tinteiro.
É brilho que me reflete.
Amor, promessas divinas
Das águas mais cristalinas!
Recebendo manso beijo
Da fantasia mais pura.
Refletindo tal ternura
Que me inunda de desejo!

Amor praieiro destino,
Enfrentando a solidão,
Abençoado perdão.
Meu peito refaz menino.
É brilho, doce manhã,
Esperança temporã
Trazendo-me calmaria
Dedico meus longos versos,
Aos seus belos universos,
À luz clara desse dia!
Publicado em: 24/04/2008 17:37:16
Última alteração:21/10/2008 13:27:10



Em mim,
colocas
pedaços teus ...

Me levas
ao céu,
se puderes,
me mostrando
amor e paixão ...
(ivi)

Feche os olhos querida, pois desejos
Rodam na nossa noite, nosso encanto.
Feche esta janela, nossos beijos
Não querem testemunhas. Somos tanto...

Tanto quanto retinas podem ver.
Tanto quanto podemos pressentir.
Tanto quanto podemos receber
Tanto quanto queremos nos sentir...

Feche os olhos amada, e as janelas...
As portas abertas querem paz.
Estrelas vão girando; nuas, belas...
Sabendo do que amor se faz capaz...

Tanto quanto te quero, nos queremos.
Tanto quanto queremos, nós podemos...
Publicado em: 26/05/2008 21:10:29
Última alteração:21/10/2008 15:18:50


O amor sentimento lindo
quando correspondido.
O amor que tenho por você,
é tão puro e verdadeiro, mas
tão dolorido por que amo você.
E não tenho você pra me amar,
e você esta vivo, amor de minha
vida, te amo desesperadamente...

CIDA F.A

Coração apaixonado
Não se cansa de sonhar,
Tendo amor sempre a meu lado,
Paraísos vou buscar...
Publicado em: 02/09/2008 18:25:23
Última alteração:08/09/2008 04:54:29


Amantes sonhos
Dentes, garras,
Bocas olhos
E no jogo sem jugo
Não julgo cativos,
Vivos sentimentos
Transbordam
E transformam
Sonhos em ação.
Publicado em: 30/09/2008 15:22:58
Última alteração:02/10/2008 14:52:33


Bebendo em tua boca o doce vinho
Inebriadamente apaixonado,
Vontade de chegar bem de mansinho
Meu rosto no teu rosto, estar ao lado
De quem modificou o meu caminho
Deixando esta tristeza no passado.
Amor que trouxe em paz a redenção,
Posseira dos meus sonhos de paixão...
Publicado em: 30/10/2008 17:27:19
Última alteração:02/11/2008 20:29:03


Fico imaginando assim nós dois
Com rosas perfumando o jardim
O amor fazendo-se tão perfeito
Parece sonho para mim;
Me olhas, de forma apaixonada
Dispara de emoção, meu coração
Quero tanto por ti ser amada
Traga junto este fogo, esta paixão;
Meu delírio, fascínio, minha loucura
Me fazes sentir mulher, sou amada
Te quero a todo instante comigo
Por ti estou loucamente apaixonada!


Vivendo a plenitude deste amor,
Encontro a liberdade em cada verso,
Buscando tão somente o teu calor,
Num sentimento nobre e tão diverso,
Encontro no jardim perfeita flor.
Vagando em alegria este universo
Estrela radiosa que me guia,
A certeza absoluta de alegria,

Paixão que nos domina, verdadeira,
Escravo deste amor, simples cativo,
Fazendo da emoção nossa bandeira
Nas fimbrias deste sonho, eu sempre vivo,
A noite se mostrando alvissareira,
Trazendo um brilho nobre e mais altivo.

Amada, não se esqueça do jardim
Que trago, transbordando dentro em mim...

ISABEL NOCETTI
MVML
Publicado em: 27/10/2007 20:39:24
Última alteração:03/11/2008 18:44:03



Por ti
Todo amor, que há em mim...
Pensamentos e desejos...
Sonhos, fantasias...
Passo os meus dias,
Na eterna poesia
De viver o amor,
Tal qual sonhei um dia...
Felicidade é ter você na minha vida!

Encontro nos teus braços
O mundo que eu queria,
Trazendo em belos passos,
Um sonho em que alegria

Mostrada em raros traços
Renasce da utopia
Aonde firmes laços
Tal qual tanto eu queria

Permitem velejar
Um mar de amor profundo,
Recebo do luar

O brilho benfazejo
Traçando num segundo
Destino que eu almejo...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 30/10/2007 20:06:30
Última alteração:03/11/2008 18:23:33



ATADA A TI
JÁ NÃO MAIS ME DIVISO...
EM RISOS
BAILO EM SENSAÇÃO DE UNICIDADE
FELICIDADE, TAÇAS DE VINHO
VOU A SORVER, DESTA VERDADE...
TE AMEI
ME ENTREGUEI EM ABANDONO
SOU TUA E ASSIM ME ACHEI
GÊMEO GOMO
MESMO POMO
SUMO EM GOZO
DE UM JEITO GOSTOSO
SABOREIO AO TE AMAR...


Bebendo gole a gole desta sanha,
Deitando meus carinhos sobre ti.
Vontade de te ter tão cedo assanha
E pousa o meu desejo colibri.
Na cordilheira em seios, na montanha
Deliciosa; o amor eu descobri
Nos gêmeos pomos, gozos em romã,
Bendito quem criou esta maçã!

ANA MARIA GAZZANEO
ML
Publicado em: 27/11/2007 14:49:19




a noite cai...
Vem o silêncio.
Minha alma grita,
quer saber por onde andas meu amor.
Nos falta ainda a linguagem do corpo.
Te contemplo pela alma.
Mas que gosto terá a sua boca colada a minha?
Como será o entrelaçar de nossas mãos trêmulas?
O ouvir de nossos corações batendo descompassados?
Conheço tua férrea razão.
Mas não sei o cheiro de tua pele.
E sonho com o delicado momento...
Em que olhos nos olhos poderei me declarar.

Sonhando com o encanto do momento
Em que se concretize este desejo,
Vivemos espreitando o sentimento,
Vontade de poder te dar um beijo...

Tocar a tua pele mansamente,
Sentir cada detalhe desejado,
E mergulhar profunda e mansamente
Te percorrer sem rumo, enamorado...

E ter cada segundo eletrizante
Emoldurado em nós qual rara tela,
Num toque tão sereno e provocante
Que todo esse prazer já nos revela...

Eu quero te sentir, pele macia,
Na noite que tivermos, de alegria...

Aracelly Loures
Marcos Loures
Publicado em: 20/02/2007 19:55:23
Última alteração:06/11/2008 12:06:52


A deusa do amor tem toda a culpa...
pois foi por inspiração dela,
Que me perdi totalmente por tal feitiço.

Nas noites frias quero contigo estar,
Com todo o teu amor,
Com todo o seu desejo...
Sei que irás me acalentar.

Nos dias ensolarados,
andaremos de mãos dadas pela praça...
E a cada sorvete, tingiremos
Nossos lábios com toda graça.

De volta ao nosso ninho de amor
Afrodite terá gosto tentador...
Pois foi essa deusa quem me ensinou
Te amar sem nenhum pudor.

Nossos corpos estarão unidos,
De desejos serão sucumbidos...
E cada novo toque...
Soará um lindo gemido.


A deusa se encantou com a morena
Mais bela que deus Júpiter criou;
Beleza sem igual quando me acena
A minha fortaleza derrubou,

Vencido sem quer sequer batalha,
Entrego-me aos teus braços, bela flor;
Perfume que domina enquanto espalha
Promessas divinais de tanto amor...

Olhando, no cerrado, tal canteiro,
Um templo se prepara p’ra Cupido,
Neste conto de fadas verdadeiro,
Remédio para um peito desvalido

Que sofre sem poder a flor cheirar,
E deixa-se, num êxtase levar...

Aracelly Loures
Marcos Loures

Publicado em: 27/02/2007 19:42:32
Última alteração:06/11/2008 11:35:31


Nos teus braços, sou feliz!
Me sentindo plena...
Realizada...
Já não te peço nada!

Vivo a saciar-me desta fonte...
Nascida, ontem...
A jorrar água tão doce!

Cântaro, na mão...
Meu coração,
Transborda de prazer!

Amar você,
Para mim, se fez...
A maior loucura...
Que o amor, em arte pura...
Pode tecer!
Tecendo em nossos corpos, bons teares,
As flores e os tapetes delicados,
Te peço para vir e me ceares
Com fome e com desejos, aos bocados,

Fazer-me teu repasto alucinante
Em mesa posta; bocas são talheres,
Incontroláveis sempre num rompante,
Com mil prazeres beijas e me feres.

Nesta arte, nosso jugo e liberdade,
Nos versos corações são as algemas
Que tramam tanto fogo e claridade,
Nas minas dos amores, raras gemas.

Imergindo em teu colo, salvo a vida;
Vivendo o nosso amor, vejo a saída...


ANE MARIE
Marcos Loures

Publicado em: 13/03/2007 23:37:42
Última alteração:06/11/2008 11:26:30




Tua ausência, esta saudade aos poucos me mata
A febre que sinto, sintoma da tua falta
Teu silêncio me fere, em meus olhos esta dor
Sim, estou doente, doente de tanto amor

Preciso de teus afagos a me ninar
Teus cuidados aqui a me cuidar
Teu sorriso me deixa a sonhar
Teus olhos, luz a me iluminar

Quem sabe em versos possas entender
Você por perto, ao meu lado, preciso ter
Destes tantos versos em carinhos expressar
Este sentimento ao teu lado sonhar


Vontade de te sentir aqui por perto,
Cuidando com carinho e atenção
Vivendo em nosso oásis predileto,
Sem medo de viver nossa paixão...

Que teve, em sua vida, tal deserto,
Nas dunas gigantescas, solidão,
Agora que no amor eu me desperto,
De novo, se tu fores, volta o não...

Mas sei que tu me queres... Vento diz,
Sentindo o teu perfume aproximando,
Novamente serei; amor, feliz?

Espero que a resposta venha urgente
Pois sempre eu estarei aqui te amando,
Aguardo que tu chegues, de repente...

Gi Guterres
Marcos Loures

Publicado em: 19/03/2007 13:08:43
Última alteração:06/11/2008 10:37:05




A sussurrar baixinho, em teus ouvidos...
Acariciando os teus cabelos...
Murmuro, em segredo...
Meu amor... Te quero!

Num beijo apaixonado...
Agarrada ao teu corpo...
Provo a doçura do mel,
E comprovo, tu me queres!

Noite de luar, promete-nos...
Viagem encantada...
Deixo-me então ser levada...
Pelos encantos do amor...
Completamente, apaixonada!

Continuo...
A acariciar teus cabelos...
Desgrenhos-os...

Neste amor,
Sou instrumento...
E como o vento...
Sei sentir e produzir em ti...
Sinfonias... Emoções...


Neste doce enlace...
Que o tempo passe...
Que não podemos retê-lo.

Mas aproveitemos cada instante...
Vamos sorver o cálice deste amor,
Servido em taças...
De cristal, diamante...

Embriaguemos-nos...
Dancemos noite afora este bailado...
Que te amo, namorado...
Com o mesmo amor
Que sei haver em ti, por mim!

Sussurrando baixinho, repito:
Eu te amo!
Estou perdida de amor por você!

Vibrando em nosso amor, por noite adentro,
Sem medo de saber-me apaixonado,
O mundo vai girando em novo centro
Em todo o meu prazer vai revelado.

Eu sinto o teu respiro quando arqueja
Roçando meus cabelos, tua língua
Amor quando demais, e se deseja,
Senão vier depressa, morre à mingua.

Por isso venha aqui, fica comigo,
Em meio a tantas fronhas, travesseiros,
Fazendo dessa cama o nosso abrigo,
Queimando-nos na chama por inteiro.

E quero que vibremos de prazer,
Num jeito tão gostoso de viver...

ANNE MARIE
Marcos Loures

Publicado em: 24/03/2007 21:22:06
Última alteração:06/11/2008 11:23:09



Fala-me baixinho........
Bem baixinho....devagar..........
Alongando cada silaba...........
Carícias inesperadas.......
Numa viagem suave até ao coração......
Inquieto, em revolta permanente.....
Desfalece com a paixão louca que nasce.......
Renasce com o beijo demorado com que me procuras.............

Viajo em tua boca, beijos tantos...
Paixão assoladora que me toma.
A bordo dos carinhos, teus encantos,
Pressinto que este amor quem vem me doma..

Sentindo tal beleza nos teus cantos
Uma alegria imensa já se assoma
Buscando desfrutar dos mesmos mantos,
Os corpos vão se unindo nesta soma

Que faz dos dois, unidos, serem um.
Ultrapassando a noite, dias, meses...
O medo se escondeu, não há nenhum

Nem nada que proíba mais. Eu quero
Te tocar, percorrendo por mil vezes
O templo deste amor, que eu já venero...

Marta Teixeira
Marcos Loures
Publicado em: 02/04/2007 10:02:54
Última alteração:06/11/2008 10:01:36




Te amar... Te amo!
E ao te amar, te chamo...

Vem dançar comigo...
Vem amor, amigo...
Brincar essa ciranda...

Vem agora...
Não demora...
Meu amor, te chama...
Vem prá nossa cama...

Que feliz, te espero...
Pronta prá te amar...

Brincando de ciranda com quem amo
Reclamo tua ausência nesta noite.
Da cama que sonhamos já te chamo
Vem logo que promete um bom pernoite,

O frio deste outono aqui inflamo,
E faço de meu beijo um doce açoite,
Buscando tua fonte que reclamo,
Em meio a tantas brenhas que me acoite

Os lábios desejosos e sedentos,
As pernas torneadas da morena,
Vibrando dentro em ti meus pensamentos,

Encontram o sonhado e sensual
Caminho que sorrindo já se acena
Depois de penetrar este portal...

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 09/04/2007 00:00:19
Última alteração:28/10/2008 17:20:29



Meu amor….
Navego, mergulho, afundo-me
Em cada uma das emoções, sensações…
que alastra…………
Pelas mãos pousadas nos teus ombros….
Pelo seio esmagado contra o teu peito…
Pela boca que a tua pele ama……………….

A tua boca amada me percorre
A pele assim exposta, toda tua...
O mel que dos teus lábios, manso, escorre
Em cada nova curva continua...

Permita que meu corpo ao teu já forre,
Com ânsias bem vorazes, pele nua...
O teu desejo ao meu, logo socorre
A cama, o quarto...tudo enfim, flutua...

Teus seios no meu peito, tentação...
Explodem mil prazeres incontidos
Marcando cada passo em sedução.

Mergulho no teu corpo, meus carinhos...
Os teus olhos reviram, vão perdidos...
Inebriante gozo... nossos vinhos...

Marta Teixeira
Marcos Loures
Publicado em: 14/04/2007 13:12:56
Última alteração:06/11/2008 09:33:16



Amado, não importa inverno ou primavera...
Necessito de tua presença, numa constante;
Meu corpo quer teu toque; Por Deus não fique
tão distante...
Tua ausência é para mim, dor profunda;
Quero estar aprisionada à ti, assim sou feliz...
Vem, meu amor, te darei todo meu carinho,
serei muito gentil...

Morena quero estar junto contigo
No frio que este inverno nos promete,
Nas cores deste outono, o teu abrigo
Ao sonho mais feliz, cedo remete.
Em primavera bela assim prossigo,
O amor que a gente faz, sempre repete...

Estou atado a ti, não mais duvido,
Amor é nosso guia e companheiro,
Não deixo o sentimento num olvido,
Te quero aqui comigo, o tempo inteiro.
Eu te amo em cada passo decidido,
Amor em pleno mar, nosso veleiro...

Estamos para sempre, aprisionados,
Nos laços deste sonho, apaixonados....

ISABEL NOCETTI
Marcos Loures
Publicado em: 25/04/2007 19:35:27
Última alteração:06/11/2008 08:40:54



APAIXONADOS...

Lembro-me da nossa primeira vez
foi numa linda tarde de domingo
começo de verão
atrás da cortina diáfana
tentei me ocultar mas como assim?
você podia ver até meu coração
corpos elétrizados, magnétizados,
suados sei lá...
entrelaçaram-se de uma vez
num ímpeto de paixão
milhares de abraços e beijos trocados
nossas almas em frenesi se encontravam
num jogo de sedução
e então...
senti que eu não era mais eu
éramos simplesmente nós.

Frenéticos desejos nos tomando
Em tanta sedução, impetuoso,
Loucura assim querendo e desejando
Amor que a gente fez tão prazeroso.

Eu quero e nem pergunto onde e nem quando,
Apenas debruçar em cada gozo,
Depois sentir meu corpo se inundando
Do mel que tu me trazes, mais gostoso...

Unidos em total felicidade,
Marcados pelo fogo da paixão.
Descubro em cada porto, uma umidade

Nas ondas deste mar em tentação.
Na chama que nos queima e tudo invade,
Acendo noite e dia, o teu vulcão...

GELIS
Marcos Loures
Publicado em: 04/07/2007 22:45:41
Última alteração:05/11/2008 19:50:26


APAIXONADOS...

Te peço, amor, nada digas
Deixa-me curar todas as feridas
Sabes que é todo teu meu coração
Não finjo mais esta minha emoção
Ao meu lado sempre te quis
Nos meus braços te fazer feliz!
Amor que é minha cura e salvação
Nos teus olhos a solução...
Sempre te quis bem mais que amigo
És o sonho que pros versos faz abrigo.


Querida, nos teus versos, a certeza
Que tanto procurei e pressentia,
Recebo no teu canto com leveza
Amor que deseja e que queria.

Vem logo transformar esta beleza
Na salvação completa em alegria,
Mantendo nossa chama assim acesa,
Percebo que terei um belo dia.

Amiga, minha amada, já meu tudo,
Ouvindo teu cantar, eu fico mudo,
Estático e parado, alucinado...

Sabendo deste amor, eu não me iludo,
Querendo te encontrar, apaixonado,
Te tendo, para sempre, do meu lado...

GIANA GUTERRES
Marcos Loures
Publicado em: 06/07/2007 20:36:59
Última alteração:05/11/2008 19:48:00

APAIXONADOS...

Ondas e mares
Rios e charcos
Barcos e berços
Floras e fainas.
Fomes, promessas
Versos, verões
Versões e reversos.
Sou âmago
Chamo teu nome
Trama bendita
Ditas e sinas
Aços, ações...

Somas, senões
Serpentes e beijos.
Risos, ruídos
Rimas e primas
Plainos e planos
Montanhas e vales
Galopes e motes,
Mortes, moréias
Marés e luares.

Assim somos nós
Atados os nós
Nas pedras, nos mós
Nas perdas e ganhos,
Assanha o cabelo,
morena, eu me enlevo
E me levas em lavas
Em levas e chuvas
Crivado de balas,
Abalas as salas
E calas não falas
Apenas ondeias.
Sereias, areias,
Nas veias, nos vasos,
Acasos sem caos
Ocasos, descasos,
Casos e culpas.
Desculpas e gozos.

E tudo renasce
Recomeça
Sem pressa
Sem preço
No apreço
Do amor...
Publicado em: 01/10/2007 11:50:35
Última alteração:28/10/2008 14:35:48


Menina safadinha de repente
Pedindo o meu carinho faz a festa,
No beijo que me dá, doce e envolvente
Felicidade brota e assim se gesta,
A noite se promete mais ardente
E a gente sem limites clava e fresta
Permite-se ao prazer interminável,
Gostosa brincadeira incontrolável...
Publicado em: 10/11/2007 11:28:35
Última alteração:28/10/2008 12:52:36



Prevejo o percevejo em que misturas
As iras e os teus sumos, somos dois.
No pus em que destilas tuas sanhas
Assanhas os cabelos e depois?
Depondo o que não pus e nem poria
Porejas teus venenos e magias.
Escrevo mil palavras, não consigo
Mostrar o que tu sentes, falso brilho.
Apenas estribilhos repetidos
E trilhos esquecidos contrabandos...
Publicado em: 13/11/2007 19:08:20
Última alteração:28/10/2008 12:53:14



Meu corpo em despudor te ofereço,
os seios e as ancas de potranca.
De amor há muito, já, que eu padeço,
e nada essa dor em mim estanca.

Quem sabe te achegando pressuroso,
tu mates a fome que me devora
cobrindo-me de amor. Ah! Tão gostoso...
Mas vem logo depressa, não demora.
Não quero, não, deixar para depois
o anseio que nos une, a nós, os dois.

Com sorriso maroto ela levanta
E mostra assim total felicidade.
A vida, nos seus olhos, sempre encanta
Num raio bem mais forte, liberdade.
Nem mesmo a dor terrível mais espanta
Menina que se fez em claridade...

Já sabe do poder de ser tão bela,
Os homens a seguindo com olhares...
Na força poderosa desta estrela
Paixões morrem, renascem aos milhares...
Queriam; todos juram, poder vê-la
Nas transparentes vestes; despertares...

O dia se anuncia em sol risonho
Na vida que por si já é um sonho..

HLUNA
ML
Publicado em: 11/12/2007 12:43:10
Última alteração:23/10/2008 10:06:12


Amor que sem medida e delicado
Um canto tão sublime me dizia.
Felicidade passa a ser meu Fado,
Nos olhos de quem amo; tanto eu via
A sombra mais distante do passado,
Que se ofusca na luz de uma alegria.
Amor é divindade que feito arte
Somente conheci ao encontrar-te.
Publicado em: 02/04/2008 20:03:08
Última alteração:21/10/2008 16:54:1


Tanto tempo procurando
Tanto amor para te dar.
A vida então se passando,
Tempo depressa a passar.
Lua quase desmaiando,
Eu desmaiando ao luar...

Se não fosse essa distância,
Moça bonita e faceira,
Não havendo discordância
A nossa noite primeira,
Com amor, com elegância,
Beleza mais verdadeira...

Eu te quero amanhã cedo,
Antes do galo cantar.
Meu amor, o meu segredo,
Vem prá cá que vou contar,
É te amar sem nenhum medo,
Desde cedo te adorar...

Recebi o teu recado,
Nessa caixa, nesse e-mail,
Tô ficando apaixonado,
Amando sem ter receio,
O resto deixa de lado,
Deixa amor, todo no meio...

Se não fosse por amor,
Como essa vida seria?
Nossa vida tem valor
Tem verdadeira alegria
Se pudermos, sem temor,
Amar, assim, todo dia!
Publicado em: 17/09/2008 21:28:19
Última alteração:17/10/2008 13:57:55


Como te esquecer, se amado, em mim
Tatuado vais, a mover os meus sentidos?
Sim, me esqueço de mim, mas de ti, jamais olvido...
Vais em mim a tecer, meus sonhos, risos...
Tens a face do amor, em mim, inciso...


Teu corpo tatuado em minha pele,
Marcado em cicatriz, doce e serena,
Vontade de te ter, logo compele
À boca delicada e tão pequena,
Amor que num desejo se revele
Promete uma emoção decerto plena.
Percorro no teu corpo, busco o cais,
Tomado por loucuras, vendavais...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 27/10/2007 18:03:38
Última alteração:03/11/2008 19:04:32


Apenas embalagem, nada além,
Deus salve a mini saia da menina
Mostrando aquele fundo de poupança...
Na velha que hoje vejo; geringonça
Que a vida desmantela... Oficina

Já existe pra driblar a triste sina
Botox! Peito e bunda criam massa...
Cabelos, dentes!O implante avança,
Milagres do dinheiro. Medicina...

Dinheiro faz o feio ser bonito!
Mudando o que antes; esquisito...
Mas nunca mudará seu interior,

Pois se a alma desse ser nunca brilhou
Aí só um Doutor pode dar jeito;
Deus faz, acredite, ele é perfeito.

Josérobertopalácio

Apenas embalagem, nada além,
Por dentro este vazio inconfundível
O cérebro demonstra tal desnível
Indecifrável oco, o que contém.

Parecendo impossível crer que alguém
Que faz da incompetência combustível
Sabendo ser o tempo este invencível
Feroz e intransponível; inda tem

Desplante de tentar ludibriar
Ao disfarçar as marcas no seu rosto,
Porém neste cenário assim exposto

Não consegue; decerto, me enganar
Negar a realidade; um disparate
A vida sempre dá seu xeque-mate.
Publicado em: 22/05/2009 09:17:57
Última alteração:17/03/2010 19:07:20


Apenas por tributo quero o riso
VAI

Vai, não é preciso deixar nada
Leva os teus trecos, tuas veste
Leva a lembrança já desbotada
Nessa primeira foto que me deste.

Do que adianta mais um conflito
Polemizar é o que não quero agora
Chegamos até aqui, mas foi no grito
O amor por aqui, não teve hora,

Segue teu rumo, seja feliz
Pois de que vale insistir em ficar
Se nem na cama temos mais assunto.

Vai, faz da tua vida o que sempre quis
Vai dessa vez pra não mais voltar,
Chega de brincar de viver junto.

Josérobertopalácio


Apenas por tributo quero o riso
De quem jamais esqueço, tolamente.
Mas quando tudo muda num repente
Inferno desbancando o Paraíso.

Não vejo solução, e ter juízo
É ficar bem distante da serpente,
Das dores e tristezas, tosco agente
Arcando com a perda e o prejuízo.

Sem luvas de pelica; o bofetão,
Não peço mais carinho nem perdão,
Enfiando a viola neste saco.

Labutas enfrentadas, diuturnas,
Enquanto noutras sendas tu te enfurnas
Feito um panaca aqui ainda empaco...
Publicado em: 12/05/2009 20:39:51
Última alteração:17/03/2010 19:33:24



APENAS UMA AMIZADE
Meu coração seguindo sem defesa,
Vislumbra no final a densa mata
Aonde se escondendo vira presa,
E a sorte em agonia, desbarata
Buscando a liberdade, em noite tesa,
Até meu pensamento me maltrata,
Apenas na amizade uma alegria
Mesmo que pareça fantasia...
Publicado em: 17/09/2008 17:28:57
Última alteração:17/10/2008 13:56:36




APENAS UMA SAUDADE


O mundo mais alegre prometido
Depois de tantos anos, feito em trava
Não deixa que isto seja percebido
Na dor que com certeza me aguardava,
O tempo de viver mal resolvido
Trazendo em tempestades dura lava
Matando pouco a pouco uma esperança
Apenas a saudade inda me alcança.
Publicado em: 22/11/2007 15:45:35
Última alteração:28/10/2008 12:16:39



APOCALIPSE
1


Numa ânsia que se torna mais freqüente
A fúria de um passado me condena,
E quando a podridão tomando a cena,
O olhar quase mendigo, se apresente.
No quanto quis e nada se fez gente,
Tampouco a boca amarga ainda acena
Se a lua em despedida se fez plena
A morte encontrarei em seu poente.
Mesclando poesia e realidade,
Vivendo por saber que a claridade
Por mais que seja errônea, um dia vem.
Mumificados sonhos, abandono,
Quisera algum momento a mais de sono,
Mas sei que no final, virá ninguém...


2


Mas sei que no final, virá ninguém,
Por isso me despeço num soneto
E quando nos teus braços me arremeto
Bebendo cada gota que contém

Enquanto a madrugada inda não vem,
Medonhas ilusões; já não prometo
E tomo do veneno, adentro o gueto
Aonde a poesia dita o bem.

Nefastos tais espectros do passado,
O beijo que me deste, amortalhado,
O gozo de um prazer é quase um risco.

Dos pélagos de uma alma entorpecida,
Procuro reviver o que, perdida,
Nesta sorte intragável, eu me arrisco...


3


Nesta sorte intragável, eu me arrisco,
Cadáver em total putrefação
Buscando tão somente algum perdão,
O gozo que tivera; eu já confisco.

O mundo se tornando mais arisco,
No fundo o que me resta, a negação
Depois de tanto tempo sempre em vão
A morte se apresenta qual petisco.

Das sombras que me deram como herança
Amortalhada luz de uma esperança
Vulgarizada e estúpida quimera.

Não posso me calar frente à verdade
E mesmo que a palavra desagrade,
Eu vejo nos teus olhos, fria fera...

4


Eu vejo nos teus olhos, fria fera
A sanguinária deusa que me bebe
E quando se demonstra e se concebe
Nas garras afiadas da pantera
Aonde imaginara mansa espera
O fogo feito em lágrimas recebe
Aquele que esperança inda percebe
E nela tão somente se tempera.
Aguardo o meu final, em cena atroz
Das criptas e masmorras solto a voz,
Mas nada se compara ao desatino,
Voraz no qual adentro em frialdade,
Aonde imaginara liberdade,
Na morte que virá cedo, alucino.


5


Na morte que virá cedo, alucino
E a cada novo dia nova dor,
Aonde imaginara campo e cor,
Apenas o vazio e o desatino.
Acordo o que restara do menino
Que um dia se fez manso e sonhador,
Porém sem ter mais nada pra propor
Nas mãos da morte vejo o vão destino.
Argutas maravilhas se disfarçam,
Os olhos entre as trevas já se esgarçam
E deixam que se veja tão somente
A negra escuridão que se aproxima,
Amortalhado sonho, dita a rima,
Abortando deveras a semente...

6


Abortando deveras a semente,
De nada me valeu o sacrifício,
À beira do terrível precipício
A morte se tornando então premente,
O fim da leda história se pressente
Aguardo tão somente o velho ofício
Da bala que penetra, este orifício
Marcando o que deveras, a alma sente.

No infausto de viver, apenas resto
Deitando este vazio que ora empresto
Ao medo feito insânia que me entranha.
A boca que me beija e agora escarra
O sol já se escondendo, escura barra,
A lua morre atrás desta montanha...


7


A lua morre atrás desta montanha
Deixando putrefeita esta ilusão,
Matando o que restara da emoção,
A sorte desvairada já me entranha
E quando imaginara noutra sanha
A vida muda logo a direção,
Entregue aos desacordos, sempre o não
Resposta que minha alma não estranha.

Morresse então seria imensa glória,
Não tendo nem as sombras da vitória
Medonhas criaturas; perco a paz.

Aonde esperaria um riso franco,
Encontro o dissabor e não estanco
O intenso gargalhar de Satanás...


8


O intenso gargalhar de Satanás
Vestindo-se de lavas, fogaréus,
Mergulha deste inferno, adentra os Céus
E bebe dos arcanjos toda a paz.
Num passo mais terrível e mordaz,
Arranca dos fiéis os alvos véus
E explode num momento os bons ilhéus
E um pandemônio então logo se faz.
As criaturas sacras e benditas
Eternas lamparinas e infinitas
Percebem que o holocausto se anuncia.
Verdade apocalíptica se espalha,
Nas mãos deste demônio uma navalha
Cumprindo a mais amarga profecia...



9


Cumprindo a mais amarga profecia
Fantasmas entre espectros mortos-vivos
E os ritos mais macabros, são altivos
As trevas sonegando uma ardentia.
A morte do planeta se anuncia
Entre fogueiras tantas, finos crivos,
Pastores se tornando mais nocivos,
Soberbos demoníacos audazes
A lua se perdendo, nega as fases
E a escuridão se espalha sobre nós,
Trombetas disparadas pelos cantos,
Aonde houvera paz, os desencantos,
Apenas de Satã se escuta a voz...

10

Apenas de Satã se escuta a voz
E a legião de lúbricas bacantes
Tomando toda a Terra em vãos instantes
Mergulham-se e devoram todos nos.
Aonde se pensara mais atroz
Os risos das quimeras triunfantes,
Feridas entre cortes terebrantes
Certeza do vazio logo após,
E tudo num momento se transforma,
A pele decomposta se deforma,
E o gozo se espalhando, e muito mais.
Dos poucos que sobraram, negra sina,
Explode na fatal carnificina
Imensa multidão de canibais...


11


Imensa multidão de canibais
Vagando sobre corpos decompostos,
Os ossos entre os vermes vão expostos,
Orgásticos e loucos bacanais,
Momentos entre tantos rituais
Demônios entre os mortos sempre à postos
Revezam-se e deveras recompostos
Etéreos e sombrios carnavais,
Medonhas criaturas, ritos trágicos,
Os olhos dentre as sendas quase mágicos
Risonhos caricatos, bestas feras,
Entoam as canções e ladainhas,
Os vermes sobrevivem entre as vinhas
Gerando outros fantasmas, novas eras...



12


Gerando outros fantasmas, novas eras
E a Vida sobrevive à própria vida,
Da carne agora exposta e apodrecida,
No salivar intenso destas feras,
Estraçalhados homens são quimeras
A humanidade enfim em despedida,
A Terra num momento agradecida,
Aos pouco toda a glória regenera.

Depois desta nefasta mortandade,
Sem ter quem a destrua nem degrade
Natura se entregando sem temores.
Aonde a podridão sempre reinara,
A luz já se tornando bem mais clara,
O sol refaz aos poucos seus fulgores...


13


O sol refaz aos poucos seus fulgores
E o ser humano morto e sem morada,
Apenas o cadáver deste nada,
Que um dia transbordou medos e horrores,
E quando sobre os corpos nascem flores,
A vida se mostrando renovada,
Da podre criatura desgraçada
Nem sombra, Deus escuta então louvores.
Demônios se destroem; vão ao Céu,
Cumpriram desde agora o seu papel,
E o arcanjo que era fogo se faz paz.
Redime-me deveras a serpente,
E o Pai sendo em verdade onisciente
Permite, no Seu Reino, Satanás...

14


Permite, no Seu Reino, Satanás
Depois de perdoar os seus enganos
Do arcanjo decaído em novos planos,
A Terra conhecendo enfim a paz

Imagem; semelhança se desfaz
E Deus que é o maior dos soberanos
Ao ver a derrocada dos humanos,
Um claro amanhecer agora traz.

Edênicos prazeres rebrotando,
O amor que era total, se demonstrando
A dor da morte, enfim, agora ausente.

E sente-se o perfume da esperança
Que renovada força já se lança
Numa ânsia que se torna mais freqüente
Publicado em: 26/01/2010 17:00:12
Última alteração:14/03/2010 17:26:24



Após a luta intensa; um aconchego
Que encontro nos teus braços, mostra a paz
Que em nome deste amor, enfim, carrego
Mostrando quanto amor se faz capaz.
Num mundo mais sincero em que navego
A vida em esperança, amor me traz.

Eu quero o teu desejo e tua sina,
Eu quero a maciez de teus cabelos.
Bebendo meu amor em ti, menina
Meus braços nos teu corpo são novelos.

Eu quero ser eterno namorado
Desta morena bela e sedutora,
Estar o tempo inteiro do teu lado,
Num vôo sem cansaço, a vida afora..
Publicado em: 29/11/2007 08:20:11
Última alteração:10/10/2008 16:44:34



-Aprendemos no dia-a-dia
Aprendemos no dia-a-dia
Há quem diga que a vida é uma escola
Enfrentamos mares bravios
Ventanias tempestuosas
Nesta escola é imprescindível
Uma amizade verdadeira e valorosa

Por isso meu amigo conto contigo
Sei que tua amizade tem valor
Quando enfrento tais mares bravios
Ela me serve de ancoradouro
Ela me proteger e dá abrigo
Na escola da vida é um tesouro

GELIS

Há coisas que não posso mais negar,
O quanto uma amizade nos ajuda.
Cevando com firmeza e com vagar,
A planta não será; jamais, miúda.

Permite que se faça a caminhada,
Tirando estes espinhos costumeiros.
Tornando bem mais bela a nossa estrada,
Andemos pareados, companheiros.

E quando a tempestade se aproxima,
Abrigos em nós mesmos; encontramos.
Na força do arvoredo feito estima,
A bela proteção de fortes ramos.

Mas saiba do relâmpago, trovão.
Usando o pára-raios do perdão...
Publicado em: 04/12/2008 07:18:16-
Última alteração:06/03/2009 16:05:46



Aprendendo a Amar
Quem me dera esquecer a dor suprema
Que me traz violentos sofrimentos,
As noites solitárias, meus tormentos...
Quem sabe ser feliz fosse meu lema...

Por vezes no abandono de um amor,
Não tenho nem descanso nem alento.
A morte não me sai do pensamento
Trazendo, no meu peito tanto horror!

A Desditosa pena que padeço
Não permite sequer um calmo sono
Sentimento feroz de um abandono
Será meu santo Deus, que eu a mereço?

Na minha solidão, tanta verdade,
O gosto de saber que não vivi.
O tempo que passei contigo, aqui,
Matando mal nascia, a mocidade!

Mas, Mesmo assim, queria estar consigo
Amor devorador e sem sentido
E tendo esse caminho conhecido,
Talvez eu reconheça cada perigo

E possa em recomeço, caminhar.
Sem medo do tropeço que maltrata,
Sabendo que conheço a densa mata,
Quem sabe poderei, enfim, amar?
Publicado em: 01/12/2006 16:49:12
Última alteração:29/10/2008 12:00:27


Interessante, querida.

A dor e a alegria

A felicidade e a tristeza

Têm, inerentemente, uma força tal que nos tocam profundamente e chegam a nos marcar.

As cicatrizes quanto mais fortes, maior a saudade que provocam.

Todo grande amor e toda grande decepção nos fazem mudar.

E isso é um exercício diário de engrandecimento da nossa alma que se prepara assim, dia a dia, para a viagem final.

Por isso não veja o sofrimento como uma coisa totalmente negativa. Não o é.

Faz parte desse enrijecimento de nossos corações para podermos enfrentar a eternidade.

E, quando, as benesses finalmente chegarem, o teu coração fortalecido, e vacinado contra as grandes emoções, estará preparado para o amor.

O amor divino e eterno.

Que , se Deus quiser, chegará inteiro às nossas almas!
Publicado em: 09/12/2006 10:38:34
Última alteração:27/10/2008 21:21:45



APRENDER A AMAR
É necessário saber dizer adeus,
E mesmo que isso seja imperdoável
Que tenha um ar sombrio da esperança
De um retorno improvável e aguardado.
Não deixe que o desamor seja o maior
Paradoxo de uma paixão.
A terra bem arada sabe dos temporais
E sobreviver para que seja novamente arada
É responsabilidade de quem sabe cevar...
Publicado em: 30/12/2008 07:00:23
Última alteração:06/03/2009 13:45:13


Não consigo entender porque, querida,
Deixamos nosso amor meio de lado,
Por mais que sempre esteja enamorado,

Eu sinto-te deveras, sem saída...
Se canto nosso amor com galhardia
Avisas que não queres que eu cante,

Se calo-me, tu me dizes num instante
Que falta em nosso amor, uma alegria...
Carrego um mal secreto no meu peito

Que é feito da saudade que não tive
Do reino dos meus sonhos que não vive
Sequer pareço ter esse direito...

Publicado em: 27/02/2007 13:55:19



Meu amigo

Nenhum bem material, em si, é BOM ou MAU.

Tudo depende do USO que a ele se dá. Assim uma faca de cozinha que ajudou a matar a fome de milhares de pessoas, também pode servir para a feitura de um crime hediondo.

Ao contrário, todos os bens espirituais são essencialmente bons.

Devemos, primeiramente, cultivar os bens espirituais a fim de que, com discernimento, possamos usar os recursos que a vida nos dá.

De pouco valeria aos ricos dividir toda sua riqueza entre os pobres, juntando-se a esses na miséria e na fome.

Contudo, ao rico que falta a caridade, nenhum outro bem espiritual lhe será concedido e, perante Deus, ele será inferior ao mais pobre dos homens,

Devemos sempre nos lembrar de que, tudo o que temos, é apenas um empréstimo do qual, um dia, haveremos de prestar contas.

Marcos Coutinho Loures
Publicado em: 09/02/2007 00:15:24
Última alteração:27/10/2008 21:17:31



Uma das coisas que tem me chamado a atenção com relação à imprensa de Murianópolis, cidade onde trabalho no interior de Minas, é o surgimento de um novo cronista político altamente interessante.
O rapaz se auto intitula um expert e inovador nos assuntos ligados à política local e nacional.
Pois bem, tive o desprazer de ler alguns artigos do jovem fenômeno.
Realmente são de amargar e de entristecer.
Em primeiro lugar, a tentativa de fazer, com um humor já desgastado e sem a menor graça, comentários políticos me dá a impressão de estar lidando com um aborto mal feito de Sérgio Porto, sem o charme e a capacidade do velho Ponte Preta.
Isso com mais de 40 anos de atraso.
Mas o que mais me deixou chateado e desesperançoso é a visão retrógrada e conservadora de um aprendiz de cronista com menos de 20 anos de idade!
Na minha época, com essa idade, lutávamos contra uma série de injustiças sociais, contra uma ditadura ferrenha e para que a liberdade de expressão fosse um bem comum.
Obviamente lutávamos pela oportunidade de que houvesse um país mais justo e mais liberto.
Um problema maior que este é a falta de autocrítica que o pobre aprendiz tem.
Quem passar por lá e tiver a oportunidade de ler os artigos do novo gênio vai entender o que estou falando...
Publicado em: 12/01/2007 15:50:26
Última alteração:26/10/2008 22:44:33



Apressa o coração saber que existe
Teu Amor
jamais sairá
do meu coração ...
(ivi)


Apressa o coração saber que existe
Um raio de luar após a serra,
E quando a fantasia ali se encerra
O sonho persistente não desiste.

Usando da emoção, meu peito em riste,
Não quero a solidão que vaga a Terra,
Tampouco esta amargura que desterra
Quem cede aos vãos temores e vai triste.

Tu tens lugar cativo e sabes disto,
Por isso é que decerto não desisto
E sigo cada passo que tu dás

Na busca desta tal felicidade,
Atemporal, tu rompes qualquer grade
E bebes do infinito feito em paz...
Publicado em: 23/02/2009 20:43:57
Última alteração:06/03/2009 01:53:07


ARDENTES DESEJOS
Esperando o toque terno e leve,
Rompendo o tempo e a distância,
Sinto-me bem pertinho...
São seus... Delicie-se sem moderação!
Nesse mundo de magias e delícias,
Corpos quentes,
Desejos ardentes,
Despimo-nos, delicadamente,
Passeando com olhos e bocas
Por caminhos pedidos e perdidos,
Susurros e gemidos,
Arfantes, nosso
Infante Amor...

Regina Costa

Ardências em loucuras
Anseios inclementes
Cravando garras dentes
Em gozos me torturas
E quando me procuras
Deveras dessedentes
Vontades inclementes
Ausentes amarguras,
Dos corpos portos cais
Em fartos rituais
Caminhos em delírios
Sem medos e martírios
Singrando aonde eu possa
O amor não tem limites
E sei que mais permites
Sem trégua a noite é nossa.

Publicado em: 03/07/2010 17:33:18



AQUI É MEU LUGAR
Seu moço, aqui é minha terra, meu torrão natal, meu e dos meus pais, dos meus irmãos e dos meus avós.

Aqui estão enterrados todos aqueles que amei, em cada palmo desse chão, está a história desse que vos fala.

Filho de Dona Zica e de Seu Lula, gente simples, trabalhadores, que a terra engoliu de velhice, velhice de sertanejo que começa depois dos trinta.

As rugas precoces e profundas me lembram a terra seca, profunda nas grotas e nas curvas do rio seco. O suor molha mais os sulcos que a chuva, coisa difícil por aqui.
Chuva que, quando vem, transforma a vida, vida boa, vida próspera nas colheitas de mandioca, feijão, milho; no leite gorduroso das cabras e da vaquinha, companheira fiel no arado e no alimento.

Mas, a cacimba da alma, tantas vezes aguada pela dor da morte, carpida e tristonha, das perdas da vida e das vidas, tem a água salobra, que prende na garganta, não desce, empanturra.

Meus irmãos, dos quinze que Deus deu, a seca, a fome, a desidratação e a surucucu levaram oito. Sete restaram, todos fortes e valentes, todos foram embora, menos eu.
Fiquei aqui, essa é minha terra seu doutor. Meu umbigo está grudado nesse chão.
O riacho, quando vivo, é tão bonito, mas, na seca, com seu leito cheio de areia e de pedra, leva as mães, como levava a minha, com a lata na cabeça, em busca da água barrenta no açude seco.

Nessa terra, moço rico tem água, fazendeiro rico tem gado, e tem os caboclos e jagunços.
Meu pai, pobre e lutador, morreu sem bala, sem tiro, sem morte matada, a não ser dos calangos e dos bichos da seca.

Gambás e cobras ajudavam a matar a fome, mitigada pela palma, disputada com o gado.
Somente o carcará, bicho danado, tinha pasto nas carnes dos bichos mortos pela queimada e pela seca.

Vaqueiro, sou vaqueiro com meu gibão e cravinote, pronto para a batalha, correndo entre os espinheiros dessa caatinga seca e sedenta.
Minha mãe, me recordo sempre, dizia, entre as orações de graças e de pedidos de perdão, pelo pecado cruel de existir, que onde o umbigo está, a vida continua, a distância traz a falta de paradeiro.

A pedra que não cria limo, é pedra rolando, inconstante e que, quem muito muda não cria limo.
Meu limo está entranhado nessa vaquinha, nesse arado, nesse chão.
Não vou embora não seu moço, fico aqui até o derradeiro dia.

Minha esperança é tão verde quanto meu sonho, quanto os olhos da amada, os olhos da terra que tento cultivar.

No cultivo da espera por outro tempo, um dia...
Os moços prometeram, vi na televisão, mas é tanta promessa que não tenho mais pressa, nem esperança.

Vou vivendo, às avessas, sem amanhã, na espreita do calango, na ponta da espingarda, com o rosto, a cada dia, formando as serras e os vales.
Vou ficando, quem sabe um dia, essa terra, minha terra, seja mais mansa e mais amiga.

Minha mãe e meu pai, meus irmãos, trago comigo, pesando o coração, deixando meu andar de banda, por estas bandas onde vivo, aonde vou também, um dia, me juntar com meu umbigo e alimentar esse chão.
Faminto de todo meu povo, matando a fome do sertão.

Meu sangue, regando a terra, para que, quem sabe, um dia, os homens desse país, pensem um pouco na gente.
Nós somos brasileiros, esse é o nosso país, mais que brasileiros, nordestinos, essa é nossa sina e mais que nordestinos sertanejos.

Aqui, nessa caatinga; aqui, nesse sertão, é nosso primeiro e derradeiro solo, o solo sem consolo, o solo sem apoio, no aboio do meu gado, da minha vaquinha Estrela, do meu boi Fubá, da estrela solar que esturrica, que seca e mata.

A terra, meu único bem, bem amado bem te vi, no mandacaru que, a cada florada, traz a esperança do milho, do feijão e da mandioca.
Por isso, seu doutor, não vou embora, nunca na minha vida.

Não deixo o meu Ceará, é aqui a seara onde será, meu sertão, a terra prometida, minha lida e minha sina, minha raiz.
Publicado em: 02/10/2008 10:07:02
Última alteração:02/10/2008 13:40:08


Aquilo que vivemos restará
E na minha
memória
sempre ficará
o sentimento que
havia em nós ...
(ivi)


Aquilo que vivemos restará
Guardado na memória, nas lembranças
Que cortam e maltratam como lanças
Na dor que, fatalmente marcará.

Eu sei que no futuro não terás
Daquilo que sonhei, recordação;
Porém hei de saber não foi em vão;
Ao olhar com saudades para trás

Terei a tua imagem radiante,
E assim renascerei no mesmo instante
E uma lágrima descendo no meu rosto

Salgando mansamente o meu sorriso,
Então, neste momento, mais preciso,
Cadáver da ilusão, de novo exposto...

Publicado em: 03/03/2009 15:05:20
Última alteração:06/03/2009 01:35:46


ARCA DE NOÉ
Falando em Padre Nonato, me vem outra história ocorrida com este inesquecível amigo.
Como já disse anteriormente, Padre Nonato era um mulato obeso, não muito alto, com voz alta e firme, humor raro e caráter idem.
Carioca da Gamboa, acostumado ao jeito moleque do Rio, principalmente do “malandro carioca”, hoje praticamente extinto, na sua forma pura e original; sendo substituído pelos “malandros” com gravata e capital, como dizia Chico Buarque; Padre Nonato amava sua cidade natal.
Os ares de Minas tinham dado um ar mais maroto e desconfiado ao nosso personagem, mas não tinham conseguido destruir a maravilha carioca que transbordava, vem em quando, em algumas atitudes e palavras suas.
O hábito de usar a batina em qualquer situação, velho uniforme de todos os dias, mesmo nos mais quentes, dava ao Padre um aspecto interessante.
Gordo, mulato, de batina negra, andando pelas ruas no tórrido R io de Janeiro em Janeiro, chamava logo a atenção.
Pois bem, nesse clima e com esse quadro de exasperar só de imaginarmos, Padre Nonato fora à Cidade Maravilhosa rever os amigos, que um dia...
E nessa viagem, ocorreu um fato insólito que gerou muitas gargalhadas em quem testemunhou tal episódio.
Centro do Rio, Avenida Rio Branco, Padre Nonato faz sinal para um ônibus.
O ônibus pára, o padre sobe no coletivo...
Até aí tudo transcorre dentro da tranqüilidade esperada.
Porém, eis que um gaiato, de dentro do ônibus sai com essa:
-Hei, está subindo um URUBU no ônibus.
Ao que o padre, sem titubear responde em voz alta:
- É a arca de Noé está cheia agora, tem o URUBU e tem o VEADO FALANTE!....
Publicado em: 13/08/2006 19:36:58
Última alteração:26/10/2008 22:32:45


As noites que passadas atormentam,
Recebo como um beijo da manhã
Invadem todo o mundo num afã
Ao peso da esperança não se agüentam
Navego, neste mar sem ter porquê
Às vezes te procuro mas cadê?
Publicado em: 15/12/2006 14:15:56
Última alteração:23/10/2008 16:17:30


Armando nos beirais, um alçapão, Ascendo à força estúpida do sonho. Aonde, caricato, ainda ponho

Tenho sede de você
Tua falta me incomoda
Te procuro mas cadê?
Beleza da tarde açoda

Estrelas deste teu céu
Iluminar meu olhar
Envolta por tênue véu
Contigo, fico a sonhar

Quiçá eu te encontrasse
Pudesse ser o teu par
Do céu a grande benesse
Delícia poder te amar.


ANA MARIA GAZZANEO


Armando nos beirais, um alçapão,
Ascendo à força estúpida do sonho.
Aonde, caricato, ainda ponho
O pássaro senil de uma ilusão.

Verificando os erros do passado,
Aleijo o que talvez fosse esperança.
A louca servidão serve de herança
A bola foi além deste alambrado.

Cercárias que carrego, cercanias,
Acerca do que a cerca não impede.
Nas mãos, as velhas flores já murchando.

Delírios se transformam em manias,
Sem crédito e sem sonho que me vede
O que restou de mim, fugindo em bando...
Publicado em: 05/10/2008 22:45:06


Fiz uma viagem
em meu pensamento,
joguei fora
parte de mim mesma ...
(ivi)

Arranco os podres galhos do arvoredo
Que trago dentro da alma carcomida
E assim procuro crer que uma saída
Virá no amanhecer. Assim concedo

E parto num cometa. Sei segredo
Que possa permitir na nova vida
A sorte que julgara já perdida;
Supero com firmeza o velho medo

Refaço dos escombros a jornada
Que tantas vezes, nunca deu em nada,
Espero após a poda; o florescer

Apóio os cotovelos na janela,
E o sonho que em teu sonho ora se atrela
Talvez inda me trague algum prazer.
Publicado em: 13/02/2009 14:12:42
Última alteração:06/03/2009 06:38:38


AREAL
Invado este areal
E teimo crer no oásis
Em meio aos mais desérticos
Cenários: solidão,
Hermético passado
Ausência de futuro
E sei da discrepância
E nada mais teria
Senão a noite fria
Em pleno vendaval.
Ainda vejo além
O amor que não mais vem
E o caos gerado após.
Aposto o quanto possa
E a fossa se abre assim
Tramando o quanto pude
Em rude serenata
A mata dissolvida
Essência desta lida
Contida entre sinais,
E pude acreditar noutra insensata
Visão que tanto expõe
E contrapõe meu passo
Envolto no cansaço
Que tanto não resgata
E gera em discordância
Futuros onde eu pude
Vestir a sorte e mude
As penas entre apenas
Cenários mais atrozes.
Amar e ser feliz?
O quanto não condiz
Com toda a expectativa
E a sorte ainda criva
Em dores sem proveito
Do leito onde deleito
E volto; estaca zero
Aonde o que mais quero
Já não se vendo em rastro,
E quando além alastro
A marca se transcende
E nada mais depende
Senão do meu engano,
E sempre que me dano
Ousando a plena luz
E o vago reproduz
O todo num instante
E sei do degradante
Caminho ao que fiz jus.
Já não comportaria a tempestade
Sequer o meu caminho ainda evade
O passo sem sentido e direção,
E sinto agora extinto o ledo instinto
E quando aquém me pinto
Esbarro na aquarela
Revela a sorte e o caos
Nos ermos mais atrozes
Em termos vagos, maus.
Publicado em: 08/10/2010 20:07:53


AREIA..
Neste
teu corpo,
envolvente,
quero perder
a direção
e me confortar ...
(ivi)

Qual fora um tão sedento caminheiro
Que em meio a mil desertos fora só,
E sob um sol terrível, viu ribeiro
Depois de tanto tempo, areia e pó.

Miragem que em delírios, vislumbrei,
Encontro-te à janela dos meus sonhos.
Revendo os descaminhos que passei,
Momentos que por certo são medonhos

Eu sinto ser possível ser feliz...
Quem dera se isto fosse realidade...
Viver a fantasia que já quis
Apenas um fantasma da verdade...

Areia que pensei fosse do mar,
Somente este deserto a se mostrar..
Publicado em: 17/12/2008 09:08:59
Última alteração:06/03/2009 14:06:58


Almas
que se buscam,
em corpos que se amam ...
(ivi)


As almas se procuram e se tocam,
Enroscam-se desejos, coxas, pernas,
As horas que passamos; calmas, ternas,
Rios que noutros rios desembocam.

As doces fantasias se deslocam
E buscam soluções reais e eternas,
Vagando noite afora, com lanternas
Que o gozo prometido tanto focam

Sagacidade expressa no delírio,
O corpo ali desnudo é um colírio
E o tempo vai passando devagar.

Pudesse congelá-lo e então teria
Perpetuado o fogo em ardentia
Que extasiado sinto nos queimar...
Publicado em: 05/03/2009 19:29:09
Última alteração:06/03/2009 01:28:26



Eu conheci um mineiro
que nasceu em Muriaé.
Escrevia o dia inteiro
e gostava de "muié"!

Ana Maria

A mulher abençoada
Criatura do Senhor,
Pois sem ela a vida é nada
Se eu conheço o bem do amor
Aprendi na longa estrada
Feita em curva, medo e dor
Que no meio da invernada
Meu jardim repleto em flor
Toda noite e madrugada
Galo acorda o sonhador
Que procura sua amada
Com as mãos de lavrador
Vendo a terra bem cevada
Adubada com vigor
A colheita é demarcada
Pelas ânsias de um amor...
Publicado em: 16/01/2010 08:41:58
Última alteração:14/03/2010 21:02:44


AS ÂNSIAS DE UM AMOR
O amor não resistindo aos vendavais
Tragado pela fúria de um ciúme,
Delírio muito além onde se esfume
Momento entre caminhos magistrais,
Resultam de tormentos tão iguais
A sorte se perdendo sem perfume
Aonde poderia estar no cume
E traça tão somente temporais.
Mergulho nos abismos que cevaste
Galgando tão somente este desgaste
E dele cada passo se desfaz,
Buscando tão somente a claridade
No quanto cada passo desagrade
Matando o que pudesse ser em paz.
Publicado em: 04/06/2010 12:18:48


Arrebentando os elos
Eu não conheço o medo nem a dor
Disfarço o sentimento mas não mudo.
Por vezes me imagino quase mudo
Mas sempre me pretendo um sonhador.

Amor me faz gigante e temerário,
Não sinto mais a noite nem o frio
O vaso não se quebra e vou vadio
Em busca do meu mundo solidário.

Invisto meus desejos, mas me calo,
Não posso mais fugir, por isso encaro,
Quem traz um sentimento assim tão raro
Não pode receber o duro estalo

Que faz de todo açoite seu carrasco,
Nas borrascas perdido nunca ganha
Nem mesmo a tempestade não assanha
E passa a ter da vida nojo e asco.

Eu guardo meus desejos, não espalho,
Pois sinto que talvez torne profano
O maior dos delírios, soberano
Que cobre quem me trouxe o agasalho.

Porém assim percebo cada dia
Um novo se transforma sem delongas
As noites não se passam, ficam longas
E cada verso mostra a fantasia.

Porém, neste milagre mais sagrado,
O tempo não demora e me maltrata
O corte tão profundo me arrebata
E lega ao meu futuro um duro fado.

Te peço não me deixes, estou farto
Das dores que latejam sem descanso,
Se fores o meu peito calmo e manso
Desaba e obscurece todo o quarto.

Portanto, minha amada, me perdoe
Se não consigo mais ficar calado,
O vento que me trouxe pr’a o seu lado
Empurra as minhas asas pr’a que voe...
Publicado em: 25/11/2006 21:43:46
Última alteração:29/10/2008 12:09:48


Arriscando-se a ser feliz

Amar pressupõe correr riscos
Proporcionais ao tamanho do amor.
É mergulhar no vazio, sem rede
De proteção.
É tentar aprender a flutuar sem asas.
É descobrir, da noite para o dia,
Que podemos ser eternos
E, ao mesmo tempo,
Somos de uma fragilidade
Comparável à das libélulas
E das borboletas.
É correr riscos gigantescos
Sem, ao menos, sabermos
Qual, e se teremos prêmios
Ou troféus.
É andar na corda bamba
E não olhar para baixo,
Nem para frente,
Apenas para dentro
De nós mesmos.
Amar é correr riscos
A cada dia,
A cada beijo
A cada noite.
E ser extremamente
Feliz por isso.
Publicado em: 05/12/2006 15:32:48
Última alteração:27/10/2008 21:26:32


Arrombou a festa
Arrombou a festa



Querida essa tua festa está legal

Mas não vou poder ficar até o fim

Tenho sentimentos, não sou um animal

Ficas flertando e nem tens pena de mim. jrpalácio



Até na sapatão cara de pau

Beijastes no escurinho do jardim

Fumando um baseado no quintal,

Falando que meu verso é tão chinfrim. Marcos loures



No zelador a vada já se encoxa,

Sentada na mangueira do bombeiro

O cabo de vassoura enfia, atocha. Marcos loures



A banda já parou pois a safada

Trancou-se com o batera no banheiro

De som, só o gemido da danada. jpalácio




Publicado em: 09/10/2008 06:53:21


AS ARTIMANHAS DO AMOR...

Caçando algum motivo pra viver
Andei buscando deusas pela rua.
Apenas encontrei a mesma lua
Deitando em minha cama com prazer.
Num sonho, de repente pude ver
Imagem de uma deusa bela e nua
Eu tento segurar e ela flutua
Não sei como isso eu posso resolver.
Publicado em: 16/11/2007 21:04:31
Última alteração:28/10/2008 12:56:39





As asas da saudade
As asas da saudade abertas em meu peito
Invadem cada canto e não me dão sossego.
Voltando de onde vim acham-se no direito
De dominarem tudo, então eu peço arrego.

É duro compreender o que querem as asas
Nem elas sabem, o que posso te dizer
É que me queimam, isso eu sinto nessas brasas
Que sabem misturar a dor com meu prazer.

Me lembro delas um dia onde a tristeza
Se mostrava rainha em mansa sutileza,
Saudade de quem fui, principalmente disso.
Da minha mocidade esquecida faz tempo!
Agora em meu outono o brilho perde viço
A opacidade surge e cada contratempo!

Na seda dessa pele, a morena me acende.
As asas da saudade abertas novamente,
A mão da lucidez vem e de novo estende
O meu manto outonal, ela nunca me mente!


Ainda bem que existe alguma lucidez,
Senão, ‘stava perdido, a dor então, medonha!
Tudo tem a sua hora e tudo a sua vez...
Mas o meu coração, desgraçado, inda sonha!
Publicado em: 19/11/2006 15:52:11
Última alteração:29/10/2008 12:10:31


As Asas do Amor


Não deixe que eu magoe quem eu amo,
Nem mesmo que das mágoas faça canto.
Amor sem ter certezas, sofre tanto,
Por isso das tristezas não reclamo...~

Bem sei que tantas vezes duvidaste
Do que sinto em minha alma, só por ti,
Depois de tanto mal que já sofri,
Amor que tanto sinto, virou haste.

Mas nada disso sabes, com certeza,
Pareço, disso eu sei, tão inconstante.
Na vida sempre tive, por amante,
A marca tão feroz de uma tristeza;

Por isso não me deixe que magoe
Amor que enfim, recebo, sem cobranças,
Faremos deste mal, as alianças
E as asas, com as quais, nosso amor voe...
Publicado em: 08/12/2006 19:00:34
Última alteração:28/10/2008 20:54:46


As aventuras de Betinho na cidade grande 02
Nos primeiros dias de Rio, Betinho até que não aprontou muito não.
Depois do vexame em Copacabana, resolveu, mineiramente, ficar na dele.
Por mais que a gente esperasse que Beto cometesse alguma gafe, nada ocorria. Espertamente, ele passou a repetir tudo o que fazíamos, se portando muito bem.
Mas, um dia, naquele calor e areias escaldantes do Rio de Janeiro em pleno verão, resolvemos tomar um chope num barzinho da orla.
Delicioso chope, com aquele refrescar que dá água na boca só de se lembrar.
E desce um, e desce dois, e desce mais, o calor, o chope, o chope, o calor e depois de uns quinze chopes a cabeça rodando, Beto foi se soltando.
Mentiroso de fama ímpar na região do Caparaó, foi desfiando seu rosário de “causos”, vindo a relembrar dos tempos de infância e de adolescência.
Recordou, sem brigar, a história dos bombons e de Pedro Gambá, lamentando o gênio exageradamente irascível, que abortou sua promissora carreira de ponta esquerda.
Lembrava de suas pescarias onde conseguira uma fórmula mágica de pescar cascudos com anzol, além de ter pegado vários e vários bagres e, incríveis lambaris diurnos, nas suas pescarias noturnas.
Mas isso é outra história e dela iremos nos ocupar depois.
Estávamos nos divertindo com as mentiras do nosso querido amigo. Nesse meio tempo, encontramos com um amigo nosso a quem não víamos há bastante tempo e nos distraímos com relação a Beto.
Esse não se fez de rogado e continuou a beber.
Lá pelas tantas, nosso convidado, querendo atrair Beto para a conversa, resolveu perguntar a esse se estava gostando.
A resposta veio rápida : “O chope tá uma delícia, mas mais gostosos são esses biscoitinhos”.
Biscoitinhos? Que biscoitinhos eram esses se não tínhamos pedido tira gostos?
Para nossa surpresa, Beto degustava com prazer inaudito, os marcadores de chope, colocando generosas pitadas de sal...
ERAM OS FAMOSOS “BISCOITINHOS”...
Publicado em: 20/08/2006 06:42:35
Última alteração:26/10/2008 22:46:43


As aventuras de Gilberto na cidade Grande 3 - conosco
Gilberto, muito simpático e simplório, fora visitar um primo de sua mãe na cidade de Niterói em sua primeira passagem pela cidade Maravilhosa.
Esse primo era uma pessoa muito culta, contador aposentado que tinha na leitura seu maior hobby. Fora muito respeitado como contador em Icaraí, nos bons tempos da juventude.
Escrevera um livro de poemas, poesia clássica com sonetos em alexandrinos e decassílabos heróicos e sáficos.
Fazia questão de falar um português perfeito, tomando cuidado com os acentos e vírgulas, bem pausadas em cada intervenção que fizesse.
Após os bom dias e como vai de praxe; Gilberto com a timidez inicial estava se sentindo como um peixe fora d’água perante tantos rapapés e delicadezas do primo.
A casa, com seus bustos em miniaturas espalhados pela mesa de centro, com seus quadros expostos na parede e sua biblioteca ostentada como a mostrar que naquela casa morava um erudito, inibia mais ainda nosso herói.
Mas, dentro daquela puerilidade típica dos simples, Gilberto foi se soltando pouco a pouco.
Já estava mais à vontade, dando notícias da família, que mamãe estava bem, que os meus irmãos estavam fortes, que os pés de quiabo do seu João estavam produzindo muito, que a Ritinha estava estudando, aquelas coisas de família...
Seu primo, educadamente solicitou à esposa para que preparasse uma mesa com quitutes para que fizessem um lanche rápido, conhecedor da fama de bom prato do nosso amigo.
Este, querendo demonstrar educação, prometera a si mesmo ser menos pródigo nas refeições, aconselhado que fora sobre o fato de que, na cidade grande, ao contrário do que ocorre nas pequenas cidades, o fato de se repetir à exaustão os pratos não significava exemplo de boas maneiras.
No interior, se você não repetir a refeição a dona da casa pode se sentir ofendida, acreditando que a comida não tenha sido do agrado do visitante. Se você quiser agradar, repita, pelo menos uma vez. Isso demonstrará a todos o quanto você gostou da comida.
Pois bem, quando o erudito senhor chamou-o, Betinho causou surpresa a todos que observavam a cena.
“Gilberto, você quer tomar um café e comer conosco?”
A resposta veio rápida e esclarecedora:
“Primo, o café até que eu não quero não, mas um conosquinho cairia bem agora!”
Publicado em: 20/08/2006 06:55:45
Última alteração:26/10/2008 22:35:15

AS BEM AVENTURANÇAS

Bem aventurados os que tem um coração de pobre - ou seja, aqueles que não têm na ganância, na busca do poder de qualquer forma, do desejo absoluto de ser maior, superior, da falta de capacidade de aceitar as diferenças, de se sentir superior, pelo simples fato de ter tido maiores oportunidades, por sentir a "grandeza" na riqueza material, num conhecimento mais abrangente, embora na maioria das vezes, pequeno, inútil, ou muitas vezes cruel - bem aventurados os humildes, que sabem o tamanho pequeno perante a humanidade, mas que, nesse sentimento se torna importante, tanto quanto qualquer peça desse quebra cabeças genial chamado sociedade, que sabe respeitar as peças outras, quaisquer que sejam. A QUE RESPEITA O SER HUMANO POR SER UMA CRIATURA ÚNICA, FEITA À IMAGEM E SEMELHANÇA DE DEUS.
Bem aventurados os que choram, porque serão consolados - o choro da injustiça social, o choro da planta esmagada pelas cordilheiras, o choro da criança faminta no colo e do desespero não mitigado. O choro da alma sensível perante tantas mazelas causadas pelos poderosos, o choro desse povo, vítima diária do PODER, dos desgovernos, essa multidão de esquecidos, párias de uma sociedade cruel e injusta. E, que quando têm quem olha por eles, são chamados de vagabundos, de escória, de massa de manobra, nunca de seres humanos, seus filhos são menores, nunca crianças, suas casas são barracos, suas esperanças são criticadas e esquecidas. Seus bens, enquanto sociedade, são vendidos à esmo, seu paisaziado de esperança e vendido à quilo para as empresas donas do poder econômico, velhas senhoras, com a concordância de seus governantes.
Bem aventurados os mansos, pois possuirão a terra - a terra que é do HOMEM, não é de Deus nem do DIABO, essa terra sangrando, essa terra grilada, roubada invadida pelos poderosos, donos do país, donos do poder econômico, dono dos créditos, que quando os pequenos passam a ter os mesmos direitos das salvaguardas contra as intempéries, querem retirar isso, para devolver aos donos dos grandes latifúndios, senhores feudais que, antes contavam com as benécies dos antigos donos do poder, protegidos na grilagem, na invasão, no verdadeiro descalabro que foi a ocupação dessa terra.
Bem aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados - não basta ser justo, é necessária a sede e a fome de justiça. é necessária a luta diária para tentar-se acabar com a miséria, mesmo que isso receba crítica dos que nada fizeram contra ela ou tudo fizeram para aumentá-la. Quando se tem vontade política de redimir-se, isso é criticado, até por alas da própria Igreja de Pedro, quanto mais por aqueles que, durante toda a história foram os geradores dessas injustiças; quando se permite o acesso dos injustiçados ao conhecimento, a alimentação, a esperança, se critica e muito, e os principais críticos são aqueles mesmos, os maiores alimentadores dessas injustiças.
Bem aventurosos os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia - o que dizer de misericórdia para quem nunca admitiu idéias diferentes das suas, para quem sempre teve nos pobres, mais que tudo, palanque fácil e alvo de promessas de campanhas nunca cumpridas, já que o simples fato de cumpri-las tiraria o aspecto "caritoso" das medidas de salvaguarda, das indústrias da seca, das indústrias da prostituição das crianças, da venda da juventude ao tráfico, da desesperança dos mais pobres, para lhes vender uma falsa misericórdia. Quando essa esperança se inicia, os destruidores da esperança esperneiam pois a verdadeira misericórdia é deixar a planta crescer, ajudá-la com adubo, e torná-la forte e independente e não a pseudo caridade que só se advinha nas portas das eleições.
Bem aventurados os pacíficos de coração, porque serão chamados filhos de Deus - O que dizer do nosso povo, simples, amoroso, sereno, a vida inteira esperando por um dia que nunca veio, onde seus filhos serão tratados com o respeito que merecem, onde seu trabalho será mais justamente recompensado, onde seu amanhã poderá ser mais digno, isso, pacificamente, sem ódio, sem rancor e, quando isso se aproxima de uma realidade palpável; vem os mesmos belicosos, rancorosos, de alma pequena e coração vingativo, querendo matar os sonhos deles, incendiando o mundo, se preciso, para negar-lhes o próprio DEUS, que existe nos olhos dos seus iguais, de seus irmãos.
Bem aventurados os puros de coração, porque verão Deus - esses vêm Deus no seu próximo, no seu vizinho, nos seus filhos, em todos os seres humanos e em todas as obras divinas da natureza. Ao contrário daqueles acostumados a tratar os outros, mais simples, como se não fossem cidadãos, como se não houvesse neles uma alma, aqueles preconceituosos, que têm preconceitos de raça, de credo e, pior PRECONCEITO COM RELAÇÃO À CLASSES SOCIAIS DIFERENTES, como um ex-presidente se referiu ao pobre, ao aposentado, ao negro. Esses cegos funcionais nunca verão DEUS, POIS O DEUS QUE ELES ACREDITAM EXISTIR ESTÁ DENTRO DA BARRIGA DELES MESMOS, e nem um haraquiri espiritual poderá expor esse deus todo pessoal para eles, já que nada existe além deles, somente seus iguais, numa visão extremamente absurda e prepotente.
Bem aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos Céus - aqueles a quem a luta pela justiça da igualdade, da dignidade, da oportunidade igual para os filhos de Deus, ou seja todos, independente de clero, classe social, raça, sexo, traduz-se, na boca dos impios, dos injustos, dos caluniadores, dos mentirosos, dos traidores , dos donos do poder sócio-econômico, das elites prostituídas e prostituidoras, em ofensas e ameças; serão moradores do reino de DEUS, em toda sua glória e eternidade.
BEM AVENTURADOS SEREIS QUANDO VOS CALUNIAREM E DISSEREM FALSAMENTE TODO O MAL CONTRA VÓS POR CAUSA DE MIM.
Deus menino, Deus Pai, presente na justiça, na igualdade, no respeito aos irmãos, TODOS NÓS, iguais no vermelho do sangue, na morte e no nascimento, diferenciados pela vida afora pelos injustos, pelos donos do poder sócio-econômico, pelos criadores dos demônios do analfabetismo, da prostituição, da exploração do trabalho alheio, pelos demônios do preconceito em todas as formas, pelos fomentadores da ignorância em todos os sentidos.
PELOS DESGOVERNOS QUE FAZEM DO POVO REFÉM, PARA QUEM OS SONHOS DOS MAIS POBRES REPRESENTAM UMA AMEAÇA.
Bem aventurados enfim, todos aqueles que sonham com uma sociedade mais justa, mais cristã. E para aqueles que, em nome desse sonho são caluniados, são perseguidos e são martirizados a cada ataque orquestrado contra a esperança dos mais simples, promovido pelos antigos vendilhões do povo, que SABEM MUITO BEM O QUE FAZEM
Publicado em: 10/08/2006 16:21:25
Última alteração:23/10/2008 13:13:05


AS CANÇÕES
AS CANÇÕES



As canções, que há muito pra ti fazia

E feliz dedilhava no violão

Da janela do teu quarto tu ouvias

Só findavam, quando o sol varria o chão. JRPALÁCIO



A lua desmaiando na varanda

Coragem pra sonhar e ser feliz,

Agora em solidão, vida desanda

Não fala do que em sonhos amor diz. MARCOS LOURES



O coração ponteia uma esperança

Que um dia volte a ser como era,

Nascendo neste inverno a primavera... MARCOS LOURES



O violão quebrado já sem cordas,

Tal qual esse meu coração calhorda;

Pagando o preço da desesperança... JRPALÁCIO
Publicado em: 22/09/2008 06:45:49


As cartas que mandaste
As cartas que mandaste
Depois de tantos anos
Em duros desenganos
A vida em tal contraste
O amor em vão desgaste
Puindo nossos planos,
Restando em tantos danos
O quanto se fez haste,
Mas quando te revejo
E sinto este desejo
Reavivado em mim,
Percebo que deveras
Além do quanto esperas
Dominas meu jardim.
Publicado em: 06/07/2010 18:29:20



As coxas bem abertas me permitem
Beijar sofregamente estas virilhas
Lambendo mansamente até que inunde
Meus lábios com divinas maravilhas.

Ao encontrar teu grelo intumescido
Sedento pela língua mais audaz,
Percebo quanto queres que eu faça
Gostosa sacanagem bem voraz.

Entrega-se, vadia e quase puta,
Mordendo o meu pescoço, louca, insana,
Uma deusa bacante e tão safada
Rainha dos desejos, soberana.

E quando esta explosão já se anuncia
Tu gritas e me xingas. Sou teu macho,
Servindo-te cativo, sou escravo,
E entrego-me, teu rei e teu capacho...
Publicado em: 13/10/2007 09:33:25
Última alteração:29/10/2008 19:59:07



A vida traz diferenças
Que não dá para entender,
Até mesmo nas doenças
Pobre nasceu pra sofrer...

Quando rico já se coça,
Alergia, né doutor?
Mas se o pobre se encaroça,
Foi sarna que ele pegou...
Publicado em: 16/03/2007 23:39:45
Última alteração:28/10/2008 01:01:26


Amor
De uma maneira quase imperceptível, o tempo vai se escoando, na alternância das estações, provocando profundas alterações em minha alma.

A primavera há muito se foi, deixando em seu lugar o verão inclemente que vai ressecando as tenras folhas verdes de meus sonhos, deixando-as ao sabor do vento que sopra.

A chegada do outono é anunciada com uma brisa suave que acaricia meu rosto, fazendo com que pequeninas gotas de orvalho voltem a brilhar nas pétalas e nas folhas, fazendo-as cintilar, como pedras preciosas ao amanhecer.

Posso ver ainda nos jardins dos meus sonhos, tímidas tonalidades verdes, entre folhas ressequidas.

Ao caminhar sobre este chão endurecido, lembro-me de ti e, na certeza de que não me queres mais, sinto rolar o pranto em meu coração repleto de cicatrizes...

Busco conforto nas rosas remanescentes. Aquelas mesmas rosas vermelhas que eu depositava em tuas mãos nas manhãs de nosso amor.

Como um louco pergunto a elas se, por acaso, têm notícias tuas, mas ela nada dizem, ficando ali, estáticas, indiferentes à minha dor.

Mas sinto que, mesmo em silêncio, as rosas falam de ti, no perfume que roubam de teu corpo e nas lembranças de um sonho que se perdeu, na impiedosa e imperceptível passagem do tempo que, sem deixar vestígios, determina as estações do ano provocando novas e fundas cicatrizes em minha alma triste como o canto do sabiá, ao findar da primavera...

Marcos Coutinho Loures

Publicado em: 04/04/2007 21:40:23
Última alteração:27/10/2008 18:58:22


As Fases Do Amor

Não sei se tu sabias ou se sabes
Das sebes e das serpes que hoje sei.
Se somos o que temos não serei
Nos olhos que te cabem não me cabes.

Pois sinto que se queres não acabe
Amor que sempre sabe o que mais quer.
Vencido por não ser o que quiser
Se queres o que quero amor não sabe.

Amor me disse tudo numa frase
Que guardo dentro em mim, vital segredo.
Amor se fortalece e perde o medo,
É lua que transmuda toda fase.

Começa com um lume delirante,
Em pleno plenilúnio nos transforma,
Amor que em paixão já se deforma
Saudades mesmo ao lado traz, da amante.

Depois de algum tempo, em calmaria,
O brilho dessa lua, diminui,
Mas mesmo assim o brilho que possui
Nos ilumina quase como o dia.

Mas quase que sem brilho, ao fim do ciclo,
Se não cuidarmos morre sem querer,
Por isso meu amor preciso ter
Essa força motriz onde reciclo.

E recomeço as fases desse amor,
Para que no final da minha vida,
Eu possa recompor força perdida,
Matando o que causar o desamor!
Publicado em: 08/12/2006 22:26:01
Última alteração:28/10/2008 20:54:24


As flores que desejo!

Teus olhos são as flores que desejo
No jardim maravilhoso que sonhei.
Deveras tantas rosas já plantei
Mas em nenhuma delas inda vejo

Beleza como tens nos teus olhares,
Meu canto que traduz o manifesto
Mais puro, mais feliz e mais honesto
Do que todas as preces nos altares.

Feliz por desfrutar desta beleza,
Se bem que depois disso, mortas flores
Que invejam tanto brilho e os olores
Que fazem-te suprema natureza.

Deveras compreendo este ciúme;
Beleza também têm as pobres rosas,
Que são tal qual teus olhos olorosas,
Porém não trazem todo esse teu lume!
Publicado em: 29/11/2006 21:36:57
Última alteração:29/10/2008 12:02:29



as flores são adereços
deste amor, nosso jardim,
marcaram desde os começos
agora enfeitam o meu fim...
Publicado em: 13/08/2008 12:26:07
Última alteração:19/10/2008 19:54:32



Meus dias se escorrendo preciosos,
Tateiam nesta busca mais sossego.
Nas portas que criei, pedindo arrego,
Peçonhas inoculas. Perigosos
Os sorrisos que trazes... Sempre nego
As cores que não tenho. Melindrosos,
Os caminhos sofríveis que navego.
Meus dias e meus dedos são nodosos!


Renasci dessas cinzas que sopraste.
A pátria que pariu m’abandonou.
As mortes que te dei, tu confrontaste;
E quase nada tive e me restou...
A não ser a certeza de que vou
Por esses mesmos rumos que negaste.
O vento sutilmente quebra uma haste ,
Essas hastes que ergueram quem amou!
Publicado em: 14/12/2006 12:02:12
Última alteração:28/10/2008 20:51:45



E a voz
fica sem som,
lágrimas
correm lentas ...
(ivi)


As lágrimas procuram pela foz
Depois de conhecerem mil cascatas
As horas solitárias, inexatas
Falando assim da dor que existe em nós.

Não quero a poesia como algoz,
Sequer isolamento destas matas,
Só peço, meu amor, que enfim reatas
Com muito mais firmeza nossos nós.

Silêncio perturbando o nosso sono,
Sentindo com terror este abandono
Jamais conseguiremos ser felizes.

Por isso, companheira; aqui te espero,
O olhar da solidão, terrível fero,
Realça as mais antigas cicatrizes...
Publicado em: 18/01/2009 22:01:46
Última alteração:06/03/2009 07:18:31


As lágrimas que lhe caem
Desaguando no meu peito
São passarinhos que saem
Dos sonhos quando eu me deito.
Publicado em: 06/01/2009 17:53:08
Última alteração:06/03/2009 12:13:25


Muito em guerras sofreu amargo peito
Algozes esperanças, ledos dias,
Vencido pelas duras agonias,
Jamais se encontrará mais satisfeito.

É mesmo que viver sem honrarias,
Nas chamas que flutuam frágil leito
Feridas que apodrecem n'alegria,
São corjas de ladrões em véu desfeito.

Por certo, que adormecem na estrada,
Que leva a tal grito, dor contada
Somando, as lamúrias da paixão;

Meu coração, quem sabe, ainda viva
Um resto de esperança em luz altiva
Resquícios de um momento de ilusão....

LEDALGE
MVML
Publicado em: 13/09/2007 22:02:27
Última alteração:13/10/2008 21:09:43


Terríveis ambições o mundo estragam,
Pois não respeitam leis nem sentimentos
E fazem de ideais seus alimentos
E traidoras, mãos que nos afagam!

Prisioneiros, em todos os momentos,
Dos sonhos de poder, os homens vagam,
No imenso lamaçal em que se alagam
As sensações que fazem seus tormentos!

Por que, na vida, existe tanta luta,
Tirando do caminho, o meu sorriso,
Se nossa origem foi o Paraíso?

De nada vale haver tanta disputa,
Pois só merece ser o vencedor
Quem respeita, na vida, as leis do amor!

MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 27/08/2008 14:41:47
Última alteração:17/10/2008 17:14:26


Terríveis ambições, o mundo estragam,
Pois não respeitam leis nem sentimentos
E fazem de ideais meus alimentos
E traidores mãos que nos afagam.

Prisioneiros, em todos os momentos,
Dos sonhos de Poder, os homens vagam,
No imenso lamaçal em que se alagam
As sensações que fazem seus tormentos.

Por que, na vida, existe tanta luta,
Tirando do caminho, o meu sorriso,
Se nossa origem foi o Paraíso?

De nada vale haver tanta disputa,
Pois só merece ser o vencedor
Quem respeita, na vida, as leis do amor!


MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 19/04/2008 12:41:11
Última alteração:21/10/2008 13:11:06



Companheiro, no sertão
Lá pros lados das Gerais
Com terrível comichão
O bichim é bão demais.

Mas me fala o sertanejo,
Com toda sabedoria
Que o danado traz desejo
De querer é todo dia

Das três coisas que conheço
Mais gostosas,te garanto
Desse bichim que padeço
E que nos versos eu canto

Com certeza ele faz parte,
Junto com mulher e grana,
Não é coisa que descarte
Nessa vida soberana.

Preste atenção companheiro,
De que vale, tenha fé,
Muita mulher e dinheiro
Se o bicho num tá de pé?


Publicado em: 01/04/2008 20:47:52
Última alteração:21/10/2008 16:47:54



Nas andanças pelo mundo
Muita coisa encontrei.
Gente de todos os tipos
Nas terras por onde andei
Gente de amor profundo
Temente a Deus e ao diabo
Por tanto tempo são sei
Se devo estar enganado
Sei que esse tempo passado
Não foi de todo perdido
De certa forma cumprido
Na barca da minha sorte
Nas trilhas de minha sina
Na vida mais assassina
Que combina com passado
Que nega o nunca negado
Meu sonho de liberdade
Passeia pela cidade
E dobra, a cada esquina,
No remédio mais doído
O meu andar foi comprido
E meu destino cumprido
Na minha alma o comprimido
Da bula felicidade
Passando pelos volteios
Das curvas desse regato
Sei que nada mais que seios
Adormeceram meus retratos
De triste cavalgadura
Na mata, da noite escura.
Que mata, carece pura.
Como a pinga que bebi
No tempo que resisti
Na beirada dessa estrada
Que leva o nada a esse nada
Que comporta muita força
Do colo da menina moça
Ao cheiro da maresia
Cravando de poesia
O tempo mais assuntado.
Assustado companheiro
Não sei desse mundo inteiro
Mas sei bem mais que você
Pelo menos sei perder
O rumo no colo doce
Que essa morena me trouxe
Lá das matas do Pará,
Do cheiro dessa capina
Da terra molhada o gosto,
Brilhando no seu rosto
Feito pedra cristalina.
O campo que me alucina
É o verde da minha terra
Que me transporta, fascina,
E não acerta mais nem erra
Apenas aceita a dança
Da mais forte temperança
Que nunca arreda, criança,
No meio dessa vingança
Que é minha essa contradança
Que espalha, me dá sustança,
De encarar outro sermão
De saber mais desse chão
Que me pega, supetão.
Traz o sim confunde o não
E se espalha no sertão
Fazendo tal confusão
Que nem padre ou sacristão
Resolve e dá solução
Ao que pergunta meu povo
Para onde ele vai de novo
Se quebrarem mais um ovo
E não deixarem nascer
O futuro mais esperado
Onde quisera viver
Sem esse tal de volver
Sem essa de nunca ver
Que poderia saber
O resto dessa embolada
Que nada mais é distante
Trazendo o que era adiante
Como se fosse constate
O grito desse levante
Que me fez deu tal arrelia
Que cravado nesse dia
Foi de resto minha sobra,
Que rasteia feito cobra
Nas ondas desse que cobra
O que a gente não gastou
Somente a gente tentou
Mas, remediando a vida,
Nessa estrada mais sem rumo
Vou tentando ter meu prumo
Das dores faço um insumo
Que mantém meu caminhar
Por onde gente passar
Contando essa valentia
Vou com minha fantasia
De quem não quer sufocar
Nem precisa suportar
As marcas desse chicote
Dos que tentaram o bote
Não há mais quem que suporte
O peso desse grilhão
Que maltrata tanto a sorte
Que sufoca até a morte
E que mata o coração.
Quero dizer pra você
Aquilo que me comporta
Abra bem a sua porta
Não liga, pois não me importa,
O que quer que te contaram
Sou amigo nada tema
Por mais tempo que passaram
Mudar a história da gema
Que faz nascer um poema
Que se chama liberdade
Não creia nessa maldade
Desse povo mais safado
Que negam o já negado
Que pegam o caso encerrado
Para carregar de lado
Nas página do jornal
Que trazem nesse embornal
Para embrulhar mais você
Não deixe esse temor ter
Mais força do que devia
Muda de cavalaria
Esquece a cavalgadura
Senão essa noite escura
Vem de novo lhe cobrir
Não deixe que essas premissas
Nem se rezada nas missas
São os frutos das cobiças
Das gentes que, movediças,
Transformam o nosso sonho
Num pesadelo medonho
Daqueles que eu não me enfronho
Nem tento solucionar
Pois percebo nessa gente
Que se ver gente contente
Logo fica mais doente
Parece gente demente
Mas é um povo que mente
Difícil de acreditar.
Moço não dê mais assunto
Pra esse povo sem pudor
O que eles querem, e muito,
É transformar um doutor
De cara mais deslambida
Parece de mal com a vida
Tem jeito de enganador,
Pois então tome cuidado
Que esse povo safado
Tá querendo engabelar
Vendem-te como coitado
Esse cara mal lavado
Que não dá pra confiar
Esse sujeito é famoso
Por permitir mais o gozo
De quem gosta de levar
Da nossa propriedade
Quase toda, as mais querida.
Mesmo assim, sinceridade,
Gosta de aumentar a dívida
E não paga nada não
Deixando toda pobreza
A ver nessa tristeza
O fim de nosso país
Que não é mais meretriz
Aprendeu o seu valor
O valor de ser brasileiro
De correr o mundo inteiro
Com o orgulho altaneiro
De nosso novo janeiro
De ser bem mais verdadeiro
Sem deixar escravizar
Deixa de novo brotar
No meio desse pomar
A fruta mais melindrosa
Que perfuma como rosa
Que brilha nesse luar
Que nunca mais que se alcança
Que bela como criança
Faz do futuro essa dança
Que transporta na lembrança
A NOSSA FRUTA ESPERANÇA!
Publicado em: 17/02/2007 13:00:04
Última alteração:30/10/2008 16:57:11



Meus dias com certeza reluzentes
Nas mãos de uma amizade, tão seguras.
Os passos bem mais firmes, diligentes,
Trazendo para nós tantas ternuras.
Meus passos sem temores vão contentes
Tramando mansidão nestas procuras.
Uma amizade traz tranqüilidade,
A quem sempre buscou felicidade...
Publicado em: 27/10/2007 21:30:14
Última alteração:28/10/2008 13:18:29


AS MARAVILHAS DO CAMPO //

No campo encontra aqui simplicidade
Encontro paz - um pouco de união
Mais alegria, e hospitalidade
Um povo mais saudável - bem mais são

É bom poder andar por essa grama
Comer das frutas sem fertilizantes
Comer com mais prazer - com gosto e gana,
Não ser cosmopolita alguns instantes...

Além de eu encontrar bela morena
Mostrando num sorriso, uma inocência
Que há tempos procurava, e que me acena
Amor como sonhei. Sem indecência...

Porém ao ver meu falo, gargalhou;
- Por que diacho, o bicho se entortou?

GONÇALVES REIS
MVML
Publicado em: 23/08/2007 21:10:11
Última alteração:05/11/2008 13:09:17


As Sombras do Passado

As Sombras que ao dormirmos se levantam
E dizem d’outros dias mais felizes
Nos palcos que vivemos são atrizes
Ao mesmo tempo se agigantam
Mas logo, ao acordarmos, já se espantam.

Depois de tanto tempo adormecidas
As sombras nos perseguem na penumbra
A negra escuridão logo deslumbra
As sombras que pensamos escondidas
Às vezes pareciam já perdidas.

Porém a liberdade é relativa
Fagulhas destas sombras nos torturam
Nem luzes essas sombras não se curam
Queimam-nos, nos deixando em carne viva.

Sombra que sempre vai me acompanhando
Fazendo de minha alma seu compêndio,
Por vezes tempestade, pleno incêndio,
Por outras devagar, em fogo brando...
Publicado em: 16/12/2006 07:09:35
Última alteração:28/10/2008 20:32:55


As pombas lamentando dissabores
Na luz do teu olhar
é constante o nosso amar ...
(ivi)

As pombas lamentando dissabores
De amores que se foram pra não mais,
Mas trago em minhas mãos, diversas cores,
Bebendo em tua pele, raros sais,
Manhã traz nos matizes, seus albores,
Momentos que bem sei; são magistrais

Arcando com o peso da saudade,
Levando o coração para ofertar,
Com toda e mais completa liberdade,
Somando nossas vidas a vagar,
O amor quando se diz tranqüilidade,
Não tem porque temer, nem duvidar.

As pombas solitárias, tristes voam,
As almas num amor, em paz revoam...
Publicado em: 05/01/2010 15:13:34
Última alteração:15/03/2010 12:17:58


As quatro forças da Natureza

Gravidade - força da Natureza devida à curvatura do espaço provocada pela matéria. Matéria não atrai matéria, como enunciou Newton na sua Lei da Gravitação Universal. A matéria deforma o espaço, e o espaço, assim deformado, indica o caminho a ser seguido pela matéria. A gravidade é responsável pela maioria das estruturas do Universo, incluindo galáxias, estrelas e planetas.

Força eletromagnética- força da Natureza devida às cargas elétricas das partículas subatômicas. É a força motriz das reações químicas, tornando-se responsável pelas estruturas atômica e molecular.

Força nuclear forte - é a força da Natureza responsável por manter a coesão dos núcleos atômicos. A fusão de átomos nas estrelas é presidida pela força nuclear forte, liberando boa parte da energia do Universo.

Força nuclear fraca, ou interação nuclear fraca - força da Natureza que preside a decomposição dos nêutrons em prótons e elétrons, além de desempenhar papel importante na fusão nuclear, na radioatividade e na produção dos elementos químicos nas estrelas.

REMO MANNARINO
Publicado em: 07/04/2007 12:42:38
Última alteração:23/10/2008 11:30:51



As rosas do meu jardim

As rosas do meu jardim
Procuram por olhos teus,
Que, um dia, já foram meus,
Mas nada encontram, no fim.

Elas e todas as flores
Sabem todas dos meus ais.
Também sentem minhas dores,
Pois não voltarás jamais!
Publicado em: 03/12/2006 00:02:11


Nos campos onde espero ter meu fim
Os perfumes silvestres me dominam.
Minhas noites, nas flores se alucinam
E deixam bem distante meu jardim.
Tem rosas, tem crisântemos, jasmim.
Porém os tais perfumes desatinam
Aquelas que, passando, se destinam
Aos campos que inda guardo dentro em mim..

De todos os desejos que esqueci
Um deles rememoro quando vi
Dos sonhos que perdi, tanto martírio,
Os olhos perfumados, soberana
Flor, que sempre floresce e não me engana
Que me perfuma o campo, branco lírio,
Em todas estas flores que plantei
As sementes do amor eu te guardei.
Publicado em: 14/12/2006 11:20:08
Última alteração:28/10/2008 20:54:05

As Sombras da Paixão


Vivendo tão sozinho e desdenhado
Nas ondas infinitas desta dor
O tempo que se passa em desamor
Matando pouco a pouco o ser amado.

Ser amado por ti... Ah! Quem me dera!
Mas nada das promessas que fizemos...
Os erros que, infelizes, cometemos;
Alimentando a fome da quimera.

Nesta escuridão, sombras que persigo
Chorando por perder quem tanto quis.
Insanidade mostra o seu matiz
Cada vez mais distante, não consigo..

As loucuras que fiz por quem amei,
As minhas mãos afagam o invisível.
Amor, assim, tão forte e mais incrível,
Retratando o meu mar que naufraguei...
Publicado em: 08/12/2006 15:10:28
Última alteração:29/10/2008 11:59:05


Às vezes caminhando contra o vento,
*Caminhando*

Absorta estava na paisagem vida
Olhar disperso passos compassados
O desfilar de pernas na avenida
Ali estavam apenas peitos arfados

Estranhos na multidão e vizinhos
Como papeis voando sem destino
Na busca ânsia de tantos desalinhos
Esquecem a melodia da canção hino

O pensamento viajou ao sudeste
Para levar ao poeta que admiro
O frescor da tarde aqui do Nordeste
Para não apagar a letra do papiro

Enviar para ti mesmo na distância
Meu abraço sempre em fragrância

sogueira

Às vezes caminhando contra o vento,
Sentindo este bafejo delicado,
Entrego-me ao mais claro pensamento
E vejo-te num átimo ao meu lado.

Esquecer o que vivemos; tolo, eu tento,
Mas sinto ser inútil, és o meu Fado,
E volto a te trazer neste momento
Tesouro dentro da alma bem guardado.

Tua fragrância está sempre comigo,
E a cada novo dia, eu te persigo,
Tornando esta distância bem menor.

Tu és toda a razão destes meus versos,
Se um dia tive os passos tão dispersos,
O mundo que me trazes é maior...
Publicado em: 14/04/2009 20:54:17
Última alteração:17/03/2010 21:00:12


Amo você...
E extasiada, me entrego...

Amor, não nego...
Não cobro...
Não escondo...
Não parcelo...

No teu olhar amado,
Me descobri, cativa...
Em bailado, festivo,
Dançando a felicidade!

Vem...
Toma-me em teus braços...
Circunda-me...
Proteje-me!

Absorve de mim,
Raios de amor intenso.
Retenha-me!
Adentra-me!

Permite, que na fusão,
De nossos corpos nus, em frenesi,
Eu permaneça, em ti,
Para sempre!

Fundindo nossos corpos nessa trama
Da chama que nos chama para a cama,
Fervendo este desejo tão intenso,
De termos nossas pernas, entrelaces...
Em ti querida; saiba, tanto penso,
Me recompenso imerso sem disfarces...

Em frenesi, cativo deste sonho,
Olho do furacão aonde eu ponho
Todo o meu desejo e a vontade
De ter tua nudez bem junto a mim,
Volúpias a nos trazer felicidade,
Vibrando de prazer, até o fim...

Ateias fogo nesse meu lençol
Teus braços, calorosos como o sol
Que queima a noite inteira, flamejante
Mergulho nos teus vales e montanhas,
Desejo teu amor, amigo, amante,
Concebo meu desejo em tuas sanhas...

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 06/04/2007 19:11:11
Última alteração:06/11/2008 09:59:57



AS TRAMAS DO AMOR -


Na trama dessa poesia,
Feita de grande emoção,
Verás por certo, a magia,
Desenho, de um coração,
Repleto de alegria,
Pulsando feito um vulcão,
De amor, louco, em folia,
Vibrando na sensação
De te amar todos os dias...
Sem dar tréguas prá razão!

Tomada de emoção e de alegria
Atinge com certeza a plenitude
Que é feita de ilusão e de atitude
Pulsando em nossa artéria, a fantasia.

Amor que não permite uma sangria
Trazendo novamente a juventude
Nem mesmo a solidão já nos ilude
Pois temos bem mais força, dia a dia.

Ao ver um sonho bom realizado
Não posso reclamar mais desta sorte
E nem quero pensar em minha morte

Apenas em viver iluminado
No brilho deste olhar e ser refém
Do sentimento imenso deste bem...

ANA MARIA GAZZANEO
Marcos Loures
Publicado em: 21/07/2007 13:21:15
Última alteração:05/11/2008 18:33:13



AS TRAPAÇAS DO AMOR
A sorte diz trapaças
E farsas
Falsos cometas
Que arremetem-se
Cometem seus erros
E aos berros
Cismam e ficam;
Penalizam
Quem os amou...
Publicado em: 31/07/2008 14:30:17
Última alteração:19/10/2008 22:04:52


As três melhores coisas da vida são mulher, mulher, mulher
100

As três melhores coisas da vida são mulher, mulher, mulher

Melhores coisas da vida,
São três e são colossais,
A mulher, logo em seguida,
Outras duas... nada mais

Marcos Coutinho Loures

Nada além de uma mulher,
O desejo que alimento,
Do jeito que der e vier,
Não me sai do pensamento...
Publicado em: 20/11/2008 16:48:57
Última alteração:06/03/2009 17:06:23



AS TRÊS MELHORES COISAS DA VIDA. /

No interior, me parece,
Todo mundo vive cheio.
Só gosto quando ele cresce,
Muito mesmo, em pé alheio.

Companheiro, no sertão
Lá pros lados das Gerais
Com terrível comichão
O bichim é bão demais.

Mas me fala o sertanejo,
Com toda sabedoria
Que o danado traz desejo
De querer é todo dia

Das três coisas que conheço
Mais gostosas,te garanto
Desse bichim que padeço
E que nos versos eu canto

Com certeza ele faz parte,
Junto com mulher e grana,
Não é coisa que descarte
Nessa vida soberana.

Preste atenção companheiro,
De que vale, tenha fé,
Muita mulher e dinheiro
Se o bicho num tá de pé?

VITÓRIO SEZABAR
ML
Publicado em: 19/11/2007 21:56:46
Última alteração:31/10/2008 13:13:21



As tuas mãos são jóias delicadas
A refletir os brilhos do cristal;
São pétalas de flores, perfumadas,
Na textura macia do percal!

O toque dessas mãos aveludadas,
O mais sutil, mais leve e casual,
Diz que foram, por Deus, esculturadas.
Num dia que Ele fez, especial.

Por isso, se a beijá-las, eu me ponho
Posso sentir-me, mergulhado, em sonho,
A mais feliz de todas as criaturas!

E descubro que, além de graciosas,
Exalando o perfume de mil rosas,
Têm o sabor de tâmaras maduras....

De tuas mãos divinas, tal carinho,
Que sinto, calmamente, me enlevar;
Arando o coração, preparam ninho,
Onde esperança, intensa, vai morar.

Eu quero cada fruto, cada flor,
Produto do cultivo, plantação.
Recebo em tuas mãos, o pleno amor,
Que faz no bem querer, adubação.

Decerto nas delícias do pomar,
As frutas delicadas, nossos filhos.
É vida que, insistindo, faz brotar,
Nossos caminhos, unos, nossos trilhos.

E já peço, em mãos postas, numa prece,
Essa beleza do amor que amadurece...

Marcos Coutinho Loures
Marcos Loures
Publicado em: 06/02/2007 16:16:44
Última alteração:16/10/2008 09:52:03



As Tuas Mãos

Mãos delicadas,rosas estendidas
Sem espinhos. Carinhos e desejos,
Nas mãos glorificados azulejos
Que bordam, maviosos, nossas vidas...

E fazendo de cada dia um sonho,
Permite-nos viver em tal leveza
Que possa nos trazer maior fineza
De viver horizonte mais risonho...

Mas, se não as tivesse delicadas
Como a mansidão breve de um carinho,
Amor que te dedico, mais sozinho,
Não saberia dessas mãos de fadas.

A beleza, ao sentir tua presença,
Em ciúmes se recolhe, sem alarde.
Amor que traduziste, mesmo tarde,
De toda a minha vida, a recompensa!
Publicado em: 05/12/2006 18:57:36
Última alteração:28/10/2008 20:48:55




Sequer irei me opor, amor me doma
Redoma meu olhar e ganha a alma
Que importa se um ator, sempre me toma
E ao fim da peça, deixa-me na palma?

No amor ainda insisto e nada mais
Seduz com peso e ardor meu coração.
Ou vivo pelo amor, ou deixo o cais
E mudo do meu mundo a direção.

De sonho e ilusão meu céu pintado
De esperança cega, olhar tomado
Do doce dessa crença, até morrer!

Vestida em fantasia deixo ver
Verdade que me sobra, sem saída
Ou morro de amor ou nego a vida!

ANA MARIA GAZZANEO

Deixei o meu lirismo na varanda,
Quarando as esperanças sob o sol.
E quando a fantasia já desanda,
Realidade nega o seu farol.

Aí a maionese já desanda,
Domingo, na TV, tem futebol,
No fim, o coração, gritando manda.
Domina tudo em volta no arrebol.

Em vez de ver o Bota no Engenhão,
Coloco a camiseta e o bermudão,
E vou com a madame pro Recreio...

Tivesse então coragem de dizer,
É melhor me mandar e te esquecer,
Meu saco já ficou pra lá de cheio..
Publicado em: 30/11/2009 18:29:52
Última alteração:16/03/2010 19:42:34



Às vezes eu pergunto se há um Deus

Emoção de estar aqui

Melhor talvez fosse não ter surgido
Mas já que estou aqui, eu mando brasa
E jogo meus poemas nesta casa
Armando minha barraca, meu abrigo.

Meus versos vão inversos ao que almejo
Buscando alavancar muita amizade
Pregando paz em caminhos benfazejos,
Mas com escritos de pouca bagagem.

Quem sabe, falte-me comunicação!
Com uma luneta vou varrendo este espaço.
E vejo os milhões de astros iluminados

E lhes mando meu abraço e recado;
Com a caneta régua e compasso
Traço o retrato de feliz emoção.


JRPALÁCIO

Às vezes eu pergunto se há um Deus,
Principalmente quando a vida é boa,
Na voz que a cada instante longe ecoa,
Vencendo em calmaria tantos breus.

E quando a noite traz um duro adeus,
Invento uma jangada, uma canoa,
E o barco ressuscita a antiga proa,
Entendo quão são fúteis os ateus...

Tua presença amiga tem poder
De transformar a sorte num minuto,
Pois quando com fantasmas teimo e luto,

Teu braço me amparando, posso crer
Que existe realmente um ser Divino,
E o medo da derrota, em paz, domino...
Publicado em: 28/01/2009 17:40:45
Última alteração:06/03/2009 07:03:05


Às vezes nada vendo não contenho
Num prostituto pensar que abriga girassóis da Rússia e acarajés vendidos em Feira de Santana a preço de banana comi o pão que o diabo do diabo amassou com os pés e, de repente, e muito mais que de repente que Vinicius falou, desprotitui-me de flores e frituras e deitei-me em pensamentos que levam até a mina das minas, entrei também nessa de percorrer cabarés, sonhar luas e mulheres nuas, e também percorri ruas que imperam o treparar reservado e veladamente despudorado e, olhe, que vi mulher a rodo, meu chapa, analisei-as da planta dos pés ao osso do calcanhar, do tornozê-lo até o buraco quente da gruta, avancei coxas, subi até o umbigo, sorvi cotovelos, fartei-me de seios, lambi pescoços, nadei de borboleta até em sovacos, atraquei-me em ancas, mordi costas macias e duras, ranguei queixos e bochechas, desembucetei lábios, beijei olhos, masturbei narizes, alavanquei buraco de orelhas, amei varizes e celulites, entestei-me em testas, fiz meu desjejum comendo cabelos, ejaculei em pensamentos femininos, senti o coração da mulherada e, olhe, meu chapa, depois de tanto investigar, posso até lhe dizer com alguma autoridade sobre as mulheres. As mulheres são rancorosas, são feitas de pétalas e espinhos como bem simbolizam as rosas; mel e fel, aço e açúcar; num dia, é lua cheia derramando leite e dia outro, é polícia na rua metendo o porrete; bombom, maumau, meu bem, meu mal, inocência e graça, cobiça e trapaça; é Portugal e Espanha: fado e tourada, saudade e chifrada. Mulheres... elas têm a manha, a artimanha, a solércia, o artifício, a astúcia, o ardil, a lábia; é americano do norte, briga de fraco e forte, é o açoite, a magia da Arábia... a mulher tem tudo isso e muito mais. Aladim, venha nos salvar! Que voltem os sonhos das mil e uma noites, abram logo as portas pra rainha de Bagdá, a festa vai começar: Brasil e Argentina, masculino e feminino; Brasil, terno e gravata, Argentina de véu e grinalda, menino e menina, macho e fêmea; que nada! Viva Guevara! Que coisa! Brindemos à noiva! Que horror! Acho que gorou, melou, malogrou; Já-pão: o "agora" mais água, fermento e sal - sal sem rima, pois vejo que faltou farinha; cabelos lisinhos, cor de azeitona preta, a japonesinha e aquele olhar... fechadinho e safadinho; treta, engano, tramóia, fraude, falcatrua, truco!; alegria e tormento, mundo e fim de mundo, mundão; passarinho batendo as asas, buraco fundo, fundão; é doce de batata-doce, azedume; é cavalo dando coice; perfume, é porto seguro, separação e muro, urro, murmúrio, briga de cego na escuridão do dia, magia, esconjuro e perdão... mas sempre me rendo e faço tributo, me chamo de burro, me chamo de bruto e caio aos seus pés; clamo, reclamo, digo que lhe amo e também dou meus pontapés. Mulheres feias, mulheres lindas que um dia vão ser feias e talvez mais feias ainda. As mulheres são rancorosas, mas nem todas são iguais: algumas menos, outras mais. As mulheres são tudo, meu irmão! Vastidão.


O Velho Menino

Às vezes nada vendo não contenho
O risco de saber que num mergulho,
Por mais que não traduza algum empenho
No fundo deste mar, sói pedregulho.

Criado entre as entranhas de um engenho,
Depois da tempestade, sou barulho,
Por isso é dos ermos de onde eu venho
Das coxas e coxias, eu me orgulho.

Corcel desenfreado; sou arisco.
Nas bocas femininas, eu petisco
E arrisco mesmo um passo de outra dança;

Melando a minha calça uma vontade
Roçando a mão em plena liberdade,
Enquanto o xote toca e a noite avança...
Publicado em: 04/06/2009 14:31:31
Última alteração:17/03/2010 19:04:29


Ascendo em noite límpida, o infinito
Ascendo em noite límpida, o infinito

Que trazes, lapidares sentimentos.

O rastro de um luar, que outrora aflito

Permite a mansidão de belos ventos...

E vejo em teu olhar, um vaga-lume

Canteiro de minha alma, o teu perfume,

Estrela radiante a me guiar...
Publicado em: 09/10/2008 08:50:53


Asas
Minha alma entristecida dobra um sino
Por esse nosso amor que hoje se vai.
A chuva dolorosa já se trai
E mostra nestas lágrimas, destino...

Na vidraça entreaberta uma falena
Em vôo sem sentido adentra o quarto,
Nas asas deste inseto também parto
Em busca de outra plaga mais amena...

No vento em doce brisa, meu revôo
Por sobre multidões de flores tristes,
Relembram por instantes que inda existes
Os túmulos d’amores sobrevôo...

A mariposa ri, mais debochada
E mostra em pleno céu, um arvoredo,
Seu lar em tempestade, meu degredo,
A terra toda em lágrima encharcada...

Depois, como em milagre, tudo acalma,
A chuva que caia, traz o sol,
Nos olhos da falena, um farol,
E na falena posso ver minha alma!
Publicado em: 29/11/2006 18:53:25
Última alteração:29/10/2008 12:02:44






Que tal fugirmos
Desta espera
Que não deixa
Meu amor
Aqui chegar?
Visto o tempo
Jardas, metros
E tantos
Pensamentos
Que não param
De chegar.
Roda mundo
Minto sempre
Cabe todo
O sentimento
Na vontade
De passar
Ao teu lado
Um instante
Ser somente
O que não fui
Tampouco
Tu querias.
Mas omito
O sofrimento
Se não vais
Talvez pra que?
Poemas que te fiz
São cópias do que tive
E quero ter teu mar
Amar o mar
E nada mais sentir
A não ser o vento
Batendo
Na janela
Se for
Ela
Salvo a noite.
Se não for?
Prá que servem as asas?
Publicado em: 13/12/2006 21:22:59
Última alteração:28/10/2008 20:32:03




Num segundo
Toda a calmaria
Transforma-se
E o rio continua
Inexoravelmente
Para o mar.
Superando
As armadilhas
Para se entregar
Ao mar imenso...
Publicado em: 22/05/2008 14:54:17
Última alteração:21/10/2008 06:32:04



Namorico modernoso
Sempre evita uma "responsa"
Só visa o namoro em gozo
Depois, "amigos da onça"...

Se aparece um guri
Ninguém segura essa onda...
Por isso amor dá piti
Por favor nem me responda!

Ava Gardena

Todo remédio
Tem efeitos colaterais...
Assim também é o amor.
Fraldas
Choros
Cãs prematura dizia Vininha.
Mas tudo em nome do prazer.
Viver
Saber
Sem pensar.
Dos “poemas enjoadinhos”
Com certeza o que redime;
O que lava a alma...
Depois é noite mal dormida
Adormecendo o gozo
E o fogaréu?
Visitas no motel
E olhe lá...
Édipo à flor da pele,
Marido é regra três
Aí sobra
Futebol
Cachaça e poesia.
Perna de pau e abstêmio,
“ Vocês têm que me engolir!”
Publicado em: 16/01/2010 12:09:46
Última alteração:14/03/2010 21:06:47

Tanta dor duma saudade
Que maltrata o coração.
Viver amor de verdade,
Talvez seja uma ilusão,
Procurei pela cidade,
Já vasculhei no sertão,
Onde achei felicidade,
Amor, eu não achei não...


Assim pensava, amada, já faz tempo;
Julgava nunca encontrar o grande amor.
Pois de tanto encontrar só contratempo;
Espinhos deturpando cada flor...

O medo se apossava e não saía.
Os dias eram feitos solidão.
A chuva, na minha alma, só caía,
Viver sem ter sequer uma emoção...

Mas quando conheci minha princesa,
Trazendo com seu vento, primavera...
O mundo transformado em tal beleza,
Até na mansidão, quedou-se a fera...

Mas hoje, nesse dia iluminado,
Descubro; estou por ti, apaixonado!
Publicado em: 07/02/2007 17:24:58
Última alteração:28/10/2008 18:29:18


Assim que caí fora eu percebi
Sabe,
sobrou
tanto Amor,
depois que partiste ...
(ivi)

Assim que caí fora eu percebi
O quanto na verdade me querias,
Chegando de tardinha eu vi aqui
No meio da festança, estas folias.

Não venha me dizer que te esqueci,
São tuas mentirosas fantasias,
A idéia meu amor, partiu de ti,
E tu vens me dizer que não sabias?

Difícil atravessar aquela porta,
Agora também nada mais me importa,
Se agarro ou se consigo, estou ferrado,

Não vou ficar bancando o distraído,
Eu sei que na verdade fui traído,
E diga; por favor, se estou errado...
Publicado em: 24/12/2009 10:40:16
Última alteração:15/03/2010 22:17:53


Morte caminho único irrevogável
Segue cada passo insano e farto
A uns é dado uma longa e triste espera
Outros curtos prazos logo antecipados

Ronda lares, bares e bordéis sombrios
Ceifa a infância antes do findar do dia
Loucos dos trânsitos ou dos copos vazios
Espreita cada sena cumprindo a profecia

Leva o corpo ao pó de sua origem
Num espetáculo de saudade e de dores
Insensível as lamúrias, aos dissabores

Mas, aos poetas que a palavra faz sentir
Não matarás a criação dos versos seus
Gritando alto perpetuará aos olhos teus

Na fúnebre escalada, nossa vida,
Percalços e tropeços se sucedem.
Aprendizagens longas que precedem
A sensação da sina, enfim, cumprida.

Minha alma há tanto tempo envelhecida,
Implora às esperanças que não cedem
Nem mãos mais carinhosas que me enredem
Encurtam esta estrada tão comprida.

Meus versos vão cansados, sem remédio,
Apenas traduzindo imenso tédio
De quem tanto esperou e nada veio.

Não falo mais da morte com receio,
E digo, minha amiga, até anseio,
Sonhando com seu riso e seu assédio...

SOGUEIRA
Marcos Loures
Publicado em: 25/05/2007 13:28:10
Última alteração:06/11/2008 07:19:18


ASSIM É A PAIXÃO
Não quero mais cantar
Amor que não se dá
Maldito que egoísta
Depressa vai, despista
E quando diz do choro
Cachorro vagabundo.
Amor nauseabundo
Afogando o lirismo
Dá chute no poema
Envilecendo o tema
Espremo e nada vejo.
Nem mesmo o meu desejo
Mentindo descarado,
Tempo desperdiçado,
Templo desmoronado
Matando o roseiral
Cheirando sempre mal
Maior cara de pau,
Amor velho boçal
Arranca o meu bornal
Não deixa nem sinal
E segue proutra praia
Bronzeia-se na areia
Explode a lua cheia
Desafina a sereia.
A mata que incendeia
Deixada por herança
Sobrando só carvão
Assim é a paixão.
Publicado em: 30/07/2008 12:48:10
Última alteração:19/10/2008 21:55:32


Sou a culpada
estou amarrada
em tuas mãos ...
(ivi)


Atados neste mesmo sentimento
Pressinto que jamais serei liberto,
Pareio cada passo, enfrento o vento,
O amor derrama oásis num deserto.

E quando, solitário, às vezes tento
Seguir da fantasia o rumo certo,
Bebendo do prazer que experimento
O coração se expõe: um livro aberto.

Jamais arrefecer, seguir em frente,
Olhando o meu futuro vejo em ti
O sonho que pensara: já perdi,

Porém sobrevivera e assim latente
Num último momento, renascido,
Permite que eu me sinta, agora, ungido...
Publicado em: 06/01/2009 17:17:55
Última alteração:06/03/2009 12:14:05





Sei que me esperas, querida.
O tempo passa e, dentro em pouco,
Estaremos de novo juntos.
Complementos de nós mesmos,
Eternizados neste amor
Que divinizou nossas vidas.

A tua viagem foi muito dolorosa,
E ficar aqui, sem ti, é terrível.
Viver sem a melhor parte de mim,
Viver sem o menor sentido,
Esperando apenas, ansiosamente,
Rever-te.

Com um único alento,
O da certeza de saber
Que estaremos eternamente unidos.
Dentro em muito pouco,

Se Deus quiser.
Publicado em: 05/12/2006 15:19:25
Última alteração:27/10/2008 21:25:00



Até no meu sorriso, o coração fica doendo...
82


Mote

Até no meu sorriso, o coração fica doendo...


É de você que eu preciso,
E, por isso, estou morrendo,
Pois até no meu sorriso,
Coração fica doendo...

Marcos Coutinho Loures

De querer tanta querência,
Tanto bem que tu me dás,
A saudade sem clemência,
Vai tomando a minha paz...
Publicado em: 20/11/2008 14:30:58
Última alteração:06/03/2009 18:42:26



Até que ficou barato...
Uma vez, nos idos dos anos 80, na minha Muriaé, um amigo meu, desses amigos que a infância traz e a maturidade esparsa passou por uma situação um tanto quanto vexatória.
A adolescência traz seus desejos, nem sempre saciados e, quando isso ocorre, muitas vezes a noite traz opções para suprir essa ausência de prazer.
Pois bem, esse meu amigo estava namorando uma menina evangélica e daquelas bem radicais para quem o sexo era uma coisa sagrada após o casamento e demoníaca antes desse.
Os dois, com seus dezoito anos de idade tinham visões diferentes da vida; ela ambicionava o casamento mais precoce possível, de preferência com um rapaz “honesto e trabalhador”; já esse meu amigo estava no primeiro período de Engenharia e a sua opção era por primeiro formar-se, depois se solidificar no mercado de trabalho para, depois, poder constituir família.
Essas disparidades levavam o romance a uma situação extremamente comum e antagônica. Beijos e carinhos até as dez horas da noite, depois namorada em casa e fim de noite com as meninas mais liberais ou, na ausência destas, o prostíbulo mais próximo ou mais acessível.
Meu amigo, como todo estudante, estava com pouco dinheiro e fizera tudo para não gastar nenhum centavo naquela noite de quinta feira.
Conseguira poupar todo o dinheiro à custa de uma “dor de garganta” improvisada que o impedira de tomar, ao menos um refrigerante.
Dez da noite, namorada entregue em casa, tudo certinho , como mandava o figurino...
Morava na direção destra da rua e o prostíbulo era na canhota. Parodiando Drummond, foi ser “gauche” na vida.
Péssima escolha, veremos mais tarde.
Mas, hormônios são hormônios e o sexo estava a toda tomando conta da cara espinhenta e dos delírios noturnos.
Ao adentrar o prostíbulo, encontrara a mais bela morena que poderia imaginar em tal local.
Conversa vai, conversa nem vem e cama!
Noite deliciosa, com uma bela morena do lado, foi o mais demorado possível para um jovem em tal situação.
Quinze minutos de delícias inesquecíveis.
“Ah amor, gostou?
Amei querida...
Quanto foi?
Vinte reais...”
Até que não fora caro não, a menina merecia bem mais e, pensando em quanto daria de “gorjeta” para a bela garota, teve uma surpresa...
Procura daqui, procura dali, e cadê o dinheiro?
Não é que, ao pegar a calça jeans azul, se confundira e vestira a blues jeans?
E agora? Inteiramente nu, sem dinheiro nenhum e essa situação crítica.
Ao argumentar com a “donzela”, essa lhe mostrou a outra face, ao invés da doçura inicial, o rosto se modificou. De repente, surge uma peixeira de mais ou menos dois palmos de comprimento e fio exemplar.
“Você vai, mas a roupa fica!”
E essa agora; “posso pegar a cueca?”
“Sem cueca. A roupa só depois de eu receber a grana!”
O que fazer? À distância para sua casa não era muita, mas teria que passar no centro da cidade e ainda eram onze horas da noite.
Pelado e sem bolso pra colocar as mãos, não teve outra escolha.
Para o cúmulo do azar, Pepeu, um cãozinho pequinês que pertencia a sua namorada estava acordado.
E bem acordado. Nunca maltrate os animais, isso, além de ser de uma maldade absurda, pode causar contratempos terríveis.
Durante uns dias, com raiva da namorada, por causa de uns dá não deu que o deixavam agoniado, resolveu descobrar sua frustração no pobre animal. Não é isso que você está pensando não, ouviu? Ele deu foi umas pauladas de “leve” no focinho do pobre cão que, ao perceber sua presença, resolveu latir a toda a fim de demonstrar sua indignação.
Indignada ficou a namorada que, ao abrir a janela, se deparou com um homem nu correndo , mas a tatuagem enorme nas costas denunciara o fujão.
Maldita tatuagem!
Ao chegar em casa, sua mãe o esperava sentada, fingindo assistir a um programa de televisão.
Ao ver o seu “pimpolho” com a cabeça do “pimpolho” exposta, deu um grito, acordando a casa toda, inclusive a irmã caçula, para seu azar. Foi motivos de intermináveis gozações de sua amada irmãzinha.
Explicações eram necessárias, mas o resgate se impunha mais urgente.
Pegou a calça com os vinte reais, e foi de retorno ao prostíbulo.
Mas, para sua surpresa, ao entrar na ante-sala, dá de cara com o sogro, à espera da mesma morena mas, creio que com condições para pagar o serviço executado.
Conversa vai, conversa vem; eis que, como do nada, aparece a namorada e a sogra, devidamente armadas com todos os argumentos para esculachar o pobre estudante.
Circo armado, a morena, ao ver tamanha balbúrdia, abre a porta e, com a peixeira já conhecida, ameaça a todos.
Meu amigo, aproveitando-se da confusão, entra no quarto da morena, pega a roupa e sai correndo em meio ao tumulto.
Resultado da confusão – um casamento e um namoro desfeito mas, mineiramente falando, pelo menos os vinte reais não foram gastos.
É, pensando bem, o prejuízo não foi tanto...
Marcos Loures
Publicado em: 02/12/2006 07:30:03
Última alteração:29/10/2008 18:37:49


Atração fatal // Desejo intenso

Corpos se procuram, // Sem ter descanso;
ousadia no sentir // louco, sedento,
puro prazer! // amor, paixão...

MARA PUPIN // Marcos Loures
Publicado em: 22/05/2007 19:02:52
Última alteração:28/10/2008 06:03:56



Atrás de um rabo de saia Só não vai quem já morreu



Atrás de um rabo de saia
Só não vai quem já morreu
E no tomara que caia
Quem caiu, amor, fui eu...
Publicado em: 03/03/2008 20:55:17
Última alteração:22/10/2008 14:13:32

Atormentado, sigo noite afora,
Esta tormenta,
que toma
conta de mim,
e fica aqui,
sempre presente ...
(ivi)

Atormentado, sigo noite afora,
Encontro na sarjeta um bom abrigo,
Não tendo quem amei aqui comigo
Vontade de partir, e de ir embora...

Até a poesia, agora chora,
Distante da ilusão que ora persigo,
Eu tento prosseguir, mas não consigo
No desabrigo, a sombra me decora.

E aflora esta terrível solidão,
Gerada pela dor da negação;
Já não suportarei ser tão sozinho,

Numa árida paisagem, nada tendo,
O dia que sonhara se perdendo
Nas curvas insolentes do caminho...
Publicado em: 12/02/2009 20:56:21
Última alteração:06/03/2009 06:39:01




Fica sim,
só mais
um pouquinho
e me faça feliz ...
(ivi)


Ausência vai batendo em minha porta,
Eu sei que só terei mais alguns meses,
E neles desejando muitas vezes,
Porém a ilusão se finda, morta.

Não posso me enganar, nem deveria,
O que resta de mim é muito pouco,
E mesmo que estivesse insano, louco,
Jamais conhecerei tanta alegria.

Dedos amarelados por cigarros,
Tomado pelo câncer, sem defesas,
Ainda que me restem fortalezas,

Sinais da doença nos escarros,
Sanguíneas libações saem de mim:
Não resta qualquer dúvida: é meu fim!
Publicado em: 10/03/2009 22:03:24
Última alteração:11/03/2009 06:37:08



Aurora
O dia mal nasceu
E estou totalmente embriagado.
Noite passada
Amor passado
Todo o passado
Deixado nos goles do aguardente.
Aguardo o nascente
Do novo dia
Que, sei, jamais virá.
Aliás, tudo isso é muito engraçado.
O tempo
O passado
O futuro
E essa aurora que nunca vem.
Eu pego o trem
E vou morrer na cama
Que é lugar quente!
Publicado em: 29/11/2006 19:32:56
Última alteração:29/10/2008 12:02:37


-Azares do prazer
Azares do prazer

Decerto não demora, nunca atrasa,
Mais perto cada dia estou da morte,
Pro infortúnio ela chaga como sorte...
...É muita terra pra minha cova rasa.

Triste vida. Eu vou pisando em brasa.
Se não rui, que este palácio entorte.
Não quero curativo pro meu corte
E aceito esta choupana como casa.

Minha vida, loteria do azar
Nas mulheres apostei, pra me lascar
Amores, tentei, saíram de banda.

Tantas cagadas, segue suja a bunda
Amar! Uma ilusão d’um velho trouxa.
Prazer é xota, APERTADA OU FROUXA.

Josérobertopalácio

Prazeres sem amor são costumeiros,
São raros os amores verdadeiros,
Infelizmente a vida segue assim,
Criando este vazio dentro em mim.

As guias das calçadas, travesseiros,
Mergulho nos abismos corriqueiros
Sem ter as esperanças de um jardim,
Só sinto vir chegando, manso, o fim...

O pouco que carrego na bagagem,
Dizendo de um amor, tosca bobagem,
Somente animalesco ritual,

Quem dera em algum canto eu encontrasse
Alguém que este caminho, em paz, mudasse,
Paixão tosca mentira, vã, banal...
Publicado em: 29/11/2009 12:03:06
Última alteração:16/03/2010 19:47:00


Ave de Rapina
Não vele minha dor teu triste manto,
Ela não te pertence e a ninguém
Mais. É meu derradeiro e doce bem,
Meu último lamento e meu encanto.

Guardada neste cofre, coração,
Regada pelas velhas decepções
Buscando nos espaços, amplidões
Um resto do que fosse teu perdão...

Agora que já finda meu caminho,
Não quero teu velório, por favor.
Quem sempre se negou ao meu amor
É melhor que me deixe aqui, sozinho...

Tivemos tantas chances, não quiseste,
Em outros braços foste, sem demora.
Eu sei que a solidão já te devora,
E queres, no meu colo, o vento leste.

Esqueça! Não serei jamais amante
De quem, por toda a vida, nunca quis.
Deixe-me, por favor morrer feliz,
Mantenha tua garra mais distante.
Publicado em: 28/11/2006 19:51:18
Última alteração:29/10/2008 12:09:30



Aventuras de Beto na cidade Grande 1
Betinho, nosso famoso ponta esquerda ibitiramense, era um rapaz muito simples. Embora fosse muito forte, era de uma comovente ingenuidade.
Me recordo que, nos idos da década passada, numa inesquecível viagem fomos ao Rio de Janeiro.
Entre nós, havia um amigo extremamente gozador e, sabendo tanto da ingenuidade quanto do “pavio curto” do nosso gigantesco herói, resolveu aprontar algumas com ele.
Capixaba da divisa com Minas no Rio, tem como obsessão ir até o mar, tão longínquo quanto apaixonante.
Ainda mais nas praias cariocas, famosas por suas belezas e pelas belezas suadas que passeiam próximo ao mar.
Betinho ficou encantado com tanta beleza e, assustado com tamanha quantidade de pessoas, e com o marzão grande, repetiu aquela famosa frase dos caipiras que vêm o mar na primeira vez; soltando um gostoso: “Eta marzão besta, meu Deus”.
Renato, o nosso amigo brincalhão, não perdeu a chance:
“Você tá achando que isso aqui tudo é de graça?”
Ao que Beto respondeu: “E não é não?”
“Claro que não, tem que pagar para entrar na água.”
“Uai, onde a gente paga?”
“Você quer entrar na água?”
“Claro, quero saber se ela é salgada mesmo sô!”
Apontando para o Posto de Salvamento, senão me engano o Posto 5, lá na Copacabana, princesinha do mar, Renato foi incisivo: “É lá que se vende o Ingresso”.
Não deu outra; Betinho, sem pestanejar se dirigiu ao Posto e, perguntando ao Salva Vida onde compraria o ingresso para entrar, e quanto custava, diante da gargalhada deste, saiu indignado:
“Depois esse pessoal reclama, a gente quer ser honesto e o pessoal nem aí, vou ser obrigado a dar um “tombo” (calote na gíria da nossa região) e entrar sem pagar...”
Publicado em: 20/08/2006 06:42:04
Última alteração:26/10/2008 22:34:44



Azar! Durante tanto tempo estive
Sob o jugo terrível dos maus fados.
A sorte tão ingrata sobrevive
Distante dos meus dias já sonhados.

Por mais que já pensara noutros dias
O vento nunca veio benfazejo.
Tentando transformar em fantasias
As coisas bem mais simples que desejo.

Sorriso de mulher por mim amada,
Amigos que perdi, sem perceber...
As curvas tão fechadas desta estrada
Por mais que são difíceis, quero crer

Que levam no futuro a uma mudança.
E a cura de um azar? A esperança!

Publicado em: 09/07/2007 06:45:33
Última alteração:14/10/2008 16:38:37

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