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Sunday, December 5, 2010

A AMIZADE VERDADEIRA
Nas mãos tão dedicadas de uma amiga
Fiel, em sentimentos mais vivazes
A permissão perene que prossiga
Os sonhos mais difíceis e tenazes.
Que a vida assim serene e que consiga
A sorte nos mostrar bem mais capazes.

Floresce uma amizade num rosal,
Distante dos espinhos e mazelas.
Iluminado sempre pelo astral
Tomado nas tiaras das estrelas.
Trazendo uma esperança sem igual
Em noite que virá sempre a contê-las.

Um sentimento raro que enobrece
Não pode ser assim, somente prece...




A AMIZADE VERDADEIRA

A distância entre amigos não existe

Tampouco ausência cause algum abalo,

Amizade decerto já resiste

Pois sei, amigo sempre onde encontrá-lo.



Amigo de verdade não desiste,

Por isso esta certeza de eu amá-lo,

Quem tem um bom amigo, mesmo triste,

Pode contar com mão a consolá-lo.



Eu sei que este caminho é complicado,

Uma escultura feita com carinho,

Jardim tão bem florido e bem cuidado



Uma amizade consta de alegria,

Ouvir e dar abrigo, rumo e ninho,

Nos vôos desta vida... Em harmonia...

À AMIZADE VERDADEIRA


Amor em pura essência, na verdade
Que é capaz da vida, em liberdade
Servir a todos nós, felicidade
Certeza está presente na amizade!

Amor em amizade é feito nobre
Trazendo à relação a divindade
Dourando em alegria se descobre
O quanto é necessária a liberdade,
Quebrando este ciúme que recobre
Permite ao grande amor profundidade.
Amar e ser amigo de que amo,
Sabendo não há servo e sequer amo...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML


A AMIZADE VERDADEIRA


O vento que tão manso me tocava
Mostrando o meu futuro mais ditoso,
Um desejo solene que habitava
Meu peito se mostrando deleitoso
Aos poucos nos meus sonhos se assentava,
Deixando para trás um belicoso
Caminho que seguira até então,
Na amizade encontrei libertação!

A AMIZADE VERDADEIRA

Parte
Porto
Pedra
Parcas
Percas
E ganhos...
Sonho
Sangra graça sanha e lanhos.
Vestígios res quí c i o s
Cios gozos horas fios
Partos.
A dança
Salva
Selvas?
Sabias se sábias são
As asas da liberdade?
Voam velas velharias
O cor te
A corte
O PORTE
Armas
S o l t a s
Balas e bal OOOOOOO es
Bordões e bordoadas.

pedRas espinhos

quem sabe a solução
venha na curva dos meus sonhos,
nas balas do revólver
ou de alcaçuz?

P
E
R
A M I Z A D E
Õ
E
S


A AMIZADE VERDADEIRA


A vida tantas vezes nos concede
Momentos de alegria e de tristeza,
O quanto de esperanças já se perde
Deixando para trás tanta beleza.
Todo amor se conquista, não se pede,
O rio sempre segue a correnteza.
Amizade se faz no dia a dia,
Vencendo a tempestade em calmaria...


A AMIZADE VERDADEIRA

Às vezes me parece mais distante
Os olhos de quem fora tão presente.
O gosto da saudade num instante
Tomando o coração, maltrata a gente.
Esperança se mostra então constante,
Porém nada encontrando, segue em frente
Apóio cada passo na amizade
Portal onde se encontra a liberdade!

A AMIZADE VERDADEIRA

Do quanto que não tive, mas queria,
Dos passos em que erramos pela vida.
O medo tantas vezes foi meu guia,
Uma esperança atroz em despedida.
Amor nunca passou de fantasia,
A chave da alegria foi perdida.
Mas vejo ser possível, na amizade,
A sombra desta tal felicidade..

A AMIZADE VERDADEIRA

ser amigo não e coisa de um dia.São as palavras e atitudes que solidificam a amizade. Amigo e alguém que se pode confiar

Adrielly Cristina

Uma amizade é feita dia a dia
Em atos de carinho e de respeito.
Amor que transbordando em alegria
Permite-nos viver mais satisfeito.
Trazendo todo o bem que se queria
Tocando sempre fundo o nosso peito.
Na mansidão sublime de regatos
Amigo se conhece pelos atos.



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Não quero mais valentia
Nem tampouco tempestade,
No tanto que me cabia,
Só cabe nossa amizade

Meu amigo já te conto
De tudo o que já vivi,
Sofrimento foi desconto
De toda amor que perdi.

Companheiro não me esqueço
Das palavras que dizia,
Esse amor eu não mereço,
Mas custou a teimosia.

Moço pobre, moça rica,
Num dá certo não senhor,
Quando a coisa se complica
O dinheiro tem valor.

O seu pai é proprietário,
Eu sou simples cantador,
Na hora desse honorário
Toda a conta me sobrou.

Quando a moça viu a casa
Com telhado de sapê,
A paixão que fora brasa
Começou a arrefecer.

E depois de rachar lenha
Com a mão tão delicada,
Por mais amor que me tenha,
No final não sobrou nada.

Arroz e feijão na cuia,
Beber água lá do poço,
Guardar milho lá na tuia
Piorou este alvoroço.

Mas te falo camarada,
Cada beijo bem cheiroso,
Valeu toda esta jornada,
Eta bichinho gostoso!

Mas agora que findou,
E voltei à realidade,
Graças a Deus, me sobrou,
O bão de tudo, amizade!

A AMIZADE!
O vento da amizade bate forte
Abrindo esta janela e me fazendo
Acreditar possível nova sorte,
Meu mundo em segurança transcorrendo,
Trazendo em tanta paz, um novo norte,
Deixando para trás passado horrendo.
A vida se mostrando assim suprema,
Amizade sublime e eterno lema!

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Meu amigo, como é bom,
O saber que estás aqui.
Na nossa amizade, o dom,
De vencer o que venci.

Amigo, na adversidade,
Nos momentos mais cruéis,
Precisamos, na verdade,
Dos amigos mais fiéis.

Obrigado, então, amigo,
Pelo abraço companheiro,
Caminhando assim, contigo,
Eu desvendo o mundo inteiro.

Canto sem ter sofrimento
Se vier, não temo não.
Amizade é forte vento,
Que assopra no coração.

Eu te peço, sem temor.
Eu não minto. Na verdade,
Bem mais sólida que amor.
É a força da amizade!

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Cantar essa amizade
Em versos mais felizes.
Esfuma um sentimento
Nos ventos mais diversos.
São cores, mil matizes,
Aprendizes de amores.
Nas flores sem espinhos.
Ninhos mais benfazejos.
Desejos que completam
Repletos de esperanças.
Alianças profundas
Sempre mais verdadeiras,
Bandeiras desfraldadas
Mãos dadas, amizade...
Quem há disso negar?
Viajar infinito
Rito, por Deus, bendito.
Grito de liberdade
Sopro duma amizade...

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Amizade, companheira
Não é flor tão corriqueira
Que se encontra a vida inteira
Basta querer procurar.
Amizade é laço forte
Que quem tem, encontra a sorte
Sobrevive até na morte.
Não é fácil de se achar...

Amizade, minha amada,
É produto duma estrada
Tão longa e tão bem cuidada,
Não se pode descuidar...
Amizade, meu amor,
Tem raridade de flor
Somente bom lavrador
Tem poder de cultivar!

À AMIZADE! -

Sequer diga palavra,
De agradecimento
Pois vivo em mesmo encanto
Contigo, sei viver
Feliz nesse recanto
Aonde belas flores
Tal como em primavera
Recobrem com certeza
Tristeza da tapera,
Em que se fez o mundo...
Cantamos e em um segundo
A vida se faz bela!
E rosas amarelas
Já vejo aquí surgindo...
Um beijo, meu amigo
Pois conte sim comigo
Prá sempre vou contigo...
Regando essa amizade...

Uma amizade plena
De amor e de carinho
Vislumbra certamente
Florada em nosso ninho

Vencendo assim a dor
Que é sempre renitente
Fazendo nosso canto
Tornar-se mais contente

Jardim bem cultivado
Por mãos de jardineiro
Arar diuturnamente
Em sonho alvissareiro

Colher, depois, a flor
Mais bela e perfumada,
Seguir em passo firme
A mesma amada estrada

Fazendo-nos mais fortes
A cada novo dia,
Cantando o nosso sonho
De amar em poesia...

ANA MARIA GAZZANEO
Marcos Loures


A alma cosmopolita me permite
A alma cosmopolita me permite
Às vezes navegar por outros mares,
Não tendo sequer cerca nem limite,
Fazendo a cada dia meus altares,

Nas mãos sei que retenho a dinamite
Que levará meu mundo pelos ares,
Espectro que minha alma ainda habite,
Trará esta aridez aos meus pomares

E a via que pensara ser expressa,
A cada novo tempo recomeça
E expõe o que restou da fantasia

De um tolo caminheiro, numa andança
Aonde fervilhara em esperança
E agora se embebendo em agonia...


A adolescência chega e traz espantos Os medos são temíveis companheiros. Hormônios pululando pelos cantos Desejos se tornando garimpeiros
A adolescência chega e traz espantos
Os medos são temíveis companheiros.
Hormônios pululando pelos cantos
Desejos se tornando garimpeiros

Aguardam as respostas que não vêm.
Os dentes cariados, a alma vaga,
Vontade de sentir, mas sem ninguém
Apenas solidão ainda afaga...

Fortuitas alegrias. São bem poucas,
Momentos ilusórios, risos frágeis.
As vozes transmudando, ficam roucas,
Os olhos nos vazios correm ágeis...

Arrimo de família, o que fazer?
À noite, solitário, o meu prazer...


A alma feminina
Chegara há pouco naquela cidadezinha perdida nas matas das Gerais.
Médico recém formado, dono dos invejáveis vinte e cinco anos de idade; época da vida em que se é rei e não se percebe.
Fora contratado para trabalhar no Programa de Saúde da Família, trabalharia na zona rural, num pequeno distrito longínquo da sede do município.
Nos primeiros dias, a notícia de que havia um jovem doutor se espalhou pela cidade, alvoroçando o coração da moças casadoiras e namoradeiras do lugar.
Extasiado com tanto assédio, começou a ter o prazer de ser bajulado e cortejado por todos na pequena cidade.
Feio não era, até pelo contrário, mas era tímido. Muito tímido por sinal.
E isso o impedira de ter tido as experiências com o sexo oposto comuns à sua idade e a “posição social” que atingira, de repente.
Família pobre, estudando com todas as dificuldades que são lugares comuns nesse país das injustiças, conseguira se formar com muito sacrifício de todos, inclusive dele.
No Rio de Janeiro, enquanto seus colegas saíam à noite, nas baladas cariocas, ele ficava em casa estudando ou dando plantões e mais plantões para ajudar a pagar a faculdade.
Mulheres? Não as teve, exceto uma ou outra namorada que, ao perceberem que o namoro se resumiria a um cinema no final da tarde ou um refrigerante na porta da faculdade, rapidamente iam “cantar em outra freguesia”.
Uma das coisas que o médico do Programa de Saúde da Família tem que fazer são as visitas domiciliares.
Normalmente, na zona rural, a realidade é muito diversa da que estão acostumados os urbanos doutores.
A simplicidade e a pobreza são lugar comum; mas a recepção com um cafezinho ou com a fruta da época são freqüentes. Café com guarapa, como é conhecido o caldo de cana nesses grotões.
Um bolo de fubá aparece, não se sabe como e é degustado com prazer verdadeiro e risonho.
Naquela região não era diferente, o que passou a dar ao nosso doutorzinho, uma nova dimensão de felicidade.
Numa das casas, morava uma senhora viúva com seus quatro filhos, dois meninos e duas meninas.
Maria Inês e Maria da Glória, duas meninas típicas da roça.
A mais velha, Maria Inês, com seus dezoito anos era mais tímida, escondida sobre uma mão que ocultava os dentes precocementes estragados e o sorriso doce da ingenuidade.
Mas quem chamava a atenção era Glorinha, menina ainda com seus catorze anos mal completados.
A primeira vez que a vira, reparara que ela não o olhava, sempre olhando para baixo.
A roupa de chita rasgada, mal ocultava os seios recém nascidos e rijos, seios que chamaram a sua atenção...
Os pés descalços, cheios de “bichos de pé”, diagnosticados como tungíase pelo doutor, os cabelos sujos e desalinhados contrastavam com os seios, belos seios emergindo por entre os rasgões do vestido.
Terminada a visita, o doutor retornou ao seu trabalho e à sua casa.
Nem mais se recordava da menina nem dos seios quando, um mês depois, foi comunicado de que iria retornar àquela casa.
Tudo como antes, tudo, as mesmas deficiências de vitaminas, a mesma miséria, a mesma ausência de tudo, o mesmo chão de terra batida, com os mesmos colchões e os mesmos cães dividindo o espaço com os habitantes da casa.
A única diferença que repara foi na mochila escolar esfarrapada que, a menina, enrubescida, usava por sobre o ombro direito...
Mal sabia ele que esse era o único enfeite que ela dispunha..


A alma feminina - continuação
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No coração de Santa Martha, morava dona Cotinha, uma viúva quase centenária.

Havia muitos anos que morrera o seu companheiro de longas e dolorosas jornadas.

Como a maioria das mulheres de sua geração, dona Cotinha era uma esposa submissa e calada, agüentando sem reclamar as agressões sofridas e as traições mal disfarçadas.

Seu marido, Anésio, era um pequeno sitiante que tinha, entre outros defeitos, o hábito de se embriagar todos os sábados e domingos, deixando Dona Cotinha sozinha em casa, cuidando dos oito filhos.

A viuvez trouxe o luto, total luto de corpo e alma, transportado para as vestimentas, invariavelmente negras e contidas.

Nos vinte anos em que se encontrava sozinha, seu dia a dia era de uma rotina exemplar. Da casa para o mercadinho ou para a missa, onde poderia ser encontrada todos os dias ao entardecer.

Gilberto, dono de seus vinte anos, era vizinho de Dona Cotinha. Jovem, como todos os jovens, brincalhão e inconseqüente.

Dona Cotinha o vira nascer e crescer e, ingenuamente, reparara no belo homem que se adivinhava nos músculos e no sorriso atraente do filho de seu João Polino.

Gilberto, um dia, de olho nas jabuticabas deliciosas que se encontravam, com suprema delícia, no quintal de Dona Cotinha, pediu licença à velha viúva para poder pegar as frutinhas no pomar.

Dona Cotinha, ao abrir a porta e o quintal, deu um sorriso ao qual Gilberto, sem maldade elogiou.

Pela primeira vez, em vários anos, Dona Cotinha corou, inconscientemente, ao receber o elogio do belo rapaz.

A partir daquele dia, enquanto havia jabuticabas no quintal, Gilberto ia diariamente à casa da anciã.

E essa, começara a apresentar uma substancial mudança nos hábitos e na vestimenta que, de negra, começou a se apresentar multicolorida. Até o vermelho fora incorporado ao guarda roupa.

Devagarzinho, Gilberto começara a povoar as noites da velha senhora, no começo, esporadicamente; mas, depois, quase diariamente.

As beatas começaram a sentir a falta da freqüentadora mais assídua da Igreja; o próprio Padre sentiu essa ausência.

Acabou-se a colheita da jabuticaba, mas a presença de Gilberto não; atraído pelos doces e confeitos que começaram a freqüentar a mesa de Dona Cotinha.

Gilberto era profícuo nos elogios feitos, a cada semana elogiava alguma coisa até que, irresponsavelmente, disse que dona Cotinha deveria ter sido uma moça muito bonita...

Isso foi a gota d’água, a partir daquele dia, dona Cotinha renascera totalmente, arriscando até um decote que permitia detalhes dos seios murchos e caídos...

A freqüência de Gilberto naquela casa começara a ser reparada por outras pessoas, principalmente da família.

João Polino começara a repreender as atitudes do rapaz, dizendo que ele, se quisesse arranjar uma namorada, que buscasse alguém da sua idade...

A resposta veio rápida. Gilberto, como que ofendido, disparou:

‘“-Pai, o senhor está me ofendendo, eu não quero nada com aquela velha, ela cheira a mofo e, agora que passou a usar essas blusinhas decotadas, está ficando cada vez mais ridícula, mostrando aquelas muxibas horrorosas.”.

Mal acabara de falar, se ouviu um barulho na porta da casa.

Dona Cotinha trazia na mão, um pedaço de broa que tinha feito para Gilberto; e chegara, a tempo de ouvir a conversa.

O derrame foi fatal, mal dera tempo de chegar ao Posto de Saúde de Ibitirama.




Minha querida, a alegria
É um bem que nos domina
Ajudando a fantasia
Pena que, cedo, termina...

Mas não anda assim sozinha
Essa alegria danada,
Senão fica miudinha
Pois quer ser compartilhada!

Alegria logo encanta
E nos faz, amor, tão bem,
Mas se alegria se espanta,
Não nada sobra ou ninguém.

Se comemoro, querida
Uma alegria sem fim,
Venha comigo e decida,
Dobrará, amor, enfim...

Porém se nada sentir
Do que sinto com certeza,
Nada mais vai impedir
De chegar uma tristeza...


A ALMA FEMININA
A Lua se escondeu?
Não há poesia feliz.
Se o poeta não chamar,
ela não irá voltar.

SIMONE CONDE

Lua sendo feminina
Com certeza é bem dengosa,
Por ser bela e cristalina,
A rainha tão formosa,
Mal me ver dobrar a esquina
Se escondendo toda prosa,
Coração não se domina,
Se um prazer minha alma goza,
Lua meiga e tão menina,
Fica logo furiosa
E se esconde na neblina
Mesmo assim: maravilhosa...


A amarga castelã dos sofrimentos,Em lírios, violetas e poemas, Distante da esperança, os desalentos Entranham e dominam, ricos temas.
A amarga castelã dos sofrimentos,
Em lírios, violetas e poemas,
Distante da esperança, os desalentos
Entranham e dominam, ricos temas.

Encontro em teu retrato por momentos
A angústia dos grilhões, cruéis algemas
Por mais que sejam mansos, duros ventos
Dos mártires do amor, feroz emblema

Das flores esquecidas nos canteiros,
Agônica expressão de luz e treva.
No peito de quem sonha sempre neva

Temíveis temporais tão verdadeiros,
Amante sem limite, a vida espanca
Beleza cristalina, uma alma franca...


A amarga poesia de um olhar
E quem sabe,
um dia,
a tua vontade
seja eu ...
(ivi)


A amarga poesia de um olhar
Que teima em resistir e faz do rosto
Do velho sonhador um triste agosto,
Matando uma esperança, devagar,

Aonde eu poderia te buscar?
Se a noite se faz trágica em desgosto,
A vida vai cobrando um caro imposto
A quem deseja; tolo, o bem de amar.

Ao escrever teu nome, fiz castelos
Na areia movediça do meu sonho,
Porém o mar sombrio, assim medonho

Usando sutilmente seus rastelos
Levou pra nunca mais cada semente,
Secando esta ilusão completamente...


À AMIZADE /

Quando a saudade invade a vida breve
O coração se sente assim sozinho
Querendo um conforto, como um vinho,
Naquela solidão gelada - neve...
É bom saber que existe um alguém
Que se procura, às vezes, quer-nos bem
O quê fazer da vida sem amigos?

O traço mais marcante da amizade
É ser perene e firme como a rocha,
Na flor que matinal, já desabrocha
Perfeita sensação de liberdade,
Amigos tão leais, belo desejo,
Trazendo a boa sorte que prevejo,
Distante dos fantasmas, dos perigos...

GONÇALVES REIS
MVML

À AMIZADE /



E nesse porto, então, fico tranqüilo
Pois sei, quando vier a tempestade
Terei alguém, então que um dia há de
Me amparar; e ser-me como asilo...

Na hora, então, que a dúvida invade,
E o viver num pélago – naquilo,
Começa a sufocar e resringi-lo
Uma palavra traz a liberdade?

Às vezes não consigo conceber
Um dia, padecendo em solidão
A ausência de alegria e de prazer

Ouvindo tão somente o mesmo não
Distante do que outrora pude ver
Envolto na amizade e no perdão

GONÇALVES REIS
MVML

À AMIZADE - SEXTINA



Os dias sem te ter vão penitentes,
As horas já não passam; tristes, duras,
Teus braços como raios envolventes
Garantem caminhadas mais seguras,
Teus olhos que me guiam, reluzentes,
Banhando cada passo com ternuras.

Buscando tão somente tais ternuras
Depois de noites tristes, penitentes
Encontro meus caminhos reluzentes
Amaciando estradas frias, duras
As mãos se tornam fortes e seguras
Trazendo estes carinhos envolventes.

Palavras que me dizes, envolventes
Tão plenas de carícias e ternuras
Mostrando soluções bem mais seguras
Redimem almas, velhas penitentes
Embora tantas vezes sejam duras
Permitem alvoradas reluzentes.

Estrelas que me entornas, reluzentes
Quais traços de amizades envolventes
Nas tramas bem mais firmes e mais duras
Tocadas pelos raios de ternuras
Protegem os que foram penitentes,
Passadas com certeza bem seguras.

Amiga com teus braços me seguras
Futuro mostra rotas reluzentes.
As pernas maltratadas penitentes
Atada nos grilhões mais envolventes
Depois de perceber tantas ternuras
Libertam-se das trevas, cruéis, duras.

As marcas mais profundas, sempre duras,
Guiadas por passadas mais seguras
Permitem vislumbrar raras ternuras,
Sentindo os claros brilhos reluzentes
Que chegam com seus raios envolventes,
Trazendo uma alegria aos penitentes.

Outrora penitentes noites duras,
Nos braços envolventes vão seguras
Nos trilhos reluzentes das ternuras...


8346

A amizade demonstra por sinais
O quanto nós gostamos de um alguém
Eu quero teu carinho e sempre mais,
A paz em que me moldas logo vem.

Estar sempre ao teu lado satisfaz
E mostra o quanto é bom querer-se bem.
Sorriso, um bom sinal, tal poder tem
A força que ameniza a dor nos traz

Um gosto de alegria que não cessa.
Sorrir é difundir uma promessa
De um mundo mais suave e mais gentil.

Feliz de quem sabendo que a amizade
Portando com fiel sinceridade,
Também só enaltece quem sorriu...



A amizade que temos nos garante
Na dura tempestade uma esperança.
Seguindo passo a passo vou adiante
E o futuro pacífico se alcança.

Embora tantas vezes, num rompante,
A sorte nos maltrate. Na lembrança
Do riso que vivemos num instante
Refaz no coração, uma criança.

Juntando nossas forças, companheira,
Ninguém mais poderá nos enfrentar.
Palavra tão amiga e lisonjeira

Trazendo uma vontade de enfrentar
Batalhas nesta guerra verdadeira
Da vida que se mostra a maltratar...

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Quando vou pelas estradas
Da vida, sei que estou só,
Nem mesmo as minhas pegadas,
As deixo sobre esse pó.
Nasci só, não tenho nada,
Tudo perdi no caminho
Não tenho mulher amada,
Sei que estou sempre sozinho,
Seguindo por esta estrada,
Livre como um passarinho!

Nasci num berço dourado,
Um filho de coronel,
Com diz velho ditado:
Bunda virada pro céu.
Mas a vida tem percalços
E nos pega de tocaia,
Amigos que tive: falsos,
Nesta arapuca não caia,
Por isso meus pés descalços,
E o meu cigarro de “paia”...

Perdi amigo e riqueza
Perdi amor, que mentia,
Mas inda vejo beleza
No nascer do novo dia,
Mesmo sozinho, sem cobre,
Vou seguindo esta viagem,
Alma nobre, bolso pobre,
Mas isso tudo é bobagem,
Pois de ouro se recobre
Quem não perdeu a coragem!

É amigo, tantas coisas nesta vida são importantes:
Mulher, “amor”, dinheiro, “amigos”...
Tantas coisas que valorizamos demais, e só temos a certeza de que eram falsos quando os perdemos.

Porém, se tiveres perdido tudo isso, companheiro, ainda tens uma coisa que te manterá em pé pela estrada longa desta vida.

Uma coisa que te impedirá de se perder entre as pedras e os espinhos:

A coragem!

Coragem de viver, e não temer as tempestades que, sabes, virão.

Erga tua cabeça e siga.

Encontrarás ou não as amizades verdadeiras, o amor que não pede ou cobra, e, quem sabe, até mesmo as riquezas materiais que são as de menor importância nesta vida, pois trazem com elas a falsa amizade e o amor que “era pouco e se acabou”.

Mas nunca perca a CORAGEM de viver e de lutar.

Essa está dentro de ti, meu querido amigo!


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A AMIZADE VERDADEIRA

Um dia a porta fecha
O tempo rosna
O vento uivando
Fechando a porta.
Todos partindo,
O resto fica,
Janela exposta
A alma perdida,
O rumo incerto
Deserto e breu.
Não sobra nada
Apenas vagas
E longínquas lembranças.

As lanças cortam,
Aportam dores
Morrendo flores
Canteiro esvai,
A vida trai,
Morte se atrai
E amigos?
Somente um.
O verdadeiro.
Garimpos feitos,
Areia, lodo.
Restou um grão,
Simples fração,
Em ouro puro...
Publicado em: 30/09/2007 20:36:40
Última alteração:23/10/2008 11:48:33


A AMIZADE VERDADEIRA


É bom saber que existes; minha amiga!
Na luta tão difícil pela vida
Que tantas vezes vem e já periga
Saber que estás aí, minha querida.

Tantas vezes sozinho, busco o mar...
Distante mar que nunca mais eu vi.
Cismando, sou teimoso, em tanto amar,
Nas ondas deste mar eu me perdi...

Pensava descobrir uma esperança
Nas águas tão profundas, num abismo,
Em busca da possível aliança
Que venha sem trazer qualquer cinismo...

A vida faz promessas não cumpridas
De sermos mais felizes, por um dia.
As lágrimas nem sempre são vertidas
Marcadas por tristeza e alegria...

Entendo o que tu sentes, e disso gosto.
A face que me mostras, tão bonita.
Deitando sobre o colo, eu já encosto,
Amiga... Nossa vida traz desdita.

Mas somos, na verdade, mais benditos;
Pois temos, em nós mesmos, nosso cais.
Lenitivo perfeito para aflitos
Momentos que eu espero, nunca mais...

Eu te amo, minha amiga e companheira,
Da forma mais sagrada que conheço.
Distantes, não importa; vens inteira,
Da mesma forma que sempre te obedeço...

E sentes o que sinto, protegemos,
Vivemos nossos colos e paixões...
Amores que nós mesmos só sabemos,
Que brotam nestes nossos corações...

A voz que repetimos, ecoamos,
Traz sempre nossos sonhos e carinhos...
Amiga; tanto, tanto nos amamos.
Sabemos que jamais somos sozinhos...

Eu venho e te agradeço eternamente.
O fato da existência deste amor.
Que é manso tão macio e envolvente,
É forte e se traduz; pleno vigor...

Assim; minha querida, vamos juntos.
Sabendo que estarei sempre contigo;
Pensamos traduzir nossos assuntos,
Deitados neste sonho, tão amigo!

Eu te amo, de verdade, não se esqueça.
Vivemos deste amor tão soberano,
A cada novo tempo que começa,
Amor que renovamos, a cada ano!
Publicado em: 08/10/2007 21:28:21
Última alteração:23/10/2008 10:58:30



Numa amizade temos corações
Diversos num ritmo de expressão.
Trazendo para os dois as emoções
Formando tão somente uma emoção.
Neste milagre vejo uma saída
Para as dores terríveis desta vida.

Em almas parecidas, gemelares
Os passos são comuns, os sonhos idem.
Ocupando assim dois ou mais lugares
Multiplica por certo todo o bem.
Façamos da amizade uma bandeira,
Na luta pela paz mais verdadeira.
Publicado em: 08/06/2007 14:11:39
Última alteração:23/10/2008 11:34:54




À AMIZADE

Nas tuas palavras de amizade
Um tesouro feito de felicidade
Com certeza um bom abrigo
No teu carinho de amigo
Nas tuas palavras meu aconchego
Sonho, encanto e sossego

Amiga, um aconchego
Encontro nos teus braços,
A vida em paz, sossego,
Firmando-se nos laços

Pois sempre que aqui chego
Recebo os teus abraços,
Amor nos mostra apego
E guia nossos passos...

Encantos que me trazes
Em cada verso teu,
Mostrando em doces frases

O tom que convenceu
Que a vida segue em fases,
Num sonho teu e meu...

GIANA GUTERRES
Marcos Loures
Publicado em: 04/07/2007 16:14:03
Última alteração:05/11/2008 19:51:44




Serenidade da serena idade
Longe de ser tenra nem terna.
Aliás; na tenra
Se pensa eternidade..
Mas de qualquer forma fomos felizes.
Às vezes macambúzios; outras, sonolentos,
Mas no fundo apenas
Dois artistas mambembes em
Busca de um picadeiro à altura... da queda final.

Contemporâneos e contemporizadores de nós mesmos,
Computando os vários erros e gargalhadas...
Amigo.
Bacana dizer isso.
Amigo...
Nas baganas, nas ciganas e nas coxas morenas
Das noturnas sereias
Sorumbaticamente felizes...

Longe da mesmice
Do disse me disse
Afogando o sentimento
No primeiro copo de cachaça...
Mocidade!
Onde andarás, estrela vespertina?
Publicado em: 02/06/2007 15:35:00
Última alteração:23/10/2008 11:34:05



A AMIZADE

O sorriso é arma forte
Que vibra no rosto feliz
Desarma qualquer vivente
Consola a mente infeliz

A cada sorriso dado
É selo de garantia
Pra selar uma amizade
Na paz que nasce no dia

O sorriso fala na face
Com os olhos que ilumina
Sem palavras se destina

Se não encontrares sorriso
Dás um teu de bom grado
O meu está aqui do lado

A amizade demonstra por sinais
O quanto nós gostamos de um alguém
Eu quero teu carinho e sempre mais,
A paz em que me moldas logo vem.

Estar sempre ao teu lado satisfaz
E mostra o quanto é bom querer-se bem.
Sorriso, um bom sinal, tal poder tem
A força que ameniza a dor nos traz

Um gosto de alegria que não cessa.
Sorrir é difundir uma promessa
De um mundo mais suave e mais gentil.

Feliz de quem sabendo que a amizade
Portando com fiel sinceridade,
Também só enaltece quem sorriu...

SOGUEIRA
Marcos Loures

À AMIZADE

Amiga não permita
Que a vida fira tanto.
Mal percebeste ainda
Que entornas teu encanto

Nas ruas quando passas,
E trazes esperanças,
Mostrando como é bela
A luz que plena, alcanças...

Vivemos muitas vezes
Com medo do futuro,
Um salto que nós damos
Num rumo mais escuro.

Erráticos desejos
Vagando pelo mundo,
Meu coração se mostra
Eterno vagabundo.

Precisa de teu lastro
Pra ser bem mais feliz,
Por isso amiga amada,
Esta canção que diz

De um dia que virá
Com toda a claridade,
Movida à esperança
Que é feita em amizade...
Publicado em: 10/07/2007 20:33:42
Última alteração:23/10/2008 11:35:16



À AMIZADE

Falando em primavera
Espero que virá
Matando a dura fera
Que sei resistirá
No vento do quem dera
Que venta tanto lá
Traduzo cada flor,
Em lágrimas de amor.

Sou quase o que talvez
Pudera já ter sido,
Deixando de altivez
Melhor nem ter nascido,
Se amor em dor se fez
O tempo foi perdido.
Porém se és minha amiga,
Que a lida então prossiga

E venho me mostrar
Estrela radiante
Que enfim vai decorar
A noite neste instante
Fazendo-me sonhar,
Um mundo deslumbrante
Aonde a claridade
Espelhe uma amizade...
Publicado em: 29/08/2007 13:11:52
Última alteração:23/10/2008 11:35:43


À AMIZADE

Olhares perdidos,
Rumos diversos
Unidos por um sonho único:
Raridades
Que fazem
Das amizades
Unas, indivisíveis
E ao mesmo tempo,
Quase impossíveis.

Passos dispersos
Duoversos
Ou multiversos
Matando
Unosversos...
Publicado em: 01/09/2007 17:11:38
Última alteração:23/10/2008 14:24:15

A AMIZADE

O meu canto em liberdade
Vai buscando na verdade
Encontrar felicidade
Que distante, eu reconheço.
Misturando a fantasia
Com pitadas de alegria
Na ilusão da poesia
Não deixando mais tropeço.

Tantas coisas que passei
Tanta lágrima eu chorei
Mas agora eu me encontrei
Num caminho mais sereno.
Não cansei da caminhada,
Tantas vezes deu em nada
Mas a sorte se alcançada
Amortiza este veneno.

Vou singrando em novos mares,
Respirando em outros ares
Em distantes lupanares,
Céus em plena claridade.
Mas, te falo e te asseguro
Por mais triste, negro, escuro,
A alegria salta o muro
Nos braços de uma amizade...
Publicado em: 11/09/2007 16:31:49
Última alteração:23/10/2008 11:37:31


A AMIZADE


Há pessoas, no mundo que sem alma,
Tramam empecilhos nos caminhos,
Ninhos alvoroçando e destruindo
Destroem esperanças, matam sonhos,
Medonhos sentimentos os tomando
Enquanto a vida segue seus caminhos,
Sozinhos amarguram, avassalam...
Porém enquanto houver uma amizade
Sequer como um sinal após o túnel,
Imune ao mau agouro dos insanos,
Dos corvos que crocitam dissabores,
Assim nós poderemos prosseguir,
Alçando uma alegria em cada curva
E a turba seguirá rumo ao descaso...
Publicado em: 18/09/2007 14:57:36
Última alteração:23/10/2008 11:39:05



À AMIZADE

Buscando uma velhice com mais calma
Agouros e palavras infelizes
Cicatrizes de cortes que já tive
Ourives de outras lavras; quero ter
A sorte dos eternos aprendizes,
Audazes caminhantes pela vida,
Andarilha esperança que se acerca
De quem jamais se perde nem pretende
Ascende, num momento ao infinito,
Atado nos grilhões da liberdade.
Vivendo uma amizade que se basta,
Na casta sensação de não ter castas
Afasto as tempestades com o vento
Suave que recebo desta boca
De quem em amizade, firma o passo
E deixa o pensamento mais liberto.
Publicado em: 18/09/2007 15:24:14
Última alteração:23/10/2008 11:39:12



A AMIZADE


Durante tanto tempo sem um norte
Trazendo imensa angústia dentro da alma,
Sem calma, sem carinho. Só discórdias
Moldando em sofrimento cada dia.
A voz que tanto amei emudecia
E nada de esperança me tocando.
Mas vento que transforma em calmaria
Agindo no meu peito seca o pranto
E traz tanta alegria que em verdade
Cultivo com vigor, tanta alegria,
Nesta amizade imensa que dedicas
Em ricas emoções, palavras santas.
Eu sinto um novo canto que promete
Trazer uma alvorada mais feliz...
Publicado em: 19/09/2007 17:56:55
Última alteração:23/10/2008 14:24:02



A AMIZADE

Encontro na amizade um porto, abrigo
perfeito pra que possa prosseguir
no dia a dia contra as intempéries
que sei, irão na certa já surgir.

Um solitário sofre a cada dia,
nas curvas do caminho, pedras, urzes.
Porém se encontra um braço mais amigo,
carrega bem mais fácil, as suas cruzes.

Eu te agradeço, amiga, e não me esqueço
do apoio que encontro junto a ti.
Por isso nestes versos vou louvando,
toda a amizade que eu encontro aqui.
Publicado em: 28/09/2007 21:00:50
Última alteração:23/10/2008 11:41:17


À AMIZADE

De tais adubos fétidos, as rosas
Fazem-se vigorosas e mais belas.
Das ostras frágeis nascem ricas perlas,
E dos vermes obscuros, tintas, telas.

Assim a vida mostra que em verdade,
Riquezas que encontramos no caminho,
São bens que nos libertam, nos acoitam,
Formados por verdades e carinho.

A proteção emana lealdade,
A liberdade é feita a cada dia.
A amizade enaltece nossos feitos,
E traz ao mundo um canto em alegria...
Publicado em: 26/09/2007 19:56:51
Última alteração:23/10/2008 11:39:57


À AMIZADE

Meu barco tantas vezes foi à larga,
Distante dos teus olhos, minha amiga.
A vida se mostrou, pra mim, amarga,
Sombria tempestade desabriga.
O peso da saudade, dura carga,
Dobrando minhas costas, frágil viga.
Porém ao procurar felicidade,
Busquei-te novamente, claridade...
Publicado em: 29/09/2007 10:41:46
Última alteração:23/10/2008 11:41:30



A AMIZADE


Tu sabes, valorizo-te demais
Pois sei de tua força e teu carinho.
Jamais permitirás que o sofrimento
Atinja e destrua o meu caminho.

Eu agradeço à mãe que te gerou,
Embora nunca a tenha conhecido,
O fruto que ela teve em perfeição,
Não deixa que ela perca-se em olvido.

Uma árvore que dá frutos tão bons,
Decerto em divindade foi criada;
Por isso minha amiga, eu já te digo,
Decerto em noite bela, foi gerada...
Publicado em: 29/09/2007 19:23:59
Última alteração:23/10/2008 11:46:09


À AMIZADE


A boa vida mora em prato limpo,
Na fome que se aplaca, na justiça.
Na amizade que mostra a sua força
Distante das fraquezas, da cobiça.

Amigos só se encontram no garimpo
Qual pedra preciosa em raridade.
Valores mais sublimes que conheço
Se encontram tão somente na amizade!
Publicado em: 29/09/2007 20:50:23
Última alteração:23/10/2008 11:47:15



A AMIZADE

Cavalos,
Galopes
Chopes
Promessas
Bares
Luares
Cachaças
Falácias.
Galáxias
Distantes.
Planetas
E risos...
Amigo, a noite é plena
A lua acena
Promessas tantas,
Morenas, santas,
Putas, vadias,
Vazias noites
Açoites cortam.
Sonhos se abortam
Mas a amizade continua...
Publicado em: 30/09/2007 20:10:37
Última alteração:23/10/2008 11:48:13


À AMIZADE

Um canto
Amizade
Um sonho
Feliz
Tranqüilidade
Distante de tudo,
Porém não me iludo
Com mãos de veludo
Palavras e risos,
Momentos soberbos
Acervos de sonhos.
Amigo...
Seguirmos constantes
Viagens difíceis
Nas curvas capotam
Soçobram, procelas
Porém já revelam
Amizade sincera
Que agüenta este tranco,
Qualquer solavanco
Sorriso mais franco
Um dia tão branco
Que sei sobrevive,
De tantos que tive,
Sobraste, querida,
Valendo uma vida.
Serena parceira
Que é tão verdadeira
Agüenta a pancada,
De tanta porrada
Que a gente levou
Percebo que existe
Em ti, amizade.
Real claridade,
Permite meu passo,
Que mesmo em cansaço
Alçando este espaço.
Conduz: plenitude!
Publicado em: 30/09/2007 21:50:14
Última alteração:23/10/2008 11:49:06



À AMIZADE

Desenganos permitem aprender
Que nem sempre teremos afeição
Embora uma amizade, a solução,
Tantas vezes ganhamos em perder.

Melhor caminhos livres sem enganos,
Tropeços fazem parte desta vida.
Amizade que se foi sem despedida
Não cabe no futuro em nossos planos.

Amigo que não sabe perdoar
Portanto não conhece pleno amor,
Em vida destilando seu rancor,
Depois de tanto mel, vem amargar.

Quem fora companheiro, nos traindo,
Nos mostra quanto a vida é tão instável,
Amizade, nem sempre é encontrável,
Pior quando nos mata, distraindo...
Publicado em: 03/10/2007 20:39:22
Última alteração:23/10/2008 10:58:08



À AMIZADE

Quem tantas vezes dores contornou
Fazendo da amizade o seu timão,
Um mundo deslumbrante vislumbrou,
Mais nobre e mais serena sensação
Que a vida, em esperanças nos tomou,
Recende a paz perfeita em união.
Aquece o coração outrora frio,
Vencendo toda a dor, em desafio...
Publicado em: 18/10/2007 18:48:47
Última alteração:23/10/2008 10:59:48


A AMIZADE
Mãos dadas; caminhamos pela vida,
Unidos em tristezas, alegrias.
Tua presença é sempre tão querida
Trazendo uma certeza em duros dias.
Por mais que esteja longe uma saída,
Terás toda a presteza que dizias...

Não deixas meu caminho sem ter rumo,
Não cobras o que dás de coração.
Ajudas com teus braços a dar prumo
E confiança em cada direção
Que for a mais sensata onde me aprumo
Achando sempre assim, a solução.

Por mais que a dor se faça de verdade,
Tu sempre estás comigo em amizade....
Publicado em: 20/10/2007 09:39:16
Última alteração:23/10/2008 10:59:52


À AMIZADE


Trazendo uma esperança a toda gente
Que sabe quanto a glória se faz plena,
Numa amizade imensa se pressente
A vida mais sensata, enfim, serena.
Deixando o coração bater contente,
Pintando em azulejo a rara cena
Aonde possa crer que tenho enfim,
Uma flor que enobrece o meu jardim.

Os dias que se passam, solidão,
Parecem que nos matam devagar,
Às vezes nos perdemos sem perdão,
E o tempo vive sempre a maltratar,
Deixando bem aberto o coração
Um novo amanhecer vai despertar
E o canto em liberdade, passarinho,
Virá enaltecer o nosso ninho.

O passo quando dado com firmeza
Garante que esta senda já pareça
Envolta nas delícias da beleza,
Deixando com que o trigo sempre cresça
E o joio nunca invada a nossa mesa.
Que a glória de viver, nunca se esqueça
Invada a tua vida, em claridade,
Nas mãos de que deseja esta amizade.

Temores? Bem distantes, os mantenha,
Pois quem encontra o par faz caminho
Sabendo desde sempre qual a senha
Para adentrar mais firme cada ninho,
E assim, a tempestade não se empenha
Tendo como adversário o bom carinho.
Louvando quem decerto, nos adora,
Deixamos que a tristeza vá embora.

Assim, amiga minha, eu acredito
Que um dia nós possamos conhecer,
Um sol mais radiante e mais bonito
Surgindo a cada novo amanhecer,
Meu canto se espalhando no infinito
Ecoa no teu peito, e posso crer
Que enfim, humanidade inda consiga
A fonte onde esperança, ali se abriga...
Publicado em: 21/10/2007 21:10:27
Última alteração:23/10/2008 12:01:29


A AMIZADE

Muitas vezes sentimos que a ambição
Em quem nós confiamos se revela.
Turvando uma pura água, faz ser vão
O quadro prometido, rara tela.
Mais um a se perder na multidão,
Distante da amizade, a sorte sela
Na solidão cruel, mal percebeu,
Que o mundo só trará no fim, o breu...
Publicado em: 25/10/2007 18:06:59
Última alteração:23/10/2008 11:07:41



A AMIZADE

Sonhos que por vezes nos marcavam,
Em dores sem limites transformando
Os dias mais ferozes que chegavam
Nos ventos da tristeza nos cortando.
Angústias e temores desnudavam
Ao mesmo tempo em fúria nos tomando.
Porém, numa amizade, eu percebi,
A solução estava bem aqui...
Publicado em: 26/10/2007 12:26:28
Última alteração:23/10/2008 11:07:29


À AMIZADE
Estrela radiosa, rara e bela,
Tornando esta paisagem soberana,
Nas qualidades todas, vejo nela
O lume em perfeição, do qual se ufana
A glória em que amizade se revela,
Tocada pela luz que já se emana
Da fonte deslumbrante que ilumina,
Mudando nossa vida, em nova sina...
Publicado em: 26/10/2007 19:24:32
Última alteração:23/10/2008 11:07:18



A AMIZADE
As flores que mataste sem pudores,
Abandonadas, restos num jardim,
Não permitem perfumes e nem cores,
Mas nada representam mais em mim...

De todos os caminhos e louvores
Refeitos em desejos, sendo assim,
Singelos e perfeitos esplendores
Unidos noutro lábio carmesim...

Mas tudo o que ensinaste, de bom tom.
Amor não se permite sonhos mansos.
O mundo se transmuda e mostra o dom

Duma amizade plena em novo dia
Uma certeza imensa de remansos
Mostrando finalmente esta alegria...
Publicado em: 28/10/2007 22:56:22
Última alteração:23/10/2008 11:06:21


A AMIZADE


O vento da amizade bate forte
Abrindo esta janela e me fazendo
Acreditar possível nova sorte,
Meu mundo em segurança transcorrendo,
Trazendo em tanta paz, um novo norte,
Deixando para trás passado horrendo.
A vida se mostrando assim suprema,
Amizade sublime e eterno lema!


Eu sei que somos parte deste todo,
Que faz da festa quase obrigação,
Saídos deste mangue, me meio ao lodo,

Rasgamos nosso véu de ingratidão
Renasço noutro ser, e quando eclodo
Demonstro minha face de leão...

Perdoe meu amigo, esses enganos,
Depois de certo tempo me desnudo,
Não quero me iludir com estes planos,

Nem quero ser apenas só, contudo...
Nós todos somos seres desumanos
O coração decerto tão miúdo...

Mas resta uma esperança de vitória,
Sem ter outra saída senão essa.
Amar o ser humano em plena glória

Somente por amar, não por promessa
De termos noutros mundos nova história.
Uma amizade sempre pede pressa.

Por isso não se deixe mais levar
Por tantas fantasias e sorriso
As águas deste rio vão ao mar

Amar é desfrutar do paraíso,
E nele, nessa vida se encontrar
No abraço mais gentil e mais preciso.

Publicado em: 13/03/2007 22:27:12
Última alteração:23/10/2008 11:28:27



No brilho que me encanta, deste amor
Que sempre dá p’ra ti, felicidade.
Amigo,se esse amor é de verdade,
Uma luz que ilumina a caminhada
Fazendo-se presente em tua estrada,
E afasta para sempre o dissabor;
Que amor sempre te siga vida afora,
Que seja o teu amparo desde agora.

Este amor sincero que dedico,
Que não cobra, não pede apenas vive
No sorriso feliz de quem recebe.
Amor que não concebo nem explico
E que jamais precisa tradução.
É vento que mal toca e se percebe
E faz bater mais forte o coração.

HLuna
Marcos Loures
Publicado em: 05/04/2007 14:37:01
Última alteração:06/11/2008 10:11:18


Caminhos sem destino demarcados
Por luz que nos entorna transtornando.
Os raios que nos queimam, são gerados
No sol, estrela guia, transbordando
Em múltiplos destinos navegados
Sem lemas, sem bandeias, Até quando
A solidão, ingrata companheira
Trará este fantasma a vida inteira?

Na natureza humana tais caminhos
Se fazem doloridos, mas comuns.
Quaisquer seres humanos mais sozinhos
Procuram por calor em outros uns.
Tão solitários quanto. Os desalinhos
Destroem tantos, libertando alguns.
Nascendo em diferenças, a amizade,
O que sobra de tudo, eis a verdade...
Publicado em: 29/05/2007 15:02:36
Última alteração:23/10/2008 14:57:49



Amiga, me perdoe se disfarço
Os dias em poemas e delírios.
Às vezes vou disperso a cada passo
Deixando em algum canto, tais martírios.
Noite e dia tentando demonstrar
A força que perdi. Não sei lutar.

Apenas tenho um riso de ironia
Daquela fortaleza que perdi.
Caminho maltrapilho todo dia
Buscando o que bem sei só tenho em ti.
Resquício de outro tempo; na verdade,
O que sobrou? Somente esta amizade...
Publicado em: 31/05/2007 13:27:29
Última alteração:23/10/2008 14:28:02


Quem sabe quanto o mundo, em si, é fero
Prossegue dia a dia assustadiço.
A paz tão necessária e um amor vero
É tudo o que pretendo e que cobiço.
Sangrando, a solidão em dura trama
Maltrata quem não tem ninguém, não ama...

Mas saiba, companheiro a plena glória
Se encontra não na seta e nem na lança.
Na verdade, o sentido da vitória
Apenas na amizade é que se alcança;
É nele que se encontra o verdadeiro
Sentido desta vida, companheiro...
Publicado em: 01/06/2007 19:54:16
Última alteração:23/10/2008 11:33:39



Quem dera, sem ter pátria, simplesmente
Pudesse ser humano. Um solidário
Desejo que entranhando em minha mente
Matando este egoísmo mostra o vário

Caminho que se abrindo nos consente
Um gosto alvissareiro, humanitário
Sabendo que o que sinto também sente
Aquele a quem chamamos adversário...

As torres em Babéis a cada dia,
São construídas, sempre alimentadas
Com pútridos tijolos. Tal agonia

Reflete nas igrejas e países
Distâncias certamente são criadas
Pelos canalhas, podres infelizes...


A AMIZADE

Mesmo quem pensa sempre ser feliz
Às custas desse canto em vão prelúdio
Esquece que tampouco o que se quis
Deitar no manso colo em interlúdio...

Trazendo um sentimento onde se ilude
Ascende por montanhas intocáveis.
Assim quando eu amei bem mais que pude
Passei por tantos mundos improváveis.

Senti que tudo passa nesta vida
Amor, paixão e dor são momentâneos.
Porém tenha certeza enfim querida
Que as fotos nestes casos, instantâneos.

Agora na parede emoldurada
Somente uma amizade bem amada...



A AMIZADE

Amiga não se esqueça da bonança
Que toda tempestade já promete.
Um laivo de alegria e de esperança
Na história que pra sempre se repete.

Cansaço que surgir depois da dança
Deixando na cabeça só confete,
A noite sem parar, depressa avança,
Mas que isso nunca fira nem afete

O gosto do prazer que tens agora,
Quem sabe guardarás raro confeito,
Se toda uma alegria não demora,

Durante certo tempo satisfeito,
Teu mundo na saudade revigora,
Amar será pra sempre, teu direito!


A Amizade

Vencendo estas batalhas vida afora,
Somando nossas forças, companheira,
O tempo de viver se faz agora
Nossa amizade eterna e verdadeira.
Sabendo deste sonho que se aflora
Embora a solidão, qual guerrilheira
Espera pelo bote derradeiro,
Na força da amizade, vou inteiro.


A vida que se faz sem ter aparte
Seguindo o seu caminho mais contente.
Decerto na amizade se reparte
Tornando uma alvorada assim luzente.
Amiga é muito bom poder falar-te
Do quanto é necessário, enfim urgente
Que o mundo já se irmane de verdade.
A solução se encontra na amizade!
Publicado em: 03/01/2008 12:06:59


A AMIZADE

Falando em amizade chego a Ti
Senhor dos meus caminhos, Deus amado.
Com alegria enorme eu percebi
Que estavas, companheiro do meu lado,
Na luz de uma esperança, eu vim aqui,
Dizer do sentimento mais sagrado
Deixado pelo Pai pra quem quisesse,
Um ato de real, divina prece...
Publicado em: 03/01/2008 16:32:18


A AMIZADE


A vida se perdendo em desengano,
Depois dos dias loucos que vieram,
Mudando de repente qualquer plano,
Os sonhos mais antigos refizeram
Meu passo em direção ao ser humano,
Nas esperanças plenas que trouxeram
Teus cantos, minha amada companheira.
Palavra mais amiga e alvissareira.
Publicado em: 07/01/2008 20:24:27


À AMIZADE
Eu canto a meus amigos com certeza,
São tantos os momentos delicados
Em plena fantasia ou na tristeza
Por mais que tão difíceis os meus fados...

Amigos com certeza não dispenso,
A vida necessita deste abraço
Em todos os caminhos, sempre penso
Amigos, vão vencendo esse cansaço

Cansaço de viver tanta amargura
No vinho que embriaga, uma paixão...
Quem tem amigo sabe da ventura
Que bem que ele nos faz ao coração!

Portanto eu nunca temo mais perigos
Certeza de que tenho meus amigos!
Publicado em: 26/03/2008 18:38:59


A AMIZADE
Envolto nos acordes da amizade
Eu tenho uma certeza que não cessa,
De um dia em que se veja a liberdade
Além de simplesmente uma promessa.
Enquanto a nossa vida assim prossiga,
Te tenho companheira, minha amiga...
Publicado em: 15/04/2008 22:02:57


À AMIZADE
Cantar essa amizade
Em versos mais felizes.
Esfuma um sentimento
Nos ventos mais diversos.
São cores, mil matizes,
Aprendizes de amores.
Nas flores sem espinhos.
Ninhos mais benfazejos.
Desejos que completam
Repletos de esperanças.
Alianças profundas
Sempre mais verdadeiras,
Bandeiras desfraldadas
Mãos dadas, amizade...
Quem há disso negar?
Viajar infinito
Rito, por Deus, bendito.
Grito de liberdade
Sopro duma amizade...
Publicado em: 19/04/2008 10:20:03


A AMIZADE
Amizade, companheira
Não é flor tão corriqueira
Que se encontra a vida inteira
Basta querer procurar.
Amizade é laço forte
Que quem tem, encontra a sorte
Sobrevive até na morte.
Não é fácil de se achar...

Amizade, minha amada,
É produto duma estrada
Tão longa e tão bem cuidada,
Não se pode descuidar...
Amizade, meu amor,
Tem raridade de flor
Somente bom lavrador
Tem poder de cultivar!
Publicado em: 19/04/2008 16:35:41


A AMIZADE
Eu não admito vetos ao que sinto,

Tampouco que cerceiem meu caminho.

Forrando de esperanças o meu ninho



Com verde desta mata eu já me tinto...

Sentindo a brisa forte do amanhã

Eu quero renascer sem ter mais medo



Do que morrera em mim, outrora, cedo,

Perfaz outra alvorada, outra manhã...

Revejo neste olhar a mocidade



Distante qual retrato no porão;

A luta se refaz com mais paixão,

Amizade, igualdade e liberdade!
Publicado em: 20/04/2008 19:19:07


À AMIZADE

O vento da esperança me levando
Além da praia bela, imaginada,
O vendo da alegria me tocando,
De uma forma sincera e delicada,
Palavra mais amiga me inundando
Tomando em fantasia a minha estrada.
Abrindo o coração, porta secreta,
No amor e na amizade, a minha meta...
Publicado em: 01/11/2007 19:42:19


À AMIZADE

Esta emoção guardada a sete chaves,
Não deixa que esta vida destrua.
Um forte combustível para as naves
Revestem a nossa alma enquanto nua.

Na força que incontida nunca pára,
Apoio para as curvas mais fechadas.
Na queda que ameaça nos ampara
Mantém o nosso rumo nas estradas...

Essa emoção que é boa enquanto santa,
Resiste a mais cruel das tempestades.
Nas horas mais difíceis se agiganta
Encara sem temor, dificuldades...

É luz que tanto guia, é claridade.
No cofre do meu peito, uma amizade!
Publicado em: 02/11/2007 16:51:25


A AMIZADE
Farol que me guiando, sempre aceso
Meu rumo e meu caminho iluminando,
Divide desta vida o duro peso
E mostra o novo dia triunfando.
Uma amizade intensa, bela e forte,
Domina em alegria o nosso norte...
Publicado em: 05/11/2007 21:33:11


A AMIZADE
Quem sabe da amizade, um seu direito
Aos poucos noutros rumos, caminhando,
Alvíssaras encontra no seu peito
E novas emoções segue trilhando.
Audácias o tornando satisfeito,
As tramas tão diversas transmudando.
Caminhos que, decerto, se perdiam,
Em novas sensações se conduziam...
Publicado em: 07/11/2007 20:24:58

A AMIZADE

Felicidade chega desse jeito
Tornando nosso sonho soberano,
Batendo bem mais forte o nosso peito
Não sabe mais de dor ou desengano,
Vivendo uma alegria, satisfeito,
O coração se torna mais humano.
Por isso na alegria da amizade
Encontro em paz total felicidade!
Publicado em: 09/11/2007 18:32:30


A AMIZADE

Meus olhos que as tristezas embotavam
Ainda permitiam que eu te visse,
Durante as ventanias que chegavam,
Pensara que talvez se destruísse
O sonho que meus dias procuravam.
Ao cimo da esperança não subisse,
Porém ao perceber tua amizade,
Refiz com toda a paz, tranqüilidade...
Publicado em: 10/11/2007 07:49:46


A AMIZADE



Quem fora em outros dias, mais descrente
Percebe esta mudança que traz ventos
De toda uma bonança para a gente
Deixando para trás duros tormentos.
Numa amizade imensa, de repente,
Mudanças mais sutis nos sentimentos.
Tramando um novo mundo em alegria
Na força da amizade esta magia...

Publicado em: 09/11/2007 19:42:44


A AMIZADE


Espalhe esta alegria pelo solo
Arando com amor mudando o mundo.
A quem necessitar já dês teu colo,
Às vezes bastará um só segundo.
Assim conseguirás tua vitória,
Um mundo mais feliz em plena glória...
Publicado em: 10/11/2007 09:23:08



À AMIZADE


A noite vai passando triste e fria
Em lágrimas a vida já se lava,
O quanto desejei e não podia
Saber que a solidão dura, entranhava,
Quem dera se eu pudesse, em fantasia
Viver o grande amor que eu esperava.
Só resta algum consolo na amizade,
A luz no fim do túnel: liberdade!
Publicado em: 16/11/2007 08:03:23


A AMIZADE

AMIZADE...

Amizade...
Quanto tempo...
Vida passa tão depressa
Que se a pressa fosse fera
Nada mais me restaria...
A não ser uma certeza
De ser menos
Que queria...

Fomos criados juntos,
Absurdamente, sem juízo.
Fruta, quintal, arame farpado.
Corte e cicatriz
Valiam a podre fruta
Que escorria pelos lábios...

Rio, corredeiras, lambaris, bagres, piaus
A vida se mostra um anzol.
O sol queimando lento,
Banho de cachoeira,
Xistose e lombriga.

Até icterícia, chá de picão, chá da saudade...

Primeiro amor,
Primeiro não,
Primeiro porre,
No corre corre,
Ressaca à vista.

Cidade grande,
Capital...
Estudos que me levaram
E deixaram-te por aqui.

Mãos calejadas, terra arada, suada e lagrimada,
As mãos lisas, sem calo, estudos... Logaritmos,
gráficos e função exponencial.

Pôneis, cavalos, rumos diversos...

Cachaça, aguardente, morena...
Sífilis e gonorréia...

A platéia se espanta
Na confusão do paletó largado no chão
Jogado no bar,
A roupa rasgada, cheiro de suor.
A sinuca, a vida é uma sinuca!
E de bico!
Cala o Bico Mariquinha que a saudade é toda
Minha e a vontade é de viver..

No mais eu só posso te agradecer, Muito obrigado e
um grande abraço, qualquer coisa pode contar comigo também.

PUBLICADO SOB O PSEUDÔNIMO DE DIASBETTI


Á AMIZADE



É “inútil dormir que a dor não passa”

Por isso, companheira, nunca tema,

A vida sem ter garra se esfumaça

Amar, fazer feliz, o nosso lema...



A fome na calada não disfarça,

Preciso desta paz, pepita e gema,

Pois canto da amizade não se esparsa

Colado em nosso peito, como emblema.



Unidos nós seremos mais que dois,

Milhares, somos todos sonhadores,

Não deixe tanta coisa pra depois,



Nós somos concebidos sem temor,

Na luta desigual trazemos flores:

A fome nunca teve fiador...
Publicado em: 18/11/2007 19:56:16


A AMIZADE


A vida em seus encontros temerosos
Trazendo tantas vezes dor intensa,
Em ventos mais terríveis, furiosos,
A dor que nos envolve sendo imensa
Caminhos tão difíceis, belicosos
Deixando a nossa estrada bem mais tensa.
Porém quando encontramos amizade,
A vida nos trará tranqüilidade...
Publicado em: 19/11/2007 20:36:54



À AMIZADE


A vida se passando tão confusa
Distante dos carinhos de quem quero,
Não tendo mais porquês amor se escusa
No canto que hoje eu faço, mais sincero
Deixando para trás quem já me acusa
Apenas na amizade eu me tempero
Alçando um mundo calmo e sempre manso,
O paraíso em vida, logo alcanço.
Publicado em: 23/11/2007 20:27:43


A AMIZADE


O vento da amizade, glorioso,
Estrela solitária no meu peito.
Prazer que se mostrando deleitoso
Permite o meu cantar mais satisfeito.
O mundo tantas vezes caprichoso
Derrama mil estrelas no meu leito,
Depois fico sozinho e a claridade
Encontro novamente na amizade...
Publicado em: 25/11/2007 10:26:40


À AMIZADE

Amigos; tenho poucos, mas são caros,
Pessoas que nos guiam pela vida.
Em meio a multidão, seres avaros
Deixando uma esperança em despedida.
Canalhas que proclamam desamparos,
Fechando para sempre uma saída.
Por isso, dado a sua raridade
Eu louvo com fervor nossa amizade!
Publicado em: 27/11/2007 17:11:04



À AMIZADE


Não deixe que esta vida em desengano
Só trague nos teus olhos a vingança,
O corte tão profundo causa dano,
Mas tenha nos teus braços, confiança,
Mudando num momento qualquer plano
É necessária sempre uma aliança
Que possa permitir um novo norte,
E cicatrizará qualquer um corte...
Publicado em: 28/11/2007 08:29:53


À AMIZADE

Soçobra um barco solto em tempestade
Só sobra uma esperança velejando
O tempo que se perde na verdade
Durante tanto tempo latejando
Fazendo mais distante uma amizade
Que às vezes nos suporta desejando
Um dia em que sonhar é permitido
Com céu maravilhoso e colorido...
Publicado em: 29/11/2007 20:22:10



À AMIZADE


Nas ondas do mar
Que, na areia, morrem,
Raios do luar...
Nas águas que correm,
No doce do mel,
Estrelas do céu.
Na felicidade
Na claridade,
Barco de papel.

Numa pipa no ar,
Rosto de criança
Ir ao céu, voar
Toda esperança
Nessa verde mata
Queda da cascata
Riso tão feliz
Todo bom matiz,
O belo arrebata.

Um sonho de infância
Na calma do ninho
Na paz duma estância
Asa, passarinho.
Em tudo na vida
E também no amor.
No doce calor
No abraço fraterno
Carinho tão terno
Que impede uma dor.

Na voz tão serena
Que acalma quem chora
Na luz mais amena
Que a vida decora.
Nos braços da amada
Na bela alvorada,
Nos sonhos risonhos
Nos mais belos sonhos,
No rumo, na estrada...

Não deixa que escuro
Se torne meu mundo
Amor tão maduro
Maior e profundo.
Andando, comigo,
Não vejo perigo,
A vida se acalma
Inunda a minha alma
No amor de um amigo!
Publicado em: 02/12/2007 21:46:53



À AMIZADE

O mundo que eu conheço é sempre desditoso
Amor eu já perdi, a vida sem belezas.
O dia em que pensara, um sonho deleitoso
Morrendo devagar, expondo estas tristezas.
Meu passo vacilante, em rumo caprichoso
Vagando sem ninguém, trafega sem firmezas.
Quem sabe, na amizade, um fato diferente
Mudando o meu destino em ar puro e contente...
Publicado em: 03/12/2007 21:19:12


A AMIZADE

Por vezes, mesmo em peitos mais abertos,
A dor estende forte, os frios braços,
Cerzindo com torturas, cria os laços
Que em seca nos trará tristes desertos.

Os passos se tornando, então, incertos,
Não deixaram sequer, os vagos traços,
E os sentimentos, nobres, sendo escassos,
Trarão os céus nublados, encobertos...

Porém, sabendo disso, amiga, eu peço
A luz que me protege dos martírios
Com profusão intensa, claros círios

Que ajudam a vencer qualquer tropeço.
Não deixo então que aflore nem saudade
Nos braços redentores da amizade...
Publicado em: 11/12/2007 06:49:55


A AMIZADE
A minha grande alegria
É poder ser teu amigo
Nesta amizade sadia
Reconheço um bom abrigo.

Por mais que siga sozinho
Meu caminho pelo mundo,
No teu peito encontro ninho
Deste carinho profundo.

Alegria de encontrar
Apoio que precisava
Certeza de navegar
Onde sonho naufragava.

Fazendo minha ancoragem
Neste braço benfazejo
Criando tanta coragem
Sem temer da dor bafejo

Em tantas horas festivas
Como nos momentos maus,
Trazendo as forças tão vivas
Organizando meu caos.

Amigo te canto loas
E te faço tantos versos.
Amigo das horas boas
Dos momentos mais diversos...

Trazendo risada franca
Admoestando também
No breu ou na lua branca
Meu amigo sempre vem.

Meu amado camarada
Teu sorriso radiante
Me ajudando nesta estrada
Prosseguir, vou adiante!
Publicado em: 18/11/2008 18:01:26


À AMIZADE

Buscando uma velhice com mais calma
Agouros e palavras infelizes
Cicatrizes de cortes que já tive
Ourives de outras lavras; quero ter
A sorte dos eternos aprendizes,
Audazes caminhantes pela vida,
Andarilha esperança que se acerca
De quem jamais se perde nem pretende
Ascende, num momento ao infinito,
Atado nos grilhões da liberdade.
Vivendo uma amizade que se basta,
Na casta sensação de não ter castas
Afasto as tempestades com o vento
Suave que recebo desta boca
De quem em amizade, firma o passo
E deixa o pensamento mais liberto.
Publicado em: 20/11/2008 14:00:30


A AMIZADE

Mesmo que uma alegria seja breve,
Louvando a vida em cor maravilhosa,
Palavra tão amiga e mais mimosa,
Não deixa mais que caía em fria neve

O tempo transformado bem mais leve,
Fomenta uma alegria graciosa,
Deixando a vida amarga e tormentosa
Distante do momento em que se deve

Saber da glória imensa de se ter,
Uma amizade plena de prazer,
Calando em nosso peito amargas dores,

Amiga não consigo te esquecer,
Contigo é bem mais fácil meu viver,
Pois sabes cultivar jardins e flores.
Publicado em: 27/11/2008 16:04:46


A AMIZADE
A AMIZADE

O meu canto em liberdade
Vai buscando na verdade
Encontrar felicidade
Que distante, eu reconheço.
Misturando a fantasia
Com pitadas de alegria
Na ilusão da poesia
Não deixando mais tropeço.

Tantas coisas que passei
Tanta lágrima eu chorei
Mas agora eu me encontrei
Num caminho mais sereno.
Não cansei da caminhada,
Tantas vezes deu em nada
Mas a sorte se alcançada
Amortiza este veneno.

Vou singrando em novos mares,
Respirando em outros ares
Em distantes lupanares,
Céus em plena claridade.
Mas, te falo e te asseguro
Por mais triste, negro, escuro,
A alegria salta o muro
Nos braços de uma amizade...
Publicado em: 08/12/2008 20:42:45


A AMIZADE
Nas mãos de uma amizade se mostrando
A força inusitada que protege,
A solidão; temível, frio herege
Na força de um carinho, se entregando.

O quanto é necessário andar em bando,
Aonde o bem comum sempre nos rege.
Caminho junto a ti, na mesma sege
Belezas noutras senhas vislumbrando.

Assim ao percebermos a ventura
Que sempre acompanhou uma amizade
Concebo a libertária previsão

De um dia, bem distante da amargura,
Alçar em voz comum, felicidade,
Traçada pelo amor. Pelo perdão...

Publicado em: 12/12/2008 09:51:51


À AMIZADE
Falar de traição
É como ter no olhar
Distante um vão luar
Diversa direção,
Vagando sempre em não
Apenas mergulhar
Aonde sem o mar
Encontro o meu porão.
No quanto solitário
Quisera solidário
Quem tanto me esqueceu,
Amiga o meu caminho
Entregue e tão mesquinho
Há tempos já foi teu.
Publicado em: 17/06/2010 14:10:28


À AMIZADE
À AMIZADE

Um canto
Amizade
Um sonho
Feliz
Tranqüilidade
Distante de tudo,
Porém não me iludo
Com mãos de veludo
Palavras e risos,
Momentos soberbos
Acervos de sonhos.
Amigo...
Seguirmos constantes
Viagens difíceis
Nas curvas capotam
Soçobram, procelas
Porém já revelam
Amizade sincera
Que agüenta este tranco,
Qualquer solavanco
Sorriso mais franco
Um dia tão branco
Que sei sobrevive,
De tantos que tive,
Sobraste, querida,
Valendo uma vida.
Serena parceira
Que é tão verdadeira
Agüenta a pancada,
De tanta porrada
Que a gente levou
Percebo que existe
Em ti, amizade.
Real claridade,
Permite meu passo,
Que mesmo em cansaço
Alçando este espaço.
Conduz: plenitude!
Publicado em: 07/01/2009 09:17:03


A AMIZADE
A amizade demonstra por sinais
O quanto nós gostamos de um alguém
Eu quero teu carinho e sempre mais,
A paz em que me moldas logo vem.

Estar sempre ao teu lado satisfaz
E mostra o quanto é bom querer-se bem.
Sorriso, um bom sinal, tal poder tem
A força que ameniza a dor nos traz

Um gosto de alegria que não cessa.
Sorrir é difundir uma promessa
De um mundo mais suave e mais gentil.

Feliz de quem sabendo que a amizade
Portando com fiel sinceridade,
Também só enaltece quem sorriu...
Publicado em: 20/11/2009 16:38:32




Recebo da boca da noite o beijo suave e sensual,
trazendo teu rosto e gosto;
Foste companheira fiel, amiga e amada,
luz da minha madrugada, corte e sangue.
Nas minhas andanças,
foste a primeira e fiel companheira,
última de tantas...
Vinhas, diariamente aos meus pensamentos e angústias,
cansados os passos
Inatingível porto, longínquo mar,
meu mar enclave de esperanças...
Nas ruas do Rio, nas curvas do rio,
na seca e plantio, fiel camarada...
Te quis e te quero, não me perdeste de vista,
muitas vezes fragilizada,
Mas sempre comigo,
a cada nova batalha contra tudo e todos.
Amiga, tentaram teu corpo,
tentaram extingui-la, tentaram matá-la.
Quando te ergueste,
ressuscitada, foste atingida.
Teus pés afetados
por violência sem par, quase quebraste.
Mas percebo-te sorrindo,
com sorriso matreiro, me irritaste
No começo, agora, não,
já consigo te compreender, menina sapeca.
A mão que te apedrejava era podre,
mais podre que tudo.
Engabelava a todos, menos a ti,
e a todos os que amaram na vida.
Não do amor erótico inerente,
mas o amor altruísta de quem sonha,
De quem respeita e congrega, nunca segrega.
Minha vida passa num átimo,
num ótimo momento de luz
Seduzida por ti, cara tatuagem da minha alma.
Tua calma me atrai, me distrai e me revigora.
Agora, tua hora é minha e nossa hora,
alvorada, hora amada.
Saber-te revivida e contagiante,
saber-te rejuvenescida na minha maturidade
Saber-te assim, coerentemente forte,
nunca inerte, meu norte, sem desnorteio.
Sem mudar um centímetro,
ao contrário de mim, pobre errôneo pela vida.
Mas, em última análise,
fiel a ti, frase por frase, fase por fase...
Quero-te tanto,
nunca mais poderia fugir do teu manto,
vives no recanto
Da alma, calma e firme, aderida,
nunca à deriva, sempre atada,
Amarrada a cada reentrância da alma,
da esperança.
Chamar-te à luta é fácil,
nunca oscilas sempre cativante nunca cativa,
Nunca vacilas, amiga de tantas lutas,
de todas as lutas, de eternas lutas,
Das ondas desse mar, mesmo com tsunamis,
mesmo com tempestades.
Em todos os lugares por onde andei,
por onde passei ou ouvi falar,
Existem tantas quantas poderiam existir,
fortes aliadas, forças atadas
Entre si, que resistiram e resistirão,
contra aqueles que são ou tolos
Ou canalhas, os que querem tua morte,
nunca vencerão,
Nunca passarão,
estarrecidos com a tua resistência,
Na impossível convivência,
tentam te exterminar.
Mas amiga, és mais forte,
até contra o nosso cansaço, muitas vezes
Tua gana é maior.
Agora entendo teu riso maroto,
no âmago garoto, resistes...
Não mais te resisto, a rua me clama,
a lua me chama o amanhã já vem.
Venceste meu medo,
meus segredos conheces, não temo a guerra,
Na eterna batalha, meu peito não falha,
não nega ou sonega, Simplesmente ama.
Publicado em: 19/05/2007 16:38:28


A AMIZADE


Promessa de viver um novo canto
Pescando as ilusões que não consigo
E tento noutro espaço um ente amigo
E nele mergulhar sem mais espanto,
A vida se mostrara em inclemência
Diversa do que tanto imaginei,
A sorte desolando a antiga grei
Gerando tão somente a penitência
Brilhante caminhar em noite imensa
Nas ânsias mais felizes, se eu pudesse.
Quem sabe no futuro esta benesse
De um novo amanhecer já me convença
E assim vestindo a luz que enfim se emana
Da força libertária e soberana.
Publicado em: 03/06/2010 13:56:05



À AMIZADE
À AMIZADE

Meu barco tantas vezes foi à larga,
Distante dos teus olhos, minha amiga.
A vida se mostrou, pra mim, amarga,
Sombria tempestade desabriga.
O peso da saudade, dura carga,
Dobrando minhas costas, frágil viga.
Porém ao procurar felicidade,
Busquei-te novamente, claridade...
Publicado em: 04/01/2009 19:16:55


A AMIZADE..

Castelo de meus sonhos desabou,
Meus olhos se perderam deste espelho,
Agora não sabendo quem eu sou,
Procuro na amizade algum conselho.
De tudo o que sonhei nada restou,
Meu coração se perde, frio e velho.
Quem dera se ilusão já retornasse,
Talvez uma esperança inda vingasse...
Publicado em: 27/10/2007 13:27:24


A AMIZADE

A vida com certeza, só se abranda
Depois de ter passado a tempestade;
Se amor, a nossa vida já comanda,
Reflete em nosso peito a liberdade.

Porém se em desventura vã desanda,
A vida não conhece claridade.
Um coração que andando vai de banda,
Pesando bem mais forte uma amizade.

Assim depois de triste decaída
A sorte se fez bênção no deserto,
Amor que em amizade descoberto

Ajuda a resgatar o bem da vida.
Depois, na caminhada mais possível,
O mundo se anuncia em paz visível...
Publicado em: 10/05/2010 16:41:27



"As amizades reatadas requerem maiores cuidados que aquelas que nunca foram rompidas." (François de La Rochefoucauld)

O vaso que se parte nunca é mais
O mesmo. Assim também uma amizade
Que foi tão maltratada sempre traz
Insegurança e medo de verdade...
Publicado em: 01/04/2007 08:56:47


Querida, eu nunca minto
Sequer um sentimento.
Nas telas em que pinto
Amor é meu pincel,
As cores, sofrimento.
Minha esperança; o céu...

Escrevo em tais matizes
Meus sentimentos breves
Por certo são felizes
Os dias que sonhei.
Quem dera fossem leves,
As cores que pintei...

Uma esperança sobra
De todo o sentimento.
Da dor já se recobra
Quem sonha claridade.
Matando o sofrimento,
A flor duma amizade...
Publicado em: 30/01/2007 19:04:00


Eu não admito vetos ao que sinto,
Tampouco que cerceiem meu caminho.
Forrando de esperanças o meu ninho

Com verde desta mata eu já me tinto...
Sentindo a brisa forte do amanhã
Eu quero renascer sem ter mais medo

Do que morrera em mim, outrora, cedo,
Perfaz outra alvorada, outra manhã...
Revejo neste olhar a mocidade

Distante qual retrato no porão;
A luta se refaz com mais paixão,
Amizade, igualdade e liberdade!

Publicado em: 27/02/2007 10:43:17



Não quero ser reverso da medalha
Nem ser o gume e corte da navalha
Apenas quero ser um bom amigo,

Não vejo mais a noite temerosa,
Nem quero esta saudade tenebrosa,
Apenas te desejo aqui comigo,

Dançando sem temor ou sem maldade,
Vivendo toda a vida em claridade,
Sem trevas que te impeçam caminhar.

Eu quero ter seu canto benfazejo;
Da paz, um bom amante, o meu desejo,
É vê-la, simplesmente, dominar

Os corações sombrios e tão vagos,
Que impeçam as ternuras e os afagos,
Não deixem esperança nem vontade...

Eu quero nestes versos maltrapilhos,
Pedir, encarecido: siga os trilhos
Que levam ao Senhor: Viva amizade...

Publicado em: 06/03/2007 19:05:37


A AMIZADE...

Amigo: como é bom falar seu nome!
Por ruas e vielas caminhamos
Nas curvas perigosas encontramos
Tocaias. Tanta dor que nos consome!

Cotidianas lutas nos alcançam
E trazem as difíceis decisões,
Nos abrem e nos fecham mil portões
Ao mesmo tempo cessam e nos lançam.

Por vezes a maldita tempestade
Nos deixa sem ter rumo nesta estrada.
Sentados neste canto da calçada
Queremos conhecer felicidade

Mesmo que disfarçada em outra face,
Mesmo que escondida noutro canto.
Nos rendemos ao brilho e seu encanto,
Esperamos por manso desenlace.

Nas horas mais doridas desta vida,
Quando esta solidão nos fere inteiros,
Os olhos procurando os verdadeiros
Rumos de nossa estrada dividida,

Quando o distante sol nos nega o brilho,
Quando a manhã em nuvens tudo apaga,
Quando a vida tristonha não afaga,
Nos achamos perdidos, sem ter trilho;

Se fomos torturados cruelmente
Se temos nossos olhos arrancados
Todos os nossos gritos des’perados
Um eco nos responde, de repente.

E nos traz novamente uma esperança,
A vida não parece mais pesada.
O pranto que negava a madrugada,
Esvai-se mal percebe esta aliança!

Minha alma em duplicata siamesa,
Agüentando o vigor desta procela,
Num sentimento nobre se revela
O máximo que pode essa grandeza!

Em tudo que passamos, unidade;
Nas horas mais difíceis, solidário.
Quem tem amigo nunca é solitário
Maior que amor, na vida, uma amizade!
Publicado em: 03/10/2007 16:18:15


A AMIZADE
Eu sei que somos parte deste todo,

Que faz da festa quase obrigação,

Saídos deste mangue, me meio ao lodo,



Rasgamos nosso véu de ingratidão

Renasço noutro ser, e quando eclodo

Demonstro minha face de leão...



Perdoe meu amigo, esses enganos,

Depois de certo tempo me desnudo,

Não quero me iludir com estes planos,



Nem quero ser apenas só, contudo...

Nós todos somos seres desumanos

O coração decerto tão miúdo...



Mas resta uma esperança de vitória,

Sem ter outra saída senão essa.

Amar o ser humano em plena glória



Somente por amar, não por promessa

De termos noutros mundos nova história.

Uma amizade sempre pede pressa.



Por isso não se deixe mais levar

Por tantas fantasias e sorriso

As águas deste rio vão ao mar



Amar é desfrutar do paraíso,

E nele, nessa vida se encontrar

No abraço mais gentil e mais preciso.
Publicado em: 22/04/2008 15:17:55



A AMIZADE
Em plena obscuridade em nossa vida,
Assim quando esperança se afastou.
Quando estrada parece mais perdida,
Quando em nossa alma, tudo já nevou.

Quando a luz, se apagando, vai embora,
Quando o tempo demora a transcorrer;
Quando em plena tristeza, tudo chora,
Quando temos vontade de morrer...

A lua se escondendo, negritude...
A vida se perdendo, impaciência...
E quando a solidão, tanta e amiúde.
Surge neste negror, fosforescência...

E resplandece nesta obscuridade,
O brilho verdadeiro da amizade!
Publicado em: 01/05/2008 08:31:42


A AMIZADE
O vento da mais pura poesia
Trazendo a sensação de liberdade,
O quanto e tanto bem que se queria,
Transforma toda dor em amizade.

A brisa matinal abranda o dia
Promessa de total tranqüilidade,
Tua alma de minha alma, senhoria,
Contigo vencerei a adversidade.

Saber quanto é possível ser feliz,
Tramando a luz suprema que se quis
Mudando num repente antiga trilha.

Depois da tempestade uma bonança.
E o vento bem mais forte da esperança
Abrindo no meu peito, uma escotilha
Publicado em: 21/05/2008 15:57:40


A AMIZADE
Depois do temporal, tranqüilidade
Que há tanto tempo eu sempre perseguia
E sinto vir o vento da amizade,
Em mansa sensação de calmaria,

Trazendo para a treva, claridade,
Raiando em emoção santa alegria,
Quem sabe ser possível liberdade,
Além do que pensara, até sabia,

Refazendo o meu canto, em novo verso,
Alçando em pensamento outro universo
Embora muitas vezes caprichoso

Que possa permitir um canto leve,
No amor que uma amizade sempre ceve
Um dia que virá, maravilhoso...
Publicado em: 11/06/2008 18:10:04


A AMIZADE
Depois do temporal, tranqüilidade
Que há tanto tempo eu sempre perseguia
E sinto vir o vento da amizade,
Em mansa sensação de calmaria,

Trazendo para a treva, claridade,
Raiando em emoção santa alegria,
Quem sabe ser possível liberdade,
Além do que pensara, até sabia,

Refazendo o meu canto, em novo verso,
Alçando em pensamento outro universo
Embora muitas vezes caprichoso

Que possa permitir um canto leve,
No amor que uma amizade sempre ceve
Um dia que virá, maravilhoso...
Publicado em: 24/06/2008 18:44:55


a amizade
Meu barco em liberdade navegando,
Mostrando esta alegria benfazeja,
Nos sonhos em que embrenho me entregando,
Certeza deste mundo em que se almeja
Erguendo o meu olhar e me mostrando,
A vida em que decerto já festeja
Aquele que concebe todo encanto,
Fazendo da amizade um belo manto.

Amigos, na verdade eu sou feliz,
Embora, no passado, tanta dor.
Sabendo que hoje tenho o que mais quis,
Eu agradeço sempre este pendor,
Eterna sensação: ser aprendiz,
Buscando em cada colo, o bom calor,
Erguendo um brinde à sorte de saber
E tantos companheiros conhecer.

Amigo deve ser sempre guardado
No coração humano. É jóia rara,
A cada novo passo que for dado
Certeza de quem sempre nos ampara,
É flor que perfumando um belo prado,
Eternamente viva, flor tão cara.
Cuidando com carinho do jardim,
Eu cevo uma esperança dentro em mim.

De um dia a terra inteira perceber
O quanto é necessária tal grandeza,
Mostrando quão divino este prazer
De ter alguém sentado à nossa mesa,
Saboreando a vida. Conceder
O braço mais ameno, porém forte
Cicatrizando em paz, profundo corte.

Se tantas vezes erro, isto eu confesso,
Permita-me o Senhor pedir perdão,
Refazendo o caminho, eu sempre peço
Que encontre com firmeza a solução.
Levanto-me depois deste tropeço
Alçando o meu olhar para a amplidão
Percebo quanto eu sou tão pequenino,
Sozinho, sem ninguém, eu me alucino

Mas tendo com quem possa dividir
As dúvidas e as dores que encontrar,
E sem pudores possa então pedir,
Torna-se mais fácil o caminhar,
Minhas angústias; venho dirimir
Ao lado de quem tenha o mesmo olhar,
Na mansidão sublime já se abriga
Palavra que se mostra sempre amiga.

Amigos; encontrei em toda parte,
Tesouros escondidos, diamantes,
Manter uma amizade é quase uma arte
Precisa de cuidados mais constantes,
O bem mais precioso se reparte,
Mas pode se trincar se por instantes
Descuidarmos da ceva e do cultivo,
Amigo é na verdade ser ativo.

Meus versos encerrando nesta oitava
Permitem finalmente que eu reflita
Nas coisas que Jesus tanto falava,
Palavra muito simples, mas bonita,
Abençoando a vida sempre dava
A direção perfeita, e sei bendita,
O sentimento mor, eis a verdade,
Num amor que evolui para amizade!
Publicado em: 04/09/2008 09:42:26


À AMIZADE
Querida, eu nunca minto
Sequer um sentimento.
Nas telas em que pinto
Amor é meu pincel,
As cores, sofrimento.
Minha esperança; o céu...

Escrevo em tais matizes
Meus sentimentos breves
Por certo são felizes
Os dias que sonhei.
Quem dera fossem leves,
As cores que pintei...

Uma esperança sobra
De todo o sentimento.
Da dor já se recobra
Quem sonha claridade.
Matando o sofrimento,
A flor duma amizade...
Publicado em: 11/09/2008 11:09:19



À AMIZADE
Amizade, companheira
Não é flor tão corriqueira
Que se encontra a vida inteira
Basta querer procurar.
Amizade é laço forte
Que quem tem, encontra a sorte
Sobrevive até na morte.
Não é fácil de se achar...

Amizade, minha amada,
É produto duma estrada
Tão longa e tão bem cuidada,
Não se pode descuidar...
Amizade, meu amor,
Tem raridade de flor
Somente bom lavrador
Tem poder de cultivar!
Publicado em: 11/09/2008 16:17:34


A AMIZADE
Não quero ser reverso da medalha
Nem ser o gume e corte da navalha
Apenas quero ser um bom amigo,

Não vejo mais a noite temerosa,
Nem quero esta saudade tenebrosa,
Apenas te desejo aqui comigo,

Dançando sem temor ou sem maldade,
Vivendo toda a vida em claridade,
Sem trevas que te impeçam caminhar.

Eu quero ter seu canto benfazejo;
Da paz, um bom amante, o meu desejo,
É vê-la, simplesmente, dominar

Os corações sombrios e tão vagos,
Que impeçam as ternuras e os afagos,
Não deixem esperança nem vontade...

Eu quero nestes versos maltrapilhos,
Pedir, encarecido: siga os trilhos
Que levam ao Senhor: Viva amizade...
Publicado em: 12/09/2008 06:49:09


À AMIZADE
É bom saber que existes; minha amiga!
Na luta tão difícil pela vida
Que tantas vezes vem e já periga
Saber que estás aí, minha querida.

Tantas vezes sozinho, busco o mar...
Distante mar que nunca mais eu vi.
Cismando, sou teimoso, em tanto amar,
Nas ondas deste mar eu me perdi...

Pensava descobrir uma esperança
Nas águas tão profundas, num abismo,
Em busca da possível aliança
Que venha sem trazer qualquer cinismo...

A vida faz promessas não cumpridas
De sermos mais felizes, por um dia.
As lágrimas nem sempre são vertidas
Marcadas por tristeza e alegria...

Entendo o que tu sentes, e disso gosto.
A face que me mostras, tão bonita.
Deitando sobre o colo, eu já encosto,
Amiga... Nossa vida traz desdita.

Mas somos, na verdade, mais benditos;
Pois temos, em nós mesmos, nosso cais.
Lenitivo perfeito para aflitos
Momentos que eu espero, nunca mais...

Eu te amo, minha amiga e companheira,
Da forma mais sagrada que conheço.
Distantes, não importa; vens inteira,
Da mesma forma que sempre te obedeço...

E sentes o que sinto, protegemos,
Vivemos nossos colos e paixões...
Amores que nós mesmos só sabemos,
Que brotam nestes nossos corações...

A voz que repetimos, ecoamos,
Traz sempre nossos sonhos e carinhos...
Amiga; tanto, tanto nos amamos.
Sabemos que jamais somos sozinhos...

Eu venho e te agradeço eternamente.
O fato da existência deste amor.
Que é manso tão macio e envolvente,
É forte e se traduz; pleno vigor...

Assim; minha querida, vamos juntos.
Sabendo que estarei sempre contigo;
Pensamos traduzir nossos assuntos,
Deitados neste sonho, tão amigo!

Eu te amo, de verdade, não se esqueça.
Vivemos deste amor tão soberano,
A cada novo tempo que começa,
Amor que renovamos, a cada ano!
Publicado em: 20/09/2008 22:05:13


À AMIZADE
Há pessoas, no mundo que sem alma,
Tramam empecilhos nos caminhos,
Ninhos alvoroçando e destruindo
Destroem esperanças, matam sonhos,
Medonhos sentimentos os tomando
Enquanto a vida segue seus caminhos,
Sozinhos amarguram, avassalam...
Porém enquanto houver uma amizade
Sequer como um sinal após o túnel,
Imune ao mau agouro dos insanos,
Dos corvos que crocitam dissabores,
Assim nós poderemos prosseguir,
Alçando uma alegria em cada curva
E a turba seguirá rumo ao descaso...
Publicado em: 26/09/2008 15:51:16



À AMIZADE

Amiga não permita
Que a vida fira tanto.
Mal percebeste ainda
Que entornas teu encanto

Nas ruas quando passas,
E trazes esperanças,
Mostrando como é bela
A luz que plena, alcanças...

Vivemos muitas vezes
Com medo do futuro,
Um salto que nós damos
Num rumo mais escuro.

Erráticos desejos
Vagando pelo mundo,
Meu coração se mostra
Eterno vagabundo.

Precisa de teu lastro
Pra ser bem mais feliz,
Por isso amiga amada,
Esta canção que diz

De um dia que virá
Com toda a claridade,
Movida à esperança
Que é feita em amizade...
Publicado em: 28/09/2008 19:40:42


À AMIZADE
A força da amizade é soberana
Mostrando, sem embargo, estas verdades,
Se a vida tantas vezes nos engana
É necessário ter cumplicidades
De pessoas que são bem mais unidas
Com rumo parecido em suas vidas.

No irmão que a natureza já nos deu
Às vezes bem distante; indiferença.
Um laço de união que se perdeu
Noutro caminho ou mesmo noutra crença.
A vida porém traz um outro abrigo,
No irmão que ela nos deu, um bom amigo...
Publicado em: 29/09/2008 21:07:58


A AMIZADE
Encontro na amizade um porto, abrigo
perfeito pra que possa prosseguir
no dia a dia contra as intempéries
que sei, irão na certa já surgir.

Um solitário sofre a cada dia,
nas curvas do caminho, pedras, urzes.
Porém se encontra um braço mais amigo,
carrega bem mais fácil, as suas cruzes.

Eu te agradeço, amiga, e não me esqueço
do apoio que encontro junto a ti.
Por isso nestes versos vou louvando,
toda a amizade que eu encontro aqui.
Publicado em: 26/10/2008 20:13:37


A ARIDEZ DE TEUS ESPINHOS
Esparramas nos caminhos,
cacos, pregos, pedregulhos.
Na aridez de teus espinhos
Os meus mares sem marulhos...


A ARTE DE FAZER SONETO INGLÊS, PETRARQUIANO, BOLIVIANO, PERUANO, CHINÊS...
É com prazer que excluo tais duetos
Odeio gente assim vaga e pernóstica
Pois na minha visão cruel, diagnóstica
Não vejo propriedade em tais sonetos.

A métrica se faz tão necessária
Ainda num formato dito inglês
Não suportando mais estupidez
A poesia morre sanguinária

Em versos de diversas entrelinhas
Prefiro com franqueza a claridade,
Jogar contra a parede a liberdade
Não é fazer valer as abobrinhas...

Poetas são bem poucos, pois é nobre
A arte que raramente se descobre...


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Tenha, de luto,o coração partido
e delirante, o espírito sambrio;
no pensamento, coisas sem sentido,
a todo instante, em meu silêncio. crio!

Se o tempo que se foi deixou ferido
o peito vacilante, estéril e frio,
talvez fosse melhor não ter vivido
que, n'alma suportar este vazio...

E sem saber a causa deste medo
à lassidão os moviments cedo,
na atávica postura do não-ser!

E o coração me diz, enquanto chora,
mais que o temor da morte, que apavora,
o que nos mata é angústia de viver...

Marcos Coutinho Loures


A ARANHA ARRANHA ... OU DOS IDÍLIOS DE UMA SUCURI

Lá dentro das brenhas
No sertão do Ceará
Mora uma tal de Jordana
Moça prendada e olhe lá
É tão bonita a morena
Que inveja ás outras dá

Esta morena astuciosa
Inventou então de criar
Uma aranha caranguejeira
E a todas vive a assustar
Vive com a aranha na saia
Para os homens enfeitiçar

Os rapazes lá da mata
Olham pras duas aranhas
A que esta em cima da saia
E pra outra aranha da Jordana
Aranha grande e perigosa
Mas que a todos eles assanha

Quem se atreva agora a pegar
Esta perigosa aranha?
Qual? A que está em cima da
Saia ou a que está pregada na
Jordana?

Eu quero em reboliço
Mexer com tais aranhas
Coloco o meu ouriço
Duvido quem arranhas
Aranha tão gulosa
Não deixa nem passar,
Engole tão dengosa
Vem logo me ouriçar.
Arranha a doce aranha
E nela faz estrago,
Comer aranha é sanha
Precisa de um afago,
Mexendo com cuidado,
Não deixo mais ter sobra,
Bicinho mais safado
Aranha adora cobra.
E a cobra com ouriço
Aranha não sossega,
Esquece o compromisso
Engole ainda esfrega
Jordana quer carinho?
Responda por favor
Irei bem de mansinho
Do jeitinho que for,
Aranha molhadinha
Engole que escorrega,
A boca apertadinha,
Aranha vem e pega,
Aranha é peludinha
A cobra anda pelada

Aranha é tão faceira
A cobra desdentada
Manda a caranguejeira
Cheirosa e bem safada,
Buraco de tatu
A cobra reconhece,
Eu procurando tu
Encontro que envaidece,
Primeiro beijo a aranha
Depois a cobra cresce
Aí, peleja ganha,
A sucuri merece!

GELIS
MVML


A ÁRVORE DE NATAL DE CRISTO Adaptação de Marcos Coutinho Loures


Apresentamos hoje, uma compilação que fizemos de um belo conto de Dostoiewsky, intitulado “A árvore de Natal de Cristo”. Vamos a ele:

“Era véspera de Natal e uma criança de seis anos de idade acabara de acordar, naquele porão imundo de uma cidade imensa, onde o frio era tão intenso quanto a fome que sentia...

A mãe parecia dormir e a criança tocou-lhe o rosto gelado, duro como uma rocha, antes de sair para a rua. Ali na calçada, ficou surpreso com a quantidade de gente, de carros que passavam, de neve e de frio!

Um guarda passou por ele e o menino pôs-se a caminhar, até encontrar uma vidraça por onde viu uma árvore de Natal, cercada de crianças brincando, ao lado de uma mesa repleta de brinquedos, enfeites e doces.

O garotinho sorriu mas ao se lembrar da dor que sentia nos dedos da mão, começa a chorar e a correr. Mais à frente, avista novas vidraças através das quais vê outras árvores de Natal, com crianças em volta.

Belas e ricas senhoras abrem as portas de suas casas para que entrem os convidados para a ceia.

Lentamente, o menino se aproxima de uma das casas e entra também .

Mas, ao vê-lo ali, homens e mulheres começam a expulsá-lo para a rua.

Uma gorda senhora tenta oferecer-lhe uma moeda, mas o dinheiro rola pela escada pois os dedinhos endurecidos não conseguem segurá-la...

Ele volta a correr pela noite, até encontrar, diante de uma porta imensa, um grupo de pessoas que se divertem, vendo três enormes bonecos, vestidos de vermelho, com longas barbas, que pareciam vivos! Os bonecos riam, jogavam beijinhos e eram tão engraçados que fizeram o menino sorrir...

De repente, do meio da multidão, sai um garoto maior que puxa a criança pelos cabelos, dá-lhe socos e pontapés e a joga no chão! Sem nada entender, o menino corre, entra num porão escuro e vai se esconder atrás de um monte de lenha, tremendo de medo ... e de frio!

Daí a pouco, foi ele invadido por uma sensação de bem estar! Seus pezinhos e suas mãos não doíam mais e ele começou a sentir calor, muito calor, como se tivessem acendido o fogão de lenha. E foi assim que dormiu!

Foi despertado pela voz da mãe que lhe cantava uma cantiga de ninar e, logo a seguir, por alguém que lhe disse, com extrema doçura:

-“Vem comigo! Vamos ver a Árvore de Natal!”

Quem o estaria chamando , com tanta doçura?

Sem nada enxergar, o menino abriu os bracinhos e alguém o pegou no colo. Ao mesmo tempo, tudo em volta ficou luminoso, resplandecente! E assim, ele viu muitas árvores de Natal e, em volta delas, muitos bonecos.

Bonecos não! Eram crianças luminosas, meninos e meninas que o abraçavam, beijavam seu rostinho e que o levavam, voando, de um lado para o outro!

Mais além, ele vê sua mãe, que lhe sorri.

_ “Mamãe, mamãe! Como é bom estar aqui!”–exclama o garotinho.

E ele abraça seus novos companheiros, conta-lhes a história dos bonecos vermelhos de longas barbas e, finalmente, pergunta onde está.

-“Não sabes? – respondem os novos companheiros – “Esta é a Arvore de Natal de Cristo”. Todos os anos, há uma áravore que Jesus dá às criancinhas que não tiveram Natal, lá na Terra...”

E, lá na Terra, na manhã seguinte, os lixeiros encontraram o corpo congelado de um menino, num pátio vazio, perto de um monte de lenha.

Procuraram por sua mãe e descobriram que ela também havida morrido, um pouco antes dele.

-Com certeza, os dois foram se encontrar lá no Céu – todos disseram, com indizível ternura...
Publicado em: 09/12/2006 12:47:40



A ausência foi herança merecida De quem tentou fazer da vida um jogo,
A ausência foi herança merecida
De quem tentou fazer da vida um jogo,
Enquanto em solidão eu já me afogo
Perdendo a direção, não sei saída.

Minha alma viandante distraída,
Usando da alegria como um rogo,
Ardendo inutilmente chama e fogo,
Não saberá curar qualquer ferida.

Escuto tão somente a voz distante
Chamando para a luta fascinante
Ultrapassando matas, folhas, ramos;

Percebo claramente vários tons
Mostrando em dissonância os mesmos sons
Das velhas emoções que sonegamos.
Publicado em: 14/10/2008 16:02:21


A BABÁ DOS SONHOS...


Marinete, para poder trabalhar, colocou anúncio no jornal procurando uma babá, para tomar conta de seus quatro filhos menores.
O diálogo dela, com a primeira candidata que apareceu, foi mais ou menos assim:
-Você tem experiência?
-Não muita – respondeu a candidata.
-Gosta de criança? – perguntou Marinete.
-Adoro
-E por que você saiu do último emprego?
-Ah... (Suspirou a moça). “É que eu sempre esquecia de dar banho nas crianças...”.
Imediatamente fez-se ouvir um coro de quatro vozes que pedia, insistentemente:
-Fica com ela, mamãe! Fica com ela...

MARCOS COUTINHO LOURES




À barca, pois gentil esta maré
Que venha em esperança com amor,
A sorte com certeza vem com fé
Vencendo uma tristeza ou dissabor.

Amada em teu carinho, um cafuné
Preciso e com detalhe encantador
O nosso amor decerto já deu pé
Transmite uma alegria em puro ardor.

As asas dos meus sonhos decolando,
Beijando o pensamento, vão distante.
Amor jamais permite ser farsante

Aquele que em certezas, sabe quando
A vida prometida chegará,
E o sol de nossos sonhos brilhará...
Publicado em: 05/09/2007 20:19:22


A base que formou o nosso amor

A base que formou o nosso amor
É feita dos tentáculos do sonho.
Aonde em vãos oráculos componho
O forte que se perde em dissabor.

O fardo que carrego, insano andor,
Formando um templo amargo, enfim, medonho,
Por mais que ainda creia já não ponho
Os olhos no futuro. Colho a dor...

E quando vejo os rastros que tu deixas
Marcados por lamentos, duras queixas,
Perdendo assim o rumo, nada vejo.

A sorte foi lançada em falsos dados,
Que há tempos, desconfio, viciados
Mataram desde sempre o meu desejo!
Publicado em: 14/09/2008 19:57:16



A barca da ilusão
Vencendo qualquer forma de tristeza
A barca da ilusão já não comporta
E quando vejo aberta a tosca porta
Levado pela espúria correnteza
Ao ver nesta paisagem a beleza
Que enquanto ainda creio me conforta,
Porém realidade logo aborta
E deixa este vazio sobre a mesa.

Seviciadas noites, abandono,
E quando entorpecido inda ressono
Apenas vislumbrando pesadelos,

Momentos de alegria? Nunca mais,
Estranhas maravilhas rituais
Prazeres tão sombrios, e sorvê-los...
Publicado em: 14/02/2010 13:08:23
Última alteração:14/03/2010 11:51:04



À beira deste abismo que cavei Mergulho na cratera da ilusão
À beira deste abismo que cavei
Mergulho na cratera da ilusão
Vencido pelo medo, vou ao chão,
Fazendo deste inferno a minha grei.

Seria muito bom, mas não serei,
Apenas o que resta, solidão,
Metáfora que mata cada grão
E impede o que jamais eu colherei.

Colheres e facões, a mesa posta,
O tempo sem medidas, já desgosta,
E aquele que queria nada tem.

Severo precipício, meu caminho,
Partícipe da festa, eu me avizinho,
Da fria realidade: sou ninguém...

Publicado em: 14/11/2008 14:03:30


À beira deste rio enluarado Penedos que me impedem prosseguir.
À beira deste rio enluarado
Penedos que me impedem prosseguir.
Amar demais é coisa do passado,
Agora sem ninguém pra me impedir

Irei cantar o sonho amargurado
Que mata dia-a-dia o meu porvir,
Olhando de soslaio, assim de lado.
Sem nada que inda possa me cobrir

Nem mantas, falsos brilhos, vozes tontas,
Não sendo com certeza o que me contas
Vou fazendo de conta, encontro um conto,

As Fadas enfadonhas seguem vãs.
Quem sabe se eu tocasse estas manhãs
Tivesse esse soneto, há tempos pronto?
Publicado em: 02/10/2008 08:03:35



A bela camponesa, já sem chitas,
A bela camponesa, já sem chitas,
Mirando no horizonte, este sol-pôr,
As cores se misturam. São bonitas,
Mosaico multicor a se compor.

As mãos que calejadas, dizem tanto,
As marcas das picadas dos insetos.
Nas pernas tão roliças, farto encanto,
Barriga parideira: filhos, netos.

A moça mal percebe que a beleza
Estampa-se em sorrisos desdentados,
Prossegue e contra a dura correnteza,
Repete sem saber; antepassados.

Futuro, não concebe, mas pra quê?
Cigana em miopia, nada lê...
Publicado em: 20/11/2008 11:02:06
Última alteração:06/03/2009 18:48:07



A bela flor de cor tão expressiva,
Inunda o coração de bom perfume,
Te faço esta canção ó sempre-viva
Não deixe que esta dor já se acostume

E venha toda noite, tão altiva
Gerando com certeza o meu queixume,
Minha alma que pretende estar mais viva
Afasta esta tormenta do ciúme...

Brilhando como a lua, areia e mar,
Na noite-imensidão que se aproxima,
Vontade meu amor, de namorar,

Fazendo das estrelas meu colchão,
Voando, vendo a terra lá de cima,
Vivendo coroado de emoção...

Publicado em: 22/05/2007 22:44:07
Última alteração:15/10/2008 07:47:33






A bela flor do sonho, devagar,
Pousando sua mão meiga e tão terna,
Aos poucos lentamente faz brilhar
Minha imaginação como se eterna

Fosse cada noite a deslumbrar
Nos olhos de quem amo, tal lanterna
Que vem todo o caminho alumiar
Em página de amor, rara e fraterna.

Mergulham pirilampos borboletas
Num mar onde cavalos, mil estrelas
Passeiam lado a lado com cometas

Refletem num sorriso deslumbrante.
Quem dera se pudesse percebê-las
Nos sonhos da mulher, amada amante...
Publicado em: 13/08/2007 15:44:51
Última alteração:10/10/2008 09:15:22



À bela poetisa de Vitória Que em versos nos transmite a fantasia Tornando assim mais nobre a poesia, Serena sensação de luz e glória.
À bela poetisa de Vitória
Que em versos nos transmite a fantasia
Tornando assim mais nobre a poesia,
Serena sensação de luz e glória.

Do solo capixaba, sem vanglória,
Trabalha e na esperança ela confia
Enquanto maravilhas sempre fia
Bebendo desta lua merencória

Aqui destas montanhas vejo a areia
Aonde ao desfilar bela sereia
Deixando rastros claros de cristal

Num sonho perolado ela incendeia
Tecelã que em poemas nos clareia
Helênica paisagem colossal

Publicado em: 06/08/2008 17:11:46
Última alteração:06/10/2008 19:42:49

Meu amor tem segredos divinos
Que nem sempre consigo entender;
Tem os olhos azuis cristalinos,
Tanta luz; como podem conter?

São reflexos do céu nesse mar
São espelhos de raro matiz.
Traduzindo em teus olhos amar,
Com certeza serei mais feliz.

Eu não temo sequer a tristeza
Muito menos a tal solidão,
Em teus olhos de deusa a beleza,
Refletida no meu coração...
Publicado em: 06/02/2007 21:00:47
Última alteração:23/10/2008 14:58:13



A beleza desta rosa Vale espinho que tiver.

A beleza desta rosa
Vale espinho que tiver.
Divina e maravilhosa
Venha ser minha mulher...
Publicado em: 22/10/2008 13:29:50


A Beleza e o Amor

Dos lagos onde, ninfa, se banhava
Beleza dessa deusa semi nua.
Num flerte delirante a bela lua
Em toda a densa mata repousava.

Os olhos comovidos e tão ternos
Emocionadamente todo astral
Descia deste espaço sideral
Em mágica beleza mais eternos...

A deusa não sabia deste encanto
E nem se dava conta da beleza
De toda apaixonada natureza
Nesta maravilha, um doce canto...

E Deus ao ver também a bela cena
Num momento de raro e louco amor,
Ao ver a bela deusa, cara flor,
Nos deu toda a beleza da açucena!
Publicado em: 28/11/2006 20:53:43
Última alteração:23/10/2008 14:55:15


A beleza total vem do teu ser
Emerge a cada nova temporada
Vibrando esta vontade de viver
De ser a minha amante, amiga, amada.

Deixando devagar, te conhecer
Ternura em tua face decorada,
No coração depressa a debater
Com força e com tesão, apaixonada..

Amar o teu desejo é muito fácil,
Corando tua boca carmesim,
Com beijo em sentimento, frágil grácil,

Desnudo esta vontade louvo a chama,
Ardendo todo amor dentro de mim,
A boca tão sedenta já te chama...
Publicado em: 02/04/2007 15:59:11
Última alteração:15/10/2008 22:07:06



A BESTA E O BESTIALISMO
Um garotão, 25 anos, boa pinta, passou no concurso para Juiz Federal e
foi mandado pra uma cidadezinha lá no sertão do Rio Grande do Norte. Ao
chegar na cidade, foi logo avisado:
- Doutor, aqui tem um problema. Não tem mulher na cidade. Quando o senhor quiser afogar o ganso, tem que ir lá pra beira do rio.
O jovem juiz, mantendo a pose, disse que não havia necessidade. Mas passando três meses a tensão foi aumentando e o juiz não aguentou. Botou a sua melhor roupa e foi pra beira do rio. Chegando lá, deparou-se com uma fila de homens e uma jumentinha. Diante da presença do juiz, o povo abriu caminho:
- Olha o doutor aí. Pode passar doutor.
Diante de tanta gentileza e tamanha tensão, o juiz não titubeou: abaixou
as calças e créu na pobre jumentinha. Foi quando escutou um Oooohhhh! vindo da fila e um homem exclamou:
- Doutor, a jumenta é pra atravessar o rio. O cabaré é do outro lado!
Publicado em: 17/09/2008 15:48:15
Última alteração:17/10/2008 13:35:23


A Besta em fantasia de profeta
Protege quem gerou, espúria brasa.
No nada versus nada se completa,
E finge que desfruta desta casa.
A Besta que brincando de poeta
Com o pobre capeta já não casa.
Disfarça e faz que gosta de xodó
Com medo de morrer fedendo e só.

Na sua servidão, desanca a todos,
Botando o seu nariz, frio, pra fora.
A Besta ressurgindo destes lodos,
A quem a Besta beija já devora.
É feita de mentiras, vãos engodos,
De todos que desejam, desde agora,
A Besta faz solenes picadinhos,
Zombando dos que gostam de carinhos...
Publicado em: 28/05/2007 21:58:22
Última alteração:23/10/2008 11:32:49




A boca abrasadora que me toca
Ao mesmo tempo louca, se transforma,
Detalhe de minha alma não retoca
Pois quando enfim me beija, nada informa...

Teus olhos esquecidos adormecem
Num canto desfilando tantos lumes...
As horas que vivemos apetecem
Encharcam nossa cama de perfumes...

Roubamos tantas cores e fragrâncias
Embora não saibamos destes cais.
As cordas embebidas das estâncias
Dividem nossas mãos descomunais...

A boca escancarada sempre ri
Do sonho deste amor que trago aqui...
Publicado em: 22/12/2006 19:20:03
Última alteração:16/10/2008 20:55:41




A Bichana
Num dia quente de janeiro, João Polino, cansado da mesmice santamartense, resolveu dar um passeio no Rio de Janeiro.
Seu irmão mais velho, há muito morava na cidade maravilhosa e estava cansado de convidar nosso herói para passar umas semanas com ele, desfrutando da praia de Copacabana.
João fez os preparativos para a viagem, arrumou a sua mala, sem esquecer-se das lembranças que levaria para o amado irmão.
Uma cachacinha de lei, um pote de doce de leite, outro de doce de figo, umas goiabas, mangas espada, laranjas,etc.
E, como queria agradar a sua cunhada, amante de animais de estimação, criadora de gatos siameses, angorás; resolveu levar um filhote de onça pintada para ela.
Ao ser informado de que não poderia levar um animal vivo no ônibus, muito menos um filhote de onça, João não pestanejou. Pegou o bichinho e colocou num bornal à parte, tampando a boca da bichana com um pano e amarrou as patinhas do pobre animal, imobilizando-o totalmente.
Assim que entrou no coletivo, deixou as malas no guarda volume, no bagageiro e, carregou o bornal consigo...
Desceram por Ibitirama, passando por Celina e quando já estavam perto de Guaçui, aconteceu o imprevisto. A onça, mercê de tanto stress, resolveu, bem como direi para não chocar as senhoras, evacuar...
As fezes da bichana tinham um odor deveras intenso, empesteando todo o ônibus.
João Polino, fez que não era consigo e, simulando um sono profundo, fechou os olhos e ficou quieto,
Mas, a situação estava ficando insustentável; um passageiro olhando para a cara do outro, desconfiado, como se quisesse reclamar mas sem saber a quem.
Assim que passaram por Guaçui, começou a chover; chuva torrencial.
Daquelas que não permitem janelas abertas, sob o risco de empapuçar quem ousasse abri-las.
Janelas fechadas, o cheiro se intensificando a cada minuto, os olhares desconfiados e João Polino dormindo...
Num certo momento, o motorista não suportando mais tal catinga, disparou, tentando ser educado...
-Quem tiver com a bichana fedendo, por favor, saia do ônibus!
A Dona Zica, esposa do seu Jacinto, coitada, pensando que era com ela que o motorista falava, desceu envergonhada...
Publicado em: 27/08/2006 12:16:37



A boca carniceira pede beijo. Não deixo nem demoro em sua frente. Quem fosse penetrar no teu desejo, Seria devorado, de repente...
A boca carniceira pede beijo.
Não deixo nem demoro em sua frente.
Quem fosse penetrar no teu desejo,
Seria devorado, de repente...

Nas lautas noites frias que pelejo,
As pautas que deixaste simples mente,
Mentem sempre, destarte sonho almejo...
T’a boca carniceira, é envolvente!!!

Não quero ser fatia para os dentes,
Nem quero ser repasto p’ra essa aranha,
Nas teias que forjaste inconseqüentes,

As telas me protegem desta boca...
Nos lábios que me tentas, forma estranha,
Dos olhos que me brilham, resta a louca!
Publicado em: 16/10/2008 09:08:36



À AMIZADE...

Recebo da amizade o doce vento,
Palavra benfazeja que me acalma,
Distante das tristezas, pensamento
Voando vai liberto, perfuma alma,
Apascentando enfim, meu sofrimento,
Trazendo para a vida toda a calma.
Amiga, como é bom saber de ti,
A paz que há tanto tempo, eu já perdi.

Meus passos; ilumina em farta luz,
Uma amizade é feita em bem supremo,
Caminho benfazejo, ela conduz,
Deixando para trás o medo extremo
Farturas em belezas reproduz
Deixando mais liberto o meu caminho,
Moldando em esperanças, nosso ninho.

Uma amizade em paz, é nossa meta,
Tramando um dia belo, raro e lindo,
Quem dera se eu pudesse ser poeta,
E aos poucos tuas sendas, descobrindo,
Sabendo da alegria em luz discreta,
A porta da esperança vai se abrindo,
Amiga, nos teus braços ancoraram,
Os sentimentos nobres que afloraram.

Depois de tantas dores no passado,
O canto em amizade me dizia,
Do vento que tocara, alvoroçado,
Mostrando quanta glória sempre havia
Naquela que em momento assim azado,
Refaz em minha vida, uma alegria,
Ao florescer carinho em toda a parte,
Provoca na tristeza tal desgaste

Que nada impedirá, querida amiga,
O sol que irá brilhar em novo dia,
Meu sonho no teu canto já se abriga,
E nele se completa em harmonia,
Permite que esta vida assim prossiga,
Raiando uma esperança em poesia.
Vibrando toda sorte de saber
Desta amizade linda de viver...
Publicado em: 20/10/2007 15:07:57


A AMIZADE...

Que fazer se não queres mais amor,
Minha vida sem te ter, perdendo o rumo.
Distante de teu braço protetor,
O gosto desta vida perde o sumo.
Mas se queres ser amiga, pode ser...
Na boca da amizade. Meu prazer...
Publicado em: 04/12/2007 16:28:52


A AMIZADE...

Sentindo suas mãos no meu pescoço
Percebo a liberdade se perdendo.
A fome se espelhando num colosso
Matando uma esperança e se vendendo.

A mão que dilacera, na garganta,
Poente dos meus sonhos, velhos guizos.
O corte se aprofunda e se agiganta
Mordazes os abutres, seus sorrisos.

Andando sem destino por estrelas
Venenos encontrando nas Igrejas
Não posso mais comprá-las nem vendê-las
O bolo apodreceu estas cerejas

Do corpo do Judeu, exposição,
Satânica amizade, sem perdão...
Publicado em: 11/12/2007 13:11:46


A AMIZADE...

Ao desprezares logo quem molesta
E impede que tu sejas mais feliz,
Meu coração se faz em plena festa,
Tu mostras que não és uma aprendiz.

A vida em outros dias, sempre testa
A quem agindo assim cedo nos diz
Que amor quando em respeito já se empresta
À fonte luminosa, ao chafariz

Porém ninguém maltrata impunemente
O amor que nos transforma em atitude.
Devemos perceber que o impertinente

Destrói felicidades num segundo.
Que a glória de viver logo transmude
E inunde em amizade o nosso mundo.
Publicado em: 13/12/2007 10:49:03


A AMIZADE...
Na voz tão serena
Que acalma quem chora
Na luz mais amena
Que a vida decora.
Nos braços da amada
Na bela alvorada,
Nos sonhos risonhos
Nos mais belos sonhos,
No rumo, na estrada...

Não deixa que escuro
Se torne meu mundo
Amor tão maduro
Maior e profundo.
Andando, comigo,
Não vejo perigo,
A vida se acalma
Inunda a minha alma
No amor de um amigo

Publicado em: 28/10/2008 12:28:53


A BOCA
A boca
Entre outras utilidades
Mais comuns
E, naturalmente ligadas à sobrevivência
E outras, muito pelo contrário
Ligadas à guerra, à discórdia, ao divórcio etc...
Aliás Cristo tinha razão
O Mal é o que sai e não o que entra pela boca...
Mas, poeticamente falando
A boca tem outras funções
E é delas que falo quando penso em você;
Do começo ao fim,
Do sorriso ao êxtase...
Assim,
Sagrada boca,
Princípio e fim dos prazeres,
Motivo de paz e guerra
De santidade e de infernos...
Talvez por isso,
O amor se expressa por ela...
São almas gêmeas.
O amor e a boca.
Mas, deixe de conversa
Que este teu batom
Está me incomodando,
É melhor tirá-lo...
E o resto?
Adivinhão!
Fecho a porta
É melhor privacidade...
Publicado em: 15/01/2010 13:21:51



A BOLINHA QUE DEU ROLO
Doutor Aníbal, além de um excelente pediatra é um dos maiores contadores de causos que conheço.

Trabalhando há quase vinte anos em Espera Feliz – MG, coleciona um sem número de histórias.

Uma das que mais me chamaram a atenção, aconteceu quando ele acabara de chegar na cidade, vindo de Juiz de Fora, aonde cursou a UFJF, tendo sido aluno do Professor Tadeu Coutinho, um expert em ginecologia.

Havia uma criança muito esperta em Santa Martha, chamada Leididaiane, filha de Oracina, uma renomada professora querida por todos no pequeno distrito ibitiramense.

Num plantão de segunda-feira, às duas da tarde, a Prof Oracina deu entrada no Pronto Socorro extremamente assustada e, aos prantos, clamava por atendimento à sua pequena petiz que teria engolido uma bolinha...

Dr Aníbal, muito prestativo, levou a menina para a sala de emergência e, usando de toda a sua paciência, examinou a criança.

Por coincidência, o dr Giovane, um otorrinolaringologista de Guaçuí estava de passagem na cidade e como era muito amigo do Dr Aníbal, atendeu ao chamado deste para auxiliar na busca pela tal “bolinha”.

Raio X, endoscopia... e nada de bolinha...

Oracina em pânico, todo mundo desanimado e cansado quando Leide acorda da anestesia após a endoscopia, entre desanimada e confortada, surpreende a todos e diz:

- Tem problema não, mãe , eu faço outra.

E, dito isso, enfiou o dedo indicador na narina direita...
Publicado em: 27/08/2008 12:44:53



A BOQUETEIRA
Chupando logo a rola de um otário
A moça arrebitando o seu cuzinho,
Vontade de trepar devagarinho,
Na rua, no sinal, atrás do armário.

A puta faz sucesso co’a galera
Ninguém deixou de comer tal putinha,
Mas sei que na verdade não foi minha,
Será que vale à pena alguma espera?

Agora está virando sapatão,
Lambendo muita xana por aí,
Com tanta sacanagem percebi
Só faz para chamar uma atenção,

Mas anda num caminho todo errado,
O cara viva noutra, pois viado...
Publicado em: 09/03/2010 15:09:52


A boquinha vai descendo
A boquinha vai descendo
Eta boca curiosa.
Pouco a pouco se prevendo
Uma noite mais gostosa...





A borboleta voa em liberdade
Sem ter a falsidade da andorinha.
Que migra todo tempo, tem saudade,
Mas mesmo em denso bando, vai sozinha...

Se quer a borboleta companhia
Do triste e amargurado passarinho.
Sabendo que voando todo o dia,
Distante sempre está, mesmo do ninho...

Porém essa andorinha anda tão tonta
Com marcas doloridas, cicatrizes...
Não pense borboleta que ela apronta
Apenas nunca viu tempos felizes...

Mas foge a borboleta na amplidão,
Uma andorinha nunca fez verão!
Publicado em: 27/12/2006 20:02:31




A bossa do beócio é ter um sócio
Na parte feminina que lhe cabe.
Juntando uma vontade com seu ócio
A pobre cidadã de tudo sabe

Apenas mal percebe que o beócio
Vagando quer demais antes que acabe
Nem que se der vontade, amada force-o,
Senão pobre infeliz, talvez desabe...

Versões de várias vidas diferentes
São quase repetidas como um todo.
Esgotos não se afastam mais do lodo

Nem deixam perfumar mais a cidade.
Desejos que se fazem tão prementes
Jamais retornarão felicidade...
Publicado em: 22/08/2007 19:04:16



A bossa do boçal faz lamaçal
A bossa do boçal faz lamaçal
Aonde poderia pá e cal
Fazer do meu caminho ritual
Morrendo sem tempero, busco o sal.

Enquanto viajar por outro astral,
O vento se mostrando canibal,
Realça o que eu queria bem ou mal.
Não posso permitir tolo jogral.

Abarco o pensamento e solto a nau
Subindo escadaria em vão degrau,
Degrado o que seria triunfal

Matei tua figura divinal
Escarro em teu cadáver. Meu bornal
Esconde o que seria desigual...

Publicado em: 16/09/2008 14:01:37


A brisa matinal vem me tocar Fazendo no meu rosto uma carícia,

A brisa matinal vem me tocar
Fazendo no meu rosto uma carícia,
Roçando minha pele devagar,
Com toques tão sutis, uma delícia.

Recebo neste vento o teu carinho
E sinto uma alegria sem igual.
Amor quanto adentrou em meu caminho
Da forma mais suave e natural

Mudou a minha história com certeza
Deixando minha vida bem mais leve
Nas águas deste amor, a natureza
Trazendo a mansidão que já me enleve

E faça de meus olhos sonhadores,
Cativos para sempre dos amores...
Publicado em: 04/11/2008 17:45:20


A bosta da internet caiu de novo,
A bosta da internet caiu de novo,
Eu quero te falar, mas não consigo.
Estorvo se transforma em desabrigo.
E aqui sem ter ninguém, teimoso chovo.

Não posso te dizer que ainda provo
O quase que jamais se faz amigo.
No fundo desdenhoso eu já nem ligo,
Se tenho ou se não sigo quebrando ovo.

Assando esta batata feita amor,
Não posso mais dizer que enfim tou frito
Se eu quero te falar não sei se grito

Ou deixo este caminho e vou propor
Que ligues para mim, meu celular
Aguarda uma resposta. É só ligar...
Publicado em: 16/09/2008 21:34:10


A bruma se esvaece devagar
Tu és
aquele amor
que eu sempre quis ...
Somente contigo,
serei feliz ...
(ivi)


A bruma se esvaece devagar
Deixando ver a sombra da mulher
À qual eu aprendi a tanto amar,
E sei que também ela já me quer,
Vivendo o meu destino, sem falar
Do quanto é desejada se vier

Entrego em tuas mãos o sentimento
Mais belo e mais profundo que ora tenho,
E tendo este real pressentimento,
Mantendo com firmeza o mesmo empenho,
Não quero mais saber de algum lamento,
Apenas o sorriso que contenho

E faço deste encanto e sedução
A fonte de maior inspiração...

A boca sedenta // Cobiça por você

Procura teus lábios // no caminho do desejo

num beijo // vivo de encanto

oásis // refresco em sedução.

Marcos Loures // Mara Pupin



A boca que muitas vezes beijei, hoje me nega um bom-dia
70

Mote

A boca que muitas vezes beijei, hoje me nega um bom-dia

Minha vida, agora eu sei,
É repleta de ironia,
A boca que eu mais beijei,
Hoje me nega um bom dia...

Marcos Coutinho Loures


Se eu amei, problema meu,
Tu me dizes hoje em dia,
No lugar da luz, o breu,
Esta paga eu merecia...



A boca tão voraz que te descobre
Entregue em mil lascívias, languidez.
A pele delicada que me cobre
No contato integral, nossa nudez.
Insensatez profana e divinal,
Desejos se misturam, lambuzados...
No toque mais profundo e sensual
Dois corpos por si mesmos, devorados...
A noite fascinante não termina...
Volúpias não se bastam, querem mais...
O gosto desta boca determina
Que o tempo nunca passe... amor... jamais...
Na letargia mole de nós dois,
Cigarros e carinhos do depois...
Publicado em: 13/04/2007 13:09:14
Última alteração:15/10/2008 17:07:29



A boca esfaimada
A boca esfaimada
A nado
O nada
O medo
A marca
A barca
Perdida
O cais tão distante
O caos me tocando
Toando a sirene
Que avisa
Que o tempo se esgota
E a rota?
Aborta...
Publicado em: 01/08/2008 13:55:48
Última alteração:19/10/2008 22:08:45


A CAÇA E O CAÇADOR...

Gilberto, um grande caçador de Santa Martha, além de meu cunhado; tinha uma mania que deixava a todos com uma pulga atrás da orelha.

Todas as vezes que ia caçar levava consigo uma grande quantidade de paetês e de plumas guardadas no bornal.

Intrigado com a presença daqueles apetrechos, o velho e sábio João Polino não titubeou.

Um belo dia, disfarçadamente começou a seguir o seu caçulinha pela mata adentro.

Depois de certo tempo, ao perceber que caminhava em círculos, matou a charada.

Ao ver o seu pimpolho todo enfeitado com aqueles estranhos enfeites percebeu a verdade sobre as caçadas do rapaz.

Na verdade, apesar do veado campeiro não ser comum nas bandas de Santa Marta, era esse o motivo principal pelo qual o nosso amigo usava tais “iscas”.

Mal sabia o Pobre João Polino que no caso, a caça era o caçador...
Publicado em: 15/10/2007 12:58:46


A cal é virgem porque o pincel é brocha.
53

Mote

A cal é virgem porque o pincel é brocha.

Eu digo só pra você
Que, de mim, tanto debocha,
Cal é virgem, só porque,
O seu pincel ficou brocha...

Marcos Coutinho Loures

Nem vendo parede nua,
Meu pincel não toma jeito,
Minha sina continua,
Meu amor, nada é perfeito...


A calcinha da Maria
A calcinha da Maria
Tem um furo bem por baixo,
Pra acertar a pontaria,
Com cuidado eu já me abaixo...
Publicado em: 16/01/2010 22:24:08
Última alteração:14/03/2010 20:35:27


A cambista da saudade
A cambista da saudade
Esta lua tão ingrata,
Sonegando a claridade
Boicotou a serenata.
Publicado em: 06/08/2008 21:42:29
Última alteração:19/10/2008 22:16:24


A CAÇA E O SENADOR. OU A CASSAÇÃO E A VACA QUE FOI PRO BREJO

A cada dia que passa, de acordo com o desenrolar dos fatos, percebo que esta crise pela qual passa o Senado e por conseguinte o Legislativo brasileiro demonstra quão é, no mínimo amoral o perfil dos políticos brasileiros.
A crise que tem seu início com o final do “caso” entre Renan e a jornalista quando a despesa de um relacionamento extra conjugal se vê drasticamente reduzida à mera pensão de tão somente 3000 reais mensais para a filha do casal
Amante é cara, filho é mais barato.
Com a dissolução do caso, a ética e correta jornalista resolveu tirar partido da situação e ao ver que não teria sucesso, abriu a boca.
Obviamente, já que os recibos bancários e as transferências de valores como os citados pelos dois ex-pombinhos ( cerca de 16000 reais/mês ) teriam que ser nominais e, convenhamos, o que de pior poderia acontecer para o Senador seria deixar “rastros”, o mesmo se utilizou de um amigo para a entrega do dinheiro à amante.
A bem da verdade o tiro dado no coelho matou a vaca. Que vacaiada cara, sô!
A partir daí a situação se degringolou.
O problema maior é que vaca pra cá, amante pra lá, a cada dia se torna mais evidente que o povo é que vai continuar vendo a vaca ir para o brejo imundo da corrupção e da falta de vergonha.
Temos as seguintes hipóteses no julgamento de Renan.
1- cassação e pronto.
2- Não cassação e o mesmo continua Presidente do Senado
3- Acordo entre as partes, o dito cujo não é cassado e abre mão da Presidência do Senado.
Joguem suas fichas...
Publicado em: 10/09/2007 15:44:14
Última alteração:23/10/2008 11:37:04


a cachaça é minha amiga,
a cachaça é minha amiga,
disso falo e faço fé,
mas quando começa uma briga,
minha amiga dou no pé.
Publicado em: 21/10/2008 13:19:14
Última alteração:27/10/2008 21:27:52


A CACHAÇA
o amor é uma cachaça
que não canso de beber,
nem em todo canto se acha,
quando vejo é só você
Publicado em: 21/04/2008 15:17:29
Última alteração:21/10/2008 13:19:42


-A cada dia
A cada dia
torna-se
mais difícil,
pois o amor
parece não acabar ...
(ivi)


Não deixe que este amor acabe assim,
Perceba a alvissareira passarada
Louvando desde cedo esta alvorada
Florada delicada em meu jardim.

Dizer desta alegria que há em mim,
Ao ver tanta beleza numa estrada
Por teu olhar sereno, iluminada,
Delimitando o sonho de onde vim

Buscando cada pétala de luz,
Reflexos deste olhar na gota d’água
Do orvalho em que a alegria já desaba

E tanta maravilha reproduz,
Não deixe que este amor termine agora,
Primaveril delírio que se aflora...
Publicado em: 08/12/2008 19:43:59
Última alteração:06/03/2009 15:24:02


A CERTEZA NOS OLHOS
Tenho a certeza nos olhos, horizonte e esperança, tenho a força nas mãos, calejadas e na alma esperançosa.
Tenho a vida na luta e a memória de meus mortos, num espaço de tempo que mais parece uma eternidade, tenho o porto e o barco, o campo e a cidade.
Cidade de tantos guetos e favelas, de gritos e aflitos, nos morros e nas ruas.
Tenho o sangue dos meus pais, avós e camaradas, correndo nas minhas veias, pelas artérias do meu corpo e continente.
Tenho a angústia do que não vi, do que não vivi e, na verdade anseio.
O seio da morena forte, os dentes cravados na carne macia, o amor louco e voraz das manhãs de preguiça.
Tenho o gosto que atiça os ventos das mudanças, nas mãos o tempo que nunca veio, mas estás se aproximando.
Tanto tempo perdido, mas a vida se vinga e traz novo sabor, um cheiro de terra molhada, de fruta levemente apodrecida, derretendo na boca.
Meu canto de amor à essa Terra, diversa e una, única e plural; do gado no curral, na infância sofrida entre enxada e ancinho.
Tento meu canto insolente e insone, por meio de um resto de luz atravessando a porta. Inundando o quarto
Acordando meus desejos e sensibilidade.
Merguho no brilho da luminosidade calma e constante, recebo o beijo da manhã seducente e obscenamente lúdica.
Me banho na cachoeira do final do arco-íris, na cútis da moça bonita, cabocla voraz, audaz e desnuda.
Minhas palmeiras se foram, deixaram o eucalipto, mas o grito de libertas ainda ecoa, forte ressoa e invade a manhã.
Meninos, eu vi; no canto dos passarinhos, o canto dos aflitos que, ecoava oco, mas hoje é respondido, de forma ainda tímida, mas tenaz;
Nas senzalas restantes, nos quilombos e aldeias, nas mãos dos sofridos e discriminados.
No berro dos sem-terra, sem-teto, mas com esperanças, ouço o grito dos açoitados, massacrados, prostituidos, exilados na própria terra, cultivada e cultuada, com suor e dignidade.
Mas também ouço o alarde, o alarme soando, vem vindo um bando, tentando calar. A mordaça e o tronco renascem lá longe, na mão dos capitães do mato, dos senhores de engenho, nos donos da terra.
De forma canalha, caluniam, vadios, tentam conter a turba dos desvalidos que, silenciosamente se soerguem e se aproximam.
Maioria faminta das merendeiras, faxineiras, engraxates, domésticas, que invadem as escolas, os sonhos, a esperança.
Mártires se foram, hoje não são mais tão necessários, por serem muitos;
pelo furor dessa mudança na dança do poder, pela mulher que cresce e ocupa os espaços, pela sensibilidade do amor, da fragilidade da paz e da solidariedade dos pobres.
Meu amor se banha no rio, vermelho, mar vermelho, atravessado; em busca do refúgio do futuro
Como me orgulho do socialismo!
Como estou aprendendo a amar esse país! A entender meu povo, minha gente, meus irmãos;
Aos Dom Hélder Câmara, aos Pedros Tierra, aos homens de bem.
A Frei Betto, a Betinho, a todos os que foram e estão e virão.
Muito obrigado, o sonho se aproxima da realidade e nessa estaremos em corpo e alma, com a calma dos sábios, do povo sábio que se sabia sabiá; feito pra cantar livre, sem medo de ser feliz.
posted by MARCOS LOURES at Segunda-feira, Abril 24, 2006


A Chama da Paixão!


Embebido do amor que me transtorna
Nas sombras de meu triste pensamento
Loucura de viver um só momento
Paixão que no meu peito já se entorna...

A quem confessarei o meu tormento?
Às pedras? Às estrelas ou ao mar?
Ao sol, às nuvens, plantas, ao luar?
Se neles eu não acho sentimento.

Em milhares de nuvens me nublando,
As lágrimas das nuvens do meu peito
Se em nada mais terei sequer direito,
O tempo, sem teus braços, vai passando.

Quanto mais me vês, penso, não amas,
E clamo pelas chamas que escondeste.
Do mal que tanto fiz, tão mal fizeste
Que mal posso entender do que reclamas.

Bem pagas minhas dívidas, receio,
Que nada mais indica seu perdão.
Então se não me queres quero um meio
De apagares a chama da paixão!
Publicado em: 08/12/2006 14:38:25


A CHAMA DA PAIXÃO

Minha sorte benfazeja
Tanto, tanto te deseja
Beija flor quer te beijar
Tu és menina faceira,
Debaixo deste luar,
Te namoro a noite inteira...

Vem comigo moreninha
Cheirosinha, gostosinha,
Teu amor também te quer,
Tu és rosa delicada,
Em formato de mulher,
De mulher apaixonada!!!

Não me fale de saudade
Isso já virou maldade,
Quero, enfim, saber do beijo
Que prometeste me dar,
Vem matar o meu desejo
Meu desejo, vem matar!

Quem dera eu fosse doutor,
Professor e contador
Pra contar tantas estrelas
Que nascem de tua boca,
Toda noite quero vê-las
Nesta paixão, quase louca...

Minha casa é de sapê,
Mas cabe o meu bem querer,
Deitadinha nesta cama,
Nuinha, me traz a lua,
Acendendo toda a chama,
Nossa história continua...
Publicado em: 30/08/2007 06:37:36


A CHAMA DESTE AMOR

O canto que me toca imensamente
Falando deste tanto que eu te quero
E sinto cada passo mais sincero
Tocando mais profundo em minha mente
No quanto a fantasia se apresente
E nela toda sorte busco e espero
Vencendo qualquer medo atroz e fero
Vivendo sem limites, plenamente.
Resisto aos mais diversos temporais
Bebendo desta vida eu quero mais
Sem ter sequer vergonha nem limites,
E sei quanto é possível caminhar
Nas ânsias delicadas de um luar
Onde com ternura nada evites.
Publicado em: 04/06/2010 11:32:08


A CHAMA DO AMOR -

Vou acender teu fogareiro
Com as brasas da minha paixão
Com quentíssimas labaredas
incendiar teu coração
Prometo que vais gostar
Além de tudo isto, vou atiçar o teu vulcão.

Fornalha e labareda
Incêndio em nossa cama.
Adentro esta vereda
E acendo a tua chama

Na lingerie de seda
A boca segue a trama.
Espero amor, conceda,
Que a noite já reclama.

A roupa desnudando,
Os lençóis são tão macios,
Estão nos esperando,

Sorrisos tão vadios.
No teu corpo entranhando
Matando nossos cios..

GELIS
Marcos Loures
Publicado em: 21/07/2007 16:13:19


Te quero
Na festa
Na fresta
Do peito
Sem jeito
Sem medo
Carinho
Segredo
Que conto
Na noite
que tonto
gozamos.
Encanto
Que temos
Que somos
Amamos
Sem ser
Tormento
Sentir
O vento
Gostoso
Do gozo
Que dei.
Nem sei
Se queres
As feras
Que trago
Esferas
De afago
Perigo
De amar.
Não deixe
Ciúme
Nem queixe.
Perfume
Da vida
Beijar
Na boca
A rosa
Tão louca
Que louva
E salva
Que acalma
E trama
Na chama
Do amor...
Publicado em: 10/02/2007 09:37:29


A Canção do Amor

Amor, poesia
Amor desencanto
Fazendo meu canto
De novo brotar.
Amor é “combate
Que os fortes abate”
Mas vale lutar.

Amor, esperança
Que sempre me invade
Pois nunca se é tarde
P’ra de novo amar.
Amor é promessa
De nova remessa
De novo sonhar.

Vencendo, me perco
Nos braços felizes
De tantos matizes
Mal posso esperar
Que amor sempre traga
Uma doce adaga
Que possa matar.

Amor sem ter medo
Lua prateada
Que traz minha amada
A cada luar.
Amor é meu sonho
Que, sempre risonho,
Eu vivo a sonhar.

Amor, meu segredo
Tenho-te querida
A força da vida
Sem medo a lutar
Não temo mais morte
Amor me faz forte
Sem nada esperar.

De tudo que tenho
Na vida sem medo,
Não faço segredo,
Eu vou te contar:
Não temas a vida
A força querida
É sempre te amar!


Parafraseando A Canção do Tamoio de Gonçalves Dias


São quatro as estações do ano.
Em todas elas, há uma grande beleza, pois nada foi feito em vão...

Se não conseguimos encontrar a beleza que há nas coisas que nos cercam é porque algo de errado está se passando com a gente.

Quem vive maldizendo o sol e a chuva, o frio e o calor, certamente não encontrará tempo para admirar a beleza da VIDA.

Tudo passa! Só a nossa capacidade de amar é constante.

É preciso exercitar a capacidade de amar, em todas as estações da vida...


Marcos Coutinho Loures


A caravana segue o seu destino
= A Vida Continua =

A vida continua, com certeza
Espero, a cada dia, ser mais forte
Resisto se a lembrança é só tristeza
Não temo, de repente, nem a sorte

Deixei no meu passado antigas dores
As rejeições que sempre me feriram
Do pensamento apago certas cores
Não quero mais lembrar dos que partiram

Humilhações deixaram muitas marcas
As injustiças dos que me traíram
Do coração retiro, ainda, farpas

Daqueles que meus sonhos destruíram
Com as feridas já quase curadas
Procuro, novamente, outras estradas

GLAUCE TOLENTINO


A caravana segue o seu destino
Embora os cães ladrando não se cansem,
Enquanto estas estrelas nos céus dancem
Bebendo dos seus brilhos me ilumino.

A saga continua mesmo que
Em meio a barricadas e armadilhas,
Deslindam-se sobejas maravilhas
Das quais a poesia sabe e crê.

Enquanto cicatrizam-se as feridas,
Por mais que nos pareçam tão perdidas
As estradas nos levam para o cimo.

Ao fundo, este horizonte azulejado
Pra trás ficou o dia malfadado,
Das pedras atiradas? Sequer limo...
Publicado em: 14/01/2009 14:57:50


À CAROLINA HOMENAGEANDO MACHADO DE ASSIS

A CAROLINA

Querida, ao pé do leito derradeiro
Em que descansas dessa longa vida,
Aqui venho e virei, pobre querida,
Trazer-te o coração do companheiro.

Pulsa-lhe aquele afeto verdadeiro
Que, a despeito de toda a humana lida,
Fez a nossa existência apetecida
E num recanto pôs um mundo inteiro.

Trago-te flores, - restos arrancados
Da terra que nos viu passar unidos
E ora mortos nos deixa e separados.

Que eu, se tenho nos olhos malferidos
Pensamentos de vida formulados,
São pensamentos idos e vividos.

Machado de Assis


1

“São pensamentos idos e vividos”
Que tanto traduzindo vida e morte,
Permitem cada alento que conforte,
Trazendo dias mortos e esquecidos.

Assiduamente sigo a cada dia
Imensos turbilhões, momentos vagos,
E neles percebendo calmos lagos
Ou forte e inquestionável ventania.

Porquanto nos ensina a vida assim,
Errando e consertando e novo engodo,
A chuva traz alento e trama o lodo,
Regando ou destruindo algum jardim.

Libertos caminheiros, prisioneiros,
Farsantes tanto quanto verdadeiros.


2


“Pensamentos de vida formulados,”
Gerando contra-sensos e verdades,
Por vezes sonegando realidades,
Momentos em tormentos disfarçados.

Alçamos nossos últimos segundos
Em luzes variáveis ou sombrias,
No todo que destróis ou que recrias
Se mostram universos, tantos mundos.

Cadenciando a vida passo a passo,
Moldando uma verdade questionável,
O solo muitas vezes mais arável,
Traduz este plantio que desfaço.

Somando os meus acertos, meus enganos,
Mudando a cada instante velhos planos.


3


“Que eu, se tenho nos olhos malferidos”
Ainda continue a caminhada
Sabendo quão diversa seja a estrada
E nela se percebem mil sentidos,

Partícipe da festa feita em vida,
Sonoras discrepâncias me permito,
E quando se percebe ser finito
O mundo preparando a despedida

Servindo como ponto início e fim,
O precipício aguarda este tropeço,
Quem dera se tivesse um recomeço,
Só sei que nada sei, nem de onde vim.

Aguarda-me o vazio? Eternidade?
A dúvida transcende à realidade.

4


“E ora mortos nos deixa e separados”
Os mais complexos passos rumo ao que?
No quanto tanto creio e o quanto vê
Medonhos os abismos já traçados.

A neve ultrapassando algum inverno,
Calor adentra insano o meu outono,
O rumo vez em quando eu abandono,
E quando veraneio, mais hiberno.

Estranhas decisões, errôneos traços,
Mergulhos em vazios, cataclismo,
Ainda sem destino teimo e cismo,
Por mais que os pensamentos morram lassos,

Ardentes ou tão gélidas montanhas,
Perfazem nesta vida, minhas sanhas...


5


“Da terra que nos viu passar unidos”
Sequer o pó carrego nos meus pés,
Aonde se previra outras galés,
Momentos mais felizes são urdidos.

Esqueço-me da dor quando me entranho
Nos antros mais vorazes do prazer,
Mas logo depois disso posso ver
O quanto se perdeu em pouco ganho.

Edênico ou hedônico, portanto,
Dicotomias traço em cada verso,
E sei que quanto mais em mim imerso,
Maior será decerto o desencanto.

Desertos que criei, árida imagem,
Oásis não passando de miragem?


6


“Trago-te flores, - restos arrancados”
Dos meus momentos vários de emoção,
E neles adivinho se verão
Meus olhos novamente meus enfados.

Acrescentando o nada ao nada ser,
Perpetuando em mim cada vazio,
E quando do passado me recrio,
Pereço um pouco mais, e posso crer

No quanto se faz frágil uma existência
Certezas que não tenho nem terei,
Talvez ainda creia numa lei
Aonde possa haver luz, penitência.

Assaz maravilhosa a vida passa,
Por mais que tênue seja, qual fumaça...


7

“E num recanto pôs um mundo inteiro”
Num átimo, um mergulho ou cordilheira,
Abismos que encontrei, quer ou não queira
Traduzem variedade do tinteiro.

E sinto ser audaz enquanto medro,
Nefastas as manhãs, claras as noites,
Carinhos se misturam com açoites,
Transporto uma nobreza feita em cedro.

E quando em disparada perco o rumo,
Mesquinho, muitas vezes, me abandono,
E tendo necessários paz e sono
Errôneo caminheiro; não assumo.

Perfaço com percalços, mas acerto,
Gerando dentro em mim, caos e deserto.


8


“Fez a nossa existência apetecida”
O sonhar fabuloso ou tanto inglório,
O quanto se fazendo em torpe empório
Aquilo que pensei moldasse a vida,

Esgotam-se os caminhos por si sós,
E vastas as planícies, charcos tantos,
Por vezes mais profusos desencantos,
E neles vejo insólitos tais nós.

Apedrejado ou mesmo apedrejando,
Seguindo num hermético vagar,
Bebendo cada raio do luar,
Volvendo ao meu início em contrabando.

Esparsos versos, veios tão diversos,
Dispersos os meus tantos universos...





9


“Que, a despeito de toda a humana lida,”
Jamais se poderia crer na sorte,
Que tanto amaldiçoe e nos conforte,
Porquanto em treva e luz se faz urdida.

Ascetas ou profanos navegantes,
Espúrias criaturas, sacrossantas,
Diversidades ditam cores tantas
E nelas as belezas deslumbrantes.

Fantasmas de nós mesmos recriamos,
E temos a certeza de um incerto
Caminho que nos leve longe ou perto,
Das imaginações, servos ou amos.

Temíveis feras; somos, ou pacíficos
Retratos distorcidos e magníficos...

10


“Pulsa-lhe aquele afeto verdadeiro”
Enquanto algum farsante sentimento
Trazendo tempestade ou mesmo alento,
Macabro por ser claro e corriqueiro.

Aspectos tão diversos deste prisma,
E nele incomparáveis maravilhas,
Porquanto se percebem armadilhas,
Uma alma sem destino ainda cisma.

E tento ver após o que não creio,
E creio no que tanto se sonega,
A vida sendo assim, imensa e cega,
Proclama a cada passo outro receio.

E vejo-me espelhando no vazio,
Que tanto quanto posso, desafio...


11


“Trazer-te o coração do companheiro”
Depois de navegar mares imensos,
Às vezes dias calmos, frios, tensos,
Entranham nos meus olhos, vou inteiro.

Acasos são comuns, mas a desdita
Percebe-se no quanto se reluta,
A vida não passando de uma luta,
Verdade não se cala, um dia grita.

Sufoca-me deveras a gravata,
Disfarço uma nudez em rico terno,
Preparo a cada passo um novo inferno
Sabendo quanto a sorte é tão ingrata.

A queda se anuncia e desta escada
Degrau após degrau desvendo o nada...

12

“Aqui venho e virei, pobre querida,”
Trazer qualquer alento, um lenitivo,
Das ânsias do viver eu sobrevivo,
Por mais que dolorida seja a vida.

E traço sobre traços mais distintos
Caminhos tão diversos, mesmo fim.
Por vezes um demônio ou querubim
Obedecendo à luz de meus instintos.

Adentrando os umbrais do que não vejo
Escrevo com penúria, dor e glória
Aos poucos o resumo de uma história
Marcada pelo anseio e por desejo.

Só sei que no final venço e vencido,
Somente dos meus pés, um ledo olvido.


13

“Em que descansas dessa longa vida”
Após as velhas curvas costumeiras,
As chuvas que tu bebes, derradeiras,
E nelas com certeza tudo acida.

O parto se refaz em nova esfera?
É tudo o que desejo, esteja certo,
Mas quando o meu caminho eu já deserto,
Aonde se escondeu a primavera?

Esgarçam-se momentos dia a dia,
E traço do vazio esta esperança
Na qual o amanhecer novo se lança,
E a morte eternamente já se adia.

Pudesse desvendar cada segredo,
Mas como, se deveras nunca cedo?


14


“Querida, ao pé do leito derradeiro”
Somando os meus enganos e tormentas,
Enquanto com palavras apascentas
Do fim ainda tento e não me esgueiro.

Escarpas que venci, quedas terríveis,
Imensos precipícios, cordilheiras,
Assim ao desfiar minhas bandeiras,
Os dias se mostrando em vários níveis.

O peso se alivia, mas quem dera
Se todo o caminhar se resumisse
No quanto a própria história já desdisse
Gerando a imensidão da amarga fera,

Aonde se funéreo fez caminho,
Eternizando ali, último ninho...
Publicado em: 20/03/2010 11:52:30


A CARREIRA RELÂMPAGO DE UM PONTA ESQUERDA
Durante praticamente toda a sua carreira como jogador de futebol Betinho sempre deu muito azar.
Reserva do melhor jogador do time de Pedra Roxa, o famoso Léozinho “patada”, por ter o chute mais poderoso do Sul do Espírito Santo, esperava ansioso pela oportunidade de poder mostrar o seu talento, ou em busca da posição de titular ou, quem sabe, poder ser visto por outro clube e se transferir.
Betinho era um canhoto muito habilidoso e tão supersticioso quanto.
Nos seus tempos de menino, sonhava sempre com a camisa 11 da seleção brasileira, mirando sua carreira na de Zé Sergio, famoso ponta esquerda do São Paulo e da Seleção Brasileira.
Dormia e acordava pensando em futebol, sua paixão pelo Vasco da Gama tinha lhe dado muitas alegrias, principalmente quando o Flamengo perdia.
Aí se realizava totalmente, ficava a semana inteira sorrindo, mais feliz até do que quando o vascão lograva ganhar.
No infantil e no juvenil, a carreira ia de vento em popa até que, numa hora maldita, o tal do Leozinho, camarada nascido lá em Caiana, Minas, se mudou para Pedra Roxa.
Daí em diante, somente decepções.
Mas, como o sol nasce para todos, um belo dia apareceu a oportunidade que Betinho tanto esperava.
Leozinho que quase nunca se machucava teve um estiramento muscular, não foi um estiramento comum, havendo até ruptura muscular e logo da coxa esquerda, a da “patada”.
Betinho, com toda a superstição desse mundo, resolveu procurar uma mãe de santo para poder se aconselhar como poderia aproveitar melhor aquela chance.
A mãe de Santo foi inexorável – teria que colocar dois bombons caseiros dentro da sunga e jogar com os bombons, sem poder retirá – los.
Esses “bombons” santificados pela dona Filinha eram a chave do sucesso.
Betinho, muito crédulo, assim o fez.
O jogo era contra Limo Verde, clássico intermunicipal; sempre envolto em muitas confusões, principalmente se o jogo fosse ao campo do Limo Verde e esse era o caso.
Como o uniforme do Limo Verde era obviamente verde, o Pedra Roxa resolveu jogar com o seu uniforme reserva; totalmente branco.
O dia estava muito quente e o sol estava escaldando, mais de trinta graus à sombra.
Betinho, empolgado com a oportunidade, obviamente não se esqueceu dos bombons.
O jogo começou muito corrido, e com o calor e a transpiração, os bombons começaram a derreter.
Bombom dentro de sunga branca em calção branco, derretido; imagem como ficou.
O técnico ao ver a cena nem pestanejou: “esse menino não tem condições de jogar no meu time” e, imediatamente sacou-o do jogo.
Assim, nesse mal entendido, mas nem tão mal cheiroso, a carreira promissora do nosso ponta esquerda, acabou.
Ao sair de campo, foi direto à casa de dona Filinha, que disse o seguinte:
-Mas vancê é munto burro mesmo, pru não feiz com os bombons com chocolate branco?
Publicado em: 20/08/2006 06:35:18


A casinha é de sapé,
A casinha é de sapé,
Mas, garanto é um tesouro,
Meu amor quer cafuné
O meu barco, ancoradouro...
Publicado em: 13/08/2008 14:19:39

A cena
A cena



Ficar aqui carregando o piano?

Também tenho ambições que são ferrenhas

Por que ser do teatro, somente o pano?

Não sou o prado, jamais serei a brenha. jrpalácio



Porém quando a verdade muda o plano,
Tu logo desafias; trocas senhas,
Senão como se fosse desengano
A moça da platéia; logo emprenhas, marcosloures

Da velha bilheteira, belas coxas.
As flores da paixão deveras roxas
São sempre as mais comuns e procuradas; marcosloures

Após descer os panos baixa as calças

Esquece o suspensório ou as alças

É cena com a mulher da pá virada. jrpalácio
Publicado em: 31/10/2008 14:34:14


Certeza de um amor, assim,
Tão sublime...
E terno, amado, enfim, apaixonado...
Tornastes sem saber, minha vida um conto...
De amor, sem fim,
Sequer um dia,
Imaginado...
E vivo por este amor, que canto...
E te amo cada dia sem cansaço...
Vedaste do caminho, todo enfado...
Belezas se espalharam pelos prados...
Mil flores em matizes tão diversas...
Floriram em mil flores, meus anelos...
Te vejo meu amor, em sol, doirado!

Por sobre o chão que é nosso, caminhamos;
Viemos de um deserto sem tamanho.
Das árvores distantes, somos ramos
Amar é nosso lema e nosso ganho.
Libertos, não sabemos mais dos amos,
Fazemos do egoísmo, algo tacanho...

Passamos pela sombra e pela luz
Agora há liberdade dentro em nós
Num sonho mais divino nos conduz
No amor nos encontramos bem após
Os medos e as correntes. Já reluz
Um sol em mansidão dentro de nós.

Uma lâmpada acesa em nosso peito
Do brilho deste amor, tão satisfeito...

ANNE MARIE
Marcos Loures

A CERTEZA NOS OLHOS
Tenho a certeza nos olhos, horizonte e esperança, tenho a força nas mãos, calejadas e na alma esperançosa.
Tenho a vida na luta e a memória de meus mortos, num espaço de tempo que mais parece uma eternidade, tenho o porto e o barco, o campo e a cidade.
Cidade de tantos guetos e favelas, de gritos e aflitos, nos morros e nas ruas.
Tenho o sangue dos meus pais, avós e camaradas, correndo nas minhas veias, pelas artérias do meu corpo e continente.
Tenho a angústia do que não vi, do que não vivi e, na verdade anseio.
O seio da morena forte, os dentes cravados na carne macia, o amor louco e voraz das manhãs de preguiça.
Tenho o gosto que atiça os ventos das mudanças, nas mãos o tempo que nunca veio, mas estás se aproximando.
Tanto tempo perdido, mas a vida se vinga e traz novo sabor, um cheiro de terra molhada, de fruta levemente apodrecida, derretendo na boca.
Meu canto de amor à essa Terra, diversa e una, única e plural; do gado no curral, na infância sofrida entre enxada e ancinho.
Tento meu canto insolente e insone, por meio de um resto de luz atravessando a porta. Inundando o quarto
Acordando meus desejos e sensibilidade.
Merguho no brilho da luminosidade calma e constante, recebo o beijo da manhã seducente e obscenamente lúdica.
Me banho na cachoeira do final do arco-íris, na cútis da moça bonita, cabocla voraz, audaz e desnuda.
Minhas palmeiras se foram, deixaram o eucalipto, mas o grito de libertas ainda ecoa, forte ressoa e invade a manhã.
Meninos, eu vi; no canto dos passarinhos, o canto dos aflitos que, ecoava oco, mas hoje é respondido, de forma ainda tímida, mas tenaz;
Nas senzalas restantes, nos quilombos e aldeias, nas mãos dos sofridos e discriminados.
No berro dos sem-terra, sem-teto, mas com esperanças, ouço o grito dos açoitados, massacrados, prostituidos, exilados na própria terra, cultivada e cultuada, com suor e dignidade.
Mas também ouço o alarde, o alarme soando, vem vindo um bando, tentando calar. A mordaça e o tronco renascem lá longe, na mão dos capitães do mato, dos senhores de engenho, nos donos da terra.
De forma canalha, caluniam, vadios, tentam conter a turba dos desvalidos que, silenciosamente se soerguem e se aproximam.
Maioria faminta das merendeiras, faxineiras, engraxates, domésticas, que invadem as escolas, os sonhos, a esperança.
Mártires se foram, hoje não são mais tão necessários, por serem muitos;
pelo furor dessa mudança na dança do poder, pela mulher que cresce e ocupa os espaços, pela sensibilidade do amor, da fragilidade da paz e da solidariedade dos pobres.
Meu amor se banha no rio, vermelho, mar vermelho, atravessado; em busca do refúgio do futuro
Como me orgulho do socialismo!
Como estou aprendendo a amar esse país! A entender meu povo, minha gente, meus irmãos;
Aos Dom Hélder Câmara, aos Pedros Tierra, aos homens de bem.
A Frei Betto, a Betinho, a todos os que foram e estão e virão.
Muito obrigado, o sonho se aproxima da realidade e nessa estaremos em corpo e alma, com a calma dos sábios, do povo sábio que se sabia sabiá; feito pra cantar livre, sem medo de ser feliz.
Publicado em: 10/08/2006 16:19:30
Última alteração:23/10/2008 13:12:56


A CIÊNCIA DO AMOR...


Não se esqueça que o remédio
Tem a dose e o momento,
Não quero que vire tédio
A beleza e o sentimento.

Não se preocupe tanto
Com a falta deste vento,
Não é pra causar espanto,
Vou vivendo sempre atento.

Aos sintomas da doença
Que bem sei que traz tortura
Mas que boa a recompensa,
Quando o mal logo se cura.

O cuidado que se tem
Com a chuva e tempestade,
Ajuda muito também,
Precisa tranqüilidade.

Eu bem sei que a vida passa
E com ela esse perigo,
De virar tudo fumaça,
Mas tratamento eu prossigo,

Com toda essa paciência
Que parece uma maldade,
Mas faz parte da ciência
Gotas dessa tal saudade.

O que importa no momento,
É preciso que convença,
Não é o medicamento,
Mas a cura da doença...
Publicado em: 23/08/2007 19:32:32
Última alteração:23/10/2008 11:35:32


A CLARIDADE DO AMOR
Se o amor tem dois cumes
a gente aproveita os dois lados
fica igual a um vagalume
alegre, ao céu, iluminado ...

(ivi)

Vagalume; minha amada,
Numa noite mais profunda
Deixa estrada iluminada
Coração de luz inunda,
Mas a história é bem safada
A luz do bicho é na bunda...
Publicado em: 15/01/2010 17:30:42
Última alteração:14/03/2010 21:28:05


A danada da paixão

Seu moço me dê licença
Deu lhe contar uma história
Essa eu já sei de memória,
Embora não lhe convença
É um caso de doença
Que se espalhou no sertão,
É preciso de atenção,
Senão num vai entender,
Como posso me esquecer
A doença da paixão?

Conheci moça bonita,
Nas estradas que passei,
Nos caminhos já fui rei...
É coisa que muito agita,
Com um lacinho de fita
A moça era bem faceira...
Eu gostei foi de primeira
Parecia uma princesa,
Me envolvi nesta beleza
Era paixão verdadeira...

Acontece que essa moça
É filha dum inimigo
Que já me trouxe perigo
De sangrar já formou poça
A mocinha era de louça
Uma bela namorada,
Eta vidinha azarada
O quê que posso fazer?
Era melhor nem saber
E parar a caminhada...

Mas o coração da gente
Não quer saber desse troço,
Bem cedo é que me alvoroço,
Não posso viver contente
Se não matar a serpente
Não posso comer esse ovo,
Já me dizia meu povo
Eu não tenho mais saída,
O que fazer desta vida
Vou encarar esse corvo...

Tantas vezes vi saudade
Voando qual passarinho
A procurar o seu ninho
Vida parece maldade
Preciso tranqüilidade
Eu não aceito conselho
Vivo nesse sol vermelho
Nessa terra meu deserto
Não tenho medo do incerto
Pode guardar seu bedelho...

Filho de cabra marcado
Pra morrer em emboscada
Minha viola é tocada
Não tenho medo de fado,
Nem destemido e safado
Vão poder me segurar
A bala que vai matar
No meu revólver se esconde,
Eu não vou perder o bonde
Não precisa preocupar...

Mas ao ver a moça linda
Um coração não tem jeito,
Arrebentando no peito
Essa saudade não finda
Pois tanta tristeza ainda
Nessa vida vou viver,
Mas é matar ou morrer
Essa dúvida tortura
Passear na noite escura
Esperar amanhecer...

Depois de muita fofoca
Amor que fora mimoso,
Agora é bem perigoso,
Eu não vou sair da toca
Não vou pra terra, minhoca
Eu preciso solução
Como viver no sertão
Essa terrível doença
Não me deixa recompensa
A danada da paixão!


A DANÇA DO AMOR /

Quero dançar contigo
Uma dança diferente
A dança que a música
É o gemido da gente

É uma dança frenética
Que só nos da prazer
Tem que dançar enroscado
Pra nos fazer renascer

A dança é fogosa
É bastante sedutora
Pra começar
Tem que ter beijo na boca

É uma dança engraçada
Que tem vai vem
Enquanto eu vou
Tu finges que vem

É uma dança gostosa
Que tem doce mel
Lambuza nossas bocas
E nos leva pro céu

Quer dançar comigo meu mel?
Então vem!

Eu dançarei contigo a dança boa
Que deixa a gente louca de vontade
De ter neste dançar privacidade
E a noite inteira vibra e passa à toa.

Chovendo devagar traz em garoa
A festa que se diz felicidade
Vibrando de loucura na verdade
Minha alma nesta dança logo voa

E vai buscar no mar a correnteza
Um xote diferente, qual xaxado,
De noite em nossa festa uma certeza

Na dança feita em riso, sem pecado.
Contigo, toda dança é uma beleza.
Depois deixando o corpo lambuzado

GELIS
MVML


Timidamente, ofereço-te a minha mão…
Trêmula, fria….
Sorris, enlaças-me e lentamente……….
Deixas que a música me fale e me solte………….
Contra o teu corpo me esmague………….
Num tango sensual e fatal………………

Sentindo em teu perfume o meu desejo
De ter e ser o sonho mais gostoso
Roubando desta luz cada lampejo,
Fazendo o nosso mundo tão charmoso...

Vivendo a fantasia em cada beijo,
Tornando nossa vida eterno gozo.
Olhando nos teus olhos sempre vejo
O mundo que pretendo; fabuloso...

Teu corpo contra o meu; a noite inteira
Delícias e carinhos neste enlace
Tomados por paixão tão verdadeira.

Tuas costas desnudas... Sensual
Tango nos aproxima. Não disfarce
Esta alegria intensa... Amor fatal...

Marta Teixeira
Marcos Loures

A DANÇA DO AMOR

Um canto de alegria
Ecoa na floresta
Ao meu amor empresta
Em voz de trovador
Em doce melodia
Um canto de louvor
Tal qual bela seresta...

Do amor que todo dia
Qual fonte, em cascata
A sede da natura
Tão fartamente mata...

E ao verde da floresta
Mil flores se acrescentam
Das dores todas, ausenta
O bálsamo do amor...

Prossegue cantador...
Semeia o teu amor...
Tonéis de só louvor
Ao céu, em prece, enceta!
Na vida, vive em festa!

A festa nos embala
Em danças sensuais
Depois de tudo pronto
Querendo sempre mais

Eu beijo tua boca
Um bálsamo profano.
E sinto como é bom
Desejo soberano.

Roçando a tua pele
Na minha, que delícia!
Tirando a tua roupa
Num gesto de malícia

Mergulho no teu corpo
E passo a navegar
Teu porto tão macio
Encontro a me esperar...

E assim vamos vagando
Na noite que promete
Depois que o dia nasce
A dança se repete...

ANNE MARIE
Marcos Loures

Não vou perder essa aposta,
Por isso, não me console!
Tenho tudo o que ela gosta,
Mas, afirmo, não é mole!

Quê que isso camarada,
Deixa de ser fanfarrão;
A “cobra” não é de nada,
Vive virada pro chão...

Marcos Coutinho Loures
Marcos Loures

Mote: Tenho tudo o que ela gosta, mas não é mole!

A cobra virou minhoca
Já sumiu, que dura hipótese,
O que um dia foi chapoca
Agora precisa de prótese...
Publicado em: 22/10/2008 19:38:07


A criança está chorando,
A criança está chorando,
Toda noite é sempre assim,
Coração te procurando
Esta estrada não tem fim...
Publicado em: 17/06/2008 22:25:41
Última alteração:19/10/2008 21:03:28


A coisa está pegando pro meu lado,

Querido não me venha com este papo,
sabe tão bem que nunca lhe trai.
Apenas coloquei anúncio no jornal,
que de fraco não queria nenhum sinal.

Apareceu todas as fantasias de carnaval,
querendo me consolar neste trágico final,
recebi de uma amiga uma mensagem atual:
no morro da Mangueira a bala coisa fatal.

Não venha passear no carnaval do Rio,
se não trouxer comandante ou general,
prepare a malinha pro final da linha,

Vai acabar virando comida de galinha,
aqui quem manda é quem é da Capital,
da bobeira só pra ver o resultado final.


Ana Maria

A coisa está pegando pro meu lado,
Assim vou acabar me dando mal,
Pegando na verdade o trem errado,
Eu nunca fui chegado em carnaval,

Pois sendo um camarada comportado,
Trabalhador honesto e coisa e tal,
Se eu tenho, nestes dias, viajado,
O papo terminou. Ponto final.

Não venha que não tem; pura armação
Querer botar a culpa em quem não tem,
Sossega aí no nosso barracão,

Senão eu vou ficar fulo da vida,
E o troço vai ferver então meu bem,
Miro com precisão? Bala perdida...
Publicado em: 24/12/2009 11:06:47
Última alteração:15/03/2010 22:17:22


a confissão
Uma freira faz sinal para um táxi parar. Ela entra e o taxista não pára de olhar para ela:
— Por que você me olha assim?
Ele explica:
— Tenho uma coisa para lhe pedir, mas não quero que fique ofendida...
Ela responde:
— Meu filho, sou freira há muito tempo e já vi e ouvi de tudo. Com certeza não há nada que você possa me dizer ou pedir que eu ache ofensivo.
— Sabe, é que eu sempre tive na cabeça uma fantasia de ser beijado por uma freira...
A freira:
— Bem, vamos ver o que é que eu posso fazer por você: primeiro, você tem que ser solteiro, e também católico.
O taxista fica entusiasmado:
— Sim, sou solteiro e até sou católico também!
A freira olha pela janela do táxi e diz:
— Então, pare o carro ali na próxima travessa.
O carro para na travessa e a freira satisfaz a velha fantasia do taxista. Mas, quando continuam para o destino, o taxista começa a chorar:
— Meu filho - diz a freira - Porque é que está chorando?
— Perdoe-me Irmã, mas confesso que menti: sou casado e sou evangélico.
A freira conforta-o:
— Deixa pra lá, eu também. Estou a caminho de uma festa a fantasia, e me chamo Alfredo.
Publicado em: 18/09/2008 12:18:20




Não deixe que a tristeza te domine
Em tudo o que fizeres, alegria!
A vida se renasce todo dia
Que essa luz que carregas, ilumine
Os passos que darás a vida inteira
Alegria é da vida, companheira.

Demonstre esta coragem: ser feliz!
Não deixe que a saudade te maltrate
Serás o vencedor do duro embate
Que te trará, da vida outro matiz

A luta não termina e recomeça
A cada novo dia e nova dor
Alegria ressurge como a flor
Precisa de coragem e tem pressa.

Não faça como o triste caminheiro
Somente reparou nas duras urzes
A vida se redime e traz as luzes
O mundo sorrirá mais verdadeiro

Não deixe teu caminho pelo mundo
Sem ter essa coragem de plantar
A cada novo tempo libertar
E viver toda vida num segundo.

Sabendo que tiveste um novo dia
Mais Pleno de carinho e sem tristeza,
De tudo nesse mundo, mor beleza
Explode num sorriso de alegria!
Publicado em: 26/11/2006 11:06:29


A CONSCIÊNCIA SOCIALISTA
Recebo da boca da noite o beijo suave e sensual, trazendo teu rosto e gosto; Foste companheira fiel, amiga e amada, luz da minha madrugada, corte e sangue. Nas minhas andanças, foste a primeira e fiel companheira, última de tantas... Vinhas, diariamente aos meus pensamentos e angústias, cansados os passos Inatingível porto, longínquo mar, meu mar enclave de esperanças... Nas ruas do Rio, nas curvas do rio, na seca e plantio, fiel camarada... Te quis e te quero, não me perdeste de vista, muitas vezes fragilizada, Mas sempre comigo, a cada nova batalha contra tudo e todos. Amiga, tentaram teu corpo, tentaram extingui-la, tentaram mata-la. Quando te ergueste, ressuscitada, foste atingida. Teus pés afetados por violência sem par, quase quebraste. Mas percerbo-te sorrindo, com sorriso matreiro, me irritaste No começo, agora, não, já consigo te compreender, menina sapeca. A mão que te apedrejava era podre, mais podre que tudo. Engabelava a todos, menos a ti, e a todos os que amaram na vida. Não do amor erótico inerente, mas o amor altruísta de quem sonha, De quem respeita e congrega, nunca segrega. Minha vida passa num átimo, num ótimo momento de luz Seduzida por ti, cara tatuagem da minha alma. Tua calma me atrai, me distrai e me revigora. Agora, tua hora é minha e nossa hora, alvorada, hora amada. Saber-te revivida e contagiante, saber-te rejuvenescida na minha maturidade Saber-te assim, coerentemente forte, nunca inerte, meu norte, sem desnorteio. Sem mudar um centímetro, ao contrário de mim, pobre errôneo pela vida. Mas, em última análise, fiel a ti, frase por frase, fase por fase... Quero-te tanto, nunca mais poderia fugir do teu manto, vives no recanto Da alma, calma e firme, aderida, nunca à deriva, sempre atada, Amarrada a cada reentrância da alma, da esperança. Chamar-te à luta é fácil, nunca oscilas sempre cativante nunca cativa, Nunca vacilas, amiga de tantas lutas, de todas as lutas, de eternas lutas, Das ondas desse mar, mesmo com tsunamis, mesmo com tempestades. Em todos os lugares por onde andei, por onde passei ou ouvi falar, Existem tantas quantas poderiam existir, fortes aliadas, forças atadas Entre si, que resistiram e resistirão, contra aqueles que são ou tolos Ou canalhas, os que querem tua morte, nunca vencerão, Nunca passarão, estarrecidos com a tua resistência, Na impossível convivência, tentam te exterminar. Mas amiga, és mais forte, até contra o nosso cansaço, muitas vezes Tua gana é maior. Agora entendo teu riso maroto, no âmago garoto, resistes... Não mais te resisto, a rua me clama, a lua me chama o amanhã já vem. Venceste meu medo, meus segredos conheces, não temo a guerra, Na eterna batalha, meu peito não falha, não nega ou sonega, Simplesmente ama.
Publicado em: 10/08/2006 16:07:43


A COMÉDIA DA MIDIA
A SENSAÇÃO QUE TEMOS, A CADA DIA. É DO DESESPERO DE UMA MÍDIA NACIONAL GRAVEMENTE COMPROMETIDA POR DÍVIDAS ROLADAS PELO GOVERNO ANTERIOR, QUE COMPROU AS CONSCIÊNCIAS DOS PSEUDO JORNALISTAS QUE SE TORNARAM SIMPLES MARIONETES NAS MÃOS DE UMA IMPRENSA CADA VEZ MAIS COMPOSTA POR AÉTICOS E INFAMES. A FALTA DE CULTURA IMPERA E A FALTA DE UMA ENTIDADE DE CONTROLE DA ÉTICA SE TORNA CADA VEZ MAIS EVIDENTE. NÃO À CENSURA, MAS TAMBÉM NÃO À IMPOSTURA. O QUE VEMOS É UM SEM NÚMERO DE JORNALISTAZINHOS SEM FORMAÇÃO ALGUMA ASSOCIADOS À VELHAS PROSTITUTAS E RAPOSAS, VIDE RICARDOS NOBLATS DA VIDA. A IMPRENSA PAULISTA, PRINCIPALMENTE E JORNAIS COMO JB E O GLOBO SE TORNAM MANIPULÁVEIS E SEM EXPRESSÃO DA VERDADE.
SOU DO TEMPO ONDE A FOLHA DE SÃO PAULO ERA UM BALUARTE DA LUTA PELA DEMOCRACIA, ONDE O JORNAL DO BRASIL ERA UM SÍMBOLO DE LUTA, A ISTO É SENHOR ERA DIGNA.
O QUE RESTOU HOJE? UMA EDITORA ABRIL VENDIDA, UMA FOLHA DE SÃO PAULO E UM ESTADÃO TOTALMENTE INDIGNOS. PODER-SE-IA INVESTIGAR O GRAU DE ENDIVIDAMENTEO DESSAS EDITORAS COM O ESTADO E O MUNICÍPIO DE SÃO PAULO. SERES ACÉFALOS E SEM MORAL, COMO UM TONINHO MALVADEZA, UM ARTHUR VIRGÍLIO, UM ANTERO PAES ENTRE OUTROS MENOS COTADOS, GANHAM VOZ NESSA ENFEZADA, ISSO MESMO, ENVOLTA EM FEZES IMPRENSA. BARBOSA LIMA SOBRINHO DEVE ESTAR TENDO CONVULSÕES EM SEU TÚMULO. A ANTIGA ABI NÃO MERECE ESSA ESCROTIDÃO TODA. CABE A NÓS, SERES PENSANTES E LÚCIDOS ESCLARECER AOS NOSSOS IRMÃOS MAIS SIMPLES A REALIDADE. OS ERROS DE UM PARTIDO POLÍTICO QUE SE EXPÔS E TENTA SE REERGUER NÃO PODEM SER MAIORES QUE OS MESMOS ERROS QUE OCORRERAM E OCORREM EM OUTROS QUE, PERSISTEM NUMA FARSA, NUMA TÁTICA DESESPERADA DE ATACAR PARA SE DEFENDER. MAIS IMPORTANTE QUE ISSO TUDO SÃO OS DIZERES DE GLAUBER ROCHA - "MAIS FORTE SÃO OS PODERES DO POVO" E, GRAÇAS A DEUS, ESSE POVO SOFRIDO FAZ DA GRANDE IMPRENSA NACIONAL O QUE ELA ESTÁ MERECENDO, PAPEL PARA EMBRULHAR PÃO E PARA OUTRAS PRÁTICAS MAIS FISIOLÓGICAS, MAS EXTREMAMENTE MERITÓRIAS DESSA NOSSA MÍDIA COMÉDIA DE MERDA
Publicado em: 15/10/2006 10:57:06


Alguém, um dia, já disse
Aos homens, esta verdade:
Tu colherás, na velhice,
Os frutos da mocidade...

Marcos Coutinho Loures


A COBRINHA
Na verdade meu amigo,
O buraco é mais embaixo
Tanto tanto que persigo
Sucuri eu já nem acho,.
Publicado em: 09/01/2008 13:05:46


A Cratera
Os restos deixados na sala o preocuparam muito.
Como poderia seguir a vida se aquelas imagens não saiam de sua cabeça.
E ainda por cima aqueles restos, pedaços do que fora uma vida inteira.
Vida, palavra cada vez sem mais sentido...
Devotara boa parte de seus dias na esperança de poder descansar, dias e dias de louco desafio.
Cavara insensatamente, durante anos a fio, a cratera que prometera à amiga. Belos dias da juventude esquecidos numa gaveta.
As pás e as picaretas foram os seus instrumentos de trabalho. Bastava chegar da repartição e recomeçava o idílio.
Poderia ter chegado a um cargo de chefia mas a sua aparente insensatez o impedira.
Exótico. No mínimo exótico.
As cordas ajudavam-no na árdua tarefa, diária tarefa de abrir a prometida cratera.
A princípio seus colegas pensaram que pretendia fazer algum tipo de túnel ligado a uma fugidia esperança de fuga ou de roubo.
A polícia chegou a ser acionada mas, como não há lei que proíba a confecção de uma cratera, foi deixado em paz.
Obviamente ninguém mais o levou muito a sério depois de tal descoberta.
Porém, no trabalho e mesmo nas relações interpessoais era extremamente coerente.
Raros disparates e cincadas escapavam da sua perfeita lucidez.
Passou a ser visto como uma espécie de conselheiro pelas moças apaixonadas ou traídas e até dos amigos que, a princípio zombavam e muito de suas atitudes.
A amada cresceu, casou, mudou-se mas ele não muda.
A cratera prometida passou a ser o maior objetivo e objeto de sua vida monástica.
Tantos dias passados, meses, anos e a mesma vontade férrea e insuperável.
Aposentar-se-ia daí a mais ou menos dois anos, mais de trinta de repartição e de cratera.
O buraco já tinha mais de cem metros de profundidade, bem apoiado sobre uma obra arquitetônica de surpreendente solidez.
Mas aqueles pedaços de um passado remoto o surpreenderam.
De onde poderia ter vindo aquilo?
Provavelmente algum animal teria trazido aqueles pedaços de pano para a sala.
Mas como?
A vida preparara uma surpresa avassaladora.
Reconhecera de imediato os trapos e retalhos daquele velho vestido.
Remontara a um tempo esquecido, jogado numa cratera totalmente injustificável.
Pelo menos até aquele momento...
Publicado em: 29/09/2006 17:31:19


Larga desta cachaça, meu querido
Vai cuidar deste corpo que está sentindo
Olha com carinho para ti
Para que não sofras pelo caminho...
Seria teu mel, se pudesse
Teu adoçante, teu chazinho
Como estou longe de ti, te digo
Vai com calma no barzinho...

Querida o que fazer? Peço-te ajuda.
Se não posso ter mel que já me adoce
Nem aguardente ou vinho que me acuda
Talvez nesta dieta o melhor fosse
Comer somente fruta, e da miúda.
Morena bela flor que amor me trouxe,
Por certo não faz mal ao diabético.
Amor tão natureba é dietético.

Vem logo meu amor, sonho constante,
Que nada mais impeça tua vinda.
O sol inda brilhando neste instante
Perceba como a tarde está tão linda,
Teu corpo tem magia de adoçante
E faz com que esta vida venha ainda
Com todo o paladar mais envolvente,
É nele que encontrei minha aguardente...

ISABEL NOCETTI
Marcos Loures


Mergulhando neste poço
Que tu trazes dentro em ti,
Expondo-se em alvoroço
No abismo que conheci.
Restos carregas contigo
Destes pântanos que abri.
Toda a sensação de abrigo
Estava em cada pedaço
Revestida por um aço
Que não protegia em nada...
Eu passei a conhecer
Sob a carcaça bonita
Que me deu tanto prazer,
Uma alma ferida e aflita.
Rancorosa e perfumada,
Sem espaço condizente
Aflorando em poucas vezes
Rasgando a pele encourada
E sorrindo em podridão,
Erguida da escuridão
Quase nua escancarada...

Tua capa não me fere
Agrada bem aos meus olhos.
Nos carinhos que desfere
Bazucas, metralhadoras
Escondidas nestas mãos.
Mas sinto que não te perco,
Se me perco dentro em ti.
Gosto disso, quase exposto,
Latejando e me mordendo.
Não quero um sorriso a esmo,
Perdido sem ter sentido.
Inutilidade sim.
A boca em vivo carmim
Também deseja por sangue.

Mas não consegue ferir
Refreando esse desejo,
Deixando tudo fruir
Na doçura do teu beijo...
Publicado em: 10/02/2007 22:09:16



Paro de escrever...
Para saborear uma vez...
A doçura do teu beijo...
Passo a língua devagar
pelos lábios....
Para me relembrar
dos teus...
O que me fizeram, o que me fazem
e o que ainda..........
me vão fazer sentir.....

Após um dia tenso de trabalho,
Cansado das diversas confusões,
Mostrando o coração quase em retalho,
Envolto em tantos erros e senões.

Na boca que ofereces, eu me espalho.
Sentindo o teu calor, as emoções
Que no princípio, errático, embaralho,
Num misto de diversas sensações...

Cansaço com desejo se misturam,
Em teus carinhos mato minhas iras.
Os corpos se tocando, se costuram

Forram-se nos calores de mil piras.
Depois do árduo trabalho, penitência,
Eu deixo-me entregar sem resistência...

MARTA TEIXEIRA
Marcos Loures


-A DOIS

A DOIS (Rondel)

A noite me abraça e o luar
derrama sua luz na minha estrada.
Decoro os tempos do verbo amar,
sem ele esta vida vale nada.

Jamais eu atravesso a calçada,
pois quero à minha frente te encontrar.
A noite me abraça e o luar
derrama sua luz na minha estrada.

Bem sei que és mulher apaixonada,
que os lábios me oferta a beijar,
e o fazes sempre em ânsia renovada,
de ti eu jamais hei de me cansar.
A noite me abraça e o luar...

HLuna


Chegando de mansinho, a bela lua,
Mudando este cenário, toma conta,
E quando no horizonte ela desponta,
Deitando sua prata sobre a rua,

A dura realidade nua e crua,
Que o dia a dia amargo já nos conta,
E ao frágil sonhador, o desaponta,
Enfrenta a fantasia, mas recua,

Rara argentina deusa soberana,
Passeia sobre o céu, nobre cigana,
Tocando os corações enamorados.

Argêntea maravilha desde então,
Entorna-se tocando esta amplidão,
Prateia divinal, campos e prados...
Publicado em: 17/11/2009 17:19:16
Última alteração:16/03/2010 21:13:18



A DONA DO BORDEL
A DONA DO BORDEL

A DONA DO BORDEL HÁ MUITO TEMPO
JÁ ME FALAVA DAS SUAS BELAS GATINHAS
JÁ ME FAZIA MUITA PROPAGANDA
ACHO QUE O QUE ELA QUER MESMO É SER MINHA;

CONVERSADEIRA, PORÉM MUITO BELA
LEVOU-ME PRA CONHECER A SUA CASA
FOI LOGO ME MOSTRANDO O QUARTO DELA
SORRIU, FICOU VERMELHA FEITO BRASA

NOTEI LOGO ALI NO SEU SEMBLANTE
SEU OLHAR LIGADO PARA A CAMA
VI QUE O DESEJO DAQUELA DAMA
ERA TER-ME, COMO O SEU AMANTE

PERGUNTOU-ME SOBRE MEU PASSADO
FALEI QUE FUI RICO, HOJE QUEBRADO,
DAS MULHERES QUE AMEI ARDENTEMENTE,
QUE SUMIRAM COMO RAIO, DERREPENTE

E DAS NOITES DE BOEMIA COM O VIOLÃO.
MUDANDO DE ASSUNTO PERGUNTEI PELAS MULHERES
AMARELOU FICOU SEM GRAÇA E DISSE NÃOOO
“ESSE ASSUNTO É O QUE TU QUERES?”

JOGOU-SE NA CAMA E PUXOU-ME EM CIMA
E LOGO COMEÇOU O DESMANTELO
FIZEMOS BARBA BIGODE E CABELO
E PELA NOITE TODA, ROLOU O CLIMA.

ELA PELO VISTO, GOSTOU DO MALHO
E AGORA, ELA JÁ ME DA GUARIDA
AFINAL, É A DONA DO CASCALHO
CASA, COMIDA, ROUPA LAVADA. QUE VIDA!


JOSÉROBERTOPALACIO

Bordei bordéis e céus
Entre coxas amorenadas.
Carrosséis de gozos
Extremos; riso e pranto.
Num átimo castelo vira escombro
E quando mais pensava
Ser possível,
A dona se afastava.
Sem travas na língua
À míngua. Extinguia
Enguia noturna
Entre soturnos gargalhares,
Turno após turno:
Repetindo o ritual.
Anal? Anual...
Oral: hora a hora
Mas no fundo
No profundo das furnas
Percebia o eco
Dos prazeres desfrutados...
Publicado em: 12/05/2009 19:36:55
Última alteração:17/03/2010 19:46:06



A DELÍCIA DE TE AMAR -

Fizemos amor de madrugada
E também ao amanhecer
Seria maravilhoso se agora
Pudéssemos reviver
Este prazer tão lindo
Que me fez enlouquecer
Mas atitudes tu não tomas
Também como é possível
Não estás assim tão distante
Mas sim tão arredio
Contento-me então com as lembranças
desta última noite contigo?


Causando este frisson só de lembrar
De quanto esbaldamos noite inteira
Amor que nós fizemos sem parar,
Na cama, no quintal, na cumeeira.

A pele arrepiando, abrir porteira
Em pleno paraíso eu adentrar
Morena eu te desejo, então não queira
Fugir. E venha logo, sem pensar.

Não tem por que ter medo nem receios
Eu quero te ter nua junto a mim.
Nesta beleza rara de teus seios

No teu perfume, um cheiro de jasmim.
Entrar em teus caminhos, doces veios,
Até chegar ao êxtase sem fim...

GELIS
Marcos Loures
Publicado em: 21/07/2007 10:18:31
Última alteração:05/11/2008 18:33:27




A DELÍCIA DE TE AMAR

Amar nunca é demais,
repito todo dia.
A mim o amor me traz
sorriso e alegria.
Agora que voltaste
sou muito mais feliz.
Teu corpo me entregaste,
e sempre quero bis
Te dou a minha mão,
depressa, dá-me a tua,
e nessa encantação
andamos pela rua.
O pensamento alado
compondo poesia.
Tu és o meu amado,
sou tua fantasia.



Distante de teus olhos, tão formosa,
A vida não me empresta seus penhores.
Minha alma sem cuidados, andrajosa,
Nessa busca incessante por amores.

Teu olhar de soslaio, tão furtivo,
Cativa meu olhar, hipnotizando.
Em busca deste olhar, por certo vivo,
Entregue a tanto brilho, estou te amando.

Teus passos em meus passos já transformo,
E queimo em tal ardor se não te tenho.
Viver sem teu amor, não me conformo,
Distantes os caminhos de onde venho...

E sinto em teu regaço, um quente ninho,
Por certo, em teu amor, não vou sozinho!

HLUNA
ML

A delícia de um beijo

Nasci no meio do mato,
Entre montanhas e serras
E, nadando no regato,
Vou em busca d’outras terras...
Onde talvez, de verdade,
Encontre felicidade.

Amando que não me quis
Toda tristeza devora.
Meu coração infeliz,
De saudades, também chora.
Desta mulher que pensava,
Enganado, que me amava...

Vento me diz em segredo
Que jamais tu voltarás,
A vida plena de medo.
Onde, Deus meu, tu estás?

Tudo em volta, sem beleza,
O meu céu perdeu a cor
Minha sina é a tristeza,
Assim vou morrer de amor...

Mesmo assim, resta uma esperança
Transformada em meu desejo.
Inda guardo na lembrança,
A delícia do teu beijo...
Publicado em: 03/12/2006 19:22:44
Última alteração:23/10/2008 14:02:25



A DESIGUALDADE LEGALIZADA




Leis pragmáticas normatizadora do contrato social

Ao dizer uniformizando direitos e deveres,

De forma desigual.



Nasceste para representar grupos poderosos

Como normas gerais e abstratas,

Que tem por fim regrar a nação desigual.



Ao conclamar a paridade

Na desigualdade da fictícia igualdade

Usas metáforas abrangentes

Com eufemismo a suavizar a balança viciada.




Perfuraste o bloqueio da Lei?

Serás julgado com a norma criada

E o Tribunal sentenciará como justo a injusta igualdade

Proclamando a desigualdade.


Thêmis como mito, deusa da justiça,

Esqueceu de proclamar a serenidade

Independente da riqueza acumulada

Na força do trabalho roubada.


Leis escravizas com a ponta de sua espada

Não os que as fazem

Representantes que são

Da minoria argentada

Mas o populacho a quem fostes destinadas.


Assim fostes criada

Não para a igualdade desejada

E sim de salvaguarda

Da minoria privilegiada

Que proclama a ordem cativada.



Ítalo José Mannarino


Essa cabocla deu jeito
Bagunçando um triste peito
Que pensava estar direito
Mas agora se perdeu
Como ficar satisfeito
Se o rio perdeu seu leito
Deu defeito no perfeito
E sem jeito, amor venceu...

Moreninha bela flor
Que me trouxe tanto amor
No meu mundo sofredor
Moreninha é lenitivo,
Esse cabra sonhador
Que se fez adorador
Da morena e, sem temor,
Neste sonho agora eu vivo...

Quero o cheiro da morena
Que distante sempre acena.
Ah! Moreninha tem pena
Deste pobre trovador,
Tanto amor que me envenena
Haja ponte de safena
Se velho quer vida amena,
Quê que eu faço seu doutor?

Sem essa morena comigo,
Nem viver eu mais consigo,
Na morena achei abrigo
Pr’esse peito sonhador.
Eu sou velho, mas não ligo,
Gosto de correr perigo,
Morena, do pão é trigo,
A minha deusa do amor!

Publicado em: 01/03/2007 19:15:16
Última alteração:23/10/2008 11:21:02



A deusa do meu amor

Nas ruas desfilava a bela forma, esguia;
Trazia em seu olhar, um raio de luar.
Vontade de viver, vontade de chorar...
Amor fora distante, em plena asa do dia...
Sua beleza rara, a deusa não sabia;
Criança que matava, a cada meu sonhar,
Não via, distraída, a promessa de mar
Que, embalde lhe trazia, em minha poesia...




As ilusões cruéis fatais e terebrantes...
Meu mundo se perdia em olhos tão distantes...
Quem dera Deus me desse amor da bela deusa...
A vida, num repente, em rara em mansa luz,
Talvez não me pesasse e fosse leve, a cruz...
Nas ruas desfilava, amada semideusa
A mais bela que, um dia, entre outras,conheci.
E que, Graças a Deus, comigo estás, aqui.
Publicado em: 10/12/2006 17:40:59
Última alteração:23/10/2008 14:56:56



A DEUSA
A deusa feita puta em minha cama,
Reinando em absoluta maravilha,
Enquanto se permite e o gozo trilha
Mantendo com furor a imensa chama,
A gruta umedecida já reclama
Um firme penetrar e enquanto brilha
Orgástico delírio se polvilha
Moldando incandescente e rara trama,
Num êxtase comum, caminho igual,
A cavalgada em raro ritual,
Profano altar num leito a descoberto,
Lençóis já pelo chão, roupas além
E quando a lava intensa agora vem
Inunda o vale pleno e agora aberto.
Publicado em: 03/07/2010 15:17:11


A dor de uma existência sem sentido
Ah,
coração inspirado,
a se expressar,
como se fosse,
seu próprio corpo ...
(ivi)



A dor de uma existência sem sentido
Perfaz a caminhada pelos sonhos,
Apenas um sussurro ou um gemido,
Momentos melancólicos, tristonhos...

Se às vezes, do teu lado, ao mar regrido
Buscando os meus escombros mais risonhos,
Carrego um coração tão desvalido
Pesando com seus fardos vãos, bisonhos.

Pereço quando penso liberdade
E morto, nada tenho atrás da grade
Que um dia servirá como armadilha.

Melancolia é coisa de quem ama,
E ao ver; fortalecida, alguma chama,
Enforco-me nos laços da presilha...



A DOR DE UMA SAUDADE
A dor que me impedira de saber
Que após a tempestade vem bonança
Deixando no passado esta esperança
Tomando com terror tosco poder,
Mas sinto a cada dia reverter
A sorte nesta voz que ora se lança
E quando o coração de outrem alcança
Mudando em calmaria cada ser.
Servir ao grande sonho feito em luz
Do amor que nos guiando já conduz
Ao quanto se pensara em ser além
De simples caminheiro pela vida,
Embora a história eu veja resolvida
A dor de uma saudade ainda vem.
Publicado em: 09/02/2010 14:25:59



A DOR DE UMA SAUDADE.
Pela vida passou, como uma chama
Que a si consome, para iluminar.
Como os heróis viveu, co’a mesma flama,
Soube os umbrais da história ultrapassar.

Insensível, por certo, à justa fama
Que, nesta vida, soube conquistar,
Deu a todos, o afeto de quem ama,
Foi bálsamo ao amor, em cada lar.

Como os heróis tombou. Que falta faz
Esta chama de luz, amor e paz,
Esse médico-herói desta cidade.

Que talvez nos deixasse, tão somente,
Para fazer sentir a toda gente
Que não tem cura a dor de uma saudade.

AO DR ABRAÃO OSTA

MARCOS COUTINHO LOURES.

A DOR DE UMA SAUDADE...

Do quanto procurei a primavera
E em seca nada veio, só tristeza,
O coração se perde e se faz fera,
Mordendo e lacerando com firmeza.
Meu mundo se perdeu em dura espera,
Felicidade nunca pôs a mesa.
Agora uma saudade que me toma,
Mais forte que a vontade, vem e doma...
Publicado em: 24/11/2007 17:26:09




A DOR E O SOFRIMENTO


Depois de ter provado e ter sentido
Aquela dor estranha pelo peito
Eu percebi que o sofrimento é o jeito
Que fez-me analisar o que é ouvido

Um sonho que escarrado e bem cuspido
Nos mostra a solidão como trejeito
Além do que concebo, e não duvido
O rio da ilusão perde seu leito

Às vezes imagino-me qual cisne
Que busca sol imenso que me tisne,
Porém vou tão fedido quanto um hirco.

Agora mostro a quem quiser saber
Que é bom curtir o que nos dá prazer
Mas com prudência - a vida não e só circo.

GONÇALVES REIS
MVML


A dor nasce do quanto
A dor nasce do quanto
Pudesse acreditar
Nas sortes a vagar
No tempo aonde eu canto
A vida ceva o manto
E toma devagar
O quanto procurar
Procuro em cada canto.
Resumo o meu caminho
No quanto teimo e aninho
O passo rumo ao farto
Dos tantos que conheço
Além deste adereço
Dos sonhos não me aparto.
Publicado em: 06/06/2010 20:31:43


"Os miseráveis não têm outro remédio a não ser a esperança."
(William Shakespeare)




Da vida; derradeira guardiã
Uma última defesa que se alcança...
Nossa vida seria triste e vã
Se não houvesse o sopro da esperança!
Publicado em: 02/04/2007 11:12:44


"O azarado não tem outra medicina que não a esperança."
(William Shakespeare)

Não se queixe, simplesmente do azar.
Lute e persista.
Haverá sempre a perspectiva de uma mudança de ventos.
Persevere e nunca perca a ESPERANÇA.
Publicado em: 25/03/2007 12:25:17



Eu espero e nunca nego,
Dentro de mim só carrego
Nos mares que tanto navego,
Desde o tempo de criança;
E te canto neste verso,
Um sentimento diverso
Que transcorre no universo
E minha alma sempre alcança.

Sonhando felicidade,
Vivendo tranqüilidade
O sonho da mocidade
Minha mais forte aliança!
Transbordando em alegria,
Revigora a fantasia,
Invade essa poesia
Que te faço. Uma lembrança

Que carrego no meu peito,
Me dando todo o direito
De me sentir satisfeito
E de me dar confiança.
No novo dia que vem,
Deitadinho com meu bem,
Que tanto bem sempre tem
O sabor duma esperança!
Publicado em: 29/03/2007 23:02:21


Uma Esperança que adeja
batendo as asas ligeiras,
rondando em volta de mim.
Ah, quem me dera, Esperança,
fosses pequena semente
pra eu tão alegre e contente
plantar aqui no jardim.

Esperança flor tão rara,
Me alimenta e me mantém,
O meu passo se antepara
Esperando por meu bem
Que virá trazendo a vida,
Volta logo amor, querida...

O meu verso te procura
Noite e dia sem parar,
Esperança é minha cura
Traz o brilho do luar
Ilumina toda a rua,
Onde minha alma flutua.

Esperança de te ter,
Companheira do meu sonho;
Só contigo o meu prazer
De um futuro mais risonho,
Canto amor, em nossa dança
Brilha um raio de esperança...

HLuna
Marcos Loures

A ETERNA SOMBRA DO PASSADO
A sombra eterna do passado


Não deveria nunca ter te reencontrado, esse foi meu maior engodo. A menina desengonçada, correndo com as pernas tortas pela casa a fora, não existe mais.
Lembro-me quando olhavas para mim, menina precoce nos onze anos incompletos. Lá se vão outros tantos, e te reencontro.
A magrelinha sardenta me fazia dar gargalhadas quando falava de amor.

Amor, palavra difícil e dolorida, e eu sofrera tanto, que nem poderia mais querer ouvir falar nisso; quanto mais na voz de uma criança.
Não fui feliz, nem era feliz naquela época. Os trinta anos se aproximando, um casamento infeliz, e as marcas doloridas da saudade dos meus filhos, filhos que se foram com Tereza.
Tereza, amor de tantos e longos sonhos e angústias. O final do casamento foi muito marcante.

Tereza e Rubens, eu e a saudade. Meus filhos agora eram filhos de Rubens. Mês a mês, ano pós ano, e o gosto cruel da solidão.

Teu pai tinha sido meu amigo de infância e, não sei bem porque vieste com esta fantasia.
O que pode entender de amor essa pirralha, descalça, impúbere, menina...
Subindo nas árvores, brincando com suas colegas, no pique esconde da vida, escondeste e não mais te vi.
Mas, ao reencontrar-te agora, juro que senti saudades, não de tua presença, mas de tua voz, falando timidamente de amor.

“Eu te amo”, soava tão ridículo na boca da menina, quanto soa no meu pensamento.
Mas, sinceramente, te amo.
Descobri, ao te rever, que te amo, e desejo essa mulher maravilhosa em que te transformaste.
Longe de mim acreditar que te terei, és outra, outra mulher.

Sei que te endeusam, e com justiça. Mas, o fato de saber que participei da manhã dos teus sentimentos, me dá o conforto para que eu possa entardecer minha vida mais em paz.

Quem dera se pudesse recuperar o tempo e acompanhar-te, congelando teus pensamentos e sentimentos e poder ser teu, como nunca poderia imaginar, tempos atrás.
Mas, seria um delírio, um tormento e uma angústia.
E hoje, te amando no que és com a esperança do que sentiste quando não eras ainda.

Desejo e sonho, sofrimentos...
Ao ver meu filho, há uns dias, entendi que o tempo passou...
E, ao perceber teus olhos e os dele se encontrando no vazio, fiquei com ciúmes. Morrendo de ciúmes, não de meu filho, mas de mim mesmo.

Bem sei que hoje, os cabelos embranquecidos e as pernas cansadas não poderiam mais te acompanhar.
E o meu tempo passou nada restando senão a voz distante da criança que me jurava amor...

E meu riso, atravessado, hoje, por uma lágrima presa na garganta.
Peço-te, não venhas mais aqui, te imploro. Não quer mais te ver, nunca mais...

A minha vida se perdeu num dia, lá no longínquo passado, na voz e nas palavras de uma menina que nunca mais será minha e que hoje, com certeza, nem se lembra de que um dia, mesmo sem ter nunca sido, quis ser minha...
Publicado em: 18/09/2008 07:35:43


A ÉTICA E O VISCONDE DE SABUGOSA
A ÉTICA E O VISCONDE DE SABUGOSA



A senhora Ética, em trajes ainda da antiga Grécia, voando em avião de carreira e acompanhada do Visconde de Sabugosa, resolveu fazer uma visita aos nossos poderes ditos republicanos. Enquanto ainda estavam a mil metros de altitude o Visconde ia explicando um pouco do nosso país, de forma que a ilustre dama tivesse uma visão do Brasil. E assim foi contando sem obedecer a uma sequência:\" - apesar de Mister Link, o Brasil tem petróleo, e o meu pai, Monteiro Lobato, o desmentira na época; como o Mello teve a cabeça quebrada no conto \"Como quebrei a cabeça do Mello\", mas o verdadeiro Mello não gostou da estória e pediu esclarecimentos; as diatribes da Emilia que, de pano, mesmo assim falava encantou a nossa visitante. E é claro, não deixou de elogiar os quitutes de D.Benta, e a sabedoria da Narizinho. Do Abricó falou pouco, pois a família deste estava em baixa devido a gripe suína.



Após ouvir em silêncio, como manda a prudência de quem não conhece a história e a estória, a Ética quis saber a respeito de como funcionava os Poderes Republicanos. O Visconde, como pego de surpresa, tossiu, engasgou, fatos esses que não levaram a ilustre companhia a qualquer suspeita. Mal das turbulências, pensou ela.



Após taxear, as portas do avião se abriram e a Ética foi logo surpreendida: um tapete vermelho foi estendido, quando na realidade queria beijar o chão. Mas protocolo é protocolo e o que fazer, mesmo sendo chatice, senão cumpri-lo. O Visconde era só sorrisos.



Após essa recepção inesperada, a Ética pensou como o senador Otávio Mangabeira: \" debaixo desse angu, tem carne\". Pensamentos levianos que não condiziam com sua postura. Mas, tivera. Só que Aristóteles a corrigiu de imediato: lógica não aceita tese equivocada. Concordara, sem suspeitar que já recebera os votos protocolares de \"boas vindas\" vindo de uma autoridade com o ar respirado dia e noite no ambiente familiar.



Logo em seguida, com as autoridades republicanas dirigiu-se ao Metrô, onde mais uma vez a surpresa se fez presente. Desceria em frente a um dos Poderes sem saber que já a aguardavam a fanfarra, como dizia o Marcos Loures, em Muriaé, quando do desfile de 7 de setembro, além da presença de autoridades, todos, como é óbvio, republicanos. Um detalhe, entretanto, escapou aos organizadores: o motorneiro era daltônico. Recomendaram-lhe parar e abrir a porta no local que se encontrava a Ética, de forma que ela caminhasse no tapete vermelho estendido. O lema dos organizadores: a primeira impressão é que fica. Tudo, assim, certo e metodicamente preparado.



Chegando ao destino, um imprevisto. O maquinista viu o tapete vermelho e supondo que era verde não parou, de forma que se repetiu a cena do filme de Charles Chaplin “ O Grande Ditador” quando Mussolini recebeu Hitler. O trem avançava e recuava com igual intensidade diante dos gestos dos sinalizadores. Com igual eficiência os encarregados de postar o tapete vermelho para a ilustre dama corriam de um lado para o outro. Instalou-se o caos.



Enfim, resolveu-se que ela desceria em qualquer lugar. Afinal, era a Ética que estava chegando.



Finalmente o dia histórico e ansioso. Visitar os Poderes Republicanos, lembrando-se do Visconde. Democracia é isso. Nome pomposo; autoridades, também refinadíssimas no falar e mais ainda no fazer. Não foi por economia que os três poderes encontravam-se concentrados num só local. Questão de estratégia, disse Cuca, indicação do sábio Visconde.



Após ouvir discursos inflamados, laudatórios, mais longos do que de determinado Cônego de Muriaé, ao repetir Vieira em sua suposta proficiência, tudo a Ética olhava a princípio, porque logo, logo seu pensamento regressara à Grécia antiga e preferira recordar os diálogos de Sócrates e os ensinamentos posteriores de Platão, Aristóteles. E assim, sucedeu-se.



Enquanto isso, vinham da rua palavras, conhecidas como \" de ordem \" : \" Joaquim Barbosa neles, Joaquim Barbosa neles...\" e outras como o \" Povo unido e protestando a corrupção vai se mandando...\"; \" Há os mais iguais perante à Lei...\"; o povo paga imposto ou propina ? \" caixa dois já era, agora é três e quantas mais... \" e outros slogans não publicáveis. O que chamou mais a atenção da Ética, no entanto, que de esgueira saíra do salão - nenhuma autoridade percebera a ausência, por força do hábito - e foi ver e se deparou com a seguinte facha: \". \" No Brasil, autoridades, nobres pertencentes ao nobiliárquico poder, ricos corruptos têm é \"desvio de conduta\" e uma corte pronta para relaxar qualquer intrometido que queira prendê-los \".



Nesse momento a Ética, que já deixara os Três Poderes que se encontravam reunidos para a solenidade, cuja falta, como comentário geral, não foi percebida mesmo com lugar na mesa de cerimônia, se mandou e caminhou para o aeroporto meditando: \" o povo há de fazer eu voltar.\" E finalizou \"agora entendi porque o Visconde de Sabugosa tossiu e engasgou.\"



Ítalo José Mannarino


A FACE ESCUSA DA VERDADE
Oponho-me às diversas esperanças
Sabendo da sombria realidade,
O corpo morto enquanto se degrade
Em turvas e terríveis alianças
Preparam-se diversas comilanças
No quanto se vendendo a falsidade
A mera fantasia, nova grade,
E nela em luzes turvas tu te lanças,
Sonhando com a vida após o fim.
Arcanjo, algum demônio, um querubim.
Presenças que inventaste em proteção,
Do nada ao mesmo nada retornando,
Cenário nem tão brando nem nefando,
Apenas verdadeira exposição.
Publicado em: 16/06/2010 19:07:27


A ESPERANÇA /


Um passo permitido ao sonho leve:
Alçar as cordilheiras da esperança.
Fartura de ilusões em canto breve,
Mergulho em meu passado, sou criança.

E ser feliz, um rito em que se atreve
Fazendo da alegria uma aliança,
Que a vida nunca traga mais a neve
E mostre toda a força e confiança

Pois quero o sol da vida que ilumina
A fonte da esperança que sacia
Também comer o fruto do perdão...

Estando agora já nessa colina
A persistência trouxe-me alegria
E ao analisar-me fiquei são...

MVML
GONÇALVES REIS

A ESPERANÇA É VERDE
A ESPERANÇA É VERDE
A colheita tinha sido muito difícil, a seca pegou todo mundo de surpresa e o milho, embonecado já, morreu, gorou, restou nada, só espigas frustradas, aborto daquela que seria uma safra boa, esperança de ganhar um trocado, de pagar as contas, de tenar recomeçar.
O feijão, todo perdido, acompanhava o lamento da perda do milho, feijão, milho, o amarelo pálido no lugar do verde, verde do novo, renovação da terra, da vida da esperança.
Mas tudo foi embora com o sol, seca voraz, fora de hora, desesperançando todo mundo de arredor, tragando os sonhos, atrapalhando o amanhã, toda manhã solar, o lar tão só, sem brilho, a não ser o do sol...
O que fazer? Agricultor pequeno, pequeno escultor com a enxada e o arado, sem trator, sem tratos, sem tratados, analfabeto, pobre, alqueire e meio, no meio da terra, olhando pra terra, seca e vazia, esvazia a alma e a calma se vai, vindo o medo, do degredo, desespero e angústia.
Perder tudo restar nada, seca infeliz.
As mãos calejadas aguentam, a alma calejada não mais, ter que vender a terra, largar a terra, desterrado degredo, desenterrados segredos de todos os medos que a vida semeou.
Sabia que nada daria certo, dinheiro no banco, escasso e caro, só pra fazendeiro rico, agiota nem pensar, entregar a terra, vendida barata, terra sem mata, terra de morro, mato sem cachorro, sem futuro, tiro no escuro, escuridão total...
- Mulher vou ao banco, na anca do burro, caminho difícil, estrada longa, banco distante, cidade distante, distante a cabeça, à beça só dor.
Sonhador caminhando, com a dor do caminho, sozinho na estrada, perdidos os olhos, cabeça baixa, quem acha que acha só acha o não.
Mas tentar, nada custa, arbustos robustos, margeiam a vida, estrada comprida, cumprida todo dia no arar, no plantar, esgotar o tempo, perdido tudo, Deus é quem sabe...
No banco, surpresa, um crédito aberto! Mentira decerto, propaganda de governo esperto... Se for só para rico, penico pro pobre, eterno sofredor.
Sofrer dor do não tem, não posso, colosso de mentira, que atira o pobre a esmo, ao mesmo lugar.
Mas não, agora mudou, o gerente falou, que foi seu doutor?
É verdade seu moço? Me tira do poço, me faz respirar.
Maria vem cá!
Dinheiro no bolso, comida pros filhos, pagar é preciso, mas pequenos, poder replantar.
Poder esperar que a terra refaça, na roda da vida, esperança pedida pode voltar, esperança perdida, cedeu seu lugar, ao verde da vida, ao verde da plantação, no cio da terra, da terra sedenta, que com a chuva vindoura, refaz o teu ciclo. Renasce ao luar...
posted by MARCOS LOURES at Segunda-feira, Abril 24, 2006


A DOR
A dor entranha fundo e me domina
Não tendo mais remédio que inda a sane
O mesmo coração em medo e pane
A sorte muito além, negando a mina,
O passo cuja sorte determina
A vida noutro rumo desengane
E quando se percebe nada ufane
Quem sempre ao vago nada se destina.
Pudesse ainda ter qualquer promessa
De um tempo aonde o pouco recomeça,
Porém o corpo aos poucos se apodrece
E vendo o tumular descanso eterno,
Adentro as vagas tramas deste Inferno
Negando o que eu pedira outrora em prece.
Publicado em: 17/06/2010 11:00:08


Esperança não pode ser atriz,
Nem pode desfilar qual fosse p...
Nos olhos do meu povo, a meretriz,
Não pode se esquecer de tanta luta...
Esperança não pode ser vendida,
Nem pode ser deixada sob a mesa.
Reflete tantas vezes, nossa vida,
Não pode ser envolta por tristeza...

Esperança acordando molemente,
É melhor que matar nosso futuro...
A vida se aproxima mansamente,
Esse chão que percorre é muito duro...
Esperança levanta calmamente,
Nosso céu inda está, por certo, escuro...
Mas a luz aparece devagar,
Não temos o direito de matar,
A esperança que acaba de acordar!
Publicado em: 15/12/2006 08:48:00
Última alteração:23/10/2008 14:32:11



A FERRO E A FOGO
Resumo em fogo e ferro noite extensa
Deitando sobre os pregos, um faquir
Sem ter sequer noção vou prosseguir
Além do que uma alma nobre busca e pensa.
Cobrindo com a lama que se adensa
Não tendo nem resquícios de um porvir
Desilusão e mágoa; irei sentir,
Vingança se tornando a recompensa
Efêmeros prazeres custam caro
E quando nestes vãos me desamparo
Mesquinhos os abismos onde eu vejo
Retrato do que sou e não sonego,
Vagando sem destino em rumo cego,
Matando no não ser o meu desejo...
Publicado em: 05/02/2010 17:22:32




Arregala bem seu olho
Bota essas barbas de molho
Vigia de perto, é certo.
Porque filha adolescente
É um problema pra gente...

Todo dia de noitinha
A caçula da vizinha
Não perde tempo, a danada,
Namorando no escurinho
Bem de manso... Bem quietinho...

É um tal de mão prá cá
Outra mão percorre lá,
Depois fica reclamando
Se a vizinhança falar
Isso pode complicar...

Na segunda é com João
E na terça com Chicão,
Na quarta é com Zé Francisco
E na que na quinta com Zé Bento.
Tanto amor assim, num “guento”.

Mas que morena bonita,
Meu coração logo agita,
Vou fazer uma besteira.
Se essa conta não me engana
Sobrou o fim da semana...

HLuna
Marcos Loures



A FADA MADRINHA


Quis a fada que eu tivesse
Um amor que não me quis,
Rogo a Deus em tanta prece,
Quem me dera ser feliz..




A FAMILIA MANNARINO e MURIAÉ.

Num belo dia, no Rio de Janeiro, Santo Mannarino e Emílio Mannarino,vindo da Italia, precisamente de Paula, na Calábria, um engraxate e o outro trabalhando numa quintada, souberam que em Muriaé havia uma banca de jornais quase abandona tal o desleixo de seu proprietário.

Os irmãos, cujo desafio era não tê-lo, resolveram conversar com o dono e adquiri-la, pois, como é de saber correntio, os italianos de modo geral trabalham em banca de jornais.

Conversando, os irmãos decidiram que o mais moço deles, Santo, fosse a Muriaé e visse a tal banca.

Assim questionando e decidindo, Santo veio a Muriaé de trem e viajando dias pôde detalhar o que vira quando do seu retorno.

Encontrou a banca fechada no local onde fica hoje, possivelmente, uma relojoaria, próxima à Rodoviária Municipal, na ladeira que dá acesso à Rua Pascohal Bernardino.

Como desafio, nada a temer. Adquiriram-na e em breve, inclusive fixando residências, deram uma dimensão à banca, e com dificuldades foram vencendo barreiras, inclusive da língua pátria, ainda que no trabalho não se encontra obstáculo quando se busca um ideário.

Assim, a banca menor deu origem a uma Banca de Jornais de acordo com o padrão de uma cidade que começava a caminhar com mais desenvoltura para o crescimento.

E a banca acompanhava o progresso.

Assim, por dezenas e dezenas de anos levaram a cultura, como porta-vozes pela distribuição dos periódicos -jornais-revistas e livros- aos muriaenses, dando-se, dessa forma, a contribuição para que Muriaé alcançasse o seu lugar também no conhecimento.

Pioneiros de fato como sucessores e abraçando a causa com trabalho e resignação, mesmo da incompreensão quando picharam à Agência de Jornais por ocasião da guerra, como se fossem soldados do eixo e não da cultura, os irmãos constituiram e formaram suas familias, que orgulhosas de sua origem muriaense não devem ter decepcionados os nossos conterraneos, a quem rendemos honra, que ficaram na cidade natal.

Mas, e sempre há um mas, a realidade é deixamos muitas vezes de observar que o novo não existe sem o velho, princípio já ensinado por Marx.

E falecidos os velhos irmãos, não são lembrados como antecessores da Banca de Jornais ao ler o artigo do Professor Marcos no Correio Muriaense, sob o título \" Comentando \".

Como dizia Emílio,com sua inteligência inata e sua ironia aguçada, não há melhor comentário do que a feita pela própria consciência.

Não há, assim,para os velhos irmãos,nenhum reparo, pois não há retrato partido, porquanto os irmãos formam um ente só, nem mesmo esquecimento, pois a Banca de Jornais de hoje teve o passado - o velho - a dar origem aos atuais -novo- de modo que este germinou daquele.

De toda sorte, não custa lembrar que o Mannarino, da Banca de Jornais, representa mais diretamente os irmãos Emílio e Santo a quem ,como descententes, nos postamos em genuflexão.



Ítalo José Mannarino –


A fascinante estrela que ora vi,

" A guia que ilumina esse farol
e passa aos corações as cores,
alumia muito mais que o Sol,
estrela matutina que chama Loures.

Chaplin

A fascinante estrela que ora vi,
Tornando por si só meu céu azul,
Na verve sem igual de Golberi
O imenso minuano, vem do Sul.

Fazendo de uma prenda, uma rainha,
Romântico poeta, sonhador,
Palavra nos teus lábios, a avezinha
Que beija com ternura cada flor.

Tu sabes quanto admiro o teu talento,
De ti, eu sou apenas um reflexo,
E quando acompanhar-te, amigo eu tento
Num complemento, côncavo e convexo

Por vezes, se eu me perco, o teu perdão
Eu peço, por ser árido, o meu chão...

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Nós somos jovens ainda
mas a vida sei que é breve,
Façamos da poesia,
felicidade tão leve...

As palavras sobrevivem
ao desamor e à morte.
Um brinde àqueles que vivem
sem se importar com a sorte.

Não temas o futuro, assim querida,
A vida se refaz a cada dia;
Embora tantas coisa está perdida;
Por certo inda restou uma poesia.

Que canta sem temer uma alvorada
Que trama quase sempre uma emoção.
A vida sem um sonho não é nada.
Por isso, força e fé no coração!
Publicado em: 15/01/2007 19:58:40



A FELICIDADE

Sem ter nada por dizer
Desse tanto que já disse
Por ter medo de viver
Sem ter nada que afligisse
Pelo canto mais sensato
Desse rio, do regato.
Por não temer o cansaço
Por nem ter o teu regaço
Quis fazer essa manhã
Com teu gosto minha amada
Ter no meu peito a terçã
Ter nos olhos madrugada
Sem saber por onde andar
Nem ter medo da saudade
Nem vontade de voar
Quero ter somente a lua
Mudando a forma, mas nua.
Percorrendo cada rua
Como se fosse ela, a tua.
Como poder ser teu colo
Como transformar teu solo
Como navegar ao pólo
Como resistir ao canto
Envolvendo-me no teu manto
Encantando-me teu encanto
Navegando no teu mar
Procurando teu cantar
Sabendo bem mais te amar
Que poderia essa vida
Ser estrada tão comprida
Que nunca pode estancar
O que sangra sem segredo
Esse amor me dando medo
No meu último degredo
No final dessa cantiga
Que de tanto ou mais antiga
Vai queimando feito urtiga
Fazendo a vida serena
Dando dor a quem tem pena
Dando essa asa a quem não voa
Vou levando a vida à toa
Navegando essa canoa,
Vivendo essa vida boa.
Com o gosto da saudade
No peito essa liberdade
Carregando a vaidade
De ser livre, sem ter medo.
De saber qual o segredo
Para poder suportar
As dores mais poderosas
Vou tentando perfumar
Com os olores das rosas
A quem queira me amar.
Quero saber dessa sina
Que me traz a ti, menina.
Que me faz sentir, calor,
Nos braços do meu amor
Na rede toda preguiça
Que vem, prende me atiça.
Me dando essa sensação
De chegar nesse meu chão
Carregado de perdão;
Lavando toda certeza
Na chuva da madrugada
Tornando desesperada
Cada ausência sem você
Querendo, só por querer.
Querendo sem nem poder
Amar quem nunca esqueci
Na vida que já perdi,
Na curva dessa esperança
Ser de novo tão criança
Trazendo em minha lembrança
O gesto mais delicado
Onde amor tornou-se fado
A vida dando o recado
O medo andando de banda
Pesando o peito sofrido
Que por muito já vivido
Leva seu tempo perdido
Vai em busca da certeza
De encontrar essa beleza
Que todos chamam verdade,
Mas pra mim, sinceridade.
Conhecendo a liberdade
Chamo de FELICIDADE!
Publicado em: 29/12/2007 09:51:57


Pai “quadrado”, posso ser,
A família que responda...
Sou assim, para não ver
A minha filha “redonda”...

Desculpe mas eu te digo,
Por favor, preste atenção,
Eu irei ser teu amigo,
Te falo com precisão.

Vivi muita primavera
Tantos anos de janela:
Donzela que tem pai “fera”?
Cuidado que a fera é ela!

Marcos Coutinho Loures
Marcos Loures

Mote: “Sou um pai quadrado para não ver a minha filha redonda”


A FODA

Há palavras que a foder dão euforia:
Para o fodidor, foda é palavra louca
E se a palavra traz sempre na boca
Qualquer colchão furado o alivia.


Bertolt Brecht


A cama, a lama trama
Chama a foda.
Na roda em que me enredo
Redes pernas.
Abertos canais
Querendo mais,
Adentro o cais
Que trazes dentro em ti.
No centro
Ou bem de lado
A rebordosa,
Babosa
Babas bocas e bocetas.
As setas apontando em linhas retas
Apontam para o gozo que virá.
Publicado em: 21/08/2007 19:34:20


A FOME E A ESPERANÇA


"É assistencialismo para quem toma café de manhã, almoça e janta e ainda joga metade da comida fora, que sobrou. Mas, para quem vive a pobreza neste país sabe o que significa uma criança tomar um café com pão com manteiga, sabe o que significa uma criança tomar um copo de leite, sabe o que significa uma criança ir dormir com a sua barriga cheia. Quem vive fazendo política só na capital ou na universidade ou quem fica fazendo política só em Brasília, não tem dimensão do Brasil real que nós enfrentamos." Luis Inácio LULA da Silva



Seu moço, por caridade
Escuta esse povo sofrido
Que vive nas tempestade,
Trabaia quar desgraçado
Pelos mata e nas cidade.
Esse povim sem parage,
Vivendo sem amparage
Dos home de capitár.
Eles chinga nóis de tudo
Quanto ruim há no mundo.
Chama nois de vagabundo
Que nois semo anarfabeto
Que nois semo cachacero,
Que num pode dá denhero,
Pra móde sobreviver,
Essa raça de safado
Desses pobre desgraçado
Que róba mais que ladrão.
Eles conta a mentirada
Pois num cunhece uma inxada
Nem sabe o valô da gente,
Pru mais que o mundo comente.
Nóis num passa de pilantra
Nossos fío, qui nem pranta
Num percisa de comida.
Essa gente é convencida
E não cunhece nois não
Não sabe o valô da vida
Sufrida nesse sertão.
Nem anda nesses comboio
Quar boi em canga marcado
Que anda dependurado
Nesses trem cá da cidade.
Nos otromóve eles passa,
Nem percebe os coletivo
Cheios desse bicho vivo
Que eles cunhece pur massa;
Trabaindo todo dia
Pra pudê dá mordomia
Presses homê, prus dotô
Nóis semo quem aproduz
A cumida que eles come
Apois veja, a própra luz
Que alumia bem os home
Se num fosse os disgraçado
Se num fosse o seu trabáio
Já tava tudo apagado,
Queria ver nos atáio
Dessa vida, vivo táio,
O rumo que eles tomava,
Quem sabe se eles paráva
Nus beco onde a gente véve
Onde não há quem se atreve
A chamar de residença
Chei de criança e doença,
Pra podê tê consciença
Da vida que leva a gente
Dexava nois té contente
Preles pudê aprender
Que num basta sabê lê
Pra se dizê sabedor
Que é percizo munto amô
E bem sei, que só merece
Amor, quem se conhece
Que num sabe conhecê
Aquele que nunca viu.
Portanto, moço seria
De munta serventia
O sinhô pode passá
Pobreza só pur um dia
Pra mode valorizá
O trabái de nossa gente
Quem sabe, ansim seu dotô
Havéra de valorá
Esse povo brasilero
Ia aprender mais, garanto
Que nos livro lá da escola
Nóis só presta em feverero
Ou se for craque de bola
Aí vanceis acha bão
Inté pága pra nus vê.
Nossas fía mais bunita
Tumbém serve pra vancê
Nas buate mais perdida
Mais se incontra pra valê
Com home de capitar
Pra servi de companhia,
Mas mar amanhece o dia
Tudo vorta como era antes
Dispois vem esse disprante
De chamá di inguinorante
O povo mais umiádo
Nois tudo semo safado
Na vóis desses doutô
Se esquece que nois é home
Nem percebe se nois come
Se nossos fío tem fome
Isso nem lembra o sinhô
Na hora dos seus projeto
Nois semo tudo uns inseto
Sirvimo pra atrapaiá
Sirvimo pra trabaiá
Pra alimentá os dotô!
Intonces já me vô indo
Pros sertão to retornando
Pras favela vô saino
Meu tempo ta se acabano
Vo vortá pro meu roçado
Ou então pro meu serviço
Passa dia mês e ano
O carro num anda, enguiço,
Já faiz tempo tá parado.
Mais ficaria contente
Se oceis perduasse a gente
Num custa perdão pedido
Perdoa por ter nascido
Um fío meu lá em casa
Que, pros óio dos doutô
Foi feito por descuidado
Nasceu fruto do pecado
Da inguinorança da gente
Mais me dexô bem contente
Esse meu menino amado
Que é fruto de munto amô.
Que nois pobre, tombém ama
Embora oceis me parece,
Num cridita nisso não
Nóis tudo fais nossa prece
Nóis tombém somo cristão.
Fíos do mesmo Sinhô
Que morreu, naquela Cruz
Que foi feito cum amô
E era pobrinho, Jesus.
Então pense por favô
Nu munto que se ensinô
O Pai de todos os home
Dos que come e que tem fome
De todos sem distinção
Que nois tudo nessa vida
Por mais que seja doída
Por mais que seja distinta
Diferente em sina e tinta,
NOIS SEMO TODOS IRMÃO!

posted by MARCOS LOURES at Terça-feira, Junho 06, 2006


A Fonte da Saudade

Vida moleca
Na boneca do milho,
Traz um gosto desse tempo
Em meio a tantas brincadeiras
Que a fogueira da saudade sempre acende...

Água doce, cana doce, doce mel, tudo foi-se
Restou a foice da saudade. Quanto dói.

Meu pai trazia esperança de sementes
Na terra escancarada, aberta em covas.
Na chuva que caia, pleno êxtase,
Deste orgasmo brotava a nova vida.
E da nova vida, a nova vida, renovação.
Plantação.
Restou saudade.
Aguada por outras águas
Que brotam
Da fonte
Coração!
Publicado em: 29/11/2006 19:14:45
Última alteração:23/10/2008 14:03:28



Não quero um amor que afronte
Nem tampouco me amedronte
Quero beber dessa fonte
Que me traga um horizonte,
Que não me faça desmonte,
Que me eleve para o monte
Refletindo em minha fronte,
Mas que nunca me confronte.
Amor que sempre se conte,
Nem que toda a dor desconte,
Seja amor que se desponte
Que passe por toda a ponte
Mas que nunca a dor apronte.
Tamanho dum mastodonte,
Que os prazeres não reconte
Que minha vida remonte,
Que o mais lindo sonho monte
Dos prazeres, minha fonte...
Publicado em: 10/02/2007 15:18:12
Última alteração:23/10/2008 14:29:25




O teu amor….a minha ilha…
O teu beijo…a certeza dos meus dias…………..
A verdade… encontro-a na paixão com que as tuas mãos
Descem pelo meu corpo….
Afagam as costas…em pequenos círculos…
Desnudando a pele e despertando sensações…………


Desnudo tua pele com meu beijo,
Bebendo teu suor num mar de amor.
A cada vez que lembro te desejo
Saudades do teu toque sedutor...

Olhando para a praia sempre vejo
Teu corpo tão sublime e tentador,
Teus olhos me queimando num lampejo
O gosto da paixão, revelador...

Afago tuas costas, desço as mãos..
E sinto o arrepio percorrendo
Procuro te encontrar descubro os vãos

E bebo no teu beijo esta doçura...
A lua com seus braços envolvendo;
Na sensação divina... da ternura...

Marta Teixeira
Marcos Loures
Publicado em: 02/04/2007 17:49:52
Última alteração:06/11/2008 10:01:12



A Flor do Amor


Num jardim adornado pelas flores
Maravilhosamente perfumada,
Passeias desfilando teus amores,
Deixando a tola rosa enciumada...

Violetas e gerânios perfumosos,
Sentindo essa presença tão divina,
Murchando, pois que são tão melindrosos,
Lamentam, tão tristonhos, triste sina...

A flor cuja semente Deus guardou
E jamais brotará noutro jardim,
Ao ver que quase nada me restou,
Guardou essa semente para mim!
Publicado em: 06/12/2006 15:21:58
Última alteração:23/10/2008 14:20:13


A Flor do Meu Amor

De todas essas flores, sedutoras,
Amores vou sorvendo nos perfumes.
Quem dera não tivesse mais queixumes,
As rosas são,por certo redentoras.

Crisântemos decoram, na janela,
Os sonhos das tristezas dos poetas,
As noites não seriam tão completas
Não fosse a poesia, uma flor bela.

Violetas e gerânios, meu jardim,
São tantas as belezas que nem penso
Das cores e das flores mais imenso
O mundo que guardamos, para mim..

Porém dentre as belezas, céu azul,
As cores mais sutis, mansa cadência,
Mudando como as cores duma hortênsia
Que nasce nas estrelas, mar do sul.

Amores se permitem tantas cores,
As cores que transmitem meus amores
Amor que sempre quis tantos olores,
Das flores que já tive, tantas dores
Embora sem saber por onde fores,
Navego meus amores nos pendores.
De tantas maviosas belas flores.
Que brilham nos jardins dos meus amores...
Publicado em: 13/12/2006 16:09:04
Última alteração:23/10/2008 14:33:40



Caminhas , bela amada pela rua
Aos olhos de cobiça, descortinas,
As luzes que te seguem, cristalinas,
Imaginam, por certo, toda nua.
Mas nada percebendo, continua...

A flor de meu desejo não sabia
De quanto dominava o sonho meu,
Em tanta claridade se perdeu
Trazendo para a noite o sol do dia
Andando, desfilando poesia...

Não sabe, estou bem certo, desse amor
Que tanto me domina e me escraviza
É ventania louca em mansa brisa
Invade minha vida, e dá sabor;

Acalma, mas também me causa espanto
Vivendo no silêncio de um segredo
Amor que me domina, mas dá medo.
Desculpe por amar-te tanto, tanto...
Publicado em: 15/12/2006 09:39:57
Última alteração:23/10/2008 14:58:33



Quando sonho com olhos e carinhos
Da amada que talvez não mais me queira
Amada que pensei, a vida inteira
Não mais deixaria tantos ninhos
Vazios esperando a companheira
De todos os amores a primeira
Meus olhos não seriam mais sozinhos...

Eu sonho com teus lábios benfazejos
As mãos maravilhosas, a ternura.
A noite sem sonhar de tão escura
Esquece que tivemos os desejos
E em todo nosso caso essa brandura
Que faz de toda vida, formosura...
Delícias que encontrei, teus mansos beijos...

Sonhando com amor que não me quer
Eu quero nesse sonho, tanto amor.
Espero, francamente, pela flor
Que brilha no jardim , meu bem-me-quer,
Desejo tantos sonhos sem temor
Pois bem sei que da vida, o meu calor,
Encontra-se em teus braços de mulher.

E cada vez mais, sempre risonho,
O mundo florirá a cada dia,
Vivendo deste caso, uma alegria,
Matando todo resto, se tristonho,
Vivendo tanto amor e poesia
Dançando rumo à vida, em fantasia...
Cultivo, com amor, a flor do sonho!
Publicado em: 13/12/2006 13:20:19
Última alteração:23/10/2008 14:33:50



A FLOR MULHER /

Todo meu corpo é primavera
Meus lábios rosa carmesim
Meu pescoço lírio do campo
Meus seios fartos jasmim
Meu umbigo margarida
Meu bumbum mogorim
Tu és o girassol
E comanda todo o jardim

Cultivo tantas flores no jardim,
Um jardineiro sempre cuidadoso
Prepara com carinho e sempre assim,
Encontra este canteiro tão formoso.

Assim como acarinho por inteiro
Mulher tão perfumada e mais gostosa,
Sentindo de mansinho este bom cheiro,
A primavera em ti, maravilhosa...

Eu quero o teu perfume delicado,
Com jeito de desejo e de pecado,
Usufruindo sempre que puder

Até que a manhã chegue e traga o sol,
Pois sendo, meu amor, teu girassol
Eu quero ter nas mãos a flor mulher...

GELIS
MVML
Publicad



A FORÇA DA AMIZADE

Numa estrada isolada
Por uma dor banhada
Minha sorte exilada
Rasteja pelo chão
A sombra dolorida
Entristecendo a vida,
Aguarda a despedida
Do que fora paixão.

Porém em voz macia,
Trazendo uma alegria
Renova a cada dia
Em luz e claridade,
Trazendo como glória
Com sabor de vitória
Mudando a minha história
A força da amizade

Que ao permitir encanto
Recobre com seu manto
Secando todo o pranto
Que inda resiste em mim.
Contigo irei adiante
Pureza de diamante
No poder que agigante
Distante do meu fim
Publicado em: 11/09/2007 15:39:25


A FORÇA DA AMIZADE


A dor que já se emana na penumbra
Dos olhos embotados sem valia,
Sangria entre os meus sonhos que se foram,
Atrozes esperanças, ledas buscas.
Ofuscantes tempestas e naufrágios
Sufrágios de rancores e violência
Clemências esquecidas nos caminhos.
Arpões a penetrar em minhas costas
Quem sabe ao fim da tarde um braço amigo.
Resquício de um passado mais sereno,
Permita reviver amenos dias
Ao menos com um resto de esperança...
Publicado em: 17/09/2007 21:23:57
Última alteração:23/10/2008 14:24:09


A FORÇA DA AMIZADE


Amigo, não quero que me livres da dor.

Eu sei que, disso, ninguém é capaz.

A dor é minha, somente minha e de mais ninguém.

Mas, espero que ajudes a suportá-la;
Cruel e voraz, a dor está me consumindo
Aos poucos...

Amanhã ela passará, eu bem sei disso, não me iludo.
A cicatriz virá, por si só.

Mas, peço-te, companheiro de tantas jornadas,
Ajude-me a encará-la com mais tranqüilidade,
Sem ter o desespero como mote.

A minha sorte, amigo, é que Deus sabe muito bem
Que tenho a força para suportar esta dor tão cruel.

Essa força me permite encarar meus medos, minhas tristezas, minhas dores e, até, minhas alegrias e esperanças.

Pois como tudo, elas também são fugazes ou se frustram por si só.

E somente a força da amizade pode nos ajudar a superar essas emoções!
Publicado em: 24/09/2007 17:24:43
Última alteração:27/10/2008 19:32:11


A FORÇA DA AMIZADE


Impele brutalmente para a morte
A mão que nos maltrata e se permite
Ferir quem na verdade só pretende
Alçar uma esperança tão longínqua.
Relíquia de outros tempos já passados
Em asas mais libertas e felizes.
Açudes de alegria em que sabia
O quanto é necessário estar em paz.
Assim, amiga ao ter tua presença
Convenço-me, decerto eu tenho sorte.
Ao segurar a mão que me destrata
Me impele num momento ao paraíso...
Publicado em: 19/09/2007 18:47:08
Última alteração:23/10/2008 11:39:20


A FORÇA DA AMIZADE

A sua inimizade vã não temo,
Jamais permitirei que ela destrua
Uma esperança feita em claridade
Que dentro de minha alma continua.

Pois sei do bem imenso que a amizade
De quem a gente pode confiar
Permite superarmos as discórdias
Trazendo uma alegria que sem par

Invade nosso peito e nos transporta
Além do que pensávamos poder.
A porta que se abriu já não se fecha
E ajuda-nos decerto ao mel vencer...
Publicado em: 23/09/2007 21:57:18
Última alteração:23/10/2008 11:39:37



A FORÇA DA AMIZADE

À medida que avançam pensamentos
Na busca de uma paz que sei distante.
Avesso às tempestades quero o colo
Da amiga mais completa e mais constante.

Qual nau que perde o rumo em mar intenso
Por vezes solidão foi companheira
Atroz me derrotando uma esperança
Que teima no meu peito, verdadeira.

Mas tendo o teu apoio, cara amiga,
A vida bem mais fácil, te garanto,
Na força da amizade é que percebo
Que resta em minha vida algum encanto...
Publicado em: 25/09/2007 18:57:23
Última alteração:23/10/2008 11:39:46


A FORÇA DA AMIZADE

Na força da amizade encontro apoio
Deixando prosseguir o meu caminho.
Quem tem amigos sabe do que falo;
Jamais se sentirá assim sozinho.

Amigos são bem poucos eu admito,
Na raridade está maior valor.
Permita que eu te fale companheira,
Do quanto sou de ti admirador.

Portanto, não se esqueça nunca disto,
Se um dia precisares, venha cá.
Certeza de carinho – eu já te digo,
Aqui por todo tempo encontrará...
Publicado em: 27/09/2007 18:27:23
Última alteração:23/10/2008 11:41:02



A FORÇA DA AMIZADE

Meu canto de amizade vem louvar
a doce criatura que tu és.
E toda confiança eu deposito,
não mais olhando a vida de viés.

Amiga, companheira de batalha,
há tempos necessito te dizer
de toda esta alegria que se mostra,
ajudando a lutar e assim, vencer.

Caminhos mais precisos tu apontas
levando a encontrar felicidade.
Eu te agradeço sempre e não renego
a força que se encontra na amizade
Publicado em: 28/09/2007 19:39:14
Última alteração:23/10/2008 11:41:10


A FONTE DO PRAZER

Na fonte do meu prazer
Vou extrair um doce mel
Lambuzar a tua boca
Transportar-te para o céu

Sentirá minha pele macia
Os pelinhos arrepiados
Serei de novo adolescente
E tu serás meu namorado

A noite na pracinha
Vamos de mãos dadas passear
E em meios alaridos
Vamos a todos enganar

Acharemos com certeza
Um lugar bem escurinho
Lá sei que mostrarás
Ser bem assanhadinho

Como sou bem safadinha
Já vou bem preparada
Por baixo vou do jeito que nasci
Só por cima coloco a saia

Ao encontrar o lugar
Pra nós dois não tem demora
Agarra-me pelos cabelos
Mexe com carinho minha loca

Para nós o tempo é pouco
Então vamos logo aos finalmente
Abro tua braguilha num instante
Levanto minha saia em um momento

Penetra sem pena e sem dó
Mas adoro o penetrar
Quero amanhã com certeza
Deste momento lembrar

O tempo vai passando
Nós dois em movimento
Não conseguimos parar
O relógio corre contra o tempo

Agora sem mais pensar
Sem medo que alguém chegue
Nós dois vamos gozar
Gozamos, e tu me beija

Levanto tua saia e te apalpando
Encontro tua gruta molhadinha,
A tua mão passeia no meu bolso
Apalpas o meu mastro, a cabecinha.

Ao abrir a braguilha vou sentindo
Teus dedos num frenético carinho,
Enquanto beijo a boca mais sedenta
Meu dedo vai entrando de mansinho.

Tu tocas com volúpia e rapidez
Enquanto já lambuzas os meus dedos,
Descendo devagar teus lábios beijam
E engolem toda a glande, pois sem medos

Varamos noite inteira em plena praça
Tu chupas com perícia tão divina
Que eu me seguro para não gozar
Na tua boca quente que domina

O jogo que fazemos, sem temores,
Apenas escutando os meus gemidos
Te viro e começando a penetrar
Nem penso se nos pegam distraídos...

Entrando mansamente em tua loca
Depois vou com cuidado, logo atrás
Tu gemes, te prometo ir de mansinho
Tu pedes que eu adentre um pouco mais...

Depois de teres tido mil orgasmos
Agora é minha vez de me esbaldar
Tu viras e me chupas com mais força
Até numa explosão eu me entregar...

E beijo tua boca tão salgada
E logo, satisfeita me sorris.
Depois noutra semana repetimos,
E mais e mais e mais, queremos bis...

GELIS
Marcos Valério Mannarino Loures
Publicado em: 04/08/2007 19:55:35
Última alteração:29/10/2008 20:54:08



A FORÇA DA AMIZADE

Saudade de quem sempre desejaste
Embora simplesmente isso disfarces,
Amor por mais estranho, tem mil faces,
E sabe conduzir mesmo em desgaste.

Agora que percebo que desejas
A quem depreciaste por inteiro,
Amor que sempre fora companheiro
Se esconde nas histórias que versejas.

Amiga, boa sorte em tua vida,
Desejo sem sequer dizer ciúme
Não posso mais querer esse perfume.
Recende a tanta noite já perdida.

Não deixo meus espinhos nem as urzes,
Carrego minhas dores, vou sozinho.
E torço, que tu tenhas no teu ninho,
Amores que não pesem feito cruzes.

Um dia, se quiseres, por favor,
Espero, não precises, mas estou
Aqui para juntar o que sobrou
Daquilo que pensava ser amor...
Publicado em: 05/10/2007 16:35:07
Última alteração:23/10/2008 11:50:19


A FONTE DO PRAZER

Do amor que nunca veio
Sequer notícias tinha,
O quanto foste minha
E digo sem receio
A vida se avizinha
E sigo em devaneio
Buscando qualquer meio
E nisto eu me detinha,
Vestígios do passado,
O tempo desolado
A fonte do prazer,
Pudesse adivinhar
Aonde em que lugar
O amor irei saber.
Publicado em: 06/07/2010 17:23:27


A FONTE DOS PRAZERES

ENFEITIÇO TODO O TEU CORPO
DOU-TE DONS PROFÉTICOS
ADVINHAS MEUS DESEJOS
NÃO FAZES APENAS O QUE PEÇO
FAZES ATÉ A MAIS DA CONTA
TRANSFORMA MEU UNIVERSO

SACIO NA TUA FONTE MINHA SEDE
RIO PERENE MEU CIO
PELE ARREPIADA DESEJANDO
AIS GEMIDOS E GRITOS
FOGUEIRA ACESA VULCÃO
LAVA QUENTE LIBIDO


Desejo desfrutar da mesma fonte
Que tanto me seduz quando me excita
Descendo pêlos, montes, horizonte
A fonte tanto doce quão bonita..

Mergulho nesta fonte com vontade
De estar por todo o tempo com você,
Vivendo meu prazer com liberdade,
Liberto, lhe procuro mas cadê?

Dançando nossa dança mais profana
Na cama que queremos neste instante.
Amada como é boa dor que explana
E trama tanta fonte delirante...

Entrando nessa fonte sem pedir,
Vivendo nosso amor, neste ir e vir...

GELIS
ML




Turvada pela dor, água da fonte
Que fora transparente e mais serena,
Parece, de repente, que envenena
E mata, não permite um horizonte...
Um coração sofrendo tal desmonte,
De dor e solidão, a vida plena,
Confunde fonte sempre mais amena,
As águas tão barrentas descem monte.

Celestes tempestades ,tanto raio,
Turvando meu amor como se vê;
Em busca deste sol, por vezes saio,
E nada encontrarei, só a saudade
Do tempo em que vivi felicidade.
Mas tudo o que recebo é vil martírio.
Procuro solução, em vão, cadê?
Apenas essa fonte em meu delírio!
Publicado em: 13/12/2006 22:20:37
Última alteração:23/10/2008 14:32:53



A FORÇA DA AMIZADE /

E, sem colher, da vida, os bens supremos
E sem provar do vinho da amizade,
Esmagamos os sonhos que tivemos,
No alvorecer de nossa mocidade...

Que mostra minha amiga quantos cardos
Espinhos e torturas, duras cruzes,
Carrego em minha vida tantos fardos,
Caminhos tão difíceis, várias urzes...
Mas sinto que talvez uma esperança
Aponte nesta curva mais fechada,
Deixando vir à tona uma lembrança
De todas essas horas vãs, passadas...

Porém, nesta existência singular,
Pelos caminhos vou, plantando flores,
No incansável mister de versejar...
E posso ver nos versos, que são tantos,
Ir diluindo os muitos desencantos
De vidas que só provam dissabores...

Marcos Coutinho Loures e Marcos Loures
Publicado em: 08/10/2007 14:53:37
Última alteração:23/10/2008 11:51:12


A FORÇA DA AMIZADE /


Meu amor foi embora
Amargo abrigo
Deixou um aperto
Querido amigo;
Meu destino
Não tem remédio
Tarde demais, sigo só
Tudo virou um tédio;

A noite sombria
Trouxe dor e ilusão
Preciso encontrar outro porto
Para aplacar a solidão;
Quem se importa? Ninguém me vê
Sofrerei em silêncio
Preciso muito a mim conter!

Minha amiga eu vou dizer
De um amor que não tem fim,
Muito embora eu possa ver
Belas flores no jardim
Amizade não tem preço,
Na verdade traz o brilho
Ajudando no tropeço
De um coração andarilho.
Vem comigo, minha amiga,
Pode contar com meu braço,
No meu peito já se abriga,
Teu amor em forte laço.
Vencendo esta tempestade
Da danada solidão,
Na força de uma amizade
Para a dor, a solução...

ISABEL NOCETTI
MVML

A Força da Amizade

Amigo, não quero que me livres da dor.

Eu sei que, disso, ninguém é capaz.

A dor é minha, somente minha e de mais ninguém.

Mas, espero que ajudes a suportá-la;
Cruel e voraz, a dor está me consumindo
Aos poucos...

Amanhã ela passará, eu bem sei disso, não me iludo.
A cicatriz virá, por si só.

Mas, peço-te, companheiro de tantas jornadas,
Ajude-me a encará-la com mais tranqüilidade,
Sem ter o desespero como mote.

A minha sorte, amigo, é que Deus sabe muito bem
Que tenho a força para suportar esta dor tão cruel.

Essa força me permite encarar meus medos, minhas tristezas, minhas dores e, até, minhas alegrias e esperanças.

Pois como tudo, elas também são fugazes ou se frustram por si só.

E somente a força da amizade pode nos ajudar a superar essas emoções!
Publicado em: 08/12/2006 19:15:01
Última alteração:27/10/2008 21:22:12




Então... recolha os cacos..
Remenda os trapos...
Demore não!
De-me tuas mãos,
E vem comigo, amigo...
Em outras sendas...
Cantar novas canções...

E vamos de mãos dadas ao futuro
Que a curva da esperança preparou,
Se o tempo que vivemos, tão escuro,
Por certo depois disso, o céu brilhou...

O chão que percorremos, ledo e duro,
Mostrando uma tristeza que restou,
Amiga estando juntos, salto o muro,
E encontro o que amizade preparou.

A festa maviosa noutras sendas,
Com gozo e com total felicidade,
Fazendo das angústias meras lendas,

De um tempo que jamais retornará,
Contigo, amada amiga, brilhará
A força tão gentil de uma amizade...

Miracelli
Marcos Loures

Desculpe-me amigo...
Sofro demais, não consigo controlar
Em meu peito, tem tanta dor
Meu coração vive um tormento;
Sei,que em ti
posso confiar, mas te digo...
Choro toda noite, sofro calada...
Um grande martírio;
Não sei o que fazer,
procuro em várias portas, um abrigo
Não conto com ninguém...
Te quero urgente comigo!
Preciso de ti, meu bom amigo!

Bem sei do sofrimento que te toma,
Amiga sempre é bom ter um alguém
Que junto com a gente sempre soma
E ajuda a superar quando a dor vem.
Às vezes nos achamos em redoma,
Sozinhos neste mundo sem ninguém...

Mas a presença forte da amizade
Nos traz uma esperança mais feliz.
Permite que se veja a claridade,
E o mundo que sonhamos, que se quis.
Não sofras estarei em realidade
Contigo pra sanar a cicatriz

Da dor que te devora sem dar tréguas,
Mesmo que esteja agora a tantas léguas...

ISABEL NOCETTI
Marcos Loures



A FORÇA DA AMIZADE

Eu quero a liberdade
Do vôo sem limites,
Bebendo da alegria
Não tendo mais palpites

Senão a fantasia
Que vai além do cais,
Na força da amizade
Um bem que a vida traz

Em versos, na verdade,
Espero te encontrar,
Meu passo não se cansa,
Assim de procurar,

A mão amiga e mansa,
De quem sempre me apóia
Na luz que assim se emana,
Encontro a rara jóia.

Meu peito não se engana
E sabe do carinho
Quem tem uma amizade,
Jamais anda sozinho...
Publicado em: 07/07/2007 17:22:41
Última alteração:23/10/2008 14:28:07


A força da amizade abrindo a porta
Escancarando o peito, o coração.
À liberdade em sonho, nos exorta
Impede o sofrimento em solidão.
Viver uma amizade; com certeza,
Remédio salutar contra a tristeza.

Raiando uma esperança em cada gesto,
Amigos são irmãos, isso eu bem sei.
À sorte benfazeja, amigo empresto
O sentimento pleno que sonhei.
Por isso este meu canto verdadeiro
Pois sei que meu amigo e compaheiro.
Publicado em: 09/06/2007 16:27:46
Última alteração:05/11/2008 22:57:46



A FORÇA DA AMIZADE

Quem dolorosamente
Se fez em nada ser
Remete fielmente
O que me fez perder
O rumo, prumo e sorte
Na busca de justiça
Porém vagando à toa
Estrela não petisca
E volta sem saber
De novo não arrisca.
Encontra o rio seco,
A boca ressequida
A vida que queria
Em terra dividida,
Somente carpideira...

Uma amizade basta
Talvez, minha utopia
Que venha calma e casta
Raiando novo dia
Aonde seja sempre
Em préstimos, dotada
Porém eu já adivinho
No fundo venha o nada.

De tanta hipocrisia
Que é feita a realidade,
A noite segue fria
Matando a claridade
Que logo voltaria
Raiando em amizade
No sol de cada dia,
Na força de vontade
A gente vai sozinho
Só nos sobra a coragem...
Publicado em: 24/07/2007 18:20:08
Última alteração:23/10/2008 14:28:11


A FORÇA DA AMIZADE

Amigo e camarada
Andando nesta estrada
Raiando uma alvorada
Em sol que sei intenso,
Percebo quanto é bom,
Andarmos mesmo tom,
Dos pássaros o som
No qual eu me convenço

Que a sorte não se engana.
Horóscopo e cigana
Verdade que se ufana
No dia que chegou.
Teu braço, belo apoio,
Descendo pelo arroio
Calando um triste aboio
Um dia em paz raiou.

Percalços no caminho,
Em pedras, urze, espinho
Andar devagarinho
Traz a superação.
Vencendo a tempestade
A força da amizade
Permeia em claridade
A dura escuridão...
Publicado em: 10/09/2007 18:40:33
Última alteração:23/10/2008 14:59:12

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